Mas nas marinas de Vilamoura ou Lagos, de Lisboa ou Gaia, só a titulo de amostra, entram todos os dias várias embarcações, às vezes só para reabastecer ou até para apenas descarregar o lixo, mas a maioria fica pelo menos uns dias.
Muitas ancoram (para não pagar) fora das marinas (muito visível no Sado e Guadiana) e não têm quem os lá vá identificar ou registar a entrada em território nacional (sobretudo se for extra Schengen)?
Casos como o da Nazaré, onde eu que sou da zona não imaginava que o SEF não tivesse uma presença permanente, é uma lacuna que se assim preenche, seja pelo pessoal da esquadra local da PSP ou da UCC da GNR.
Pensava eu que na região de Lisboa, e outras, cheias de ancoradouros formais e informais, tivessem alguém escalado e pronto que ocorresse a esses locais em caso de se tratar de embarcações estrangeiras.
Enfim, o esquema de distribuição do SEF acaba por ser um saco mais roto do que imaginava. Bem-vindos à PSP, os que vierem.
No espaço Schengen, as entradas e saídas só são permitidas nos Postos de Fronteira. As embarcações de bandeira extra Shengen podem ancorar em qualquer porto ou marina, desde que tenham sido controladas à entrada, em qualquer PF Shengen. Ou seja, só há um controle de entrada e um de saída. Os tripulantes só podem sair se estiverem munidos de documentos que permita a saída. No PF da Nazaré é normal funcionar nesse regime, pois tem tão pouco movimento anual (quando tem) que não se justifica a permanência. As chegadas ou partidas extra Shengen tem a obrigação legal de ser comunicadas com antecedência, por isso o controlo de Fronteira é sempre efectuado. Pelo barulho da imprensa, a GNR não vai controlar os Postos de Fronteira Marítimos, mas sim a fronteira marítima (desembarques ilegais).