Portugal comecerá a recuperar?

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Lancero

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« Responder #75 em: Fevereiro 05, 2007, 06:19:32 pm »
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Volkswagen will announce in coming weeks that it will build the second-generation Sharan (minivan/MPV) at its plant in Portugal, company sources told Automotive News Europe (ANE).


Fonte
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Jorge Pereira

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« Responder #76 em: Fevereiro 05, 2007, 06:49:25 pm »
Citação de: "Lancero"
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Volkswagen will announce in coming weeks that it will build the second-generation Sharan (minivan/MPV) at its plant in Portugal, company sources told Automotive News Europe (ANE).

Fonte


Óptima notícia.:G-Ok:
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Migas

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« Responder #77 em: Fevereiro 05, 2007, 08:38:41 pm »
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Governo factura 1.546 M€ no combate à fraude e evasão

A administração fiscal superou o objectivo definido para a recuperação coerciva de dívida fiscal em 2006, tendo conseguido reaver 1.546 milhões de euros, anunciou o ministro das Finanças fixando o alvo para este ano nos 1.600 milhões de euros.

O ministro Fernando Teixeira dos Santos apresentou esta segunda-feira o relatório sobre a evolução em 2006 do combate à fraude e evasão fiscais, salientando que «as metas definidas para cada um dos serviços (regionais) de Finanças, foram cumpridas», conseguindo-se em alguns casos «ir, ainda um pouco mais além», salientou.

http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/

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Fisco recuperou em impostos 1% do PIB

A cobrança coerciva de impostos atingiu em 2006 o montante total de 1546 milhões de euros, o equivalente a 1,01% do Produto Interno Bruto (PIB) e ligeiramente acima do objectivo fixado pelo Governo. Para o corrente ano, o Ministério das Finanças subiu a fasquia e espera arrecadar por esta via 1600 milhões de euros e Teixeira dos Santos estima que a cobrança compulsiva se mantenha nestes níveis até 2009.

Estes dados constam do Relatório Sobre o Combate à Fraude e à Evasão Fiscais, que mostra ainda que a maior parte da cobrança coerciva em 2006 foi proveniente de dívidas de IVA (29%, ou 452 milhões de euros), seguida do IRS, que contribuiu com 17% (ou 268 milhões de euros). À semelhança do que aconteceu nos dois últimos anos, a equipa de Teixeira dos Santos volta a aumentar a "parada" e pretende recuperar este ano cerca de 1,6 mil milhões de euros de impostos em falta. Este montante corresponde a cerca de 10% do total da dívida dos os contribuintes ao Estado.

Faltam 16 mil milhões

De acordo com o governante, o valor daquela dívida ascende assim a 16 mil milhões de euros - um montante superior a 10% do nosso PIB e que se fosse todo recuperado equilibraria de uma penada as finanças públicas, que passariam de uma situação de défice para uma de superavit. Na realidade, aquele valor inclui já os 12 mil milhões titularizados por Manuela Ferreira Leite, dos quais, recorde-se, mais de 80% são considerados incobráveis.

Em 2006, a receita extraordinária cobrada pela Administração Fiscal incluiu, pela primeira vez, o efeito da divulgação da lista de contribuintes com dívidas fiscais. Ao todo, esta lista levou à reposição de 59 milhões de euros em falta, sendo que 53 milhões foram pagos antes de o nome do contribuinte ser divulgado publicamente. Para Teixeira dos Santos será de esperar que a receita daqui resultante se mantenha nestes níveis.

Para o ministro das Finanças a maior eficácia da Administração Fiscal tem igualmente feito com que cada vez mais contribuintes façam correcções voluntárias quer em relação ao valores de matéria colectável que reportaram, quer no que diz respeito à regularização dos impostos em falta.

