Votação

Qual a solução mais sensata?

Sou a favor da construção dos dois.
37 (27.2%)
Sou a favor apenas do TGV.
11 (8.1%)
Sou a favor apenas do aeroporto.
25 (18.4%)
Nenhum, há outras prioridades.
63 (46.3%)

Votos totais: 117

Votação encerrada: Julho 05, 2005, 08:14:28 pm

Aeroporto da Ota e TGV... prioridades?

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Jorge Pereira

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« Responder #150 em: Junho 11, 2007, 11:43:34 pm »
E então o que me dizem em relação à alternativa Alcochete?

Para mim faz sentido.

 :arrow: CTA
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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ricardonunes

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« Responder #151 em: Junho 12, 2007, 12:46:22 am »
Das opções além-tejo, acho a mais sensata.
Só tem um senão, não é necessário realizar expropriações, e assim "acaba-se-me" uma oportunidade de transição de entidade patronal :?
Potius mori quam foedari
 

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JQT

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« Responder #152 em: Junho 12, 2007, 02:53:20 am »
A diferença de preço entre Alcochete e Ota é de 3 mil milhões de €, não 3 milhões.

Da TVI:
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2007-06-11 20:20

Novo aeroporto

Estudo da CIP aponta vantagens a Alcochete

Alcochete custa menos dinheiro, demora menos tempo a ser construído e não tem limites de expansão.

Só no final do ano vai ser possível saber qual a melhor localização para o novo aeroporto. De acordo com a Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), o Aeroporto em Alcochete tem muito mais vantagens do que na Ota.

Alcochete fica mais próximo de Lisboa, custa menos dinheiro, vai demorar menos tempo a ser construído e não tem limites de expansão, nem problemas de terrenos.

A CIP diz que construir um aeroporto na zona de Alcochete vai custar menos 3 mil milhões de euros do que na Ota. Além do dinheiro, o estudo da CIP aponta mais vantagens.

A primeira refere-se à distância. A Ota fica a cerca de 50 km de Lisboa. De acordo com a CIP, um aeroporto em Alcochete fica no máximo a 36 km da capital.

Quanto aos terrenos, a Ota está situada num vale e um aeroporto implica uma grande movimentação de terras. De acordo com o Governo, será preciso retirar 40 milhões de metros cúbicos de terra.

Em Alcochete, o terreno já é plano e só aí poupam-se 750 milhões de euros, diz a CIP. Só que em Alcochete, e dependendo da localização exacta, será preciso abater entre 4 mil e 20 mil sobreiros. Na Ota, há pouco mais de 5 mil sobreiros para cortar.

Quanto à dimensão, o Governo avançou com uma área de 1 600 hectares para a construção do aeroporto na Ota. De acordo com as contas da CIP, em Alcochete, a área do aeroporto pode ser quatro vezes maior, na ordem dos 7 500 hectares. Este local tem ainda a vantagem de mais de 90% dos terrenos serem propriedade do Estado, o que evita expropriações e especulação imobiliária.

Quanto aos acessos, perto da Ota, existem a Auto-Estrada do Norte, a A8, a CREL, a A10 e a A13, que faz também ligação a Sul.

Na outra margem do Tejo, os acessos são a A2 com ligação à Ponte 25 de Abril, a A12, a Ponte Vasco da Gama, a A10, a A13 que fazem a ligação a Norte e a A6 que chega a Espanha. Alcochete pode ainda tirar proveito da nova ponte ferroviária sobre o Tejo que vai ligar o Barreiro a Chelas, e destinada ao TGV.

Por último, a CIP diz que o aeroporto na Ota vai demorar mais de três anos a ficar pronto, por causa das terraplanagens. A Confederação diz que a Sul do Tejo é possível ter um novo aeroporto já em 2014.

http://www.tvi.iol.pt/informacao/noticia.php?id=819972

O que eu continuo a não concordar é com o TGV para Madrid (vai ser mais um elefante branco; o próprio Governo Espanhol só garante o máximo de 4 combóios por dia, quando o mínimo para não dar prejuízo são 8) e com esta nova ponte ferroviária no Tejo.

