KC-390 na FAP

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #585 em: Março 30, 2020, 03:56:29 pm »
Qualquer MPA, seja baseado no 390 ou numa aeronave civil, para substituir o P-3, tem que ter uma autonomia no mínimo idêntica a este, e de preferência que venha equipado com sensores e armamento equivalente ao P-8. Algo menos que isso mais vale manter o P-3 enquanto der.

Quanto ao KC, deve vir, mesmo que venha 10 anos atrasado, não haverá denúncia do contrato porque dá jeito a muita gente:mrgreen:

Penso o mesmo, podemos estar a pagar durante cinco ou mais anos sem ter uma única aeronave que non passa nada !!!!

Abraços
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #586 em: Março 30, 2020, 03:59:59 pm »
Qualquer MPA, seja baseado no 390 ou numa aeronave civil, para substituir o P-3, tem que ter uma autonomia no mínimo idêntica a este, e de preferência que venha equipado com sensores e armamento equivalente ao P-8. Algo menos que isso mais vale manter o P-3 enquanto der.

Quanto ao KC, deve vir, mesmo que venha 10 anos atrasado, não haverá denúncia do contrato porque dá jeito a muita gente.  :mrgreen:

Acho é que já devia estar qualquer um cá, para não termos que "mandar" a Hi-Fly (que nem sequer é uma companhia de bandeira, o que para mim é uma vergonha...)

SE um 390 fosse á china buscar equipamento ou das duas uma levava quatro + dias com cerca de 20 tons, a chegar a Portugal ou, para demorar menos, um dia ou dia e meio, transportava dez/doze tons.

Uma vergonha é a TAP como companhia de bandeira não ter nenhum cargueiro na Frota, nem uma merda de um QC.
Faz mais de vinte anos a TAP possuía dois QC um B732 e um B702 mas algum esperto viu que não davam jeito e quando da renovação da frota e passagem para a Airbus ninguém com a cabecinha no sitio pensou que pelo menos um QC ou mesmo um cargueiro puro seria muito útil.

Posso mostrar uma foto de como o CSTUS veio da china com o material farmacêutico que foi buscar, cerca de 22 tons em dia e meio !!!
Se no Porão foram carregados onze ULD's nove pallets e dois 1/2 contentores, o resto da carga, por limitação de peso nas posições do porão, foi carregada no chão da cabine e por cima dos assentos, como podem ver.



SE isto é o procedimento correcto nem quero saber o que será incorrecto.
Se em vez de um 339 de pax fosse um 339 cargueiro ou QC, conseguia transportar para Portugal em dia e meio 40 tons!!

O que a FAP precisa é de transporte estratégico os A400 e um A333 MRTT e aí sim ficava muito bem servida !!!

Abraços
« Última modificação: Março 30, 2020, 04:33:32 pm por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #587 em: Março 30, 2020, 05:44:30 pm »
Qualquer MPA, seja baseado no 390 ou numa aeronave civil, para substituir o P-3, tem que ter uma autonomia no mínimo idêntica a este, e de preferência que venha equipado com sensores e armamento equivalente ao P-8. Algo menos que isso mais vale manter o P-3 enquanto der.

Quanto ao KC, deve vir, mesmo que venha 10 anos atrasado, não haverá denúncia do contrato porque dá jeito a muita gente.  :mrgreen:

Acho é que já devia estar qualquer um cá, para não termos que "mandar" a Hi-Fly (que nem sequer é uma companhia de bandeira, o que para mim é uma vergonha...)

SE um 390 fosse á china buscar equipamento ou das duas uma levava quatro + dias com cerca de 20 tons, a chegar a Portugal ou, para demorar menos, um dia ou dia e meio, transportava dez/doze tons.

Uma vergonha é a TAP como companhia de bandeira não ter nenhum cargueiro na Frota, nem uma merda de um QC.
Faz mais de vinte anos a TAP possuía dois QC um B732 e um B702 mas algum esperto viu que não davam jeito e quando da renovação da frota e passagem para a Airbus ninguém com a cabecinha no sitio pensou que pelo menos um QC ou mesmo um cargueiro puro seria muito útil.

