ForumDefesa.com

Economia => Portugal => Tópico iniciado por: comanche em Outubro 03, 2007, 02:15:01 pm

Título: Relações Portugal-Angola
Enviado por: comanche em Outubro 03, 2007, 02:15:01 pm
Angola: Exportações de vinho verde português vão duplicar em 2007


Citar
Lisboa, 03 Out (Lusa) - As exportações de vinho verde português para Angola vão duplicar este ano, tornando o país africano num dos principais mercados no estrangeiro, afirmou hoje o presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), Manuel Pinheiro.

Até Junho deste ano, o valor das exportações atingiu 1,21 milhões de euros, o que compara com 626 mil euros em igual período do ano passado, e até final do ano a tendência deverá manter-se, ou mesmo acentuar-se, beneficiando das acções de promoção marcadas para os próximos meses, segundo prevê Pinheiro.

"Apesar de não ser um dos mercados prioritários, é um mercado interessante, em que temos vindo a crescer muito. Partimos de uma base pequena, mas vamos chegar ao fim do ano com as exportações quase a duplicar", disse o mesmo responsável à Lusa.

Assim, Angola deverá chegar ao final do ano como um dos cinco principais mercados para o vinho verde português no estrangeiro, juntamente com Estados Unidos, Canadá, França e Alemanha.

De acordo com o presidente da Comissão de Viticultura, o perfil de consumo em Angola é semelhante ao português, encontrando-se "todas as marcas mais populares em Portugal".

"Com o clima e a gastronomia de peixes e mariscos que tem, sobretudo na zona costeira, Angola apresenta óptimas oportunidades para o vinho verde. Vamos continuar a investir nos próximos anos na divulgação, para conseguirmos criar uma rede de distribuição", afirmou à Lusa.

Segundo Pinheiro, o plano de divulgação em Angola prevê acções de promoção junto de especialistas, que já arrancaram no ano passado, depois publicidade, e finalmente acções junto dos consumidores finais.

Para quinta-feira, em Luanda, terá lugar uma acção de promoção dirigida a agentes, importadores, jornalistas, distribuidores e profissionais da restauração e hotelaria do mercado angolano.

No evento, organizado em conjunto com os Vinhos do Alentejo, serão apresentados vinhos das duas regiões, prevendo ainda acções de formação.

Para Pinheiro, o crescimento das vendas em Angola tem ainda a vantagem de repartir o peso dos mercados de exportação, que nos últimos anos tem estado concentrado em 80 por cento nos seis ou sete principais mercados estrangeiros.

Título:
Enviado por: André em Outubro 27, 2007, 06:29:12 pm
Potencialidades apresentadas a investidores portugueses

Citar
As potencialidades de Angola para os investidores portugueses nas várias áreas de negócios vão dominar a conferência que se realiza segunda-feira em Luanda, uma iniciativa que pretende destacar a evolução que o país conheceu nos últimos anos.

A reunião, organizada pela Câmara de Comércio e Indústria Portugal/Angola, contará com a presença de vários membros do governo angolano, empresários dos dois países e representantes de algumas das mais importantes instituições bancárias de Angola.

Esta conferência, que será aberta pelo ministro-adjunto do primeiro-ministro angolano, Aguinaldo Jaime, surge na sequência de uma iniciativa idêntica realizada em finais de Junho, no Porto, Portugal.

Na altura, Fernando Teles, presidente do Banco Internacional de Crédito (BIC), entidade que também promove o evento, defendeu que «Angola tem todas as condições» para ser um país de confiança para os empresários portugueses, assumindo-se como um mercado alternativo para fugir à crise que se vive no país.

Nessa perspectiva, os participantes da conferência que decorre segunda-feira em Luanda, que será presidida pelo ex-ministro português Mira Amaral, futuro presidente do BIC Portugal, vão conhecer os esforços angolanos ao nível do desenvolvimento das infra-estruturas, da economia e da criação de bem-estar social.

Ao longo dos trabalhos, que serão encerrados pelo vice-ministro angolano das Finanças, Severim de Morais, serão apresentadas várias comunicações que pretendem apresentar o novo retrato de Angola.

O forte crescimento económico angolano tem sido um especial atractivo para as empresas portuguesas, que estão actualmente presentes no país nos mais variados sectores.