Relativamente à justiça tributária, foram instaurados em 2006 1394 mil processos de contra-ordenação e terminados 1254 mil. O tempo médio de conclusão destes processos baixou de 12,4 para oito meses. Em 2006, a Direcção--Geral de Impostos instaurou também 4335 processos de inquérito (contra 4225 no ano anterior) e deu por concluídos 5015. O crime que mais motivou estes processos foi o de abuso de confiança (com 4937 casos), seguido do que configura fraude fiscal (990 situações). Em média, refere o Relatório, o valor dos impostos em dívida nos processos de inquérito ronda os 250 milhões de euros. No que diz respeito às prescrições, o secretário de Estado Amaral Tomás precisou que estão a ser feitos esforços no sentido de evitar que os processos mais antigos prescrevam - tanto os da Administração Fiscal, como os que estão nos tribunais tributários. Apesar de não ter revelado qual o montante que totalizam os processos de dívida a correr naqueles tribunais, Amaral Tomás disse tratar-se de uma "dívida bastante significativa", sendo que o objectivo é começar por recuperar os mais antigos e de maior volume.


Novo tipo de fraudes I

A Administração Fiscal vai recorrer à tecnologia de "Data mining" para poder detectar potenciais operadores que usam a Internet para transaccionar bens e serviços e se "esquecem" de cumprir as suas obrigações de registo, declaração e pagamento de impostos.



Novo tipo de fraudes II

O tratamento de IVA desigual entre os vários países da UE na venda de cartões virtuais de chamadas telefónicas é outro dos novos tipos de fraude detectados e que vai levar à intervenção futura do Fisco.



Acções de controlo

Em 2006, estiverem na "mira" do Fisco os contribuintes da categoria B (independentes), as empresas que apresentaram prejuízos durante três anos consecutivos e ainda as empresas de construção civil, de trabalho temporário, de limpezas e de segurança.



Correcções de imposto

O Fisco detectou 842 milhões de euros de imposto em falta, a maior parte dos quais (595 milhões) no IVA, seguido do IRC (143 milhões) e do IRS (94 milhões).



Métodos indirectos

A Administração Fiscal usou a tributação por métodos indirectos em 2028 acções, tendo o montante de imposto emitido desta forma ascendido a 356 milhões de euros.



Macedo ausente

A ausência de Paulo Macedo na apresentação deste relatório foi notada, mas Teixeira dos Santos desvalorizou-a, lembrando que não era a única.

http://jn.sapo.pt/2007/02/06/primeiro_p ... 1_pib.html
« Última modificação: Fevereiro 06, 2007, 11:21:53 am por Migas »
 

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pedro

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« Responder #78 em: Fevereiro 06, 2007, 07:53:35 am »
Boa noticia para Portugal sem duvida.
Cumprimentos
 

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Lancero

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« Responder #79 em: Março 12, 2007, 06:19:08 pm »
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Automóvel: Volkswagen vai investir 500 milhões euros na AutoEuropa  

Lisboa, 12 Mar (Lusa) - A Volkswagen vai investir 500 milhões de euros na sua fábrica em Palmela, a AutoEuropa, ao longo dos próximos cinco anos, anunciou hoje o grupo automóvel europeu.

      Em comunicado, emitido na sequência de uma reunião com o ministro português da Economia, Manuel Pinho, o grupo Volkswagen indica que os investimentos se destinam essencialmente a novos produtos, modernização de equipamentos de produção e construção de infra-estruturas para fornecedores.

      A decisão de investimento foi anunciada ao Governo por Reinhard Jung, responsável do grupo pela Produção e Logística da marca Volkswagen, durante um encontro com o ministro português da Economia, realizado sexta-feira na sede do grupo Volkswagen em Wolfsburg (Alemanha).

      Na reunião, o grupo automóvel pediu ao Governo português "a reestruturação da legislação laboral, com vista a aumentar a flexibilidade", indica a empresa.

      Reinhard Jung, citado no comunicado, afirma que esta decisão "garante a continuidade dos elevados padrões de qualidade da Volkswagen" na fábrica de Palmela e "permite aumentar os volumes de produção".

