Despesas Militares Mundais

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Lusitano89

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Re: Despesas Militares Mundais
« Responder #30 em: Fevereiro 03, 2017, 01:45:36 pm »
Corrida às armas já começou. E foi antes de Trump








A 9 de novembro, horas depois de ser conhecido o resultado das eleições americanas, a Forbes escrevia que "o presidente Donald Trump irá dar um forte impulso às despesas militares de 500 mil milhões para um bilião de dólares". Assinado por Charles Tieferr, especialista no Pentágono, o artigo fala das promessas feitas por Trump de aumentar em 90 mil os efetivos das forças armadas, em criar uma marinha de 350 navios e em ter mais cem caças. Contudo, nem nas declarações do novo presidente nem na análise da Forbes se fala de horizonte temporal para estas medidas, todas a exigir um esforço tremendo aos cofres dos Estados Unidos, só possível através de um défice orçamental maior ainda. Já a revista Military Times recordou que quando era candidato, o republicano se comprometeu a "reconstruir as forças armadas", o que passaria por um reforço orçamental na ordem dos 150 mil milhões de dólares, uma vez mais sem serem referidos prazos.

Hoje o orçamento militar americano continua a ser de longe o maior do mundo, cerca de 600 mil milhões de dólares anuais contra os pouco mais de 215 mil milhões da China (a Rússia surge em quarto lugar, com meros 66 mil milhões). Mas enquanto as despesas americanas até tiveram uma ligeira quebra em relação a há uma década, já as chinesas mais do que duplicaram no mesmo espaço de tempo, segundo o SIPRI, sigla em inglês do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo. Claro que isto reflete a taxa de crescimento da economia chinesa, mas também as ambições de potência do antigo Império do Meio, visíveis na sua atitude no Mar do Sul da China, onde reivindica águas que outros países consideram suas.

Não foi, porém, a ascensão militar da China que desencadeou nos últimos anos uma súbita preocupação nos Estados Unidos e na Europa Ocidental com a necessidade de aumentar o investimento militar, mas sim a anexação da península da Crimeia pela Rússia em março de 2014.

Foi aí que começaram a soar as campainhas nas capitais ocidentais, a ponto de na cimeira da NATO em Gales, seis meses depois, os líderes lá presentes, incluindo o americano Barack Obama, terem emitido um comunicado final onde se pode ler que "as ações agressivas da Rússia contra a Ucrânia desafiam nos fundamentos a nossa visão de uma Europa integrada, livre e em paz". Além da retórica, também foi definida a necessidade de os Estados-membros começarem a aproximar-se do mínimo de 2% do PIB em termos de despesas anuais, que tirando os Estados Unidos poucos cumpriam. A austeridade deixava de ser uma desculpa ao alcance dos governantes europeus e isto ainda na época Obama e quando se dava como provável a sucessão por Hillary Clinton, democrata, ex-secretária de Estado do presidente cessante, e crítica de Vladimir Putin.

A questão dos 2% tornou-se central na campanha presidencial americana, com os media a destacarem o incumprimento generalizado, fosse sob a forma de pergunta ("Sabe quantos países da NATO cumprem?", CNN) fosse sob a forma de afirmação ("Só cinco países da NATO cumprem", Wall Street Journal). E Trump soube aproveitar a deixa, acusando os aliados dos Estados Unidos de prosperarem à custa da proteção americana, pouco gastando em defesa. Na mira estavam países como a Alemanha, a Itália e a Espanha, todos da NATO, mas também o Japão, um sólido aliado na Ásia Oriental.

Tendo em conta que Alemanha, Itália e Espanha gastam cada um menos de 1,5% do PIB em defesa e que o Japão se fica pelos 1%, se num abrir e fechar de olhos a fasquia dos 2% fosse cumprida por estes quatro países e ainda pela Austrália (outro aliado tradicional dos Estados Unidos, até tem aviões a bombardear o Estado Islâmico na Síria e no Iraque) os gastos mundiais em armamento subiriam 100 mil milhões de dólares, um aumento de 6%, maná para a indústria bélica, sobretudo americana.

Mas se Trump pegou na exigência americana de maior esforço aos aliados e fez dela uma bandeira sua, a verdade é que, ao contrário da opinião de Obama, não parece ver na Rússia uma ameaça. Bem pelo contrário, pois além dos elogios a Putin, várias vezes falou da necessidade de derrotar o terrorismo islâmico, considerando os russos um aliado na tarefa. E pouco a pouco é a China que surge como o adversário potencial da nova América rearmada, com os sinais a serem dados primeiro pelo próprio Trump com o telefonema recebido da líder taiwanesa e depois pelo seu secretário de Estado, Rex Tillerson, que durante a audição no Senado para ser confirmado no cargo comparou as edificações chinesas em ilhotas na Mar do Sul da China com a anexação da Crimeia e prometeu dar um sinal a Pequim de que não tem carta branca na região, bloqueando se necessário o aceso da marinha chinesa.

