Os 30 F16A/B MLU da FAP

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Charlie Jaguar

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #2490 em: Julho 12, 2021, 10:25:10 am »
Entretanto o F-16BM 15144 já se encontra na BA5, fotos deste é que ainda não há.

Por acaso até há, mas esperam-se melhores. c56x1


Crédito: Jorge Ruivo, 06/07/2021 a concluir o curto voo de Alverca para Monte Real






Já se conseguiu aumentar o numero de motores disponíveis?

É um Work in Progress com o auxílio da Pratt & Whitney. Isto é como diz o outro: não há dinheiro, não há palhaço, e com a verba decorrente da venda das células excedentárias à Roménia, está a conseguir-se inspeccionar e "revitalizar" uma série de células, inclusivamente algumas paradas há algum tempo como a 12, 31 e 33 por exemplo.

Ah, e para ti Red Baron, que há uns tempos me havias feito esta mesma pergunta e não te havia dado a certeza, aqui tens agora a confirmação: a OFP dos F-16 MLU romenos é actualmente a M5.2R, no entanto está previsto o upgrade da mesma para M6.6 a partir de 2023 pela FAP, com o auxílio da USAF e LM. Para esse efeito duas aeronaves (um monolugar e outro bilugar) deslocar-se-ão para a BA5 para servirem como protótipos, por assim dizer, sendo que no ano seguintes os restantes 15 F-16 romenos serão alvo dessa mesma actualização em Borcea com o apoio dos técnicos da FAP ao abrigo do OSS (On-Site Support) contratualizado. A OFP M6.6 é específica e exclusiva para a Roménia, tendo sido negociada directamente entre este país e os Estados Unidos.

Está confirmado também que com o habitual equipamento adicional (tanques de combustível, TER's, calhas, etc), também seguiram para a Roménia pelo menos 6 pods AN/ALQ-131(V). Esta nação de Leste parece estar igualmente bastante interessada em modernizar os seus MLU para Viper, o que poderá ser benéfico para o nosso caso. Vejamos assim o que é dito, por exemplo, numa das mais recentes edições da revista Mais Alto:

Citar
(...) Importa também relevar que Portugal, através da sua Força Aérea, reforça também o seu contributo para a Defesa Coletiva e Segurança Cooperativa no âmbito da NATO, ao promover o desenvolvimento da capacidade de Defesa Aérea da Roménia, um País Aliado situado numa região particularmente sensível no contexto internacional atual. No quadro de reconfiguração do consórcio restrito de utilizadores F-16 designado por Multinational Fighter Program (MNFP), constituído pela USAF e pelos cinco European Participating Air Forces (EPAF), nos quais a Força Aérea Portuguesa se inclui, a implementação e incremento da capacidade F-16 na Roménia poderá ter ainda um alcance adicional.

Num cenário em que a Noruega, os Países Baixos, a Dinamarca e a Bélgica se encontram já em processo de migração para a plataforma F-35A, de quinta geração, tendo já planeado o phase-out dos seus F-16 MLU (a Noruega já em 2021), a entrada da Força Aérea Romena (a par de outras europeias) para o grupo de utilizadores deste sistema de armas abre novas perspetivas, muito em particular para Portugal. Isto porque a necessidade de desenvolvimento de atualizações permanecerá por 15 ou mais anos, potenciando as oportunidades de sinergias decorrentes da partilha, estruturada ou ad-hoc, dos respetivos objetivos e custos. Uma das eventuais oportunidades poderá surgir já a curto-médio prazo, com a potencial atualização para a configuração F-16V, a qual implica uma modificação profunda das aeronaves F-16 MLU, com a instalação, entre outros equipamentos, de um novo sistema radar, garantindo o prolongamento (uma vez mais) da relevância e vida operacional do sistema de armas F-16.
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #2491 em: Julho 12, 2021, 11:47:36 am »
Entretanto o F-16BM 15144 já se encontra na BA5, fotos deste é que ainda não há.

Por acaso até há, mas esperam-se melhores. c56x1


Crédito: Jorge Ruivo, 06/07/2021 a concluir o curto voo de Alverca para Monte Real






Já se conseguiu aumentar o numero de motores disponíveis?