      O responsável da Volkswagen observou que na base da decisão esteve "o bom desempenho da AutoEuropa em termos de custos e, simultaneamente, o cumprimento das elevadas exigências de qualidade".

      "A fábrica de Palmela geriu muito bem o lançamento do modelo Eos", elogiou.

      A Volkswagen considera que o acordo celebrado com a comissão de trabalhadores de Palmela foi uma condição fundamental para os futuros investimentos.

      O comunicado indica que, na reunião com Manuel Pinho, Reinhard Jung registou "com agrado a intenção do Governo português de apoiar os investimentos planeados", mas "pediu ao ministro medidas concretas que contribuam para incrementar a competitividade internacional da Autoeuropa".

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Automóvel: Ministro diz que produção da AutoEuropa vai duplicar até 2010

Lisboa, 12 Mar (Lusa) - A produção da AutoEuropa vai praticamente duplicar até 2010, permitindo o aumento das exportações portuguesas e gerando emprego, afirmou hoje à agência Lusa o ministro da Economia, Manuel Pinho.

      Comentando o anúncio de 500 milhões de euros de investimentos da Volkswagen em Palmela nos próximos cinco anos, Manuel Pinho disse à Lusa que esta é uma decisão muito importante, porque garante o futuro da AutoEuropa a médio prazo.

      "É uma decisão extremamente positiva para a AutoEuropa, para a indústria nacional e para a economia portuguesa", sublinhou o ministro.

      "Temos a grande responsabilidade de criar condições para que a Volkswagen continue a investir em Portugal", num sector em que há uma "feroz concorrência global" pela captação destes investimentos, observou.

      Para Manuel Pinho, no âmbito dessa competição global, os sindicatos e o governo apresentaram à empresa condições em que a Volkswagen acreditou, "o que mostra que é possível Portugal ter vantagens competitivas, é preciso é criar as condições".

      O ministro disse que "esta é uma grande notícia e a melhor forma de comemorar o segundo aniversário do governo".


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Automóvel: Investimento muito positivo para AutoEuropa continue Portugal - CT

Lisboa, 12 Mar (lusa) - O anúncio do investimento da Volkswagen na AutoEuropa é extremamente importante para que a unidade continue em Portugal muito mais tempo, disse hoje à Lusa o coordenador da Comissão de Trabalhadores da AutoEuropa, António Chora.

      Num comentário ao anúncio oficial de que a Volkswagen vai investir 500 milhões de euros em Palmela nos próximos cinco anos, António Chora destacou, em declarações à agência Lusa, a importância desta decisão "numa época de deslocalizações".

      Relativamente ao pedido da multinacional ao governo para reestruturar a legislação laboral, com vista a aumentar a flexibilidade, António Chora considerou que a Volkswagen obteve na AutoEuropa toda a flexibilidade que exigiu aos trabalhadores.

      O coordenador da CT da AutoEuropa defendeu que noutras grandes empresas haja autonomia para que os trabalhadores possam acordar com as empresas condições de trabalho flexíveis, com contrapartidas de garantia de emprego.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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comanche

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« Responder #80 em: Março 20, 2007, 12:08:10 am »
Défice fica nos 3,9% do PIB em 2006 e supera previsões

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O défice público português ficou nos 3,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2006, um valor melhor do que os 4,6 por cento previstos pelo Governo, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).  
 
O Governo já tinha anunciado que o défice que seria reportado à Comissão Europeia, em contabilidade nacional (óptica de compromissos), ficaria abaixo do esperado, depois de se ter sabido que em contabilidade pública (óptica de caixa) tinha ficado 2,3 mil milhões de euros melhor do que o orçamentado.

O INE veio hoje confirmar isso mesmo, no reporte dos défices excessivos, dizendo que o défice orçamental baixou 2,1 pontos percentuais para 3,9 por cento do PIB, de acordo com o apuramento em contabilidade nacional.