Posso mostrar uma foto de como o CSTUS veio da china com o material farmacêutico que foi buscar, cerca de 22 tons em dia e meio !!!
Se no Porão foram carregados onze ULD's nove pallets e dois 1/2 contentores, o resto da carga, por limitação de peso nas posições do porão, foi carregada no chão da cabine e por cima dos assentos, como podem ver.



SE isto é o procedimento correcto nem quero saber o que será incorrecto.
Se em vez de um 339 de pax fosse um 339 cargueiro ou QC, conseguia transportar para Portugal em dia e meio 40 tons!!

O que a FAP precisa é de transporte estratégico os A400 e um A333 MRTT e aí sim ficava muito bem servida !!!

Abraços

Pode ser que com a possível falência da TAP de para ir buscar um ou dois A330Neo para converter em MRTT. :mrgreen:
 

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #588 em: Março 30, 2020, 06:33:37 pm »
Llega de China el avión militar que trae un millón de test rápidos de coronavirus

El A400M ha aterrizado en la base Torrejón de Ardoz procedente de Shanghái tras casi 19 horas de vuelo

Madrid - 30 mar 2020 - 19:06 CEST

El avión de transporte militar A400M que despegó el sábado hacia Shanghái (China) ha aterrizado a las 16.30 horas de esta tarde en la base aérea de Torrejón de Ardoz (Madrid) tras 18 horas y 50 minutos de vuelo, según ha informado el Ejército del Aire.

Se hablaba de 33 horas de vuelo ida/vuelta y 30 tons. cargadas
 

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #589 em: Março 30, 2020, 07:25:42 pm »
O que a FAP precisa é de transporte estratégico os A400 e um A333 MRTT e aí sim ficava muito bem servida !!!


Acho que ninguém tem dúvidas quanto aos benefícios de operar aeronaves com um maior alcance e maior capacidade de carga, mas a que custo?

Quando a FAP não tem orçamento para adquirir helis como deve ser, não me parece razoável pensar em comprar uma aeronave com os custos de um MRTT, ainda que tenha qualidades indiscutíveis, para utilizar tão esporadicamente.

Relativamente ao A400M, apesar das várias e conhecidas vantagens, este teria custos bem maiores do que os do KC-390, como sabemos.
Por exemplo, o A400M comprado pelo Luxemburgo irá custar 197,3 milhões € e custará 420 milhões € ao longo de 35 anos (11 a 12 milhões por ano). Irá ainda contribuir com 28 milhões para o simulador (que custará 115 milhões!). O hangar custará 49,6 milhões a ser pago pelos 2 países.

Portugal podia suportar custos desta ordem de grandeza? Eu tenho dúvidas, ainda que gostasse que fosse possível.

http://www.lessentiel.lu/fr/luxembourg/story/un-grand-hangar-belge-pour-l-a400m-luxembourgeois-25089657
https://www.aviation24.be/military-aircraft/belgian-air-component/belgian-defence-acquires-an-airbus-a400m-flight-simulator/

Sei que muitos têm achado o custo do KC-390 elevado, mas se considerarmos os preços praticados pelos concorrentes actualmente e que são públicos (ainda que seja difícil fazer comparações pois nunca se sabe o que está incluído em cada um dos contratos), não me parece tão elevado assim, considerando o que está incluído e aquilo que se espera da aeronave.
Obviamente que se o KC-390 deixar a desejar face ao que é divulgado o caso pode mudar de figura, mas adquirir uma aeronave com poucas provas dadas tem sempre um certo grau de incerteza. Ainda assim não posso deixar de ter esperança que, tendo em conta que a FAP acompanhou o desenvolvimento da aeronave, tenham confiança naquilo que ela pode oferecer.

Não se pode também esquecer que uma boa parte da aeronave é fabricada em Portugal e que a entrada do nosso país no projecto levou, directa ou indirectamente, a investimentos avultados no sector aeronáutico que cresceu bastante nos últimos anos. Tudo isto tem de contar alguma coisa na decisão de qual aeronave adquirir.

Recordo o contrato dos KC-390:
- 5 aeronaves e simulador: 606 milhões €
- sustentação logística das aeronaves e do simulador até 2030: 110 milhões €
- aquisição dos equipamentos de guerra eletrónica: 45 milhões €
- outros: 66 milhões € (inclui: sustentação logística dos motores, aquisição ao Governo dos EUA dos equipamentos a fornecer pelo Estado Português à Embraer para instalação nas aeronaves, aquisição de outros equipamentos necessários e não especificados, construção e ou adaptação das infraestruturas necessárias à sua operação).
 