É um Work in Progress com o auxílio da Pratt & Whitney. Isto é como diz o outro: não há dinheiro, não há palhaço, e com a verba decorrente da venda das células excedentárias à Roménia, está a conseguir-se inspeccionar e "revitalizar" uma série de células, inclusivamente algumas paradas há algum tempo como a 12, 31 e 33 por exemplo.

Ah, e para ti Red Baron, que há uns tempos me havias feito esta mesma pergunta e não te havia dado a certeza, aqui tens agora a confirmação: a OFP dos F-16 MLU romenos é actualmente a M5.2R, no entanto está previsto o upgrade da mesma para M6.6 a partir de 2023 pela FAP, com o auxílio da USAF e LM. Para esse efeito duas aeronaves (um monolugar e outro bilugar) deslocar-se-ão para a BA5 para servirem como protótipos, por assim dizer, sendo que no ano seguintes os restantes 15 F-16 romenos serão alvo dessa mesma actualização em Borcea com o apoio dos técnicos da FAP ao abrigo do OSS (On-Site Support) contratualizado. A OFP M6.6 é específica e exclusiva para a Roménia, tendo sido negociada directamente entre este país e os Estados Unidos.

Está confirmado também que com o habitual equipamento adicional (tanques de combustível, TER's, calhas, etc), também seguiram para a Roménia pelo menos 6 pods AN/ALQ-131(V). Esta nação de Leste parece estar igualmente bastante interessada em modernizar os seus MLU para Viper, o que poderá ser benéfico para o nosso caso. Vejamos assim o que é dito, por exemplo, numa das mais recentes edições da revista Mais Alto:

Citar
(...) Importa também relevar que Portugal, através da sua Força Aérea, reforça também o seu contributo para a Defesa Coletiva e Segurança Cooperativa no âmbito da NATO, ao promover o desenvolvimento da capacidade de Defesa Aérea da Roménia, um País Aliado situado numa região particularmente sensível no contexto internacional atual. No quadro de reconfiguração do consórcio restrito de utilizadores F-16 designado por Multinational Fighter Program (MNFP), constituído pela USAF e pelos cinco European Participating Air Forces (EPAF), nos quais a Força Aérea Portuguesa se inclui, a implementação e incremento da capacidade F-16 na Roménia poderá ter ainda um alcance adicional.

Num cenário em que a Noruega, os Países Baixos, a Dinamarca e a Bélgica se encontram já em processo de migração para a plataforma F-35A, de quinta geração, tendo já planeado o phase-out dos seus F-16 MLU (a Noruega já em 2021), a entrada da Força Aérea Romena (a par de outras europeias) para o grupo de utilizadores deste sistema de armas abre novas perspetivas, muito em particular para Portugal. Isto porque a necessidade de desenvolvimento de atualizações permanecerá por 15 ou mais anos, potenciando as oportunidades de sinergias decorrentes da partilha, estruturada ou ad-hoc, dos respetivos objetivos e custos. Uma das eventuais oportunidades poderá surgir já a curto-médio prazo, com a potencial atualização para a configuração F-16V, a qual implica uma modificação profunda das aeronaves F-16 MLU, com a instalação, entre outros equipamentos, de um novo sistema radar, garantindo o prolongamento (uma vez mais) da relevância e vida operacional do sistema de armas F-16.

Boas CG,

Com estes dois últimos paragrafos tudo indica que muito mas muito provavelmente iremos para os V ao mesmo tempo que os Romenos, ou até um pouqinho mais cedo .

Abraços
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #2492 em: Julho 12, 2021, 11:49:27 am »
Entretanto o F-16BM 15144 já se encontra na BA5, fotos deste é que ainda não há.

Por acaso até há, mas esperam-se melhores. 8)


Crédito: Jorge Ruivo, 06/07/2021 a concluir o curto voo de Alverca para Monte Real






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É um Work in Progress com o auxílio da Pratt & Whitney. Isto é como diz o outro: não há dinheiro, não há palhaço, e com a verba decorrente da venda das células excedentárias à Roménia, está a conseguir-se inspeccionar e "revitalizar" uma série de células, inclusivamente algumas paradas há algum tempo como a 12, 31 e 33 por exemplo.