A construção civil é um dos sectores mais fortes da presença portuguesa, o mesmo sucedendo com a banca, em que se destaca o Banco de Fomento Angola (BFA), que é o maior banco privado do país e cujo capital é integralmente detido pelo grupo português BPI.

O Millennium Angola, do português BCP, e o Banco Espírito Santo Angola (BESA), com capitais maioritariamente portugueses, do BES, são outras das instituições bancárias angolanas, onde também se destaca o BIC, que conta entre os seus accionistas de referência com o empresário português Américo Amorim, que possui 25 por cento do capital.

Diário Digital / Lusa
Título:
Enviado por: André em Novembro 13, 2007, 04:04:59 pm
Exportações portuguesas para Angola aumentaram 40,7% até Setembro

Citar
As exportações portuguesas para Angola aumentaram 40,7 por cento até Setembro, para 1,188 milhões de euros, o que faz deste país o 8º mercado externo de Portugal e o 2º fora da União Europeia, foi hoje anunciado.

Segundo dados da AICEP Portugal Global, hoje divulgados no Porto durante a conferência "O Mercado Angolano da Construção - Construir Oportunidades. Cimentar Parcerias", Angola absorveu 79 por cento das exportações portuguesas para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), quatro vezes mais que o somatório das vendas de Portugal para todos os outros países BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).

Números que, segundo Luísa Agapito, da AICEP, fazem de Portugal o principal fornecedor de Angola, seguido dos EUA, Brasil, China, África do Sul, França e Japão.

Conforme salientou, entre 2001 e 2006 as exportações portuguesas para Angola "mais do que duplicaram", destacando-se entre os principais produtos vendidos as cervejas malte, vinhos, móveis, veículos automóveis de mercadorias, máquinas automáticas e materiais de construção.

Entre os sectores onde os empresários portugueses dispostos a investir em Angola devem apostar, Luísa Agapito apontou a reconstrução de infra-estruturas públicas nos sectores energético, das telecomunicações, ferroviário e rodoviário e a construção civil e obras públicas, sector imobiliário, de saneamento básico e materiais de construção.

Os produtos alimentares, o mobiliário, os medicamentos, equipamento, logística, formação profissional e serviços de consultadoria nas tecnologias de informação e educação foram outras das áreas destacadas.

Defendendo que Angola se tem mostrado "muito receptiva ao investimento português", Luísa Agapito notou, contudo, que o investimento directo português em Angola representou apenas, na última década, 1,8 por cento do total de investimento directo de Portugal no estrangeiro.

Ainda assim, disse, nos anos 2005/2006 "quase se duplicou" o que foi investido em 1999/2000.

Também presente na conferência, organizada pela Associação Portuguesa dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), o presidente da Agência Nacional para o Investimento Privado de Angola (ANIP) destacou o elevado dinamismo da economia Angola para justificar a aposta dos industriais portugueses da construção.

"Em 2006 Angola registou a mais elevada taxa de crescimento do produto interno bruto (PIB) em África", salientou Carlos Fernandes, apontando ainda a diminuição da ainda assim elevada taxa de desemprego (25,2 por cento em 2006) e o controlo da inflação em curso (10 por cento estimados para 2007).

Segundo referiu, o Governo angolano tem vindo a apostar na concretização de infra-estruturas que permitam "viabilizar o investimento no sector privado" e "facilitar a circulação de pessoas e bens".

Adicionalmente, os investidores em Angola, nacionais ou estrangeiros, poderão beneficiar de um "quadro legal muito atractivo", com isenções totais por vários anos, dependendo de cada caso, dos direitos aduaneiros, impostos sobre aplicação de capitais e imposto de sisa.

Na sessão de abertura da conferência, o presidente da AICCOPN, Reis Campos, voltou a alertar para a "degradação contínua" do sector da construção em Portugal, que nos últimos seis anos já acumula uma quebra superior a 22 por cento.

"Nenhum outro sector da economia portuguesa tem sentido tanto a crise que afecta o país e as restrições orçamentais para conter o défice e a dívida públicos", alertou, voltando a reclamar um "choque de investimento" como essencial ao seu relançamento.

"A falta de obras é dramática para o sector, mas também o é para o país", sustentou Reis Campos, apelando a uma desburocratização na aprovação de projectos, melhoria do quadro legal (incluindo o novo Código dos Contratos Públicos, que não é ainda o "desejável") e alteração ao regime do IVA aplicável à construção, particularmente à reabilitação urbana.