Ao longo das últimas semanas, o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, escusou-se sempre a avançar um valor final para o défice orçamental em contabilidade nacional, dizendo que não queria interferir na análise do INE.

O ano passado foi feito um acordo entre o INE, o Banco de Portugal e a Direcção-Geral do Orçamento para que estas três instituições fizessem o apuramento do défice que é reportado a
Bruxelas.


http://tsf.sapo.pt/online/economia/interior.asp?id_artigo=TSF178720
 

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Doctor Z

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« Responder #81 em: Março 20, 2007, 12:03:30 pm »
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As indicações mais recentes sobre a envolvente externa apresentam-se globalmente favoráveis. No plano interno, em Fevereiro, o indicador de clima económico interrompeu o movimento descendente dos dois meses anteriores. O indicador de actividade económica, com informação até Janeiro, melhorou, mais do que compensando o recuo do mês anterior. Do lado dos Indicadores de Curto Prazo (ICP), registaram-se em Janeiro sinais positivos quer na indústria quer nos serviços, mas a construção continuou a evoluir desfavoravelmente. O indicador de consumo privado desacelerou em Janeiro, agravando-se fortemente o consumo duradouro enquanto o consumo corrente estabilizou, e a informação disponível para Fevereiro mantém o cenário desfavorável. O indicador de investimento continuou a deteriorar-se em Janeiro, porém a informação existente para alguns indicadores parcelares para Fevereiro já aponta para uma evolução mais favorável. Os dados do comércio internacional, com informação preliminar até Janeiro, revelaram um abrandamento do valor tanto das importações como das exportações, mais intenso no segundo caso mas mantendo um crescimento claramente superior ao das importações. No mercado de trabalho, as indicações são favoráveis, quer as quantitativas para Janeiro, do IEFP e dos ICP, quer as qualitativas para Fevereiro. No mês de referência, a inflação foi de 2,4%, menos 0,2 pontos percentuais (p.p.) do que em Janeiro. O indicador de inflação subjacente situou-se em 1,6%, menos 0,1 p.p. do que no mês anterior.


Fonte
Blog Olivença é Portugal
"Se és Alentejano, Deus te abençoe...se não
és, Deus te perdoe" (Frase escrita num azulejo
patente ao público no museu do castelo de
Olivença).

:XpõFERENS./
 

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Luso

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« Responder #82 em: Março 21, 2007, 08:03:23 pm »
Este já começou a recuperar... :mrgreen:
Começa a revelar-se a impossibilidade de se ser razoável.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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PereiraMarques

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« Responder #83 em: Março 21, 2007, 09:45:51 pm »
Afinal também posso ser "Inginheiro" :mrgreen: ...se um licenciado em Geografia é Engenheiro, então também sou...
 

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Luso

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« Responder #84 em: Março 23, 2007, 09:16:33 pm »
tudo como dantes, quartel general em Abrantes

No Boletim Informativo de Fevereiro de 2007 da Execução orçamental do subsector Estado de Janeiro a Fevereiro, recentemente publicado pela Direcção Geral do Orçamento, pode ler-se:

A despesa provisória do subsector estado no período em análise situou-se em 6.689,1 milhões de euros, representando um aumento em termos homólogos de 5,9%.
Procedendo à análise da despesa do subsector Estado por classificação económica, verifica-se que as despesas com pessoal, as transferências correntes e de capital e as outras despesas correntes foram os principais responsáveis pelo acréscimo da despesa no período de Janeiro a Fevereiro de 2007.

http://classepolitica.blogspot.com/
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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JoseMFernandes

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« Responder #85 em: Abril 02, 2007, 04:41:35 pm »
Disparidade de salários na Europa, segundo o jornal italiano La Repubblica, salários brutos e a sua evolução entre 2000 e 2005.Julgo que o pequeno texto em francês é relativamente compreeensível.Suponho que se já se pudesse incluir o ano passado a evolução deveria ser semelhante.De notar a ausência de dados sobre a Grécia (num suposto grupo-base de doze)...