Ah, e para ti Red Baron, que há uns tempos me havias feito esta mesma pergunta e não te havia dado a certeza, aqui tens agora a confirmação: a OFP dos F-16 MLU romenos é actualmente a M5.2R, no entanto está previsto o upgrade da mesma para M6.6 a partir de 2023 pela FAP, com o auxílio da USAF e LM. Para esse efeito duas aeronaves (um monolugar e outro bilugar) deslocar-se-ão para a BA5 para servirem como protótipos, por assim dizer, sendo que no ano seguintes os restantes 15 F-16 romenos serão alvo dessa mesma actualização em Borcea com o apoio dos técnicos da FAP ao abrigo do OSS (On-Site Support) contratualizado. A OFP M6.6 é específica e exclusiva para a Roménia, tendo sido negociada directamente entre este país e os Estados Unidos.

Está confirmado também que com o habitual equipamento adicional (tanques de combustível, TER's, calhas, etc), também seguiram para a Roménia pelo menos 6 pods AN/ALQ-131(V). Esta nação de Leste parece estar igualmente bastante interessada em modernizar os seus MLU para Viper, o que poderá ser benéfico para o nosso caso. Vejamos assim o que é dito, por exemplo, numa das mais recentes edições da revista Mais Alto:

Citar
(...) Importa também relevar que Portugal, através da sua Força Aérea, reforça também o seu contributo para a Defesa Coletiva e Segurança Cooperativa no âmbito da NATO, ao promover o desenvolvimento da capacidade de Defesa Aérea da Roménia, um País Aliado situado numa região particularmente sensível no contexto internacional atual. No quadro de reconfiguração do consórcio restrito de utilizadores F-16 designado por Multinational Fighter Program (MNFP), constituído pela USAF e pelos cinco European Participating Air Forces (EPAF), nos quais a Força Aérea Portuguesa se inclui, a implementação e incremento da capacidade F-16 na Roménia poderá ter ainda um alcance adicional.

Num cenário em que a Noruega, os Países Baixos, a Dinamarca e a Bélgica se encontram já em processo de migração para a plataforma F-35A, de quinta geração, tendo já planeado o phase-out dos seus F-16 MLU (a Noruega já em 2021), a entrada da Força Aérea Romena (a par de outras europeias) para o grupo de utilizadores deste sistema de armas abre novas perspetivas, muito em particular para Portugal. Isto porque a necessidade de desenvolvimento de atualizações permanecerá por 15 ou mais anos, potenciando as oportunidades de sinergias decorrentes da partilha, estruturada ou ad-hoc, dos respetivos objetivos e custos. Uma das eventuais oportunidades poderá surgir já a curto-médio prazo, com a potencial atualização para a configuração F-16V, a qual implica uma modificação profunda das aeronaves F-16 MLU, com a instalação, entre outros equipamentos, de um novo sistema radar, garantindo o prolongamento (uma vez mais) da relevância e vida operacional do sistema de armas F-16.

Resumindo, como não há dinheiro para F-35A, vamos fazer uma EPAF com os Romenos, e eventualmente os Eslovacos com os F-16 Block 70/72.
Ou isso ou nada não é ?
 

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #2493 em: Julho 12, 2021, 12:33:17 pm »
Ou isso, ou aguentar os F-16 como estão até apodrecerem. Porque não estou a ver terem dinheiro para F-35 na década de 30, quando há tantos programas planeados para aquela altura.
 

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #2494 em: Julho 12, 2021, 12:34:24 pm »
Resumindo, como não há dinheiro para F-35A, vamos fazer uma EPAF com os Romenos, e eventualmente os Eslovacos com os F-16 Block 70/72.
Ou isso ou nada não é ?

É o que parece dar a entender o último parágrafo, sim. Seria uma EPAF 1.1 ou 1.2, com Roménia, Portugal e eventualmente Eslováquia, Bulgária, Grécia e potencialmente a Polónia. Não falo da Turquia porque como as coisas estão neste momento acho difícil que pudessem ser autorizados a dar esse passo, apesar de oficiosamente as relações com os Estados Unidos estarem mais calmas, porém face à opção grega é sabido que os turcos gostariam de poder modernizar a sua enorme frota para o padrão Viper.