A decisão de Cavaco Silva e Ferreira do Amaral de construírem a Ponte Vasco da Gama sem possibilidade para combóio foi simplesmente criminosa. Agora é preciso combóio, como se resolve? Simples: constroi-se outra ponte de 17 Km.

JQT
 

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ricardonunes

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« Responder #153 em: Junho 12, 2007, 09:59:11 am »
Alcochete ameaça negócios de terras

Citar
A eventual construção do novo aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro em Alcochete permitirá, desde logo, obter uma poupança de 65 milhões de euros em expropriações de terrenos, verba prevista para a compra a 16 proprietários de 1810 hectares para a instalação do projecto na Ota. Com o Presidente da República, Cavaco Silva, a alertar para a necessidade de avaliar a relação custo-benefício da construção do novo aeroporto na Ota, José Sócrates considera, segundo apurou o CM, que aquela alternativa tem “aspectos interessantes ao nível financeiro”.
Como os 7500 hectares de área do Campo de Tiro naquela vila da margem sul do Tejo estão integralmente na posse do Estado, o Governo já não teria necessidade de investir na aquisição de terrenos uma verba equivalente à despesa realizada com a construção de três túneis do Marquês de Pombal, que custou cerca de 19 milhões de euros.

Com a edificação do novo aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro em Alcochete, como sugere o estudo preliminar ontem apresentado pelo presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) ao Presidente da República, Francisco Van Zeller estima que seriam poupados três mil milhões de euros, uma verba que é muito pouco inferior aos 3,1 mil milhões de euros previstos para a instalação do aeroporto na Ota. Para o presidente da CIP, a construção deste projecto na Ota terá um custo superior ao previsto.

O plano de investimentos para o período de construção entre 2010 e 2016, apresentado pelo Banco Efisa no final de 2005, prevê que o Estado tenha de investir 65 milhões de euros na compra dos terrenos para a construção do aeroporto. Num universo de 25 propriedades que tinham de ser adquiridas para perfazer os 1810 hectares para a edificação do projecto, quase todas situadas na freguesia de Triana, toda esta área pertence, segundo a lista constante no site da NAER, a 16 proprietários.

Perante as críticas ao avultado investimento na edificação do projecto na Ota e com Cavaco Silva a lançar alertas, o primeiro-ministro, que analisou o estudo em detalhe nos últimos dias, entende que, sendo “os terrenos do Estado, (isso) é um aspecto interessante do ponto de vista financeiro”, até porque “o estudo tecnicamente tem credibilidade”.

GOVERNO DECIDE DENTRO DE SEIS MESES

Alcochete vai ser estudada como alternativa à Ota mas todos os procedimentos independentes da localização, nomeadamente o modelo de privatização da ANA, seguirão o seu curso. Dentro de seis meses, o Governo tomará a “decisão política”, sublinhou o ministro das Obras Públicas, ontem de manhã num colóquio no Parlamento, que teve como convidados, entre outros, os presidente da Tap, Fernando Pinto, e da ANA, Guilhermino Rodrigues. Mário Lino explicou que mandatou o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) para estudar a viabilidade desta nova localidade para a construção do novo aeroporto e, se a conclusão for nesse sentido, aquele instituto fará depois um estudo comparativo com a Ota.

SÓCRATES E VAN ZELLER COMBINADOS

O primeiro-ministro assumiu um compromisso com Francisco Van Zeller de analisar o estudo alternativo para a localização do novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete. “Eu disse (ao primeiro-ministro) o que ia fazer, como, quando e em que ângulo”, revelou Van Zeller. Por seu lado, “o primeiro-ministro disse que iria levar o estudo a sério e não deitá-lo para o lixo”. Sócrates comprometeu-se ainda “a não tomar nenhuma acção irreversível em relação à Ota”, como explicou ontem o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) e responsável pelo estudo.

