UAVs na FAP

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dc

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Re: UAVs na FAP
« Responder #330 em: Setembro 23, 2023, 12:28:51 am »
Tem um potencial enorme, tanto para o Exército como para a Marinha. Mas vai ser preciso investir, desde logo na capacidade de produção, e para isso, assim que o drone estiver totalmente testado e dado como pronto para produção em massa, era importante haver uma boa encomenda para as FA portuguesas.

Era bom que também o levassem para os eventos internacionais de Defesa, para apresentar o produto.
 

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Pescador

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Re: UAVs na FAP
« Responder #331 em: Setembro 23, 2023, 12:25:59 pm »
"DRONE SUICIDA" DO FABRICANTE PORTUGUÊS UAVISION
Tróia, Portugal
22 de Setembro de 2023

A UAVision apresentou, no decurso do exercício REPMUS, em Tróia, a 22 de Setembro de 2023, o "Elanus" correspondente à tipologia popularmente designada por "drone suicida" - numa terminologia mais formal, uma munição guiada com possibilidade de espera ("loitering munitions"). Lançado a partir de tubo, expandido a sua asa após lançamento, alcança uma velocidade de 230 km/h, estando equipado com sistema de mitigação de contra-medidas e com navegação por satélite, o "Elanus" transporta uma ogiva de até 1,5 kgs (equivalente à carga de alto explosivo de duas granadas de morteiro de 81mm), com um alcance operacional de até 100 km.

O fabricante projecta ter o "Elanus" disponível no mercado até ao final do ano de 2023 tendo referido a participação das Forças Armadas Portuguesas em alguns dos requisitos do mesmo. A designação deste drone corresponde ao nome científico de um género de ave de rapina da familia Accipitridae, com 4 espécies - uma delas, Elanus caeruleus, de nome comum Peneireiro-cinzento, presente em "habitats" portugueses. A UAVision é uma empresa portuguesa, com sede em Bonabal, Ventosa, Torres Vedras, que desenvolve sistemas e subsistemas aéreos não tripulados desde 2005.

A 13.ª edição do Exercício REPMUS ("Robotic Experimentation and Prototyping Augmented by Maritime Unmmanned Systems", lit. "Experimentação e Prototipagem Robótica Ampliada por Sistemas Marítimos Não Tripulados"), promovida pela Marinha Portuguesa com a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), o NATO STO CMRE ("Science and Technology Organization", "Centre for Maritime Research and Experimentation", La Spezia, Itália) e NATO MUSI ("Maritime Unmanned Systems Initiative", Bruxelas, Bélgica), iniciou-se a 11 de Setembro e decorreu até 22 de Setembro de 2023 na Zona Livre Tecnológica Infante D. Henrique (que abrange os concelhos de Sesimbra, Setúbal e Grândola, monitorizada do Centro de Experimentação Operacional da Marinha (CEOM), em Tróia).

Contou com a presença das Marinhas de 25 países e 30 companhias de investigação e desenvolvimento, participam 11 navios, 20 aeronaves não tripuladas, 15 meios de superfície não tripulados, 35 meios submersíveis não tripulados e mais de 1 400 pessoas envolvidas em 340 sessões de experimentação. Trata-se do maior evento da especialidade realizado em termos internacionais.

Foto via CNN Portugal | UAVision

Claro que tinha de ser a UAVision.
Espero que tenha sucesso, porque é um produto facilmente produzido localmente.

O Costa bem que podia oferecer uns quantos para testes lá na Ucrânia.

Não o vi voar, mas quem viu disse que o barulho em voo era substancial, ouvindo-se grande distancia.
Claro que vale o que vale, mas gostava de saber se é assim
 

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Malagueta

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LM

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Re: UAVs na FAP
« Responder #333 em: Setembro 23, 2023, 02:57:51 pm »
Interessante e prova que "apostar" em outros fabricantes pode ter vantagens; que se compre - orçamento militar, ajudas à indústria... quando há vontade no governo tudo se resolve - ajude a testar, compre 2° lote e doação à Ucrânia. Somos capazes de ter aqui algo interessante.

Alguém tem noção como se compara - alcance, carga, tipo sensores, etc - a outros já existentes?
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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dc

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Re: UAVs na FAP
« Responder #334 em: Setembro 23, 2023, 04:00:47 pm »
À primeira vista, aparenta estar numa classe idêntico ao Mini Harop, tendo teoricamente o dobro do alcance, mas metade da ogiva.