Sejamos sinceros e práticos: os custos envolvidos na aquisição do sistema de armas F-35A são incomportáveis no cenário actual e vindouro, e ainda para mais num país onde a classe política se está nas tintas para as Forças Armadas. O F-16V poderá ser um mal menor acharão uns, e mais barato, todavia estará muito longe de ser irrelevante como dizem por aí. E convém não esquecer que a USAF planeia operar as suas aeronaves até 2048, o que face ao MNFP significa que não ficaríamos desamparados.

O que não faz sentido é estarmos em 2021 e continuarem a chegar MLU vindos de Alverca quando já deviam era estar a ser entregues como Viper, isso sim. Mas isso é somente a minha opinião pessoal, e talvez o que se esteja à espera é da recepção de todos os 28 MLU para então avançar para o Viper.
« Última modificação: Julho 12, 2021, 12:44:06 pm por Charlie Jaguar »
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« Responder #2495 em: Julho 12, 2021, 12:45:03 pm »
Resumindo, como não há dinheiro para F-35A, vamos fazer uma EPAF com os Romenos, e eventualmente os Eslovacos com os F-16 Block 70/72.
Ou isso ou nada não é ?

É o que parece dar a entender o último parágrafo, sim. Seria uma EPAF 1.1 ou 1.2, com Roménia, Portugal e eventualmente Eslováquia, Bulgária, Grécia e potencialmente a Polónia. Não falo da Turquia porque como as coisas estão neste momento acho difícil que pudessem ser autorizados a dar esse passo, apesar de oficiosamente as relações com os Estados Unidos estarem mais calmas, porém face à opção grega é sabido que os turcos gostariam de poder modernizar a sua enorme frota para o padrão Viper.

Sejamos sinceros e práticos: os custos envolvidos na aquisição do sistema de armas F-35A são incomportáveis no cenário actual, e ainda para mais num país onde a classe política se está nas tintas para as Forças Armadas. O F-16V poderá ser um mal menor acharão uns, e mais barato, todavia estará muito longe de ser irrelevante como dizem por aí. E convém não esquecer que a USAF planeia operar as suas aeronaves até 2048, o que face ao MNFP significa que não ficaríamos desamparados.

O que não faz sentido é estarmos em 2021 e continuarem a chegar MLU vindos de Alverca quando já deviam era estar a ser entregues como Viper, isso sim. Mas isso é a minha opinião pessoal.

Eu diria até que mesmo que conseguíssemos ter os F-35 não íamos tirar partidos das vantagens em relação ao F-16V, mesmo algumas funcionalidades do F-16V seriam muito pouco utilizadas, isto claro em missões sem parceiros NATO.

Pois algumas das vantagens do F-35 e do F-16V é a integração de dados de diversas fontes, coisa que nós não temos implementada.
 

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Charlie Jaguar

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #2496 em: Julho 12, 2021, 01:01:38 pm »
Eu diria até que mesmo que conseguíssemos ter os F-35 não íamos tirar partidos das vantagens em relação ao F-16V, mesmo algumas funcionalidades do F-16V seriam muito pouco utilizadas, isto claro em missões sem parceiros NATO.

Pois algumas das vantagens do F-35 e do F-16V é a integração de dados de diversas fontes, coisa que nós não temos implementada.

Face aos rumores que já foram aqui recentemente partilhados, dá a sensação que a decisão poderá estar tomada e que ao mesmo tempo se irá querer um maior protagonismo/presença em operações da NATO e não só. Quando a esmola é muito o pobre desconfia, é certo, mas pode ser que de facto a FAP esteja a aguardar pela chegada dos últimos MLU vindos de Alverca para anunciar a opção pelo Viper. Há-que começar a arrumar a casa, ir em frente, e tentar evitar o erro da modernização levar tanto tempo como a MLU - iniciada em 2000 -, sendo que o Viper não invalidará que na próxima década não possa ser suplementado ou substituído pelo F-35A.

