O que podemos fazer para melhorar Portugal ?

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Doctor Z

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O que podemos fazer para melhorar Portugal ?
« em: Janeiro 24, 2007, 02:51:13 pm »
Boas,

Está aqui a pergunta : o que podemos fazer para melhorar Portugal duma
vez para sempre ?

Portugal não merece ser esquecido e nem deve, temos uma rica história mas
não devemos apenas pensar no nosso passado, mas sim pensar no nosso
futuro para um Portugal melhor.

Qual é a vossa opinião ?
Blog Olivença é Portugal
"Se és Alentejano, Deus te abençoe...se não
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patente ao público no museu do castelo de
Olivença).

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Pantera

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« Responder #1 em: Janeiro 24, 2007, 03:01:13 pm »
É pá,mas que grande tópico meu caro.

eu estou a tentar criar um movimento nacionalista de forma a poder conseguir fazer qualquer coisa.
Se tivessemos algumas dezenas de pessoas podiamos sempre manifestarmo-nos em prol de algumas causas, entregar petições na assembleia da república,divulgar e difundir a história de Portugal atraves de panfletos.Criando um movimento forte e uniforme poderiamos ter algum impacto na sociedade em si ou pelo menos parte dela...

que tal a ideia ?

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Doctor Z

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« Responder #2 em: Janeiro 24, 2007, 03:44:48 pm »
Pantera, apesar da tua acção ser louvável, não era nessa perspectiva que
estava a pensar, não era na vertente política.

Além disso, apesar de ser patriota, não considero que os estrangeiros sejam
um mal para a sociedade portuguesa (fui emigrante em França e nunca fiz
mal nenhum, apenas trabalhei !).

Quando falas de nacionalismo, será a preferência do que é português ou será a preferência do que é português e excluindo tudo o que é estrangeiro ?

Eu estava mais a pensar na nossas acções de cada dia que pudessem fazer
com que Portugal seguisse o rumo certo (sem precisarmos de dar todo o
nosso vencimento ao governo ...). Mas já que falaste de política, também
podia ser, apesar de não estar descontente deste governo que tem uma
tarefa altamente difícil.
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Pantera

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« Responder #3 em: Janeiro 24, 2007, 04:02:53 pm »
poxa,não me referia a isso.

Falava na independencia nacional,ser contra a constituição europeia,ser contra o euro, rever os tratados internacionais que poem em causa a nossa soberania,apoiar a causa de olivença,ou seja,nada que tenha a ver com imigrantes/emigrantes. podiamos também contribuir para petições como a da nova democracia que quer quem receba o rendimento minino garantido preste trabalho comunitário.

Podiamos distribuir material sobre isso,ao mesmo tempo tentar embutir um espirito nacionalista em muita gente.

que acha ?

(diga que sim :P )

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Luso

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« Responder #4 em: Janeiro 24, 2007, 09:11:50 pm »
http://jemantiaindrai.blogspot.com/2007 ... sobre.html

Longo (?). Mas vale a pena.

Citar
VALERÁ A PENA?
Um esclarecimento sobre a compatibilidade do desencanto e da intervenção.

