Leonardo AW119 Mk.II Koala na FAP

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Re: Leonardo AW119 Mk.II Koala na FAP
« Responder #615 em: Julho 03, 2020, 01:08:53 pm »

Já os NH-90, algo aí não está a bater certo. Então um NH-90 com dois motores iguais aos do Merlin, que tem três, tem custos semelhantes? Então e se é assim tão caro de operar, porque raio mantém o NFH me uso, já que este tem custos idênticos? E acha mesmo que os 15 helis que eles pretendem adquirir para o lugar dos NH-90, vão ficar no seu todo mais baratos que os 4 NH-90?  ???
Acredito mais que para eles tenha sido uma mudança de doutrina, dando prioridade às valências de um heli ligeiro em vez da capacidade de transporte de um médio.

A razão é que o NH90 é um pesadelo de operar.

Já agora, e  para desmistificar um assunto relacionado: apesar de parecer o mesmo modelo, os motores dos NH90 e EH101 não têm peças intercambiáveis, pelo que não haveria vantagem nenhuma em ter estas duas frotas por essa razão, tal como foi sugerido algumas páginas atrás.

pelo que li não é bem assim tão linear, wyldething.

https://en.wikipedia.org/wiki/Rolls-Royce_Turbomeca_RTM322

https://web.archive.org/web/20081115142553/http://www.turbomeca.com/public/turbomeca_v2/html/en/produits/version.php?aid=656&sfid=509&mid=615

RTM 322 02/8 Mk250
image
The RTM322 received its qualification on July 2003. It has a reduced number of high-performance components (the compressor only has 3 axial stages and 1 centrifugal stage) and therefore offers reduced production, maintenance and ownership costs.
The compressor performance is particularly significant: the engine already delivers more power with a much lower compression ratio than the competing engine.

The RTM 322 powers the AW 101 Export version. The RTM 322 is currently undergoing integration into the twin-engine NH Industries NH 90 helicopter. The NH 90 was selected by NH Industries and Eurocopter as their base aircraft for the applications of the four European NH Industries nations. The RTM 322 is also on offer for re-engining the Bell AH-1W Super Cobras, the Sikorsky S-70C Black Hawks (civil version) and SH-60 and S-92 Sea Hawks.


eu sei que a nossa frota de 101 usa as turbinas RTM 322 02/8, que possuem, senão todas, grande numero de peças/partes que são usadas em ambos os modelos de helis.

abraços
« Última modificação: Julho 03, 2020, 01:13:14 pm por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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mafets

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Re: Leonardo AW119 Mk.II Koala na FAP
« Responder #616 em: Julho 03, 2020, 03:07:32 pm »
Em pelo menos 2 trabalhos do Exercito Português este prefere o Nh90 ao Merlin. Uma das razões é o tamanho ( mais comprido, mais alto e mais largo ) e o nosso ser "ASW"  ...  ::)  :mrgreen:

https://www.revistamilitar.pt/artigo/988

Citar
Analisando os EH101, verifica-se que estes foram adquiridos para efectuar, como missão primária, operações de busca e salvamento e luta anti-submarina, e não transporte de tropas.

Diferentemente do NH90, o EH101 é uma aeronave que se enquadra na gama de helicópteros pesados, com capacidade para transportar 35 militares que, quando se considera 70% desta capacidade para efeitos de planeamento, permite o transporte de cerca de 25 militares. Assim, e com a mesma taxa de prontidão de 80% que estipulámos para o NH90, seriam necesários oito helis, admitindo ausência de riscos para a segurança e autonomia da força a transportar.

Pelo facto de ser significativamente mais comprido, mais alto e mais largo do que o NH90, a sua maior silhueta leva a que exista naturalmente um maior grau de exposição e, consequentemente, em campanha, o transporte táctico de tropas envolve riscos muito mais elevados. Por outro lado, a sua maior capacidade de transporte constitui uma desvantagem, ao contrário do que se poderia pensar, por constituir um alvo mais remunerador, pois no caso de ser atingido provoca de imediato muito mais baixas, com a consequente perda de um potencial de combate significativo numa fase crucial de uma operação.