É uma questão de não se querer cair na irrelevância e, usando uma metáfora futebolística, termos a consciência de que jogamos numa liga diferente de Noruega, Bélgica, Países Baixos, Dinamarca e Reino Unido. Portanto toca a avançar para o Viper, com o SABR e outras coisinhas mais que nos permitam operar de forma mais abrangente e com a capacidade de interacção e interoperabilidade com parceiros dotados de meios mais avançados.
Saudações Aeronáuticas,
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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #2497 em: Julho 12, 2021, 01:27:36 pm »
Só acredito em FULL VIPER quando vir, radares SABR, AIM-9X, JASSM, GBUs, pods EW Israelitas ?
Vamos ver.... ::)
Como sempre voltamos a 2º linha, como nos bons velhos tempos dos A-7P, pode-se dizer que em 30 anos não se conseguiu economicamente por o país apto a adquirir 30 a 40 F-35A.
Enfim, Sócrates, Salgados,Vieiras deste país...
 

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #2498 em: Julho 12, 2021, 01:39:58 pm »
Há cenários em que faz falta ter o F-35, outros nem tanto. Por alguma razão a própria USAF optou por manter os F-16 e F-15 em serviço.

Nas missões que estamos habituados a fazer, o F-16V serve perfeitamente. Não é preciso um caça 5G para policiamento aéreo, CAS, ataque a alvos pouco defendidos. Para ASuW e ataque a alvos em terra bem protegidos, a solução passa pela integração do armamento adequado. O F-35 traria sim vantagens em combate BVR face a caças de gerações anteriores, e claro na capacidade de penetração do espaço aéreo inimigo. Também permitia criar um equilíbrio na região, já que Espanha, Marrocos e Argélia pretendem adquirir caças de 5ª geração.

Daí a solução ideal ser o misto dos dois caças.

Entretanto, ter F-35, sem uma aeronave capaz de o abastecer no ar, limita muito o seu raio de acção em configuração "stealth". Para já penso que o upgrade dos F-16 para V fosse a solução certa, pelo menos dos PA I.
 
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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #2499 em: Julho 12, 2021, 01:59:40 pm »
Há cenários em que faz falta ter o F-35, outros nem tanto. Por alguma razão a própria USAF optou por manter os F-16 e F-15 em serviço.

Nas missões que estamos habituados a fazer, o F-16V serve perfeitamente. Não é preciso um caça 5G para policiamento aéreo, CAS, ataque a alvos pouco defendidos. Para ASuW e ataque a alvos em terra bem protegidos, a solução passa pela integração do armamento adequado. O F-35 traria sim vantagens em combate BVR face a caças de gerações anteriores, e claro na capacidade de penetração do espaço aéreo inimigo. Também permitia criar um equilíbrio na região, já que Espanha, Marrocos e Argélia pretendem adquirir caças de 5ª geração.

Daí a solução ideal ser o misto dos dois caças.

Entretanto, ter F-35, sem uma aeronave capaz de o abastecer no ar, limita muito o seu raio de acção em configuração "stealth". Para já penso que o upgrade dos F-16 para V fosse a solução certa, pelo menos dos PA I.

A solução ideal, seria como já aqui foi dito 1000 vezes, seria o upgrade para V de 19 aparelhos, e adquirir entre 14 a 16 F-35A.
Veremos o futuro....
 

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #2500 em: Julho 12, 2021, 02:06:19 pm »
Só acredito em FULL VIPER quando vir, radares SABR, AIM-9X, JASSM, GBUs, pods EW Israelitas ?
Vamos ver.... ::)
Como sempre voltamos a 2º linha, como nos bons velhos tempos dos A-7P, pode-se dizer que em 30 anos não se conseguiu economicamente por o país apto a adquirir 30 a 40 F-35A.
Enfim, Sócrates, Salgados,Vieiras deste país...

Nunca estivemos na primeira linha em nada. Mesmo que tivéssemos F-35, o resto das FA continuariam a ser de 2ª ou 3ª linha (e estou a ser simpático, basta ver que não temos sistemas AA para defender as bases de onde os F-35 pudessem operar). Por outro lado, o F-16V não está para o F-35 como o A-7P estava para os caças modernos contemporâneos. Basta olhar para as limitações que o A-7 tinha face aos restantes caças, não tinha capacidade BVR, era muito mais lento, menos ágil, algo limitado nos armamentos. Em contraste, o V leva praticamente todo o armamento que o F-35 pode levar, e tem muita tecnologia baseada no F-35.

A solução ideal, seria como já aqui foi dito 1000 vezes, seria o upgrade para V de 19 aparelhos, e adquirir entre 14 a 16 F-35A.
Veremos o futuro....