Um leitor e comentador, entre várias expressões que me penhoram (sobretudo a lembrança de linhas que já julgava sepultadas nos arquivos) teve a virtude de me fazer pensar e repensar posturas declaradas em formas que já são antigas ao ritmo da blogosfera. Nesse passado post interrogava-me eu se
“…valerá a pena combater o bom combate, na esperança de melhores dias? É um facto que durante anos e anos, regime após regime, guerra após guerra, paz após paz, a relativa unidade estruturante dos Portugueses permitiu na quadrícula geográfica a laboração e a sobrevivência de uma ideia de “portugalidade” com os correspondentes sentimentos de identificação e adesão, e até de “cumplicidade” entre portugueses. Há uma frondosa corrente de pensamento e de doutrina que assentou a sua vitalidade, a sua sedução, e até, a sua poesia, no dado adquirido da consistência étnica dos velhos habitantes do torrão nacional, nas marcas deixadas pelo contacto e pela luta continuada face ao meio onde secularmente se fixou, na memória da experiência histórica comum, enfim, na maneira de se ser face à vida e aos outros, que é no fundo o resultado depurado da interacção dos anteriores. Registo Teixeira de Pascoais (na Arte de Ser Português), ou Jorge Dias (Estudos do Carácter Nacional Português), ou Cunha Leão (O Enigma Português) como autores dos que mais aguda e realisticamente desceram às profundezas do ethos nacional. Lamento muito deixar de parte as variações de autores como António Quadros ou Agostinho da Silva, cujo simpático delírio causou estragos ainda difíceis de avaliar em termos da acreditação nos meios da intelectualidade tradicionalista de mitos universalistas e interculturais do género do 5º Império da Portugalidade, do “abraço armilar” ou da lusofonia mística. A essa escatologia (no sentido teológico, precise-se) estamos a vê-la todas os dias no Rossio, no Martim Moniz, no Catujal, na Linha de Sintra, no sucesso da CPLP ou na simpatia com que diariamente nos brindam os “irmãos” africanos ou brasileiros…
Durante a maior parte da nossa História, a portugalidade, a tradição e as formas de adesão “nacionalista” que ela suscitava, assentaram em expressões particulares e culturalmente distintas de espiritualidade religiosa, de estética, de adopção de determinadas instituições do Poder, de sentimento histórico, de sentimentos de pertença, de formas de relacionamento social interno e de formas de relacionamento no exterior, de sentido crítico, de sensatez e até de sentido de humor.
A quebra demográfica, a globalização acelerada, a introdução em progressão geométrica do elemento alienígena no tecido nacional, a suburbanização das populações e a decadência do espírito crítico são outros tantos golpes a corroer a viabilidade dessa tradição, e, em simultâneo, a criar os fundamentos de um mundo novo. E chegará o dia em que seremos confrontados -- cada vez mais o somos -- com o facto de que o sentirmo-nos portugueses não se traduz num viver digno numa determinada comunidade de cultura, história e etnia, mas numa vil sujeição aos tiques e aos ritmos de uma promiscuidade de vulgaridades, de folclores e de tribus, que nem sequer é ou já será a portuguesíssima “apagada e vil tristeza”.
E assim como a ideia tradicional de cariz jurídico-político do pactum subjectionis era naturalmente assumido ou justamente dissolvido por tirania ou outras formas de desvio, começo a admitir que o pactum que me liga à ideia nacional se dissolve gradualmente por tirânica degradação dos pressupostos da adesão nacionalista. A ideia tradicional de “portugalidade” é cada vez mais distante da realidade social e cultural que se encerra nas fronteiras políticas, limitando ou cerceando a possibilidade de persistirem ou de se desenvolverem os tradicionais sentimentos de identificação e adesão próprios dos crentes daquela. Com a propensão nacional para a simplificação chineleira, essa nova realidade continuará a suscitar identificações e adesões, mas não, decerto, as minhas. Portugal e os Portugueses galopam felizes em direcção a uma nova identidade fandanga, onde, com as anónimas menos-valias comuns ao triste Ocidente dos nossos dias, se amalgam específicos valores nacionais, do pior do que sempre em nós houve mas que agora perdemos a vergonha de exibir porque fomos abençoados com o dom de relativizar os tais “sentimentos passivos” de que falava Almada -- “a resignação, o fatalismo, a indolência, o medo do perigo, o servilismo, a timidez” -- cumulando no resultado já diagnosticado (e quanto nos custou ouvi-lo da boca do galego Camilo José Cela): tristes, invejosos, sem grandeza porque sem auto-estima.
Como não tenho feitio nem gosto para ficar sentado a sonhar com o 5º Império com Tróia a arder à volta, arrogo-me o direito de ponderar se também vale a pena considerar essa vertente poderosa do nacionalismo que é o apego à tradição. E pergunto-me se ainda haveremos de regressar aos tempos heróicos do medioevo em que nos destroços barbarizados do Império Romano a tradição foi piedosamente conservada em ilhas de cultura, geograficamente distantes mas coesas numa noção transcendental do destino humano, alheios a vínculos nacionais (se é que havia nações) e sobreviventes na insistência da possibilidade de ver o mundo, como Dante, sub specie civilitatis…”

