Foi reaberta a pista transversal da BA4 para treino de aviões a operar o âmbito do AFRICOM
Diário Insular – 2020/10/20
Pista Transversal É Reativada Por Proposta Dos Eua
Zona para treino de aviões militares inaugurada amanhã nas Lajes
A reativação da pista é importante para a Base das Lajes. Permitirá treino de aeronaves como o C-130 e o C-17. Deverá ser o começo do treino de aviões do AFRICOM.
A pista transversal da Base das Lajes volta a ser utilizada. É inaugurada, amanhã de manhã, a Permanent Lajes Landing Zone (zona de aterragem permanente das Lajes).
Já ontem decorreram ensaios nesta pista, que terá utilização militar. De acordo com um comunicado enviado às redações pelo Comando da Zona Aérea dos Açores, esta pista tinha “sido desativada por motivos operacionais e a sua inauguração conclui um longo processo que teve início numa proposta apresentada pela parte norte americana, através do qual foram analisadas e avaliadas todas as implicações que a sua implantação poderiam acarretar, nomeadamente no que respeita a segurança”. Depois do Ministério da Defesa Nacional ter aprovado a medida e de ter sido obtida a certificação pela Autoridade Aeronáutica Nacional (AAN), foi assinada entre o Comando da Zona Aérea dos Açores e o destacamento norte-americano uma carta de operações “que estabelece os procedimentos de operação que se regem pelas normas estabelecidas pela ICAO, pela NATO e pela AAN”.
“De realçar que esta Carta de Operações contempla a figura do Landing Zone Safety Officer (LZSOAgente de Segurança da Zona de Aterragem), que sempre que a Permanent Lajes Landing Zone seja ativada, operará no local e será responsável por garantir que a operação das aeronaves decorre de forma segura e eficiente”, sublinha o comunicado.
Essa função será desempenhada “conjuntamente por Controladores de Tráfego Aéreo da Esquadra de Aeródromo da Base Aérea Nº4 (BA4) e do 65th ABG, devidamente treinados para o efeito”.
A cerimónia será presidida pelo comandante da Zona Aérea dos Açores e será conjunta, com o Destacamento da Força Aérea dos Estados Unidos da América, 65th Air Base Group.
Pista Para treinos. A Permanent Lajes Landing Zone será importante, “uma vez que permite o treino real de aterragens e descolagens em pistas curtas e em condições de piso adversas, a aeronaves militares de transporte aéreo tático, como por exemplo o C-130 e o C-17, de Portugal, dos Estados Unidos da América ou ainda dos países da NATO”.
“Com este tipo de treino é possível incrementar a proficiência das tripulações que tenham que vir a operar em teatros de operações adversos”, aponta o Comando da Zona Aérea dos Açores.
A operação nesta pista transversal “será sempre condicionada pelo tráfego aéreo militar e civil que opere na pista 15/33 que será sempre prioritário”, garante.
O DI já tinha noticiado a reativação desta pista transversal, que estará ligada aos treinos do comando AFRICOM (comando dos Estados Unidos para África).
O objetivo será recriar situações com que este comando militar americano se pode ver confrontado em África, com vários tipos de aeronaves.
Esta nova missão para a Base das Lajes deve trazer marines e outro tipo de pessoal militar até à Terceira, ainda não se sabe se em permanência ou em rotação.
Em julho do ano passado, o Diário Insular adiantava que esta pista tinha já sido alvo de obras e estava certificada para diversas operações.
A pista será utilizada, como primeira missão, para o treino de aviões C-130 e C-17 que irão operar em África no âmbito das atividades do AFRICOM.
Trata-se de aviões de transporte tático (C-130) e estratégico (C-17) cujas tripulações se irão qualificar nas Lajes para operações em pistas muito curtas e até de terra.
Os treinos deverão decorrer sobretudo à noite, uma vez que uma das componentes essenciais terá a ver com aterragens e descolagens através de sistemas de visão noturna.
Base das Lajes Treinos do comando AFRICOM podem trazer marines para a Terceira
A reativação da pista é importante para a Base das Lajes. Permitirá treino de aeronaves como o C-130 e o C-17. Deverá ser o começo do treino de aviões do AFRICOM.