Exacto. O tempo que se demoraria a modernizar os 19 do PA I, até dava para decidir se se modernizava o PA II restantes, ou se se vendia estes para investir nos F-35. A decisão dos PA I é que me parece urgente.
 

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« Responder #2501 em: Julho 12, 2021, 02:38:59 pm »
Só acredito em FULL VIPER quando vir, radares SABR, AIM-9X, JASSM, GBUs, pods EW Israelitas ?
Vamos ver.... ::)
Como sempre voltamos a 2º linha, como nos bons velhos tempos dos A-7P, pode-se dizer que em 30 anos não se conseguiu economicamente por o país apto a adquirir 30 a 40 F-35A.
Enfim, Sócrates, Salgados,Vieiras deste país...

Nunca estivemos na primeira linha em nada. Mesmo que tivéssemos F-35, o resto das FA continuariam a ser de 2ª ou 3ª linha (e estou a ser simpático, basta ver que não temos sistemas AA para defender as bases de onde os F-35 pudessem operar). Por outro lado, o F-16V não está para o F-35 como o A-7P estava para os caças modernos contemporâneos. Basta olhar para as limitações que o A-7 tinha face aos restantes caças, não tinha capacidade BVR, era muito mais lento, menos ágil, algo limitado nos armamentos. Em contraste, o V leva praticamente todo o armamento que o F-35 pode levar, e tem muita tecnologia baseada no F-35.

A solução ideal, seria como já aqui foi dito 1000 vezes, seria o upgrade para V de 19 aparelhos, e adquirir entre 14 a 16 F-35A.
Veremos o futuro....

Exacto. O tempo que se demoraria a modernizar os 19 do PA I, até dava para decidir se se modernizava o PA II restantes, ou se se vendia estes para investir nos F-35. A decisão dos PA I é que me parece urgente.

Como bem disseste são situações completamente distintas, a do A-7P e do F-16V. Atingimos a paridade com os nossos aliados com o F-16 MLU, a primeira vez que na história da FAP isso aconteceu ao nível da aviação de combate, e entrámos no MNFP e EPAF. Com o Viper não iremos fazer má figura ou ficar ultrapassados como aconteceria se explorássemos o MLU até ao limite sem quaisquer upgrades. Ficaremos noutro patamar, que não terá de ser forçosamente abaixo dos restantes, isto porque a NATO desejará utilizar-nos em missões cuja necessidade da presença do F-35A será claramente um overkill por todas as razões e mais algumas.

A opção pelo Viper não implica abdicar-se do Lightning II a médio prazo, como complemento ou substituto directo como temos vindo a ler nos vários ensaios e estudos publicados a esse respeito e que por aqui têm passado. Dará tempo para que aquele sistema de armas amadureça, se baixem significativamente os custos de aquisição, operação e manutenção, não descurando dessa forma a defesa da soberania nacional e a relevância em operações externas da Aliança. Um Full Viper só traria benefícios à FAP e a Portugal, desde que bem equipado e devidamente explorado, e pelo que tenho ouvido tal englobaria todas as 28 aeronaves devido ao potencial ainda existente nos PA II.
Saudações Aeronáuticas,
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« Responder #2502 em: Julho 12, 2021, 03:00:02 pm »
Só acredito em FULL VIPER quando vir, radares SABR, AIM-9X, JASSM, GBUs, pods EW Israelitas ?
Vamos ver.... ::)
Como sempre voltamos a 2º linha, como nos bons velhos tempos dos A-7P, pode-se dizer que em 30 anos não se conseguiu economicamente por o país apto a adquirir 30 a 40 F-35A.
Enfim, Sócrates, Salgados,Vieiras deste país...

Nunca estivemos na primeira linha em nada. Mesmo que tivéssemos F-35, o resto das FA continuariam a ser de 2ª ou 3ª linha (e estou a ser simpático, basta ver que não temos sistemas AA para defender as bases de onde os F-35 pudessem operar). Por outro lado, o F-16V não está para o F-35 como o A-7P estava para os caças modernos contemporâneos. Basta olhar para as limitações que o A-7 tinha face aos restantes caças, não tinha capacidade BVR, era muito mais lento, menos ágil, algo limitado nos armamentos. Em contraste, o V leva praticamente todo o armamento que o F-35 pode levar, e tem muita tecnologia baseada no F-35.