Posição desanimada alguém lhe chamou. Será, mas quod scripsit, scripsit. Talvez a isso melhor se chame desilusão, admitida a ilusão na acepção que hoje perdemos e que tanto quanto creio só subsiste, formosamente, no tão espanhol e profundo conceito de ilusión.
O texto veio à colação pela pena do leitor-comentador, que falou de tradição, falou do bom combate, falou da resistência, falou de degradação; e de tudo falou aludindo ao referendo do próximo dia 11/2, e evocando “o terramoto moral que se anuncia [que] significa o colapso do Estado de Direito e a sepultura da vida social portuguesa no abismo da desumanidade”. Concordo com essencial da opinião. Aliás, tenho a maior das facilidades em declarar-me pelo “não”, sem complicações, sem especiosidades, sem circunlóquios. Decorre por lógica intrínseca da minha própria natureza de crente e de crente cristão; decorreria do próprio feixe de valores inerentes a um conceito de humanismo que certamente perfilharia caso não tivesse o amparo do quadro mais rico dessa crença. Decorre, enfim (e não é pouco) da necessidade de marcar, ainda que simbolicamente, a inaceitabilidade da imposição ínvia, cobarde e prepotente das formas iníquas e aberrantes de uma normatividade que sugere o nascimento ou o crescimento de um Estado vicioso e pervertido, em tudo contrastante com o que de facto, mal e bem, foi a nossa tradição ético-jurídica, ou, com maior amplitude, a “consciência nacional portuguesa”. Nisto – diga-se o que se disser -- confesso a minha satisfação pelo salutar sinal que, neste campo (e sem desprimor para outros) um significativo número de juristas portugueses, tanto criadores, como intérpretes e aplicadores da Lei, vêm dando.
E que tem isto tudo a ver com a posição que há tempos declarei como minha? Tem a ver que se o “sim” prevalecer, irei ler tal postura como um sintoma mais do estado cadaveroso deste triste País que -- por demissão ou inexistência das chamadas elites e da pertinaz ignorância de uma massa que já só se interessa e interroga sobre a sua memória histórica nas arenas da televisão -- cada vez mais se distancia daquilo que foi justificação da identificação e adesão de gerações sucessivas de portugueses, num mecanismo que acima procurei esboçar. Mas mais do que uma posição que no plano da tradição entendo como portuguesa ou consentânea com valores enformadores de uma “consciência nacional portuguesa” -- e por todas as razões que pessoalmente acima invoco -- entendo que uma postura de “não” é, em profundidade e nos tempos que correm, mais uma expressão teimosa de, face à barbárie e à rebelião das massas de que falava Ortega, continuar a afirmar o mundo e a nossa posição no mundo sub specie civilitatis.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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João Oliveira Silva

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« Responder #5 em: Janeiro 24, 2007, 09:24:10 pm »
Citar
Também podiamos invandir espanha,penso que isso melhorava a nossa auto-estima


Tive uma ideia melhor.

Não vale a pena invadir Espanha. Dá muito trabalho, gasta-se muita gasolina. Não há a certeza de um aprovisionamento decente de cerveja sagres, as chicas podem fugir, enfim... não vale a pena.

Acho que, para aborrecer mesmo os nossos vizinhos, o melhor que tinhamos a fazer era enviar-lhes uns autocarros cheios de politicos nacionais. Já viram o que era o Palácio do Pardo, as Cortes, as Juntas autonómicas, os Alcaides entregues ao cuidado destes amigos?

Os espanhóis não resistiam mais de seis meses. Nessa altura, para remate final - cumulo da malvadez - seguia um autocarro com o Alberto João, Fátima Felgueiras, Ferreira Torres... e mais.

Ficavamos para aí com 10 ou 15 ilustres dessa classe. O resto: para Espanha já, em força.

Tenho dito.
 

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Pantera

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« Responder #6 em: Janeiro 24, 2007, 09:34:40 pm »
é pá ó joão...tiveste fantástico...

maso alberto joão não carago :lol:

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RedWarrior

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« Responder #7 em: Janeiro 24, 2007, 09:43:16 pm »
o que podemos fazer para melhorar Portugal?
 
 Portugal são todos os que neste canto residem.
 Se cada um defender os seus interesses, e os interesses que a todos sejam comuns...isto é capaz de avançar.
 Contudo, não penso que invocar aquele nacionalismo bacoco e histórias da treta, como um velho tonto que olha para fotografias de infância (altura em que ainda fazia o pino), seja solução. Essa nostalgia da redenção é triste.

 Não perguntes o que é que o país pode fazer por ti, nem o que tu podes fazer pelo teu país.
 Pergunta o que é que tu podes fazer por ti.
A primeira vítima de todas as guerras é a verdade
 

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Bravo Two Zero

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« Responder #8 em: Janeiro 25, 2007, 12:58:22 am »
Citação de: "RedWarrior"


 Não perguntes o que é que o país pode fazer por ti, nem o que tu podes fazer pelo teu país.
 Pergunta o que é que tu podes fazer por ti.