Tenente-general
António Carlos de Sá Campos Gil

Saudações

P.S. Entretanto no Afeganistão...  ;)







« Última modificação: Julho 03, 2020, 03:10:43 pm por mafets »
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 

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Re: Leonardo AW119 Mk.II Koala na FAP
« Responder #617 em: Julho 03, 2020, 03:33:29 pm »
Em pelo menos 2 trabalhos do Exercito Português este prefere o Nh90 ao Merlin. Uma das razões é o tamanho ( mais comprido, mais alto e mais largo ) e o nosso ser "ASW"  ...  ::)  :mrgreen:

https://www.revistamilitar.pt/artigo/988

Citar
Analisando os EH101, verifica-se que estes foram adquiridos para efectuar, como missão primária, operações de busca e salvamento e luta anti-submarina, e não transporte de tropas.

Diferentemente do NH90, o EH101 é uma aeronave que se enquadra na gama de helicópteros pesados, com capacidade para transportar 35 militares que, quando se considera 70% desta capacidade para efeitos de planeamento, permite o transporte de cerca de 25 militares. Assim, e com a mesma taxa de prontidão de 80% que estipulámos para o NH90, seriam necesários oito helis, admitindo ausência de riscos para a segurança e autonomia da força a transportar.

Pelo facto de ser significativamente mais comprido, mais alto e mais largo do que o NH90, a sua maior silhueta leva a que exista naturalmente um maior grau de exposição e, consequentemente, em campanha, o transporte táctico de tropas envolve riscos muito mais elevados. Por outro lado, a sua maior capacidade de transporte constitui uma desvantagem, ao contrário do que se poderia pensar, por constituir um alvo mais remunerador, pois no caso de ser atingido provoca de imediato muito mais baixas, com a consequente perda de um potencial de combate significativo numa fase crucial de uma operação.

Tenente-general
António Carlos de Sá Campos Gil

Saudações

P.S. Entretanto no Afeganistão...  ;)









os outros países, que os usam são mesmo burros, só pode.
O que nós precisamos é de mais uns vinte 119 Kualitas civis, esses sim são uma mais valia e uma grande vantagem, para o transporte de tropas, e a outra mais valia é que se um for abatido só lerpam cinco ou seis ocupantes, se seguirmos a máxima que o sr ten gen refere como 70% da capacidade máxima.

Ora para transportarem o mesmo numero de militares que um 101 transporta com ou sem a máxima dos 70% serão precisos cinco kualitas, será que cinco helis não darão mais hipoteses ao IN de abater um/dois helis ??

quanto aos NH90 para cada dois 101, teremos de utilizar três NH90, o que também favorecerá o IN em termos de aquisição de alvos, ou estarei enganado ??

Abraços
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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wyldething

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Re: Leonardo AW119 Mk.II Koala na FAP
« Responder #618 em: Julho 03, 2020, 08:29:30 pm »

Já os NH-90, algo aí não está a bater certo. Então um NH-90 com dois motores iguais aos do Merlin, que tem três, tem custos semelhantes? Então e se é assim tão caro de operar, porque raio mantém o NFH me uso, já que este tem custos idênticos? E acha mesmo que os 15 helis que eles pretendem adquirir para o lugar dos NH-90, vão ficar no seu todo mais baratos que os 4 NH-90?  ???
Acredito mais que para eles tenha sido uma mudança de doutrina, dando prioridade às valências de um heli ligeiro em vez da capacidade de transporte de um médio.

A razão é que o NH90 é um pesadelo de operar.

Já agora, e  para desmistificar um assunto relacionado: apesar de parecer o mesmo modelo, os motores dos NH90 e EH101 não têm peças intercambiáveis, pelo que não haveria vantagem nenhuma em ter estas duas frotas por essa razão, tal como foi sugerido algumas páginas atrás.

pelo que li não é bem assim tão linear, wyldething.

https://en.wikipedia.org/wiki/Rolls-Royce_Turbomeca_RTM322

https://web.archive.org/web/20081115142553/http://www.turbomeca.com/public/turbomeca_v2/html/en/produits/version.php?aid=656&sfid=509&mid=615

RTM 322 02/8 Mk250
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The RTM322 received its qualification on July 2003. It has a reduced number of high-performance components (the compressor only has 3 axial stages and 1 centrifugal stage) and therefore offers reduced production, maintenance and ownership costs.
The compressor performance is particularly significant: the engine already delivers more power with a much lower compression ratio than the competing engine.