Relativamente à internacionalização do sector, que considera imprescindível dada a crise instalada no país e possível independentemente da dimensão das empresas, o responsável apontou Angola como "um mercado muito atractivo e de grandes potencialidades".

Ainda assim, alertou ser "importante que as autoridades dos dois países desenvolvam as acções necessárias a facilitar o incremento dos negócios", intensificando, para isso, as relações mútuas.

"Angola é um dos mercados que, pela sua dimensão e por todas as potencialidades que encerra, não pode deixar de ser considerado prioritário, não só por aquilo que representa, mas, de igual modo, pelas portas que certamente abrirá junto de outros mercados do continente africano", sustentou, defendendo que "a internacionalização é uma opção estratégica fundamental para o sector português da construção".

Lusa
Título:
Enviado por: comanche em Novembro 14, 2007, 11:49:44 am
Angola compra mais de 1,8 milhões de litros de vinho do Alentejo


Citar
Angola comprou este ano, até Outubro, mais de 1,8 milhões de litros de vinho do Alentejo e deve destronar os Estados Unidos do primeiro lugar no ranking dos países importadores dos tintos e brancos alentejanos.
 
O país africano, que já liderava em Outubro as importações de vinhos do Alentejo, pode tirar, este ano, aos Estados Unidos o primeiro lugar na lista de mercados importadores, que detém há cerca de uma década.

O presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), Joaquim Madeira, disse hoje à agência Lusa que os produtores de vinho do Alentejo já exportaram este ano quase 10 milhões de litros de vinho, o que corresponde a mais de 11 por cento da produção da região, em 2006.

De acordo com dados da CVRA, a que a Lusa teve acesso, Angola, Suiça, Brasil e China, apresentam-se como os "mercados de maior crescimento".

Tiago Caravana, responsável pelo departamento de marketing da CVRA, precisou que Angola, Brasil, Estados Unidos, Suiça, China e Canadá são, respectivamente, os actuais primeiros seis mercados dos vinhos da região alentejana.

O presidente da CVRA considerou que Angola constitui "um mercado explosivo, em termos de crescimento".

"Há uma apetência naquele país africano para os vinhos portugueses, sobretudo para os produzidos no Alentejo, e não são vinhos de qualidade inferior", afirmou.

A Adega Cooperativa de Borba e a empresa produtora de vinho Monte Seis Reis, na zona de Estremoz, são duas das empresas do Alentejo que exportam para Angola.

Em declarações à Lusa, o director-geral da adega de Borba, Francisco Henriques, corroborou a opinião de que Angola é "um mercado em crescimento, muito dinâmico, à procura de vinhos do Alentejo, sobretudo de gama média alta e topo de gama".

Hélder Almeida, proprietário da empresa Monte Seis Reis, salientou também que o mercado angolano está "em grande desenvolvimento e com um futuro muito promissor para os vinhos portugueses".

Uma outra empresa de Estremoz, que produz o vinho Porta de Santa Catarina, vai também começar a exportar para Angola em 2008, de acordo com o sócio-gerente, José Poeiras.

"Trata-se de um mercado em expansão, principalmente para vinhos de gama média alta e topo de gama", frisou o empresário.

Alemanha, Bélgica, França, Luxemburgo e Holanda são outros mercados da União Europeia que compram os vinhos da região, também exportados para países como o Japão, Vietname, Tailândia, Índia e Emirados Árabes Unidos.

De acordo com Joaquim Madeira, os produtores de vinho do Alentejo têm vindo também a conquistar espaço em Portugal, atingindo actualmente 46 por cento do mercado nacional de vinhos de qualidade.

Este ano, a produção de vinho do Alentejo deve totalizar entre 84 e 85 milhões de litros, segundo o presidente da CVRA, o que representa uma quebra de cerca de 10 por cento face a 2006.

Apesar disso, Joaquim Madeira garantiu que os indicadores apontam para um ano de vinho de "excelente qualidade".

O Alentejo abrange oito sub-regiões vitivinícolas: Portalegre, Borba, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Vidigueira, Moura, Évora e Granja/Amareleja.