« Última modificação: Março 30, 2020, 07:26:49 pm por PMFM »
 

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #590 em: Março 30, 2020, 07:27:40 pm »
Qualquer MPA, seja baseado no 390 ou numa aeronave civil, para substituir o P-3, tem que ter uma autonomia no mínimo idêntica a este, e de preferência que venha equipado com sensores e armamento equivalente ao P-8. Algo menos que isso mais vale manter o P-3 enquanto der.

Quanto ao KC, deve vir, mesmo que venha 10 anos atrasado, não haverá denúncia do contrato porque dá jeito a muita gente.  :mrgreen:

Acho é que já devia estar qualquer um cá, para não termos que "mandar" a Hi-Fly (que nem sequer é uma companhia de bandeira, o que para mim é uma vergonha...)

SE um 390 fosse á china buscar equipamento ou das duas uma levava quatro + dias com cerca de 20 tons, a chegar a Portugal ou, para demorar menos, um dia ou dia e meio, transportava dez/doze tons.

Uma vergonha é a TAP como companhia de bandeira não ter nenhum cargueiro na Frota, nem uma merda de um QC.
Faz mais de vinte anos a TAP possuía dois QC um B732 e um B702 mas algum esperto viu que não davam jeito e quando da renovação da frota e passagem para a Airbus ninguém com a cabecinha no sitio pensou que pelo menos um QC ou mesmo um cargueiro puro seria muito útil.

Posso mostrar uma foto de como o CSTUS veio da china com o material farmacêutico que foi buscar, cerca de 22 tons em dia e meio !!!
Se no Porão foram carregados onze ULD's nove pallets e dois 1/2 contentores, o resto da carga, por limitação de peso nas posições do porão, foi carregada no chão da cabine e por cima dos assentos, como podem ver.



SE isto é o procedimento correcto nem quero saber o que será incorrecto.
Se em vez de um 339 de pax fosse um 339 cargueiro ou QC, conseguia transportar para Portugal em dia e meio 40 tons!!

O que a FAP precisa é de transporte estratégico os A400 e um A333 MRTT e aí sim ficava muito bem servida !!!

Abraços

Pode ser que com a possível falência da TAP de para ir buscar um ou dois A330Neo para converter em MRTT. :mrgreen:

Essa hipótese já foi comentada por aqui e para a FAP mesmo que fosse um dos 332 iniciais para ser convertido em MRTT, era muitíssimo bom.
Dos 19 WB que a TAP possui podem crer que se ficar com 14 ou 15 serão muitos ! ::)

Abraços
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #591 em: Março 30, 2020, 07:37:24 pm »
O que a FAP precisa é de transporte estratégico os A400 e um A333 MRTT e aí sim ficava muito bem servida !!!


Acho que ninguém tem dúvidas quanto aos benefícios de operar aeronaves com um maior alcance e maior capacidade de carga, mas a que custo?

Quando a FAP não tem orçamento para adquirir helis como deve ser, não me parece razoável pensar em comprar uma aeronave com os custos de um MRTT, ainda que tenha qualidades indiscutíveis, para utilizar tão esporadicamente.

Relativamente ao A400M, apesar das várias e conhecidas vantagens, este teria custos bem maiores do que os do KC-390, como sabemos.
Por exemplo, o A400M comprado pelo Luxemburgo irá custar 197,3 milhões € e custará 420 milhões € ao longo de 35 anos (11 a 12 milhões por ano). Irá ainda contribuir com 28 milhões para o simulador (que custará 115 milhões!). O hangar custará 49,6 milhões a ser pago pelos 2 países.