O primeiro-ministro sabia da existência daquele relatório desde o início (há três meses) e, na passada quarta-feira, por volta das 14h30, recebeu-o pelas mãos do próprio Van Zeller. O trabalho, feito por 16 especialistas e coordenado por Carlos Borrego, ex-ministro do Ambiente, aponta o Campo de Tiro de Alcochete como ideal para o novo aeroporto, em especial a localização entre os concelhos de Benavente e Montijo.

Francisco Van Zeller, acompanhado por Carlos Borrego e Ernâni Lopes, ex-ministro das Finanças, foi ontem a Belém entregar as suas conclusões a Cavaco Silva. “O Presidente disse que faziam falta alternativas para lançar a discussão” sobre o tema, explicou Francisco Van Zeller. O líder da CIP garantiu que a responsabilidade do estudo é sua e não da Confederação. Quanto aos custos do relatório, Van Zeller foi claro: “Ninguém nunca saberá quanto custou ou quem o pagou”.

DONOS DA OTA

- Construções António S. Domingues, Lda: Olival Velho; Barrada Martim Vaz; Quinta do Carneiro; Barrada da Cabra

- Sociedade Agrícola Modesto & Filhos, Lda: Charneca; Volta Larga Cova do Bunho; Vale Caçareiro

- Sociedade Agríc. das Salgadas, Lda: Vale Sereno; Quinta da Torre

- Jorge Cunha e Carmo: Herdade do Paul/Ota; Quinta do Pombal

- Defesa Nacional: BA 2

- Carlos Ventura: Casal do Duque; Casal da Prata

- Maria Câmara: Quinta da Ota

- Maria Conceição Freire: Quinta da Bemposta

- Vasco Furtado: Casal do Brejo

- João António Luís: Brejo

- Ronca & Tomás, Lda: Quinta da Bemposta

- Maria Coelho: Casal Morais

- Manuel Pipa Amorim: Barrada do Moinho Novo

- Félix Rocha: Casal Martim Vaz

- Jacinto da Costa/João da Costa: Martim Vaz ou Barrada

- Cimpor-Indústria de Cimentos S.A.: Herdade do Paul da Ota

- Joaquim Cabral; Manuel Cabral e Herdeiros de Tito Jerónimo da Silva Lagos: Quinta do Casal do Vale

OUTROS DADOS

MAIS BARATO

O aeroporto em Alcochete será 3000 milhões de euros mais barato, tendo em conta os acessos e os custos de obras necessárias na Ota, de acordo com o relatório de Francisco Van Zeller, ontem conhecido.

MAIS RÁPIDO

Segundo o mesmo relatório, o aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete demoraria menos três anos a construir do que na Ota.

ILIMITADO

Tendo em conta os 7500 hectares de terreno no Campo de Tiro de Alcochete, “a capacidade de alargamento da infra-estrutura é ilimitada”, explicou ontem Van Zeller, ao contrário da Ota, que tem uma capacidade de desenvolvimento limitada.

CM
Potius mori quam foedari
 

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Cabecinhas

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« Responder #154 em: Junho 12, 2007, 10:36:12 am »
Este dinheiro poupado já dava para 6 submarinos e meio :P
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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Lancero

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« Responder #155 em: Junho 12, 2007, 11:12:59 am »
Lá se ia o meu sossego  :(  . (Os sogros têm uma casa no Biscaínho, a uma dezena de km's do CTA...)
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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lurker

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« Responder #156 em: Junho 12, 2007, 06:41:09 pm »
Lendo o artigo, parece-me que a ideia da poupança de 3000 M de EUR foi incompetência de quem o escreveu...

A impressão que tenho é que o Van Zeller estava a dizer que acha que um NAL em Alcochete pode ser construido por 3000 M de EUR e que a Ota vai ultrapassar os 3100 M de EUR previstos.
 