 
Título:
Enviado por: André em Novembro 14, 2007, 07:05:44 pm
Citação de: "comanche"
Angola compra mais de 1,8 milhões de litros de vinho do Alentejo


Agora é que vai ser os Tiburcios a beber tintol alentejano.  :lol:
Título:
Enviado por: André em Novembro 14, 2007, 07:20:29 pm
Somague lidera consórcio com Mota-Engil para novo estádio

Citar
A Somague, construtora portuguesa do grupo Sacyr Vallehermoso, vai liderar o consórcio com a Mota-Engil para construção do Estádio do Lubango (Huíla), um de quatro que Angola vai erguer para o Campeonato Africano das Nações de 2010.

O contrato para construção da infra-estrutura foi assinado no passado dia 31 de Outubro, e fonte ligada ao processo adianta que o valor da infra-estrutura desportiva de 35 mil lugares ascende a 225 milhões de dólares (cerca de 153 milhões de euros).
À espera de aprovação está um outro projecto apresentado pelo mesmo consórcio, para construção de um estádio de ciquenta mil lugares em Luanda.

O cliente desta segunda obra, que não deverá ser usado no CAN, é a petrolífera estatal Sonangol, disse à Lusa a mesma fonte.

Diário Digital / Lusa
Título:
Enviado por: comanche em Novembro 15, 2007, 02:24:34 pm
Citação de: "André"
Citação de: "comanche"
Angola compra mais de 1,8 milhões de litros de vinho do Alentejo

Agora é que vai ser os Tiburcios a beber tintol alentejano.  :lol:


Até eu o bebo, bem bom. :lol:
Título:
Enviado por: comanche em Dezembro 05, 2007, 06:06:44 pm
Exportações: Angola era em Setembro 8º mercado externo de Portugal e 2º fora da UE - AICEP



Citar
Porto, 05 Dez (Lusa) - Angola é o 8º mercado externo de Portugal e o 2º fora da União Europeia, ao absorver exportações de 1,188 milhões de euros de Janeiro a Setembro deste ano, segundo dados da AICEP a divulgar hoje no Porto.

De acordo com estes dados, as vendas de produtos portugueses para Angola aumentaram 40,7 por cento até Setembro, com aquele país a captar 79 por cento das exportações portuguesas para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

Um número que, segundo Luísa Agapito, da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), representa quatro vezes mais que o somatório das vendas de Portugal para todos os outros países BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) e faz de Portugal o principal fornecedor de Angola, seguido dos EUA, Brasil, China, África do Sul, França e Japão.

De acordo com esta responsável - que hoje profere, no Porto, uma conferência sobre oportunidades de investimento em Angola - entre 2001 e 2006 as exportações portuguesas para Angola "mais do que duplicaram", destacando-se entre os principais produtos vendidos as cervejas malte, vinhos, móveis, veículos automóveis de mercadorias, máquinas automáticas e materiais de construção.

Entre os sectores onde os empresários portugueses dispostos a investir em Angola devem apostar, Luísa Agapito aponta a reconstrução de infra-estruturas públicas nos sectores energético, das telecomunicações, ferroviário e rodoviário e a construção civil e obras públicas, sector imobiliário, de saneamento básico e materiais de construção.

Os produtos alimentares, o mobiliário, os medicamentos, equipamento, logística, formação profissional e serviços de consultadoria nas tecnologias de informação e educação são outras das áreas destacadas.

Defendendo que Angola se tem mostrado "muito receptiva ao investimento português", Luísa Agapito nota, contudo, que o investimento directo português em Angola representou apenas, na última década, 1,8 por cento do total de investimento directo de Portugal no estrangeiro.

Ainda assim, nos anos 2005/2006 "quase se duplicou" o que foi investido em 1999/2000.

Segundo dados apresentados recentemente pelo presidente da Agência Nacional para o Investimento Privado de Angola (ANIP), Carlos Fernandes, aquele país registou em 2006 "a mais elevada taxa de crescimento do produto interno bruto (PIB) em África".

Um crescimento acompanhado de uma progressiva diminuição da, ainda assim, elevada taxa de desemprego (25,2 por cento em 2006) e do controlo da inflação (10 por cento estimados para 2007).

De acordo com Carlos Fernandes, o Governo angolano tem vindo a apostar na concretização de infra-estruturas que permitam "viabilizar o investimento no sector privado" e "facilitar a circulação de pessoas e bens".

Adicionalmente, os investidores em Angola, nacionais ou estrangeiros, poderão beneficiar de um "quadro legal muito atractivo", com isenções totais por vários anos, dependendo de cada caso, dos direitos aduaneiros, impostos sobre aplicação de capitais e imposto de sisa.