Realmente....tem algum sentido
"Há vários tipos de Estado,  o Estado comunista, o Estado Capitalista! E há o Estado a que chegámos!" - Salgueiro Maia
 

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hellraiser

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« Responder #9 em: Janeiro 25, 2007, 02:26:19 am »
Citação de: "Bravo Two Zero"
Citação de: "RedWarrior"


 Não perguntes o que é que o país pode fazer por ti, nem o que tu podes fazer pelo teu país.
 Pergunta o que é que tu podes fazer por ti.

Realmente....tem algum sentido


Isso é um dogma anárquico. Se apenas olhar-mos por nos próprios acabamos por chegar a um ponto contra-evolucional. Toda a estrutura de sociedade desenvolvida ao longo de milhares de anos, colapsaria e voltaríamos à lei da sobrevivência do mais forte. A nossa evolução neurológica permite-nos já, em muitas situações, colocar a razão sobre os instintos. Tal evolução de pensamento seria retrógrada.
"Numa guerra não há Vencedores nem Derrotados. Há apenas, os que perdem mais, e os que perdem menos." Wellington
 

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Doctor Z

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« Responder #10 em: Janeiro 25, 2007, 11:47:38 am »
Boas,

Quando coloquei este thread, queria apenas saber o que poderíamos fazer
para que Portugal fosse em frente : mais desenvolvimento económico,
melhor serviço de saúde, mais auto-estima dos portugueses, enfim um país
que vá para a frente !

Claro que não faz sentido nenhum invadir a Espanha ? Para quê ? Fazer
marcha atrás e voltar aos 30 ?

De qualquer forma, o que Red Warrior disse, na minha opinião, tem sentido :
se cada um fizer para ser melhor no trabalho, melhor com os outros, ter
mais civismo, penso que o pais só terá a ganhar com isso.
Blog Olivença é Portugal
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« Responder #11 em: Janeiro 25, 2007, 12:30:35 pm »
E o Estado que não atrapalhe e que deixe de nos cobrar impostos para o fazer.

Menos Estado (menos impostos), legislação mais simples, realista e defensável, mais responsabilidade individual logo mais liberdade.
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Doctor Z

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« Responder #12 em: Janeiro 25, 2007, 02:19:38 pm »
Citação de: "Luso"
E o Estado que não atrapalhe e que deixe de nos cobrar impostos para o fazer.

Menos Estado (menos impostos), legislação mais simples, realista e defensável, mais responsabilidade individual logo mais liberdade.


Luso, concordo totalmente contigo, mas a responsabilidade individual ainda
deixa muito a desejar ...

Quando vou para o trabalho, quantas vezes já não vi, por exemplo, pessoas
idosos deitarem papeis para o chão, enquanto que os caixotes do lixo
estavam mesmo ali a mão ... E com isso, tantas outras coisas ... Quando um
empresário declara percas, enquanto que em casa tem um Mercedes S600 ...
Isto e outras coisas ...
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« Responder #13 em: Janeiro 25, 2007, 11:03:39 pm »
Socialisme fasciste, cela signifie socialisme européen. Drieu, écœuré par la vanité des tentatives de redressement du régime libéral, se proclame socialiste, sans voir que le socialisme est le parasite du capitalisme, qu'il consomme les richesses que d'autres ont produites. Il est vrai qu'il recommande un socialisme de chef, et non un socialisme parlementaire. On n'a pas oublié la formule (I): la voie qui mène au socialisme sans passer par le Palais-Bourbon. Mais même dans cette perspective, on changera seulement de profiteurs, en installant une classe de fonctionnaires qui administreront au lieu de créer des biens, qui constitueront, contre le pays réel, représenté par les travailleurs, le pays légal le plus féroce et le plus borné que l'on puisse concevoir. Le socialisme autoritaire ne supprime pas l'injustice - personne du reste ne pourra le supprimer; elle est la loi du monde, - il la renforce en livrant l'ouvrier à un arbitraire que rien ne contrôle plus, en saccageant les états intermédiaires - les républiques sous le roi dont parlait Maurras - et qui sont les bases naturelles de l'organisation communautaire en même temps que les refuges suprêmes de la liberté.

