Amnistia Internacional satisfeita com ordem de Obama
O novo presidente dos EUA, Barack Obama, ordenou, hoje, a suspensão dos julgamentos dos prisioneiros de Guantanamo.
Poucas horas depois de ter tomado posse, Barack Obama, ordenou que fossem suspensos, durante quatro meses, os julgamentos das pessoas detidas na prisão de Cuba.
Entre os prisioneiros encontram-se pelo menos quatro homens suspeitos de participarem nos atentados às torres gémeas, em Nova Iorque, a 11 de Setembro de 2001.
O director da secção portuguesa da Amnistia Internacional, Pedro Krupenski, lembrou à
TSF, a história de um cidadão canadiano que poderá ser "o primeiro beneficiário desta resolução".
Desta forma, os detidos podem ser "julgados em tribunais federais, civis, de acordo com as normas internacionais e no respeito dos direitos humanos", acrescenta.
Também, foi oferecida ajuda aos EUA por parte de Espanha, através do ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, Miguel Angel Moratinos, que sublinha o seu apoio para que Obama consiga encerrar Guantanamo.
Miguel Angel Moratinos afirma que é necessário tomar conhecimento da situação jurídica de cada um dos prisioneiros.
Esta temática estará em foco na próxima semana, em Bruxelas.
Contactado pela
TSF, Pedro Garcia Marques, o professor de direito penal na Universidade Católica, relata que a suspensão dos julgamentos nos EUA seria "absurdo, pois, não era possível ter uma pessoa presa quatro meses dependente de negociações de natureza política e sem poder recorrer a instrumentos processuais".
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