Título:
Enviado por: André em Dezembro 05, 2007, 06:08:06 pm
Angola é o 8º mercado externo português

Citar
Angola é o 8º mercado externo de Portugal e o 2º fora da União Europeia, ao absorver exportações de 1,188 milhões de euros de Janeiro a Setembro deste ano, segundo dados da AICEP a divulgar hoje no Porto.

De acordo com estes dados, as vendas de produtos portugueses para Angola aumentaram 40,7 por cento até Setembro, com aquele país a captar 79 por cento das exportações portuguesas para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

Um número que, segundo Luísa Agapito, da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), representa quatro vezes mais que o somatório das vendas de Portugal para todos os outros países BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) e faz de Portugal o principal fornecedor de Angola, seguido dos EUA, Brasil, China, África do Sul, França e Japão.

De acordo com esta responsável - que hoje profere, no Porto, uma conferência sobre oportunidades de investimento em Angola - entre 2001 e 2006 as exportações portuguesas para Angola «mais do que duplicaram», destacando-se entre os principais produtos vendidos as cervejas malte, vinhos, móveis, veículos automóveis de mercadorias, máquinas automáticas e materiais de construção.

Entre os sectores onde os empresários portugueses dispostos a investir em Angola devem apostar, Luísa Agapito aponta a reconstrução de infra-estruturas públicas nos sectores energético, das telecomunicações, ferroviário e rodoviário e a construção civil e obras públicas, sector imobiliário, de saneamento básico e materiais de construção.

Os produtos alimentares, o mobiliário, os medicamentos, equipamento, logística, formação profissional e serviços de consultadoria nas tecnologias de informação e educação são outras das áreas destacadas.

Defendendo que Angola se tem mostrado «muito receptiva ao investimento português», Luísa Agapito nota, contudo, que o investimento directo português em Angola representou apenas, na última década, 1,8 por cento do total de investimento directo de Portugal no estrangeiro.

Ainda assim, nos anos 2005/2006 «quase se duplicou» o que foi investido em 1999/2000.

Segundo dados apresentados recentemente pelo presidente da Agência Nacional para o Investimento Privado de Angola (ANIP), Carlos Fernandes, aquele país registou em 2006 «a mais elevada taxa de crescimento do produto interno bruto (PIB) em África».

Um crescimento acompanhado de uma progressiva diminuição da, ainda assim, elevada taxa de desemprego (25,2 por cento em 2006) e do controlo da inflação (10 por cento estimados para 2007).

De acordo com Carlos Fernandes, o Governo angolano tem vindo a apostar na concretização de infra-estruturas que permitam «viabilizar o investimento no sector privado» e «facilitar a circulação de pessoas e bens».

Adicionalmente, os investidores em Angola, nacionais ou estrangeiros, poderão beneficiar de um «quadro legal muito atractivo», com isenções totais por vários anos, dependendo de cada caso, dos direitos aduaneiros, impostos sobre aplicação de capitais e imposto de sisa.

Diário Digital / Lusa
Título:
Enviado por: André em Janeiro 30, 2008, 12:41:56 pm
Exportações para Angola quase igualam vendas para os EUA

Citar
As empresas portuguesas já vendem quase tanto para o mercado angolano como para os EUA, a maior economia do mundo, salienta o Diário Económico esta quarta-feira.

Portugal deverá ter registado em 2007 um aumento de 39% nas suas exportações para Angola, tendo este mercado atingido uma quota recorde de 4% no total das exportações nacionais, ou o equivalente a 1,37 mil milhões de euros em vendas.
Este país africano estava, em Novembro, a 100 milhões de euros do nível das exportações para os Estados Unidos e muito próximo de se transformar no quinto mercado português mais importante.

Diário Digital / Lusa
Título:
Enviado por: comanche em Fevereiro 15, 2008, 02:22:44 pm
Angola: Politécnico de Coimbra coopera com Universidade Agostinho Neto nas áreas da gestão, economia e ambiente

Citar
Coimbra, 15 Fev (Lusa) - O Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) vai apoiar o desenvolvimento do pólo de Namibe da Universidade Agostinho Neto, em Angola, nas áreas da gestão, ambiente e engenharia, revelou hoje uma fonte da instituição.