Neste contexto de desafio militar à China, que já estava também ameaçada por Trump com uma guerra comercial, ganha novo interesse aquilo que disse em março, no seu programa de rádio, Steve Bannon, hoje um dos principais conselheiros do presidente: "Vamos ter uma guerra no Mar do Sul da China no prazo de cinco ou dez anos, não vamos?". Da parte dos chineses, foi um alto responsável, citado pelo jornal South China Morning Post, a declarar que uma guerra com os Estados Unidos já "não é só um slogan" mas passou a ser "também uma realidade prática". Assustadora a perspetiva, pois ambos os países fazem parte do clube nuclear, mesmo que, uma vez mais, a clara supremacia seja dos Estados Unidos, só comparável ao arsenal russo.




A própria questão nuclear, que parecia resolvida com o fim da Guerra Fria há 25 anos, tem ressurgido tanto nas palavras de Trump como de Putin, sem se entender bem o que ambos pretendem quando falam de aumentar a sua capacidade. E para dissuadir quem? A Coreia do Norte? A dupla Índia-Paquistão? Israel? O Irão, que Obama considerava estar sob controlo.

Mikhail Gorbachev, o último presidente da União Soviética, alertou em fins de janeiro à Time que "tudo parece como se o mundo se estivesse a preparar para a guerra". Tem razão na leitura. Agora com Trump e Xi Jinping a medirem forças, como antes quando Obama e Putin já eram incapazes de se olhar de frente nas cimeiras, como aconteceu na do G20, em Hangzhou, em setembro. O mundo está muito perigoso.


>>>>>> http://www.dn.pt/mundo/interior/corrida-as-armas-ja-comecou-e-foi-antes-de-trump-5644742.html
 

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Lusitano89

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Re: Despesas Militares Mundais
« Responder #31 em: Março 04, 2017, 06:30:38 pm »
China aumenta investimento na Defesa


 

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P44

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Re: Despesas Militares Mundais
« Responder #32 em: Março 06, 2017, 02:58:51 pm »
China to increase military spending by 7% in 2017

4 March 2017

China says it will increase military spending by about 7% this year, just days after Donald Trump outlined a boost to the US defence budget.

The scheduled announcement was made ahead of the annual National People's Congress (NPC) in Beijing.

China has been modernising its armed forces recently as its economy expands.
China's announced defence budget remains smaller than that of the US. But many China observers argue the real figure could be much higher.

The announcement marks the second consecutive year that the increase in China's defence spending has been below 10% following nearly two decades at or above that figure.

It means that total spending will account for about 1.3% of the country's projected GDP in 2017, the same level as in recent years, said government spokeswoman Fu Ying.

The precise figure for the country's military spending will be provided by Chinese Premier Li Keqiang when he addresses the NPC on Sunday.

Earlier this week, US President Donald Trump said he was seeking to boost defence spending by 10% in his proposed budget for 2018.

China's military build-up - and projection of naval power - has caused concerns in the region, where it has taken an increasingly assertive stance in territorial disputes.



Beijing has been building artificial islands on reefs in waters also claimed by other nations in the South China Sea.

Images published late last year show military defences on some islands, a think-tank says.
Defending its right to build, China has said in the past that it has no intention of militarising the islands, but has acknowledged building what it calls necessary military facilities for defensive purposes.



There have been sporadic incidents between US and Chinese ships in the South China Sea. Late last year, a Chinese ship seized a US navy underwater drone off the Philippines, but later agreed to return it.

Chinese ships have also been involved in clashes and stand-offs with ships from Vietnam and the Philippines.

Japan signed off a record defence budget last December in the face of territorial disputes with China in the East China Sea and North Korea's nuclear and missile threats.

In Beijing, Ms Fu said on Saturday that China advocated "dialogue for peaceful resolutions, while at the same time, we need to possess the ability to defend our sovereignty and interests".


A think-tank published images last year showing what it said were military facilities on some islands

http://www.bbc.com/news/world-asia-china-39165080
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Vitor Santos

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Re: Despesas Militares Mundais
« Responder #33 em: Março 06, 2017, 06:04:30 pm »
Citar

Mesmo na 11ª posição neste ranking, o Brasil gasta mais de 70% deste orçamento em custeio, soldos e pensões sobrando pouco para investimentos e modernização.
 

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Lusitano89

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Re: Despesas Militares Mundais
« Responder #34 em: Dezembro 13, 2017, 02:20:14 pm »
 

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Lightning

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Re: Despesas Militares Mundais
« Responder #35 em: Março 14, 2018, 06:56:52 pm »
 

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Lusitano89

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Re: Despesas Militares Mundais
« Responder #36 em: Abril 17, 2018, 02:36:22 pm »
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Despesas Militares Mundais
« Responder #37 em: Maio 03, 2018, 02:28:53 pm »
German defense budget angers critics — including the defense minister
By: Sebastian Sprenger

COLOGNE, Germany – Chancellor Angela Merkel’s Cabinet has approved a draft federal budget considered so insufficient for the armed forces by Defence Minister Ursula von der Leyen that she submitted a formal note of protest along with her vote.

The unusual move pits the defense chief, a member of Merkel’s Christian Democratic Union, against finance minister and vice chancellor Olaf Scholz of the Social Democratic Party, who crafted the budget primarily with an eye on domestic measures and the premise of incurring no additional debt.