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lurker

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« Responder #157 em: Junho 12, 2007, 10:04:14 pm »
O estudo efectuado a pedido da CIP está, finalmente, na Internet. São 28MB
http://www.publico.pt/docs/economia/estudocip.pdf

Will read later... :)
 

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TOMKAT

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« Responder #158 em: Junho 13, 2007, 01:30:49 am »
Citação de: "lurker"
Um relatório de 100 páginas não é nada para uma obra desta dimensão.
É certo e sabido que a Ota requer imensa movimentação de terras mas a margem Sul tem terreno macio e com algumas falhas geológicas. O CTA em particular, é extremamente arenoso. Não há estudos que permitam determinar o tempo e dinheiro necessário para consolidar os terrenos e esses estudos não podem ser feitos em 6 meses como tenho visto ser afirmado por defensores do NAL no  CTA.

Não há comparação possível.

A nível de acessibilidades ferroviárias, a Ota necessita de um ramal específico de TGV desenquadrado de todas as linhas previstas. Fazer o aeroporto na margem sul facilita e muito a ligação ao TGV devido à entrada deste em Lisboa pela mesma margem.

Falando de acessibilidades rodoviárias, a ligação do aeroporto da Ota a Lisboa por rodovia, será muito complicada, uma vez que as AE’s actuais (A1 e A8) estão já sem capacidade, obrigando por isso á construção de alternativas num corredor em que os canais de implantação de novas AE’s estão practicamente esgotados, implicando também que a via a construir seja maioritariamente feita através de túneis e viadutos com os elevados custos que essa solução comporta.

Na margem sul (CT de Alcochete) implica a construção de uma nova ponte. Pois bem essa ponte irá sempre ser costruída para a passagem do TGV. É só construir uma ponte adaptada aos dois tipos de tráfego, rodoviário e ferroviário.
A construção de rodovias é incomparávelmente mais barato na margem sul, devido à orografia do terreno.

Falando de falhas geológicas, a Ota também as tem.
Até existe uma falha chamada Falha da Ota, que pertence à zona de falhas do Vale Inferior do Tejo, da qual as falhas da margem sul também fazem parte, creio.

Quanto à qualidade dos terrenos… O facto dos terrenos do CT de Alcochete serem arenosos, pelo que li, a construção de aeroportos tem exigências muito especiais. No caso da Ota, a consolidação das pistas exige… ou o uso de milhares de estacas de betão com cerca de 50 metros, ou a substituição, imagine-se, por areias de todo o material argiloso do leito das ribeiras acima do leito rochoso, à semelhança do que foi feito no aeroporto de Macau, ou a consolidação dos terrenos argilosos por meios mecânicos, processo muito moroso e delicado, logo dispendioso, sobretudo num local sujeito a inundações.

Não sendo um especialista na matéria tenha a ideia que as fundações em terrenos arenosos são menos profundas, em relação aos terrenos argilosos. Será fácil imaginar a dificuldade na consolidação dos terrenos pantanosos da zona da Ota (no séc. XIX toda aquela zona era um paul).



Espero que este despertar para Alcochete, não seja uma forma encapotada de legitimar o aeroporto na Ota. Temo que este aparente recuo tenha sido apenas estratégico, por ser manifesto o mau-estar e o sentimento anti-Ota que se estava a instalar na sociedade portuguesa.
Com uma eleição importante á porta (sintomático o silêncio de António Costa sobre este assunto) e com alguma quebra de popularidade do Governo, esta poderá ser uma forma inteligente de contornar o problema, aceitando discutir a localização, para no fim ficar tudo na mesma.
Todos os organismos que vão analizar o documento entregue pela CIP, são entidades … governamentais, LNEC, INAG, etc.
Conhecida a teimosia de Sócrates e a rédea curta com que o aparelho do partido manobra os diversos departamentos governamentais (vide o caso recente da DREL) o mais provável é o estudo da CIP ser regeitado e ficar tudo na mesma.

Poucas horas depois do documento ser entregue, já estava o ministro Mário Lino a receber o lóbi do municipios da região Oeste, afirmando, segundo os média, que continuava a pensar da mesma maneira,… nem esperando pela conclusão da análise ao documento da CIP, demonstrando a sua “abertura” a uma nova localização do aeroporto.