Portugal podia suportar custos desta ordem de grandeza? Eu tenho dúvidas, ainda que gostasse que fosse possível.

http://www.lessentiel.lu/fr/luxembourg/story/un-grand-hangar-belge-pour-l-a400m-luxembourgeois-25089657
https://www.aviation24.be/military-aircraft/belgian-air-component/belgian-defence-acquires-an-airbus-a400m-flight-simulator/

Sei que muitos têm achado o custo do KC-390 elevado, mas se considerarmos os preços praticados pelos concorrentes actualmente e que são públicos (ainda que seja difícil fazer comparações pois nunca se sabe o que está incluído em cada um dos contratos), não me parece tão elevado assim, considerando o que está incluído e aquilo que se espera da aeronave.
Obviamente que se o KC-390 deixar a desejar face ao que é divulgado o caso pode mudar de figura, mas adquirir uma aeronave com poucas provas dadas tem sempre um certo grau de incerteza. Ainda assim não posso deixar de ter esperança que, tendo em conta que a FAP acompanhou o desenvolvimento da aeronave, tenham confiança naquilo que ela pode oferecer.

Não se pode também esquecer que uma boa parte da aeronave é fabricada em Portugal e que a entrada do nosso país no projecto levou, directa ou indirectamente, a investimentos avultados no sector aeronáutico que cresceu bastante nos últimos anos. Tudo isto tem de contar alguma coisa na decisão de qual aeronave adquirir.

Recordo o contrato dos KC-390:
- 5 aeronaves e simulador: 606 milhões €
- sustentação logística das aeronaves e do simulador até 2030: 110 milhões €
- aquisição dos equipamentos de guerra eletrónica: 45 milhões €
- outros: 66 milhões € (inclui: sustentação logística dos motores, aquisição ao Governo dos EUA dos equipamentos a fornecer pelo Estado Português à Embraer para instalação nas aeronaves, aquisição de outros equipamentos necessários e não especificados, construção e ou adaptação das infraestruturas necessárias à sua operação).
 

Escreveste os teus pontos e vista muito bem mas, então a FAP não tem dinheiro para comprar uns quatro A400 e tem dinheiro para comprar os cinco 390, e com pagamento upfront ??
A FAP compra os 390 mesmo antes destes terem sido devidamente testados e certificados ??
O valor de compra de cinco aeronaves + simulador + sustentação técnica, gostava de saber o que na realidade inclui, durante dez anos de 827 milhões seria assim tão superior aos custos de compra e sustentação de uma frota de quatro A400 ??
A escolha deste modelo C390 será assim tão acertado quando os nossos camaradas da NATO todos usam ou os J's ou os A400/C17 ??
Não teria sido muito mais acertado, mesmo que a compra se revelasse mais dispendiosa, ter optado por uma aeronave com capacidade de carga muito superior e que fosse plurireactor/motor, uma vez que temos N portugueses a viver em variadíssimos locais bem afastados da " Metropole " e possuímos dois arquipélagos um deles a quase a 1400 kms do continente ?

Quanto aos helis que a FAP comprou ultimamente até me abstenho de comentar tais são as qualidades técnicas dos helis que foram adquiridos, apenas revelam que as altas chefias da FAP não defendem os interesses dessa Instituição e apenas querem é manter os lugares nada mais !!

Abraços
« Última modificação: Março 30, 2020, 07:43:59 pm por tenente »
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #592 em: Março 30, 2020, 10:36:18 pm »
Escreveste os teus pontos e vista muito bem mas, então a FAP não tem dinheiro para comprar uns quatro A400 e tem dinheiro para comprar os cinco 390, e com pagamento upfront ??
A FAP compra os 390 mesmo antes destes terem sido devidamente testados e certificados ??
O valor de compra de cinco aeronaves + simulador + sustentação técnica, gostava de saber o que na realidade inclui, durante dez anos de 827 milhões seria assim tão superior aos custos de compra e sustentação de uma frota de quatro A400 ??
A escolha deste modelo C390 será assim tão acertado quando os nossos camaradas da NATO todos usam ou os J's ou os A400/C17 ??
Não teria sido muito mais acertado, mesmo que a compra se revelasse mais dispendiosa, ter optado por uma aeronave com capacidade de carga muito superior e que fosse plurireactor/motor, uma vez que temos N portugueses a viver em variadíssimos locais bem afastados da " Metropole " e possuímos dois arquipélagos um deles a quase a 1400 kms do continente ?

Quanto aos helis que a FAP comprou ultimamente até me abstenho de comentar tais são as qualidades técnicas dos helis que foram adquiridos, apenas revelam que as altas chefias da FAP não defendem os interesses dessa Instituição e apenas querem é manter os lugares nada mais !!