The RTM 322 powers the AW 101 Export version. The RTM 322 is currently undergoing integration into the twin-engine NH Industries NH 90 helicopter. The NH 90 was selected by NH Industries and Eurocopter as their base aircraft for the applications of the four European NH Industries nations. The RTM 322 is also on offer for re-engining the Bell AH-1W Super Cobras, the Sikorsky S-70C Black Hawks (civil version) and SH-60 and S-92 Sea Hawks.


eu sei que a nossa frota de 101 usa as turbinas RTM 322 02/8, que possuem, senão todas, grande numero de peças/partes que são usadas em ambos os modelos de helis.

abraços

Foi-me dito por um piloto que esteve no desenvolvimento do NH90, que apesar de parecer o mesmo modelo de motor, poucas ou nenhumas peças são intercambiáveis. Um bocado como os Allison T56 dos C-130 e P-3.
 

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Lightning

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Re: Leonardo AW119 Mk.II Koala na FAP
« Responder #619 em: Julho 04, 2020, 04:40:50 am »
Em pelo menos 2 trabalhos do Exercito Português este prefere o Nh90 ao Merlin. Uma das razões é o tamanho ( mais comprido, mais alto e mais largo ) e o nosso ser "ASW"  ...  ::)  :mrgreen:

https://www.revistamilitar.pt/artigo/988

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Analisando os EH101, verifica-se que estes foram adquiridos para efectuar, como missão primária, operações de busca e salvamento e luta anti-submarina, e não transporte de tropas.

Diferentemente do NH90, o EH101 é uma aeronave que se enquadra na gama de helicópteros pesados, com capacidade para transportar 35 militares que, quando se considera 70% desta capacidade para efeitos de planeamento, permite o transporte de cerca de 25 militares. Assim, e com a mesma taxa de prontidão de 80% que estipulámos para o NH90, seriam necesários oito helis, admitindo ausência de riscos para a segurança e autonomia da força a transportar.

Pelo facto de ser significativamente mais comprido, mais alto e mais largo do que o NH90, a sua maior silhueta leva a que exista naturalmente um maior grau de exposição e, consequentemente, em campanha, o transporte táctico de tropas envolve riscos muito mais elevados. Por outro lado, a sua maior capacidade de transporte constitui uma desvantagem, ao contrário do que se poderia pensar, por constituir um alvo mais remunerador, pois no caso de ser atingido provoca de imediato muito mais baixas, com a consequente perda de um potencial de combate significativo numa fase crucial de uma operação

Penso que quer dizer é que o Merlin foi desenvolvido inicialmente para as missões SAR e ASW do Reino Unido e Itália, dai a grande autonomia que o aparelho possui e os clientes iniciais serem Marinhas e Forças Aéreas, não as forças de helis dos exercitos desses países, claro que se têm um compartimento de carga pode lá meter pessoas ou material, mas o Chinook foi desenvolvido para transporte e é bem grande.
« Última modificação: Julho 04, 2020, 04:44:12 am por Lightning »
 

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Re: Leonardo AW119 Mk.II Koala na FAP
« Responder #620 em: Julho 04, 2020, 10:08:53 am »
Em pelo menos 2 trabalhos do Exercito Português este prefere o Nh90 ao Merlin. Uma das razões é o tamanho ( mais comprido, mais alto e mais largo ) e o nosso ser "ASW"  ...  ::)  :mrgreen:

https://www.revistamilitar.pt/artigo/988

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Analisando os EH101, verifica-se que estes foram adquiridos para efectuar, como missão primária, operações de busca e salvamento e luta anti-submarina, e não transporte de tropas.

Diferentemente do NH90, o EH101 é uma aeronave que se enquadra na gama de helicópteros pesados, com capacidade para transportar 35 militares que, quando se considera 70% desta capacidade para efeitos de planeamento, permite o transporte de cerca de 25 militares. Assim, e com a mesma taxa de prontidão de 80% que estipulámos para o NH90, seriam necesários oito helis, admitindo ausência de riscos para a segurança e autonomia da força a transportar.