Ps. Fala-se muito agora no provável aeroporto em Alcochete.
Grande injustiça para o Montijo.
O CT de Alcochete, apesar de ser apelidado de Alcochete, fica na sua quase totalidade nos concelhos de Benavente e do Montijo, ficando a área prevista para a construção do aeroporto na sua totalidade no concelho do Montijo.
E esta, hem,… após rejeitar liminarmente a hipótese Montijo para a localização do novo aeroporto, o Governo volta a discutir o aeroporto do … Montijo.

Citação de: "lurker"
A ideia de que se poupa dinheiro porque o CTA já pertence ao Estado e não é necessário expropriar terrenos é falaciosa. Se se construir o NAL nos terrenos do CTA, será necessário expropriar terrenos para um novo campo de tiro algures no pais e para uma nova localização para a base do Montijo.
 


 :arrow: Ota.
Se a Força Aérea abriu mão de Base da Ota sem levantar o problema da necessidade de uma nova base, não vejo qual o problema em "trocar" o Montijo pela Ota.
Razões operacionais pelo tamanho das pistas?
Talvez, não conheço nenhuma das bases.
Quem souber que responda.
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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Get_It

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N: «Novos estudos para Campo de Tiro»
« Responder #159 em: Junho 13, 2007, 03:42:56 am »
Citação de: "Ana Patrícia Dias, Correio da Manhã"
Novos estudos para Campo de Tiro
O recuo do Governo na localização do novo aeroporto internacional de Lisboa vai obrigar a Força Aérea a realizar novos estudos. Se com a Ota aquele ramo das Forças Armadas teria de arranjar novas instalações para o centro de formação, desta vez, com a nova opção, terá de deslocar o Campo de Tiro de Alcochete. Mas a escolha de um novo local promete não ser fácil.

Além das questões financeiras e da necessidade de uma zona com dimensões consideráveis, o novo local para o campo de tiro da Força Aérea deverá ter em conta aspectos como a segurança, o tráfego aéreo e as questões ambientais. Ao longo dos últimos 20 anos, segundo disse ao CM um prestigiado general da Força Aérea, foram vários os locais apontados para a colocação de um novo campo de tiro, entre os quais a Amareleja, no Alentejo. No entanto, não foram realizados estudos concretos e alguns dos locais analisados poderão já não reunir as condições devido às alterações geográficas.

Contactado pelo CM, o porta-voz do chefe de Estado-Maior da Força Aérea, tenente-coronel António Seabra, reconheceu que “não é fácil encontrar condições para a instalação de uma carreira de tiro”, mas garantiu que a Força Aérea “não colocará qualquer entrave à solução encontrada pelo Governo” para a localização do futuro aeroporto de Lisboa.

Para já, segundo adiantou António Seabra, o Governo ainda não comunicou oficialmente à Força Aérea a decisão de colocar Alcochete como opção para a construção do novo aeroporto. Mas certo é a necessidade de realizar estudos para a escolha de um novo local para o campo de tiro. Isto depois de a Força Aérea já ter decidido a construção, em Ovar, das novas instalações do centro de formação, que actualmente funciona na Ota.

Ex-ministro quer Portela mais Alverca
O ex-ministro das Finanças do Governo de José Sócrates, Luís Campos e Cunha, mantém as reservas em relação à construção de um novo aeroporto na Ota e apontou Alverca como uma possível solução. “Um pequeno aeroporto a ajudar a Portela vai ser necessário segundo os especialistas e a minha pergunta é se não poderia ser Alverca e se não poderia ser uma solução, não só para dois ou três anos, mas para 10 ou 20”, afirmou à RR o ex-governante, que deixou o Governo em desacordo com os grandes investimentos anunciados pelo Executivo.

Para Campos e Cunha, o Governo terá de decidir definitivamente a localização do novo aeroporto até ao final do ano, “até porque será embaraçoso em termos internacionais a incapacidade do País para tomar decisões”. O ex-ministro sublinhou ainda a necessidade urgente de um novo aeroporto, já que a Portela a partir das 07h00 mais parece a “Feira da Ladra”.