Abraços

Caro tenente, devo realçar que a minha opinião é a de um simples curioso nestes assuntos, e que por sinal até já aprendeu muito aqui neste forum com participações como as suas, pelo que, evidentemente aceito e respeito a sua opinião, que em muitos pontos até se cruza com a minha, mas vamos lá:

Se a FAP optasse por (4) A400M em vez de (5) KC-390 talvez os custos fossem de facto mais semelhantes, apesar de me parecer que mesmo assim poderia ser ligeiramente mais caro. A não ser que se abdicasse do simulador e se chegasse a um acordo com um dos países que já o possuem, o que levaria a uma redução de custos. Ainda assim coloca-se a questão da disponibilidade das aeronaves, pois uma frota menor terá, em princípio, menos aeronaves operacionais. Mas disto o tenente sabe muito mais do que eu.

Ainda assim coloca-se sempre a questão do custo de manutenção e sustentação da frota ao longo da sua vida útil. Se os valores que o Luxemburgo espera gastar ao longo de 35 anos se verificarem estamos a falar de um custo muito elevado. Mas também é justo afirmar que não sabemos o que está incluído nos tais 420 milhões.

Relativamente aos receios com a falta de testes, de certificação e até de maturidade do projeto, devo dizer que partilho também de todos eles. Será sem dúvida um risco, que espero ter sido calculado pelos técnicos da FAP que acompanharam o desenvolvimento do projeto. Só posso esperar isto, apesar de tantas vezes as nossas chefias militares nos darem motivos para não acreditar nas suas decisões.
Também diga-se de passagem que felizmente (ainda) não temos motivos para acreditar que a aeronave não vai cumprir de forma digna as missões para que foi projetada.

O facto dos nossos parceiros utilizarem C-130J ou A400M não me parece motivo para rejeitar à partida o KC-390. Ambas são excelentes aeronaves e com provas dadas, isso é inquestionável, mas não significa que o KC-390 também não possa vir a ser.
Se esta opção irá trazer dificuldades difíceis de ultrapassar em operações conjuntas com os nossos parceiros, confesso que não sei.

Mas existem alguns pontos a favor que para mim são muito importantes. A participação portuguesa no projeto do KC-390 desde muito cedo e todos os benefícios que daí surgiram, é para mim um ponto importantíssimo. Depois disto, se Portugal optasse por outra aeronave, seria muito mau sinal.
Há ainda um ponto importante em tudo isto que é a aquisição da Embraer pela Boeing e a parceria criada de modo a potenciar a venda do KC. Esta decisão poderia ter vantagens ou desvantagens para Portugal, dependeria da Boeing. Mas como este processo está parado, só nos resta esperar para ver o que sai dali.

Mas tal como já referi anteriormente, eu adoraria que a FAP pudesse operar o A400M, pois tem uma capacidade de carga e alcance invejável, simplesmente tenho dúvidas quanto ao custo dessa opção, pois como sabemos o dinheiro não abunda por estes lados, e compreendo a opção de se ter optado por um projeto do qual Portugal e a indústria portuguesa fazem parte desde muito cedo.
Por fim, parece-me que se o KC cumprir com o que promete, tem tudo para ser uma boa opção, naturalmente com vantagens e desvantagens relativamente às demais. Agora, com o contrato assinado, só posso esperar e torcer para que assim seja.

Já agora, a título de curiosidade deixo aqui o link de um artigo da Forbes sobre a evolução da industria aeronáutica em Portugal nos últimos anos e que aborda naturalmente a participação portuguesa no KC-390:
https://d6caff7c-b61a-41ad-9549-fa7aff5c759a.filesusr.com/ugd/e565ce_ad1fe11304424d9e986625071ad36327.pdf

Abraço!
« Última modificação: Março 30, 2020, 10:37:20 pm por PMFM »
 
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #593 em: Março 30, 2020, 11:10:04 pm »
Há aqui 2 questões muito diferentes...

I) Deviamos ter A400 ou KC390/C130J? Ou um mix destes 2 "segmentos"? Podermos discutir isso, mas é conveniente não ultrapassar custo aquisição + operação do que investimos na questão II (compra 5 KC390)

II) Tendo Portugal escolhido a opção no "segmento" KC390/C130J - ficavamos, dentro mesmo orçamento, mais bem servidos com o C130J...? Aqui tem de entrar obrigatoriamente, na análise global, o facto da EMBRAER ter uma posição económica em Portugal, mas podemos analisar de firma restritiva sem esse importante factor.