Pol Vandromme
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hellraiser

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« Responder #14 em: Janeiro 26, 2007, 03:06:33 am »
Lembro-me de ver uma entrevista de um eurodeputado irlandes em Cork (Sul da Irlanda) a uma jornalista portuguesa da sic. O tipo com a maior das simplicidades explicou como resolver os problemas portugueses ponto a ponto e ate comparou com a irlanda.

Ora, segundo ele, mais vale cobrar 7% de impostos a tudo, que 30% de nada. Mais vale aceitar o fluxo de imigrantes de leste pois no geral são mais instruídos que os nacionais e ter fabricas funcionais e com lucro, que ter empregados do pais em fabricas a beira da falência. Mais vale investir na educação, na saúde e na industria. que em auto-estradas e transportes super evoluídos para servirem industrias não existentes.

Ja estive na Irlanda e fiquei espantado com a sociedade deles. Aparte de em Dublin por exemplo demorar-se quase 1 hora a fazer um percurso entre Swords e Dublin (centro) (como que rossio - oeiras), devido ao trafego impressionante, e aparte de ser uma imensidão de gente na rua, (parecia toquio), fiquei espantadissimo com a quantidade de estrangeiros. É absolutamente impressionante. Vi mais polacos, paquistaneses, malaios e indianos em Dublin que irlandeses. O mais impressionante é a forma como são bem recebidos e tratados. Alias todos os estrangeiros são bem recebidos e tratados. Passei la 15 dias, e levei 500 euros no bolso, gastei 100 no vôo e 150 a viajar pelas cidades. De resto arranjei sempre quem pagasse os copos, oferecesse comida, e mesmo camas...(aquelas irlandesas....jasus!) ainda confraternizei com uns colegas de habito que tinham 400 aerios em relva, e eu feliz da vida. Não acordei em nenhuma banheira com gelo e dois rins a menos, nem fui sequer maltratado. A verdade e que mal sabiam que era português ou diziam figo ou rui costa. E depois troçavam dos ingleses. Portanto e ao contrario de Portugal aceitam bastante bem os estrangeiros. Depois os transportes, um caos, levei 4 horas e meia a ir de Dublin a Cork e 5 horas a ir de Dublin a Belfast. Não há autoestradas e os comboios imagine-se são dos anos 70/80. Apenas vi 2 comboios recentes similares aos nossos alfa pendular. Mas a verdade é que a industria esta em claro crescimento, por todo o lado vê-se novas fabricas serem construídas, escolas, hospitais e universidades. Por cá fazem-se opas, tgvs e otas. O poder de compra é também algo completamente diferente. Ca ganhamos 10 euros em 4 horas (e já e mais que o ordenado mínimo. Lá numa hora ganha-se 9.50 euros por exemplo na reposição num supermercado. Muito bem que as coisa são mais caras mas a verdade é que os bens de 1ª necessidade são mais baratos como a roupa em lojas estilo zara a custar 18 euros umas calças de ganga (cá nem na feira) já as marcas são ao mesmo preço ou mais caras que em Portugal. O que realmente sai caro é os luxos, como a bebida o tabaco, sair a noite e jantar fora. Tendo em conta que eles entram ao trabalho as 7 e saem às 17, para ir para o bar beber, e jantar, ate sai caro ao fim do mês, mas considerando que qualquer trabalho sem qualificações paga 1500€/mês nem fica assim tão caro. Bastante notória é também a diferença de vida entre Irlanda e Inglaterra. Ao atravessar a fronteira para a Irlanda do Norte, não é só a inscrição na estrada que diz LÀNA BUS que muda para BUS LANE, a qualidade do asfalto muda para melhor, a organização e planeamento torna-se claramente mais desfasada  condizendo com os "restos" do passado de uma região em guerra. No entanto tirando o arame farpado em abundância, e o exagero na segurança e claro a constante presença da "St. James Flag" e de uma enormidade de igrejas quer católicas quer protestantes, todas num estilo céltico-medieval, poderíamos estar perfeitamente numa cidade inglesa como york ou londres.
Pensando que há 20 anos a Irlanda estava bem mais atrasada que nós, e agora já ultrapassa Inglaterra numa imensidão de aspectos, só me lembro de uma pergunta...O que é que andam a fazer com este pais?
"Numa guerra não há Vencedores nem Derrotados. Há apenas, os que perdem mais, e os que perdem menos." Wellington