Autarcas reúnem-se com Lino
Foram 13 os autarcas da Região do Oeste que ontem se reuniram com o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino. A saber: Rio Maior, Sobral de Monte Agraço, Cadaval, Santarém, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Alenquer, Caldas da Rainha, Cartaxo, Leiria, Torres Vedras, Lourinhã e Vila Franca de Xira.

“Apanhados de surpresa” pela decisão do Governo, os autarcas foram pedir explicações ao governante, depois de “nos últimos meses o ministro ter garantido que o novo aeroporto seria na Ota”, como explicou Carlos Lourenço, presidente da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos.

À saída da reunião, que durou cerca de 1 hora e 30, o também presidente da Associação dos Municípios do Oeste disse que “os autarcas concordam com a análise do novo estudo”. Mas, a Região do Oeste vai “continuar a lutar pela Ota”. Em causa estão investimentos no turismo da região de cerca de 4000 milhões de euros, feitos com vista no futuro aeroporto. “Se a solução não for Ota, trará grandes problemas”, concluiu Carlos Lourenço.

Outros dados
7539 hectares é a área total do Campo de Tiro de Alcochete gerido pela Força Aérea, que inicialmente tinha apenas cerca de 1680 hectares.

1904 é o ano em que foi criado o Campo de Tiro de Alcochete, que na altura era designado polígono de tiro de artilharia.

O Campo de Tiro de Alcochete tem a missão de assegurar aos três ramos a execução de acções nas carreiras de tiro e nas estruturas de ensaio e armazenamento de material de guerra.

Uma vasta mancha florestal cobre parte do Campo de Tiro de Alcochete e, por isso, há a preocupação de conservar o meio.

A Comissão Europeia manifestou-se “neutra” em relação à localização do novo aeroporto, mas admitiu que, se o projecto for numa região mais pobre, como é o caso da Margem Sul, poderá dar mais apoios.

O presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, recebeu desde sexta-feira 250 volumes de documentos do Governo e de outras entidades sobre o novo aeroporto, todos disponibilizados aos deputados.

A União das Empresas de Hotelaria, Restauração e Turismo de Portugal (Unihsnor) considera “injustificada” a construção de um aeroporto da dimensão da Ota, defendendo a solução ‘Portela +1’.

O PSD requereu ontem a audição parlamentar dos autores do estudo encomendado pelo presidente da CIP e do responsável do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).

2007-06-13 - 00:00:00
fonte: http://www.correiomanha.pt/noticia.asp? ... l=90&p=200

Para quê ouvir o responsável do LNEC se estou também a ver que vai ser que nem o TOMKAT escreveu.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Mar Verde

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« Responder #160 em: Junho 13, 2007, 09:31:51 am »
Citação de: "TOMKAT"
Espero que este despertar para Alcochete, não seja uma forma encapotada de legitimar o aeroporto na Ota. Temo que este aparente recuo tenha sido apenas estratégico, por ser manifesto o mau-estar e o sentimento anti-Ota que se estava a instalar na sociedade portuguesa.
Com uma eleição importante á porta (sintomático o silêncio de António Costa sobre este assunto) e com alguma quebra de popularidade do Governo, esta poderá ser uma forma inteligente de contornar o problema, aceitando discutir a localização, para no fim ficar tudo na mesma.
Todos os organismos que vão analizar o documento entregue pela CIP, são entidades … governamentais, LNEC, INAG, etc.
Conhecida a teimosia de Sócrates e a rédea curta com que o aparelho do partido manobra os diversos departamentos governamentais (vide o caso recente da DREL) o mais provável é o estudo da CIP ser regeitado e ficar tudo na mesma.