Com base no pouco a que se teve acesso, e comparando com o mesmo Mini Harop, o drone português parece mais um drone kamikaze de ataque directo (como um míssil), e não tanto uma loitering munition, por ter apenas um sensor EO virado para a frente e com ângulo de visão limitado (ao contrário das loitering munitions que tipicamente têm um sensor EO direccionável). No entanto, poderá surgir uma variante mais talhada para esse fim.

Mini Harop para comparar:


Será interessante saber mais sobre o drone, nomeadamente que tipo de ogivas poderá receber, e como é o tubo de lançamento.
 
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Re: UAVs na FAP
« Responder #335 em: Setembro 23, 2023, 09:53:18 pm »
Parece ser um bom principio de coisa, Para já os 100 km é muito interessante dada a portabilidade. Talvez também outra versão com mais carga mesmo que sacrifiquem um pouco o alcance, para forças no terreno atacarem posições com radares de artilharia, ou outras relevantes.
A cabeça é muito directa parecendo carecer de um alvo pré determinado em vez de ficar no ar a procurar. Mas não será nada difícil de adaptar outra para quem já veio até aqui.

Da Tekever é escusado pensar em meios armados. Por isso a aposta neste campo é aqui
« Última modificação: Setembro 23, 2023, 09:55:13 pm por Pescador »
 

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dc

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Re: UAVs na FAP
« Responder #336 em: Setembro 24, 2023, 12:17:05 am »
A Tekever ainda vai mudar de ideias... É simplesmente um mercado demasiado rentável para ignorar.

100 km é muito bom para este tipo de arma. O que a se confirmar na versão de produção, a tornará a arma de ataque ao solo/superfície, de maior alcance no inventário português, a seguir aos Harpoon (apesar de isto dizer mais das limitações que temos, por não haver ainda mísseis de cruzeiro nem artilharia de foguetes  ::)).

Se instalado em embarcações mais pequenas, como patrulhas/lanchas e veículos através de lançador múltiplo, é um ganho enorme de capacidade.
 
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Drecas

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Re: UAVs na FAP
« Responder #337 em: Setembro 24, 2023, 12:28:38 am »
Para quê instalar em navios se a ogiva parece ser apenas de um morteiro de 82mm?

Vejo é potencial como um  Switchblade em casa, com mais poder de fogo face á granada de 40mm do Switchblade e a ser usado cá por SOF e BRR
 

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Re: UAVs na FAP
« Responder #338 em: Setembro 24, 2023, 12:09:33 pm »
A Tekever ainda vai mudar de ideias... É simplesmente um mercado demasiado rentável para ignorar.

100 km é muito bom para este tipo de arma. O que a se confirmar na versão de produção, a tornará a arma de ataque ao solo/superfície, de maior alcance no inventário português, a seguir aos Harpoon (apesar de isto dizer mais das limitações que temos, por não haver ainda mísseis de cruzeiro nem artilharia de foguetes  ::)).

Se instalado em embarcações mais pequenas, como patrulhas/lanchas e veículos através de lançador múltiplo, é um ganho enorme de capacidade.

Nos Pandur, ou num modelo da Vantac para o efeito era já um alternativa a aumentar muita capacidade de neutralizara alvos a uma distancia substancial
« Última modificação: Setembro 24, 2023, 12:16:49 pm por Pescador »
 

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Re: UAVs na FAP
« Responder #339 em: Setembro 24, 2023, 12:12:34 pm »
A Tekever ainda vai mudar de ideias... É simplesmente um mercado demasiado rentável para ignorar.

100 km é muito bom para este tipo de arma. O que a se confirmar na versão de produção, a tornará a arma de ataque ao solo/superfície, de maior alcance no inventário português, a seguir aos Harpoon (apesar de isto dizer mais das limitações que temos, por não haver ainda mísseis de cruzeiro nem artilharia de foguetes  ::)).

Se instalado em embarcações mais pequenas, como patrulhas/lanchas e veículos através de lançador múltiplo, é um ganho enorme de capacidade.

Era bom que o ARX trouxesse essa capacidade. Supostamente terá150 kg capacidade de carga e mais tempo de voo que as 20 horas do AR5
 

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dc

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Re: UAVs na FAP
« Responder #340 em: Setembro 24, 2023, 03:02:48 pm »
Para quê instalar em navios se a ogiva parece ser apenas de um morteiro de 82mm?