Pelo facto de ser significativamente mais comprido, mais alto e mais largo do que o NH90, a sua maior silhueta leva a que exista naturalmente um maior grau de exposição e, consequentemente, em campanha, o transporte táctico de tropas envolve riscos muito mais elevados. Por outro lado, a sua maior capacidade de transporte constitui uma desvantagem, ao contrário do que se poderia pensar, por constituir um alvo mais remunerador, pois no caso de ser atingido provoca de imediato muito mais baixas, com a consequente perda de um potencial de combate significativo numa fase crucial de uma operação

Penso que quer dizer é que o Merlin foi desenvolvido inicialmente para  missões SAR e ASW do Reino Unido e Itália, dai a grande autonomia que o aparelho possui e os clientes iniciais serem Marinhas e Forças Aéreas, não as forças de helis dos exercitos desses países, claro que se têm um compartimento de carga pode lá meter pessoas ou material, mas o Chinook foi desenvolvido para transporte e é bem grande.

 Além de os Merlin CSAR  terem uma função que n faz sentido sem tropas  no seu interior...  ;)





Cumprimentos
« Última modificação: Julho 04, 2020, 10:09:34 am por mafets »
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Re: Leonardo AW119 Mk.II Koala na FAP
« Responder #621 em: Julho 04, 2020, 10:55:37 am »
Em pelo menos 2 trabalhos do Exercito Português este prefere o Nh90 ao Merlin. Uma das razões é o tamanho ( mais comprido, mais alto e mais largo ) e o nosso ser "ASW"  ...  ::)  :mrgreen:

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Analisando os EH101, verifica-se que estes foram adquiridos para efectuar, como missão primária, operações de busca e salvamento e luta anti-submarina, e não transporte de tropas.

Diferentemente do NH90, o EH101 é uma aeronave que se enquadra na gama de helicópteros pesados, com capacidade para transportar 35 militares que, quando se considera 70% desta capacidade para efeitos de planeamento, permite o transporte de cerca de 25 militares. Assim, e com a mesma taxa de prontidão de 80% que estipulámos para o NH90, seriam necesários oito helis, admitindo ausência de riscos para a segurança e autonomia da força a transportar.

Pelo facto de ser significativamente mais comprido, mais alto e mais largo do que o NH90, a sua maior silhueta leva a que exista naturalmente um maior grau de exposição e, consequentemente, em campanha, o transporte táctico de tropas envolve riscos muito mais elevados. Por outro lado, a sua maior capacidade de transporte constitui uma desvantagem, ao contrário do que se poderia pensar, por constituir um alvo mais remunerador, pois no caso de ser atingido provoca de imediato muito mais baixas, com a consequente perda de um potencial de combate significativo numa fase crucial de uma operação

Penso que quer dizer é que o Merlin foi desenvolvido inicialmente para as missões SAR e ASW do Reino Unido e Itália, dai a grande autonomia que o aparelho possui e os clientes iniciais serem Marinhas e Forças Aéreas, não as forças de helis dos exercitos desses países, claro que se têm um compartimento de carga pode lá meter pessoas ou material, mas o Chinook foi desenvolvido para transporte e é bem grande.

Eu acho que diz explicitamente que os Merlin na FAP foram adquiridos para busca e salvamento e luta anti-submarina. E esta última, os nossos não conseguem executar.

A grande maioria dos países que têm um heli pesado dedicado ao transporte de tropas, geralmente não têm problemas de dinheiro, portanto conseguem ter praticamente um modelo para cada função. Nós se tivéssemos Chinook, ou até NH-90 para transporte de tropas, continuaríamos com enormes lacunas a nível da protecção destes meios.
 

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Re: Leonardo AW119 Mk.II Koala na FAP
« Responder #622 em: Julho 04, 2020, 11:29:34 am »
Em pelo menos 2 trabalhos do Exercito Português este prefere o Nh90 ao Merlin. Uma das razões é o tamanho ( mais comprido, mais alto e mais largo ) e o nosso ser "ASW"  ...  ::)  :mrgreen:

https://www.revistamilitar.pt/artigo/988

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Analisando os EH101, verifica-se que estes foram adquiridos para efectuar, como missão primária, operações de busca e salvamento e luta anti-submarina, e não transporte de tropas.