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le repère du 2 avr.
 
La disparité des salaires en Europe
 
L'évolution des salaires en Europe varie beaucoup d'un pays à l'autre, note le quotidien italien La Repubblica. Entre 2000 et 2005, les salaires bruts au Royaume-Uni ont augmenté de 27,8 % ; ils ont frôlé en 2004 une moyenne annuelle de 40 000 euros. En comparaison, le salaire moyen français, qui approche les 30 000 euros, a augmenté en cinq ans de 17,2 %. La lanterne rouge est tenue par le Portugal où la moyenne annuelle des salaires n'est que de 12 969 euros. C'est en Suède que la hausse des salaires (- 7,7  %) est la plus faible. Toutefois, le salaire moyen des Suédois est presque trois fois supérieur à celui des Portugais.
 
 
 



Claro que teremos de relacionar (tratando-se de salários brutos) com a carga fiscal, e a esse propósito algumas pistas, hoje também, por ex. no 'site' do PÚBLICO ...

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 Portugal é o 12º país da OCDE que mais desincentiva o trabalho

Ainda com base no Factbook da OCDE, Portuigal surge como o 12º país da organização que mais desincentiva o trabalho com o sistema fiscal.

A OCDE mostra que em 2005 os trabalhadores portugueses entregavam ao Estado, sob a forma de impostos sobre o rendimento e contribuições para a segurança social (tanto pagas pelo trabalhadores como pelo empregador), cerca de 36 por cento do seu rendimento do trabalho.

Esse valor é melhor do que os 42,1 por cento suportados por um trabalhador médio da União Europeia a 15 e melhor do que os 37,3 por cento da média da OCDE.

Comparando com os valores registados na década de noventa em Portugal, assistiu-se a um agravamento dos 33,2 para os 36,2 por cento, entre 1991 e 2005, subida que foi mais acentuada do que na média da União Europeia e da OCDE.

O ano de 2000 foi aquele em que este rácio foi mais elevado em Portugal, tendo atingido os 37,23 por cento, mas acabou por corrigir em baixo nos anos seguintes.

No conjunto dos 30 países da OCDE, Portugal está melhor classificado que a Espanha, a Grécia e que a Eslováquia. A Bélgica e a Alemanha aparecem como os países que mais desincentiva o trabalho, enquanto a Coreia e o México são aqueles que menos tributam o mesmo.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #86 em: Abril 05, 2007, 12:15:02 pm »
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Lisboa melhor que Nova Iorque



Márcio Alves Candoso
Leonardo Negrão (imagem)    
 
Em 2006, Lisboa ultrapassou Nova Iorque em termos de qualidade de vida. Esta é a conclusão de um estudo da Mercer Consulting, ontem publicado, e que conclui que a capital portuguesa é agora a 47ª cidade mais atractiva do Mundo, subindo seis lugares no ranking em relação ao ano anterior. O pulo é dos mais significativos, numa lista onde a norma é a repetição, ou quase, das classificações anteriores.

O "2007 Worldwide Quality of Living Survey" usa Nova Iorque como cidade-charneira, sendo- -lhe aplicado tecnicamente o índice 100 a partir do qual todas as outras cidades são comparadas. Lisboa atinge a pontuação de 100,1 contra os 98,9 registados no ano anterior. Em declarações ao DN , Paulo Machado, da Mercer, referiu que "as categorias de análise que permitiram o salto de Lisboa estão relacionadas com a estabilidade política, a fraca criminalidade violenta e a qualidade dos serviços financeiros". O nível de poluição também permite colocá-la em bom plano, o mesmo ocorrendo com o ciclo muito longo de não ocorrência de catástrofes naturais. No reverso da medalha estão os serviços hospitalares e a saúde em geral. Lisboa ficou, neste parâmetro, qualificada em 69º lugar.