A solução ideal, seria como já aqui foi dito 1000 vezes, seria o upgrade para V de 19 aparelhos, e adquirir entre 14 a 16 F-35A.
Veremos o futuro....

Exacto. O tempo que se demoraria a modernizar os 19 do PA I, até dava para decidir se se modernizava o PA II restantes, ou se se vendia estes para investir nos F-35. A decisão dos PA I é que me parece urgente.

Como bem disseste são situações completamente distintas, a do A-7P e do F-16V. Atingimos a paridade com os nossos aliados com o F-16 MLU, a primeira vez que na história da FAP isso aconteceu ao nível da aviação de combate, e entrámos no MNFP e EPAF. Com o Viper não iremos fazer má figura ou ficar ultrapassados como aconteceria se explorássemos o MLU até ao limite sem quaisquer upgrades. Ficaremos noutro patamar, que não terá de ser forçosamente abaixo dos restantes, isto porque a NATO desejará utilizar-nos em missões cuja necessidade da presença do F-35A será claramente um overkill por todas as razões e mais algumas.

A opção pelo Viper não implica abdicar-se do Lightning II a médio prazo, como complemento ou substituto directo como temos vindo a ler nos vários ensaios e estudos publicados a esse respeito e que por aqui têm passado. Dará tempo para que aquele sistema de armas amadureça, se baixem significativamente os custos de aquisição, operação e manutenção, não descurando dessa forma a defesa da soberania nacional e a relevância em operações externas da Aliança. Um Full Viper só traria benefícios à FAP e a Portugal, desde que bem equipado e devidamente explorado, e pelo que tenho ouvido tal englobaria todas as 28 aeronaves devido ao potencial ainda existente nos PA II.

CJ, sabe-me dizer que meios permitem a partilha de informação com os F-16V/F-35 é que tenho a ideia que temos pouca o nenhuma capacidade na integração de dados.

Os Data Links (penso que é assim que se chama aos protocolos/sistemas de comunicação) do P3 e das "novas" BD permitem esta integração de dados? E os subs? tem algum Data Link?
 

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Charlie Jaguar

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #2503 em: Julho 12, 2021, 05:04:11 pm »
CJ, sabe-me dizer que meios permitem a partilha de informação com os F-16V/F-35 é que tenho a ideia que temos pouca o nenhuma capacidade na integração de dados.

Os Data Links (penso que é assim que se chama aos protocolos/sistemas de comunicação) do P3 e das "novas" BD permitem esta integração de dados? E os subs? tem algum Data Link?

O F-16V e o F-35 comunicarão através de dispositivos avançados de Link 16, no caso do V não sei ainda a sua designação e no F-35 será o MADL (Multifunction Advanced Data Link). Os nossos P-3C CUP+ possuem capacidade Link 11 e 16, quanto às BD creio que a intenção seria dotá-las de Link 16 e 22 aquando do MLU, porém não sou a pessoa indicada para saber em que pé estará isso agora face à extrema demora na modernização dos navios.
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
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Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #2504 em: Julho 12, 2021, 05:32:14 pm »
CJ, sabe-me dizer que meios permitem a partilha de informação com os F-16V/F-35 é que tenho a ideia que temos pouca o nenhuma capacidade na integração de dados.

Os Data Links (penso que é assim que se chama aos protocolos/sistemas de comunicação) do P3 e das "novas" BD permitem esta integração de dados? E os subs? tem algum Data Link?

O F-16V e o F-35 comunicarão através de dispositivos avançados de Link 16, no caso do V não sei ainda a sua designação e no F-35 será o MADL (Multifunction Advanced Data Link). Os nossos P-3C CUP+ possuem capacidade Link 11 e 16, quanto às BD creio que a intenção seria dotá-las de Link 16 e 22 aquando do MLU, porém não sou a pessoa indicada para saber em que pé estará isso agora face à extrema demora na modernização dos navios.

A capacidade de Link 16 dos P-3 ]e muito reduzida. Basicamente tem um teclado que permite mandar mensagens Link 16. Por exemplo se um P-3C detectar um contacto no radar, tem de escrever uma mensagem com as coordenadas para que o F-16 possa receber o alvo.