Poucas horas depois do documento ser entregue, já estava o ministro Mário Lino a receber o lóbi do municipios da região Oeste, afirmando, segundo os média, que continuava a pensar da mesma maneira,… nem esperando pela conclusão da análise ao documento da CIP, demonstrando a sua “abertura” a uma nova localização do aeroporto.



infelizmente tb penso o mesmo

gostava de perceber esta obsessão pela Ota

o comportamento das associações ambientalistas é tb bastante estranho, criticam ferozmente qq alternativa e mantêm-se praticamente em silêncio qt à Ota




eu gostava de esclarecer algumas dúvidas:

a Portela está realmente estagnada ou o problema assenta basicamente no handling e nas terminais ? e uma gestão competente e investimento nas terminais resolveria mt dos problemas ?

pq q o Montijo, com reorientação da pista paralela à Portela, não serve para uma solução Portela + 1 ? (este estudo da CIP pelos vistos tb o elimina por razões ambientais, mas q razões ambientais se naquela zona foi construída a Ponte Vasco da Gama !? )
 

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Jorge Pereira

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« Responder #161 em: Junho 13, 2007, 11:02:48 am »
Um aeroporto como o que está a ser delineado, sem possibilidade de expansão, como é o caso da OTA, é um projecto à partida falhado.

Neste momento é quase unânime que a melhor opção será Alcochete.

Começa-se com o chamado aeroporto inaugural, e em função das necessidades vai-se ampliando. Alcochete permite essa expansão. A OTA não. Alcochete é mais barato e consegue-se construir em menos tempo (3 anos). Será que não são já argumentos suficientes?

Espero sinceramente que os estudos recentemente encomendados sejam de facto ISENTOS e não uma manobra como a mencionada pelo TOMKAT.

As entidades envolvidas nesse estudo são exemplares e do melhor que temos a nível técnico, no entanto a pressão política pode fazer das suas…

Espero sinceramente que não. Pelo bem do país.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

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« Responder #162 em: Junho 13, 2007, 03:02:10 pm »
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

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lurker

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« Responder #163 em: Junho 13, 2007, 10:01:14 pm »
Citação de: "TOMKAT"
Falando de falhas geológicas, a Ota também as tem.
[...]
(no séc. XIX toda aquela zona era um paul).
Caro Tomkat, a minha questão era simplesmente que os problemas da Ota já são conhecidos e já se sabe quanto custa a resolução deles enquanto que para as alternativas para a margem sul tudo o que há são opiniões bastante discutiveis.

Citar
Citação de: "lurker"
A ideia de que se poupa dinheiro porque o CTA já pertence ao Estado e não é necessário expropriar terrenos é falaciosa. Se se construir o NAL nos terrenos do CTA, será necessário expropriar terrenos para um novo campo de tiro algures no pais e para uma nova localização para a base do Montijo.
 

 :arrow: Ota.
Se a Força Aérea abriu mão de Base da Ota sem levantar o problema da necessidade de uma nova base, não vejo qual o problema em "trocar" o Montijo pela Ota.
Razões operacionais pelo tamanho das pistas?
Talvez, não conheço nenhuma das bases.
Quem souber que responda.


É uma possibilidade que não me tinha ocorrido.
« Última modificação: Junho 13, 2007, 10:19:02 pm por lurker »
 

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« Responder #164 em: Junho 13, 2007, 10:11:19 pm »
Citação de: "Mar Verde"
o comportamento das associações ambientalistas é tb bastante estranho, criticam ferozmente qq alternativa e mantêm-se praticamente em silêncio qt à Ota
A Quercus tem sido perfeitamente clara e consistente na sua opinião: Ota é mau (e põe em causa a necessidade de um novo aeroporto), margem sul é "criminoso".

Citar
a Portela está realmente estagnada ou o problema assenta basicamente no handling e nas terminais ? e uma gestão competente e investimento nas terminais resolveria mt dos problemas ?

Vai haver um investimento de 500M EUR para prolongar a vida da Portela mas.. acho que é consensual que está mesmo limitado.

Creio que o limitador mais imediato da Portela é a falta de espaço para novos terminais e para estacionar os aviões.
Além disso, creio que com uma única pista não é possivel atingir o volume de tráfego estimado para o NAL.