O estudo, que abrange 215 cidades de todo o Mundo, coloca Zurique e Genebra à frente, em torno dos 108 pontos. As cidades suíças são seguidas por Vancouver (Canadá) Viena e Auckland (Nova Zelândia). As metrópoles da Europa Ocidental, do Canadá e da Oceânia lideram o ranking da Mercer. São Francisco é a primeira que escapa ao grupo, situando-se na 27ª posição.

A Mercer refere, no estudo a que o DN teve acesso, que ele se destina essencialmente a fornecer uma ferramenta às empresas globais que pretendem aliciar quadros para uma carreira internacional que implique deslocalizações do seu país natal. No rol que elaborou, a empresa de consultoria explica que não levou em linha de conta preferências pessoais mas apenas dados quantificáveis. A Mercer divide a avaliação em 10 items, com 39 subcategorias, que vão desde os serviços públicos ao preço do imobiliário, passando pelo lazer ou o ambiente socio-cultural.


http://dn.sapo.pt/2007/04/03/economia/l ... orque.html
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #87 em: Abril 12, 2007, 11:25:38 am »
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Portugal cresce acima da Alemanha em 2008

Rudolfo Rebêlo
Rui Coutinho (imagem)    
 

Pela primeira vez, desde 2001, o Fundo Monetário Internacional traça um quadro optimista para Portugal: a economia cresce acima da Alemanha já em 2008 e o número de desempregados serão menos 15 mil, enquanto o défice externo deverá baixar nos próximos dois anos.

É verdade que os portugueses continuarão, em 2007 e 2008, a afastar-se do "nível de vida europeu", já que a criação de riqueza (PIB) na área do euro continua acima do ostentado por Portugal.

Mas, de acordo com o relatório da Primavera, ontem divulgado em Washington (sede do FMI), em 2008, os portugueses poderão respirar de alívio: é que, o défice orçamental após atingir os 3,3% do PIB no corrente ano - em 2006 foi de 3,9% da riqueza - deverá situar-se em 2,6% do PIB, ficando abaixo do limite definido por Bruxelas (3% do Produto). Ou seja, com a redução do desequilíbrio entre as receitas e despesas estatais, está aberto o caminho para uma baixa de impostos sobre a produção (IVA) ou rendimentos (IRS e IRC).

Antecipando uma expansão da actividade, o FMI "cola-se" às previsões do Governo e do Banco de Portugal ao estimar um crescimento de 1,8% para este ano. Em 2008, a economia portuguesa deverá carburar acima das economias italiana, belga e germânica, esta última a segunda melhor parceira comercial, após Espanha. Uma expansão que deverá sustentar um corte de 15 mil desempregados.

Coma Zona Euro a temer apenas as pressões inflacionistas, bem como as taxas de juro, a economia mundial deve crescer 4,9% no corrente ano em desaceleração face ao ano passado, explicado pelo abrandamento da economia americana, diz o FMI. É que a produção americana - que explica um quinto do crescimento económico do planeta - deve aumentar este ano 2,2%, um corte de pelo menos 30% em relação à criação de riqueza verificada em 2006.

O que está a acontecer na América? O Fundo afirma que os riscos para o crescimento económico baixaram, mas a fraqueza do mercado imobiliário americano, levam os consumidores a contratarem menos créditos ao consumo, penalizando a produção e arrastando em baixa o crescimento mundial. Pelo contrário, a procura lançada pelos países emergentes deverá colaborar no crescimento mundial. Por exemplo a China deverá continuar a crescer a um ritmo de dois dígitos (10% em 2007 e 2008) enquanto a Índia colabora na expansão.

Os preços do petróleo, diz o FMI, deverão, a prazo, manter-se estáveis. Em 2007, o barril de petróleo deverá estar cotado nos 60,75 dólares e 64,75 dólares em 2008.  
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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JoseMFernandes

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« Responder #88 em: Abril 13, 2007, 10:25:56 am »
No PÚBLICO de 13/4/07 um artigo de um Professor de Economia (lembremos: ex-dir. Faculdade, ex-VGov. do Banco de Portugal e ex-ministro de Estado e das Finanças...  de momento não tenho a certeza se está ou não reformado pois tem 52 anos, mas pelo menos parece usufruir ha vários anos de uma pensão :) ).