Diferentemente do NH90, o EH101 é uma aeronave que se enquadra na gama de helicópteros pesados, com capacidade para transportar 35 militares que, quando se considera 70% desta capacidade para efeitos de planeamento, permite o transporte de cerca de 25 militares. Assim, e com a mesma taxa de prontidão de 80% que estipulámos para o NH90, seriam necesários oito helis, admitindo ausência de riscos para a segurança e autonomia da força a transportar.

Pelo facto de ser significativamente mais comprido, mais alto e mais largo do que o NH90, a sua maior silhueta leva a que exista naturalmente um maior grau de exposição e, consequentemente, em campanha, o transporte táctico de tropas envolve riscos muito mais elevados. Por outro lado, a sua maior capacidade de transporte constitui uma desvantagem, ao contrário do que se poderia pensar, por constituir um alvo mais remunerador, pois no caso de ser atingido provoca de imediato muito mais baixas, com a consequente perda de um potencial de combate significativo numa fase crucial de uma operação

Penso que quer dizer é que o Merlin foi desenvolvido inicialmente para  missões SAR e ASW do Reino Unido e Itália, dai a grande autonomia que o aparelho possui e os clientes iniciais serem Marinhas e Forças Aéreas, não as forças de helis dos exercitos desses países, claro que se têm um compartimento de carga pode lá meter pessoas ou material, mas o Chinook foi desenvolvido para transporte e é bem grande.

 Além de os Merlin CSAR  terem uma função que n faz sentido sem tropas  no seu interior...  ;)





Cumprimentos

lá estás tú a ser Má-Língua, seu Lunático. :mrgreen:
Cuidado com as baixas, como já temos um efectivo tão baixo, há que proteger o nosso pessoal, ainda ninguém pensou foi em fazer o CSAR a partir de casa, já viste o que se poupava e os riscos que não se corria. :bang:

Abraços
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Re: Leonardo AW119 Mk.II Koala na FAP
« Responder #623 em: Julho 04, 2020, 11:30:57 am »
Em pelo menos 2 trabalhos do Exercito Português este prefere o Nh90 ao Merlin. Uma das razões é o tamanho ( mais comprido, mais alto e mais largo ) e o nosso ser "ASW"  ...  ::)  :mrgreen:

https://www.revistamilitar.pt/artigo/988

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Analisando os EH101, verifica-se que estes foram adquiridos para efectuar, como missão primária, operações de busca e salvamento e luta anti-submarina, e não transporte de tropas.

Diferentemente do NH90, o EH101 é uma aeronave que se enquadra na gama de helicópteros pesados, com capacidade para transportar 35 militares que, quando se considera 70% desta capacidade para efeitos de planeamento, permite o transporte de cerca de 25 militares. Assim, e com a mesma taxa de prontidão de 80% que estipulámos para o NH90, seriam necesários oito helis, admitindo ausência de riscos para a segurança e autonomia da força a transportar.

Pelo facto de ser significativamente mais comprido, mais alto e mais largo do que o NH90, a sua maior silhueta leva a que exista naturalmente um maior grau de exposição e, consequentemente, em campanha, o transporte táctico de tropas envolve riscos muito mais elevados. Por outro lado, a sua maior capacidade de transporte constitui uma desvantagem, ao contrário do que se poderia pensar, por constituir um alvo mais remunerador, pois no caso de ser atingido provoca de imediato muito mais baixas, com a consequente perda de um potencial de combate significativo numa fase crucial de uma operação

Penso que quer dizer é que o Merlin foi desenvolvido inicialmente para as missões SAR e ASW do Reino Unido e Itália, dai a grande autonomia que o aparelho possui e os clientes iniciais serem Marinhas e Forças Aéreas, não as forças de helis dos exercitos desses países, claro que se têm um compartimento de carga pode lá meter pessoas ou material, mas o Chinook foi desenvolvido para transporte e é bem grande.

Eu acho que diz explicitamente que os Merlin na FAP foram adquiridos para busca e salvamento e luta anti-submarina. E esta última, os nossos não conseguem executar.

A grande maioria dos países que têm um heli pesado dedicado ao transporte de tropas, geralmente não têm problemas de dinheiro, portanto conseguem ter praticamente um modelo para cada função. Nós se tivéssemos Chinook, ou até NH-90 para transporte de tropas, continuaríamos com enormes lacunas a nível da protecção destes meios.