The defense ministry stands to get €38.5 billion in 2018, which is roughly €1.5 billion more than last year, and €41.5 billion in 2019. That trajectory would bring Germany’s share of defense spending measured against gross domestic product to 1.28 percentage points in the next few years, Scholz told reporters in Berlin.

Defense ministry leaders believe they have a requirement for a plus-up of €12 billion by 2021. The money is needed to fix gaping equipment shortfalls and would underpin Germany’s goals in a militarily stronger Europe, the argument goes.

But Scholz’s budget plan only includes upwards of five billion Euros by then, and more than half of that would go toward covering personnel cost increases, according to officials. In response, German media reported that the ministry already was preparing a list of program cancellations involving European allies, including a German-Norwegian submarine cooperation.

Critics panned the budget proposal today, arguing it stands in stark contrast with Germany’s defense and foreign policy ambitions. Given the low availability of much of the Bundeswehr’s equipment, even the prospect of €12 billion more over four years would be the minimum to get problems under control, they said.

“Germany isolates itself with such an emphasis on domestic issues,” said Christian Mölling, analyst with the German Council on Foreign Relations. “We see here the left wing of the SPD pushing its positions.”

Finance minister Scholz today defended the outlook for defense, arguing that the Bundeswehr wouldn’t be able to spend more than is envisioned in the annual increases anyway. “It’s not like you can just go shopping for these things,” he said, referring to the long lead times and bureaucratic processes governing weapons programs.

Scholz even borrowed a military jargon term in his press conference today. Avoiding deficit spending in the budget would make the country more “combat-capable” in times of economic crises, he said.

Marcel Dickow, analyst with the German Institute for International and Security Affairs, argues that funds beyond the increases Scholz has proposed would do nothing to solve the Bundeswehr’s “structural” problems.

“It’s true that equipment problems and shortages must be addressed,” he said. “But the failures are grounded in slow acquisition processes and bad management.”

Exactly where Chancellor Merkel falls in all of this is still unclear. Her spokesman Steffen Seibert today sought to downplay the prospect that the current budget proposal would fail to get Germany even close to the NATO-wide spending target of 2 percent of GDP by the middle of the next decade.

“I don’t see the contradiction,” he told reporters in Berlin. “I see the commitment to the NATO goal and the necessity to move in that direction. We are on our way there.”

Negotiations on the budget are expected to continue in the next two months. A final measure will go to parliament for consideration in early July.

https://www.defensenews.com/global/europe/2018/05/02/german-defense-budget-angers-critics-including-the-defense-minister/
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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perdadetempo

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Re: Despesas Militares Mundais
« Responder #38 em: Maio 03, 2018, 08:39:54 pm »
Documento do SIPRI com as tendências registada nas despesas militares para o ano de 2017

https://www.sipri.org/sites/default/files/2018-05/sipri_fs_1805_milex_2017.pdf

O facto mais interessante foi a descida de 20% das despesas russas. Pelo vistos está a começar a faltar-lhes o dinheiro.

Cumprimentos,

 

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Re: Despesas Militares Mundais
« Responder #39 em: Maio 03, 2018, 09:06:57 pm »
Documento do SIPRI com as tendências registada nas despesas militares para o ano de 2017

https://www.sipri.org/sites/default/files/2018-05/sipri_fs_1805_milex_2017.pdf

O facto mais interessante foi a descida de 20% das despesas russas. Pelo vistos está a começar a faltar-lhes o dinheiro.

Cumprimentos,

Palpita-me que o buraco negro que foram os Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi de 51 mil milhões de dólares!!!!!!!!!! Podem ter feito muitos estragos! (https://www.theguardian.com/sport/2014/feb/05/sochi-games-olympic-extravagence-cost-winter-russia) e o Mundial de Futebol também estará a fazer mais estragos ainda (https://en.wikipedia.org/wiki/2018_FIFA_World_Cup e https://www.ft.com/content/3a8ae2e8-cf0c-11e7-b781-794ce08b24dc). Sempre são mais 20 mil milhões de dólares!!!!! Vida de rico é assim, gastar mais de 70 mil milhões de dólares só em 2 eventos não é para todos!!!!!!!
 

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Lusitano89

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Re: Despesas Militares Mundais
« Responder #40 em: Maio 04, 2018, 03:53:17 pm »
 

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Re: Despesas Militares Mundais
« Responder #41 em: Maio 05, 2018, 07:54:14 pm »
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Re: Despesas Militares Mundais
« Responder #42 em: Julho 17, 2018, 08:38:28 pm »
Not a valid vimeo URL
https://www.facebook.com/wcgeary/videos/10211234231911651/

As exportações militares dos EUA para o mundo desde 1950.
E ainda dizem que a UE é má para o negócio...
« Última modificação: Julho 17, 2018, 10:28:10 pm por HSMW »
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 
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Re: Despesas Militares Mundais
« Responder #43 em: Março 14, 2019, 10:32:31 pm »
Aliados aumentam gastos em defesa


 

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Re: Despesas Militares Mundais
« Responder #44 em: Março 15, 2019, 05:08:42 pm »