Agora mais sériamente...julgo merecer uma leitura atenta...


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Portugal é um país?13.04.2007, Luís Campos e Cunha


Portugal como economia já não é um país, é uma região de uma economia mais vasta, a União Europeia


Portugal não é país de vários pontos de vista, nomeadamente do ponto de vista económico (1). Portugal é ainda um país no sentido cultural e, parcialmente, do ponto de vista político. Disse-o há quase dez anos, para zanga de alguns bons amigos, mas, cada vez mais, é esta a realidade.
Há muito que penso que não existe uma economia portuguesa, ou seja, que Portugal é uma região de uma economia mais vasta, da União Europeia ou, pelo menos, da área do euro. Este facto tem implicações tanto para os objectivos das políticas públicas, como para o seu desenho e concepção. Desde logo, as políticas nacionais devem centrar-se cada vez menos na esfera económica e cada vez mais nos domínios da cultura, da língua e do património. Se bem me recordo, ideia semelhante já aparecia a abrir a secção económica dos Estados Gerais organizados por António Guterres em 1994/95, onde participei com grande entusiasmo!
Do ponto de vista económico, um país define-se por uma moeda própria e pela capacidade de ter uma política de comércio externo, negociando acordos comerciais, impondo ou não restrições às trocas internacionais de bens, capitais e pessoas... Ora, o escudo desapareceu e com ele a política monetário-cambial nacional. O Banco Central Europeu tomou o lugar do Banco de Portugal (que por sua vez tinha tomado o lugar do Ministério das Finanças uns anos antes) na decisão desta política e passámos a ter o euro como moeda nacional.
No que se refere à política comercial, a capacidade de introduzir taxas aduaneiras, quotas ou outras restrições face a outros países, sejam a Espanha ou a China, está integralmente fora das decisões nacionais. No primeiro caso - Espanha - é impossível pelo tratado da União e, no exemplo da China, está inteiramente nas mãos de órgãos de decisão comunitários. Portugal como economia, sorry, já não é um país, é uma região. Aliás, o mesmo se passa com a Alemanha ou a Áustria, diga-se de passagem.
A pergunta que poderemos fazer é: valeu a pena? É uma pergunta que tem tanto de natural como de irrelevante. Por um lado, do meu ponto de vista dificilmente poderia ser de outro modo e, por outro, quando Portugal teve alguma capacidade de ter uma política autónoma, a vasta maioria das vezes usou mal essa capacidade - ou seja, a resposta à pergunta é simples: não se perdeu grande coisa e era, basicamente, inevitável.
Resta a Portugal a capacidade de influenciar aquelas políticas ao nível comunitário, bem como definir alguns aspectos da política orçamental nacional. Como é mais do que sabido - por quase todos, mas não por todos - esta política está sujeita ao Pacto de Estabilidade e Crescimento, mas mantém-se a possibilidade de ter escolhas nacionais: onde gastar e quanto da despesa pública. Daí também a grande necessidade de que o Orçamento do Estado reflita uma política anticíclica, pois é o único instrumento de política macro que resta aos decisores nacionais. Tal possibilidade poderá vir a existir, mas ainda faltam muitos anos.
Por tudo isto as políticas económicas, ou o que resta delas, devem ser concebidas como se Portugal fosse uma região, pois é disso que se trata. E, quando nos apercebemos deste facto ou desta condicionante, vemos que muitas das políticas têm sido mal pensadas. Como gosto de ser politicamente incorrecto, um exemplo de uma boa política, se a entendi bem, é a do programa para este Verão chamado Allgarve: um programa que mistura cultura com turismo e com um óptimo nome, de que é prova a celeuma que deu.
Já pensar em centros de decisão nacionais é errado. Primeiro, o conceito é indefinível e, segundo, do ponto de vista da economia, um nacional é qualquer pessoa da União. Defender centros de decisão nacionais faz tanto sentido como apregoar "Lisboa para os lisboetas". Eu nem sei bem o que é um lisboeta!