Epá isso é conversa para boi dormir, e encanar á perna á rã, desculpas de mau pagador !!!

Abraços
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Lightning

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Re: Leonardo AW119 Mk.II Koala na FAP
« Responder #624 em: Julho 04, 2020, 12:13:23 pm »
Eu acho que diz explicitamente que os Merlin na FAP foram adquiridos para busca e salvamento e luta anti-submarina. E esta última, os nossos não conseguem executar.

Pois é, ou o senhor que escreveu esse texto não conhece realmente os Merlin da FAP e falou "de cor" sobre o aparelho em geral ou é melhor ele ir à FAP explicar todas as capacidades do EH101 pois aqueles distraídos ao fim de 10 anos ainda não descobriram o interruptor do dipping sonar :mrgreen:.
« Última modificação: Julho 04, 2020, 12:14:37 pm por Lightning »
 

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Charlie Jaguar

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Re: Leonardo AW119 Mk.II Koala na FAP
« Responder #625 em: Julho 06, 2020, 03:20:12 pm »
Ups, lá se vai a fama do Koala... ::)

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Associação de bombeiros queixa-se de falta de helicópteros para resgate no Gerês
Há 21 horas em 05/07/2020
Por Fernando André Silva

A associação de bombeiros e agentes de Proteção Civil Fénix – ANBACP queixou-se hoje de uma alegada falta de meios aéreos por parte do Estado para resgate a vítimas que se encontrem em locais de difícil acesso. Numa nota enviada às redações, a Fénix – ANBAPC dá conta de um parecer de especialistas que aponta a preponderância que um meio aéreo poderia ter tido no salvamento em, pelo menos, três ocorrências registadas nos concelhos de Terras de Bouro e de Ponte da Barca, todos eles noticiados por O MINHO.

O primeiro caso remonta a 26 de maio de 2020, quando uma mulher caiu de uma altura de 10 metros numa cascata na serra do Gerês. Refere o parecer dos especialistas que teria sido fundamental o apoio do helicóptero, mas o resgate foi feito por 15 operacionais em zona de difícil acesso. O único helicóptero a atender ao local foi o do INEM, que fez o transporte da vítima para o Hospital de Braga.

Já no segundo caso, ocorrido a 06 de junho de 2020, foi utilizado um helicóptero da Força Aérea para o resgate, mas não conseguiu aceder ao local onde se encontrava um homem que escorregou enquanto pescava numa zona erma em Cidadelhe, concelho de Ponte da Barca. Refere o parecer que a vítima, que sofreu múltiplas fraturas, teve de ser resgatado por operacionais de Arcos de Valdevez e de Terras de Bouro de uma forma pouco recomendado. Diz ainda que a própria Força Aérea Portuguesa retirou das redes sociais a participação do helicóptero por ter sido, diz o parecer, uma “atuação deficiente”.

O último caso ocorreu neste sábado, nas cascatas do Arado, novamente na serra do Gerês. Não foi acionado qualquer meio aéreo por parte da Proteção Civil, tendo os operacionais da Cruz Vermelha de Rio Caldo, militares da GNR e bombeiros de Terras de Bouro procedido ao resgate numa zona de difícil acesso, percorrendo quase quatro quilómetros de maca em punho, por trilhos, até à ambulância que transportou a vítima para o Hospital de Braga. A Associação acusa a Força Aérea de não possuir experiência nos resgates com guincho, de forma a içar a maca com a vítima estabilizada para dentro do helicóptero. Apontam 2015, altura em que os Kamov, pertencentes ainda ao Estado, efetuavam salvamentos e asseguravam “a integridade física da própria vítima”.

https://ominho.pt/associacao-de-bombeiros-queixa-se-de-falta-de-helicopteros-para-resgate-no-geres/
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 
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Re: Leonardo AW119 Mk.II Koala na FAP
« Responder #626 em: Julho 06, 2020, 04:06:49 pm »
Ups, lá se vai a fama do Koala... ::)

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Associação de bombeiros queixa-se de falta de helicópteros para resgate no Gerês
Há 21 horas em 05/07/2020
Por Fernando André Silva

A associação de bombeiros e agentes de Proteção Civil Fénix – ANBACP queixou-se hoje de uma alegada falta de meios aéreos por parte do Estado para resgate a vítimas que se encontrem em locais de difícil acesso. Numa nota enviada às redações, a Fénix – ANBAPC dá conta de um parecer de especialistas que aponta a preponderância que um meio aéreo poderia ter tido no salvamento em, pelo menos, três ocorrências registadas nos concelhos de Terras de Bouro e de Ponte da Barca, todos eles noticiados por O MINHO.