Vejo é potencial como um  Switchblade em casa, com mais poder de fogo face á granada de 40mm do Switchblade e a ser usado cá por SOF e BRR

Porque a ideia é proporcionar, por exemplo aos NPO, uma arma "stand-off" de precisão, capaz de atacar alvos em terra. Também permite a realização de ataques de saturação, até em consonância com os Harpoon, aumentando a probabilidade de se atingir o alvo.

Além de que, a ogiva de 1.5kg, já permite causar danos soft targets, nomeadamente radares terrestres ou navais. Se atacar um caça embarcado num PA ou parado numa base aérea, é o suficiente para o tornar inoperacional.

Depois era interessante ver se seria possível implementar diferentes ogivas, por exemplo, a ogiva HEAT de 1.7kg do Carl Gustaf M3E1, ou a ogiva de 1.8kg do NLAW, mesmo que sacrificando parte do alcance. Mas isso seria para desenvolvimentos futuros.

Nos Pandur, ou num modelo da Vantac para o efeito era já um alternativa a aumentar muita capacidade de neutralizara alvos a uma distancia substancial

Nem era preciso tanto. Dado o alcance da arma, qualquer pick-up de caixa aberta, que pudesse receber um (hipotético) lançador múltiplo, podia ser usada para esse fim.

Já o Harop é assim:


Sendo o Elanus muito mais compacto, até veículos mais pequenos com caixa aberta poderiam em teoria usar uma solução similar.

Entretanto, ainda me ocorreu outra ideia. Vendo a reportagem, reparei na carrinha preta da UAVision. Nem seria mal pensado, se as dimensões do drone/tubos de lançamento o permitirem, usar carrinhas daquelas com vários tubos no seu interior (abrindo-se as portas laterais deslizantes para o seu lançamento*), permitindo uma solução muito mais discreta e difícil de identificar para o potencial adversário.

*Abrir as duas para de um lado lançar o drone, do outro escoar os gazes de escape.

Era bom que o ARX trouxesse essa capacidade. Supostamente terá150 kg capacidade de carga e mais tempo de voo que as 20 horas do AR5

150kg de carga já dá para qualquer coisa. Mas aí o entrave deverá ser a falta de investimento, pois a incorporação de armamento implica... que se compre o armamento para testar. Em Portugal existe alergia à compra de munições.

Caso fosse diferente no caso do ARX ou outros drones nacionais, e realmente houvesse investimento nacional ou estrangeiro para permitir a testagem de armamento, então colocava logo a aposta do Martlet/LMM com um peso de apenas 13kg em primeiro plano. Eventualmente, o Brimstone (50kg), Hellfire (45-49kg), JAGM (49kg), Spike ER (34kg), UMTAS (37.5kg).

Como a Tekever tem grande apoio dos britânicos, apostaria mais nos Martlet e Brimstone, caso venha a ser testada a integração de armamento.
 

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Lusitano89

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Re: UAVs na FAP
« Responder #341 em: Novembro 17, 2023, 10:08:32 am »
2.º Aniversário da Esquadra 991 - "Harpias"


 

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Cabeça de Martelo

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Re: UAVs na FAP
« Responder #342 em: Novembro 17, 2023, 03:00:46 pm »


Citação de: Defence 360°
A Esquadra 991 "Harpias" da 🇵🇹 @fap_pt realiza missões de ISR (Intelligence, Surveillance and Reconnaissance) através da utilização de 12 sistemas aéreo não tripulados de asa fixa VTOL e STOL da 🇵🇹 @UavisionPT. A esquadra foi criada em 17 de Novembro de 2021.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Lusitano89

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Re: UAVs na FAP
« Responder #343 em: Fevereiro 03, 2024, 06:32:14 pm »
ESQUADRA 991 DA FORÇA AÉREA PORTUGUESA | REPORTAGEM


« Última modificação: Fevereiro 03, 2024, 06:33:35 pm por Lusitano89 »
 

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saabGripen

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Re: UAVs na FAP
« Responder #344 em: Fevereiro 13, 2024, 10:51:11 pm »
https://www.facebook.com/photo/?fbid=787705663383543&set=a.626487856171992&locale=pt_PT


A TEKEVER anuncia para breve o seu novo drone.

O curioso é que a coisa que aparece na imágem não é o ARX que tinha sido anunciado num video há alguns meses.

O corpo parece um desenvolvimento do AR3.
Mais "Stealth"?
Não é grande (olhando para o tamanho do aparelho Ótico/ IR).
Mas não é um AR3

O que será?
« Última modificação: Fevereiro 13, 2024, 10:58:53 pm por saabGripen »