Portugal ainda é um país, como realidade cultural e linguística. E espero que esta realidade seja reforçada. Quando "tudo" fica igual, quando não há barreiras à mobilidade e ao comércio, é a cultura e a língua que sobressaem, como nunca tinha acontecido (2). Hoje o Estado tem maiores obrigações (que não cumpre!) com estas áreas do que jamais teve no passado. Hoje, mais que grandes obras de betão e sulipas, o importante é assegurar centros culturais portugueses em Maputo ou Luanda, escolas portuguesas na América, em Bruxelas, Paris ou Timor. Assegurar apoio à internacionalização das nossas artes plásticas; garantir que os monumentos nacionais estejam abertos, sejam restaurados e mantidos. É mais importante Serralves, Conímbriga ou o Cromleque dos Almendres, é mais relevante divulgar Fernando Pessoa, do que mais uns quilómetros de auto-estrada. É isto que nos faz mais portugueses e diferentes dos espanhóis. Não é importante, nem digno de preocupação, que a Zara não seja um centro de decisão nacional.
Este é o patriotismo de que gosto por contraponto ao nacionalismo económico que nos afundou e que hoje apenas veste novas roupagens.
(1) Utilizarei indistintamente as expressões "país" e "nação", tal como coloquialmente é entendido. Sei que não têm o mesmo domínio de aplicação, mas faço-o porque não é relevante para o texto.
(2) Aqui sublinho o papel da língua pela carga cultural que sempre acarreta. Não no sentido chauvinista e patrioteiro: a língua portuguesa é um meio de comunicação e não pode constituir uma barreira a outros contactos com outras culturas. Nesse sentido sempre defendi o ensino do inglês desde a infância.
Professor universitário

 

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Luso

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« Responder #89 em: Abril 28, 2007, 10:52:29 am »
5.ª Feira, 26 de Abril, 2007
Agravam-se as despesas públicas


Não sei até quando, muitos portugueses continuarão a acreditar nas medidas “bem intencionadas” do governo e no seu “bom desempenho económico”.
Não há trimestre que passe, em que não se verifique um agravamento das contas públicas.

Depois de chegados a 2006 com um Défice Público superior a 5,3% do PIB (excluindo as receitas extraordinárias), superior ao de 2004 (sem aumento do IVA e outros impostos), os portugueses mais atentos, olham estupefactos para os festejos de Sócrates do seu irreal Défice de 3,9%.

No Boletim Informativo de Execução Orçamental da Direcção Geral do Orçamento, relativo ao primeiro trimestre de 2007, pode ler-se: “A Despesa do Subsector Estado no primeiro trimestre do ano situou-se em 9.907,1 milhões de euros, representando um aumento de 4,1% relativamente a igual período do ano anterior”.
Esclarecendo ainda, quanto ao teor da Despesa, “procedendo à analise da despesa, verifica-se que as despesas com pessoal (mais 5,3%), as transferências correntes e de capital e as outras despesas correntes foram os principais responsáveis pelo acréscimo da despesa no primeiro trimestre de 2007”.

Estes números desmentem inequivocamente a propaganda do governo. A Despesa pública não está a diminuir, está pelo contrário a aumentar. Claro que para compensar este aumento de despesa os portugueses sofreram uma maior carga fiscal. Disso se dá conta no Boletim ao afirmar-se “Nos três primeiros meses de 2007, a receita fiscal registou um crescimento de 6,8% relativamente a igual período do ano anterior”.

Como sempre, são os contribuintes a pagar o descontrolo das despesas públicas.


http://classepolitica.blogspot.com/
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...