O primeiro caso remonta a 26 de maio de 2020, quando uma mulher caiu de uma altura de 10 metros numa cascata na serra do Gerês. Refere o parecer dos especialistas que teria sido fundamental o apoio do helicóptero, mas o resgate foi feito por 15 operacionais em zona de difícil acesso. O único helicóptero a atender ao local foi o do INEM, que fez o transporte da vítima para o Hospital de Braga.

Já no segundo caso, ocorrido a 06 de junho de 2020, foi utilizado um helicóptero da Força Aérea para o resgate, mas não conseguiu aceder ao local onde se encontrava um homem que escorregou enquanto pescava numa zona erma em Cidadelhe, concelho de Ponte da Barca. Refere o parecer que a vítima, que sofreu múltiplas fraturas, teve de ser resgatado por operacionais de Arcos de Valdevez e de Terras de Bouro de uma forma pouco recomendado. Diz ainda que a própria Força Aérea Portuguesa retirou das redes sociais a participação do helicóptero por ter sido, diz o parecer, uma “atuação deficiente”.

O último caso ocorreu neste sábado, nas cascatas do Arado, novamente na serra do Gerês. Não foi acionado qualquer meio aéreo por parte da Proteção Civil, tendo os operacionais da Cruz Vermelha de Rio Caldo, militares da GNR e bombeiros de Terras de Bouro procedido ao resgate numa zona de difícil acesso, percorrendo quase quatro quilómetros de maca em punho, por trilhos, até à ambulância que transportou a vítima para o Hospital de Braga. A Associação acusa a Força Aérea de não possuir experiência nos resgates com guincho, de forma a içar a maca com a vítima estabilizada para dentro do helicóptero. Apontam 2015, altura em que os Kamov, pertencentes ainda ao Estado, efetuavam salvamentos e asseguravam “a integridade física da própria vítima”.

https://ominho.pt/associacao-de-bombeiros-queixa-se-de-falta-de-helicopteros-para-resgate-no-geres/

Esta observação parece um pouco estranha, porque falta de experiência a FA não deve ter falta, os Merlin passam a vida a faze-lo.
 

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Re: Leonardo AW119 Mk.II Koala na FAP
« Responder #627 em: Julho 06, 2020, 04:43:59 pm »
Ups, lá se vai a fama do Koala... ::)

Citar
Associação de bombeiros queixa-se de falta de helicópteros para resgate no Gerês
Há 21 horas em 05/07/2020
Por Fernando André Silva

A associação de bombeiros e agentes de Proteção Civil Fénix – ANBACP queixou-se hoje de uma alegada falta de meios aéreos por parte do Estado para resgate a vítimas que se encontrem em locais de difícil acesso. Numa nota enviada às redações, a Fénix – ANBAPC dá conta de um parecer de especialistas que aponta a preponderância que um meio aéreo poderia ter tido no salvamento em, pelo menos, três ocorrências registadas nos concelhos de Terras de Bouro e de Ponte da Barca, todos eles noticiados por O MINHO.

O primeiro caso remonta a 26 de maio de 2020, quando uma mulher caiu de uma altura de 10 metros numa cascata na serra do Gerês. Refere o parecer dos especialistas que teria sido fundamental o apoio do helicóptero, mas o resgate foi feito por 15 operacionais em zona de difícil acesso. O único helicóptero a atender ao local foi o do INEM, que fez o transporte da vítima para o Hospital de Braga.