Agora "castigar" a escolha do KC390 porque não é um A400... ora, isso também o C130J não é!



« Última modificação: Março 31, 2020, 11:09:33 am por LM »
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #594 em: Março 30, 2020, 11:23:23 pm »
Boa noite PMFM e LM
sim de facto concordo com voces em tudo que aqui dizem ja me acusaram aqui de Defender o KC mas aqui nem se trata de Defender ou nao tratasse de ver as coisas a coisa Como ela e e sera….de facto nossos parceiros teem A400M C130J e nos optamos por outro tipo de cargueiro que a meu ver  o custo beneficio e de ter um carguerio moderno a jacto so por si ja nos diferencia de nossos parceiros a questao aqui e que temos por ca a Embraer e Portugal participa tambem desde a muitos anos neste projecto so quem nao ve isso ou tem em conta o mesmo enfim mas respeito tudo e todos que gostem ou nao do KC para mim e muito bem vindo e defacto tambem acho que se Portugal algum dia precisar de uma aeronave com maior capacidade e maior alcance nao duvido que opte pelo A400M que nao nego e um excelente aviao….e que faria muito jeito as nossas Tropas e nao so....acho que se complementariam muito bem mas que venha o nosso KC e depois num futuro porque nao o A400M....abraxo
« Última modificação: Março 30, 2020, 11:26:06 pm por luis simoes »
Abriste os olhos,,,agradece a deus por isso.
 

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #595 em: Março 31, 2020, 02:47:27 am »
Para mim reduzia o número de KC-390 para 3, é optava por 2 A-400. Mantinha-se o número de aeronaves, mas aumentava-se é muito a capacidade de carga. A juntar a isto, 2 MRTT, que são muito mais que meros reabastecedores.

Aqui deixo a questão, já que se falou nisso, quanto custaria converter cada A-330 civil para MRTT?
 

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #596 em: Março 31, 2020, 09:59:00 am »
Para mim reduzia o número de KC-390 para 3, é optava por 2 A-400. Mantinha-se o número de aeronaves, mas aumentava-se é muito a capacidade de carga. A juntar a isto, 2 MRTT, que são muito mais que meros reabastecedores.

Aqui deixo a questão, já que se falou nisso, quanto custaria converter cada A-330 civil para MRTT?

Acho que depende muito dos extras.

Citar
The RAAF is purchasing two ex-Qantas Airbus A330-200 aircraft, VH-EBH (MSN 892) and VH-EBI (MSN 898), from lessor CIT Aerospace by the end of 2015, for conversion to KC-30A multi-role tanker transports (MRTT) at a total cost of $408 million. Airbus says an MRTT conversion takes 10-12 months.
 

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #597 em: Março 31, 2020, 10:17:37 am »
Não existe recursos humanos nem financeiros, para teres tanta variedade de aviões na FAP.

Uma pergunta, já foram sanadas os problemas que há nos A400 M, ou continuam a ter problemas atrás de problemas?
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #598 em: Março 31, 2020, 03:05:15 pm »
Não existe recursos humanos nem financeiros, para teres tanta variedade de aviões na FAP.

Uma pergunta, já foram sanadas os problemas que há nos A400 M, ou continuam a ter problemas atrás de problemas?

Continuam e por isso obrigando os países utilizadores a recorrer a outros aviões para efectuar o que o A-400 não pode.

O A-400 vai acabar por ser outro A380 ou um Transall (tirando o facto do sorvedouro de dinheiro que se tornou).
 

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Charlie Jaguar

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #599 em: Março 31, 2020, 03:25:25 pm »
Não existe recursos humanos nem financeiros, para teres tanta variedade de aviões na FAP.

Uma pergunta, já foram sanadas os problemas que há nos A400 M, ou continuam a ter problemas atrás de problemas?

E contudo é por demais evidente a actual e futura falta que cargueiros estratégicos fazem até aqui ao nosso rectângulo à beira-mar plantado. E se nem a transportadora aérea nacional os possui, a solução terá de ser sempre forçosamente o pedi-los a aliados ou alugá-los a empresas civis?
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)