Já no segundo caso, ocorrido a 06 de junho de 2020, foi utilizado um helicóptero da Força Aérea para o resgate, mas não conseguiu aceder ao local onde se encontrava um homem que escorregou enquanto pescava numa zona erma em Cidadelhe, concelho de Ponte da Barca. Refere o parecer que a vítima, que sofreu múltiplas fraturas, teve de ser resgatado por operacionais de Arcos de Valdevez e de Terras de Bouro de uma forma pouco recomendado. Diz ainda que a própria Força Aérea Portuguesa retirou das redes sociais a participação do helicóptero por ter sido, diz o parecer, uma “atuação deficiente”.

O último caso ocorreu neste sábado, nas cascatas do Arado, novamente na serra do Gerês. Não foi acionado qualquer meio aéreo por parte da Proteção Civil, tendo os operacionais da Cruz Vermelha de Rio Caldo, militares da GNR e bombeiros de Terras de Bouro procedido ao resgate numa zona de difícil acesso, percorrendo quase quatro quilómetros de maca em punho, por trilhos, até à ambulância que transportou a vítima para o Hospital de Braga. A Associação acusa a Força Aérea de não possuir experiência nos resgates com guincho, de forma a içar a maca com a vítima estabilizada para dentro do helicóptero. Apontam 2015, altura em que os Kamov, pertencentes ainda ao Estado, efetuavam salvamentos e asseguravam “a integridade física da própria vítima”.

https://ominho.pt/associacao-de-bombeiros-queixa-se-de-falta-de-helicopteros-para-resgate-no-geres/

Esta observação parece um pouco estranha, porque falta de experiência a FA não deve ter falta, os Merlin passam a vida a faze-lo.

Meu caro, quantas horas de voo temos em 101 comparativamente com o 119 ????
o Kuala é um heli muito recente na FAP, daí eu não estranhar que isso possa ter acontecido.

Agora, comparar a experiência dos pilotos da 752 há mais de uma decada a operar os 101, com a dos pilotos da 552 a operar o  Kuala " cheka ", é que eu não acho correcto nem nada comparável.

Abraços
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Re: Leonardo AW119 Mk.II Koala na FAP
« Responder #628 em: Julho 06, 2020, 05:32:37 pm »
O Cuala pode ser pequenino e civil mas tem a complexidade de um Chinook.
Talent de ne rien faire
 
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Re: Leonardo AW119 Mk.II Koala na FAP
« Responder #629 em: Julho 06, 2020, 05:48:40 pm »
O Cuala pode ser pequenino e civil mas tem a complexidade de um Chinook.

NVF, O que a minha parca experiência diz que possa ter acontecido para terem borregado a operação de resgate, poderá ter sido o vento, variável que não é referida no artigo.
Sabemos que nas zonas de menor cota das areas com orografia mais irregular, o dito, atinge a maior força, portanto pode ter sido esse o motivo que colocou em maior perigo a segurança do heli na posição estacionária para recolha da vitima.

Isto que li revela bem a ignorância de quem o escreveu :
A Associação ( de Bombeiros ) acusa a Força Aérea de não possuir experiência nos resgates com guincho, de forma a içar a maca com a vítima estabilizada para dentro do helicóptero. Apontam 2015, altura em que os Kamov, pertencentes ainda ao Estado, efetuavam salvamentos e asseguravam “a integridade física da própria vítima”.

Estes senhores estão a comparar os 119 com os KA32 ???
As centenas de operações de resgate dos 32 com as quase nenhumas dos 119 ??

O que estes senhores deveriam criticar era a escolha deste modelo de heli monomotor, mas para isso teriam que saber um pouquinho da poda, e não meter a foice em seara alheia.

Se o Pil Cmdt decidiu borregar a operação de resgate de certeza que o fez depois de ponderar os riscos, e estou seguro que decidiu BEM !!!


Convém não esquecer duas coisas :

A) que o 119 é um heli ligeiro, pois tem cerca de 3 tons de PMD, uma pluma, para todos os efeitos, logo muito afectado pelas situações meteo adversas, IE vento e;

B) o que eu venho referindo, já há muito tempo, o facto do heli ser monomotor, esta limitação, impede que em caso de emergência, recolha da vitima, colocação do recuperador salvador, ao haver EF, se possa accionar a segunda turbina, e retirar o heli da situação de perigo, bem, mas isto sou eu a pensar alto. 

Abraços
« Última modificação: Julho 06, 2020, 06:02:26 pm por tenente »
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