Uma delegação composta por cinco responsáveis parte domingo para aquele país, para identificar as necessidades, regressando dia 23 munida da informação para preparar um plano de intervenção.

"Primeiro vamos conhecer o pólo no Namibe, para analisar as necessidades, e depois definir o que se pretende para o seu desenvolvimento", explicou à agência Lusa Maria de Fátima Armas, vice-presidente do IPC.

A delegaç��o integrará um representante do presidente do IPC e ainda os responsáveis de quatro escolas da instituição, do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, da Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra, da Escola Superior Agrária e da Escola Superior de Tecnologias e Gestão de Oliveira do Hospital.

Fátima Armas adiantou que o IPC tem com a Universidade Agostinho Neto um protocolo que abrange a mobilidade de alunos, docentes e actividades de cooperação científica.

Este ano, pela primeira vez, uma aluna portuguesa do IPC vai frequentar durante um ano o curso de gestão de empresas na Universidade Agostinho Neto, adiantou.

O IPC está também envolvido na preparação de um curso de pós-graduação em gestão e administração pública para altos quadros angolanos que a Universidade Agostinho Neto pretende lançar em breve, e que envolverá também a deslocação de professores de Coimbra.

Em preparação encontram-se, também, cursos de gestão escolar e de secretariado e assessoria para quadros e técnicos da própria universidade angolana, a única pública, estruturada em dez pólos pelo país.

Título:
Enviado por: André em Fevereiro 19, 2008, 10:08:38 pm
Projectos portugueses em valor superior a 370 milhões de euros aguardam por nova linha de crédito

Citar
Projectos de investimentos portugueses em Angola, que totalizam 370 milhões de euros, encontram-se a aguardar por uma nova linha de crédito entre os dois países, disse hoje à agência Lusa o presidente da Companhia de Seguro de Créditos (COSEC).

Gomes da Costa, que falava à Lusa no seminário promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola (CCIPA), acrescentou que a solução passa por uma decisão política dos governos de Lisboa e Luanda.

As anteriores linhas de crédito, uma de 100 milhões de euros e a segunda de 300 milhões de euros, já estão esgotadas.

O crescimento da economia angolana explica aquela situação, depois de em 2006 as exportações portuguesas para Angola terem aumentado quase 50 por cento, até Novembro de 2007.

A linha de crédito de 300 milhões de euros, anunciada quando da visita que o primeiro-ministro português José Sócrates efectuou em Abril de 2006 a Angola, ficou esgotada em Dezembro desse ano.

O presidente da COSEC explicou ainda à Lusa que, segundo as regras definidas pela linha de crédito, a aprovação dos projectos era sempre feita consoante as prioridades definidas por Angola.

"Qualquer alargamento (da linha de crédito de 300 milhões de euros) irá funcionar dentro destes moldes", acrescentou.

Gomes da Costa salientou, por outro lado, que além dos projectos portugueses que aguardam por uma nova linha de crédito, o próprio Ministério das Finanças de Angola já inventariou, na sua página na Internet, mais projectos de investimento, que totalizam 170 milhões de euros.

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Luís Amado, que parte quarta-feira à noite para Luanda, para uma visita oficial de três dias a convite do seu homólogo angolano, João Miranda, disse à Lusa que a questão figura na agenda dos temas a debater com as autoridades angolanas.

"As relações comerciais são um aspecto importante da nossa relação. O incremento das trocas comerciais e do investimento (português) em Angola, como também de Angola em Portugal, é uma realidade que o poder político dos dois estados não pode ignorar", salientou.

"Todos os instrumentos que possam favorecer o aprofundamento dessas relações serão tidos em conta e há a possibilidade, em concertação com o Ministério das Finanças, ver o que é que se pode fazer no sentido de reforçar os mecanismos e os instrumentos financeiros que existem para aprofundar essas relações", frisou.

Lusa
Título:
Enviado por: André em Fevereiro 21, 2008, 04:28:24 pm
Portugal aprova acordo de cooperação científica com Angola

Citar
O Governo aprovou hoje uma decreto que ratifica o acordo de cooperação científica e tecnológica assinado entre Portugal e Angola em Abril de 2006, em Luanda, durante a visita do primeiro-ministro, José Sócrates, a este país.

Segundo o Governo, o acordo «destina-se a apoiar a cooperação no âmbito da ciência e tecnologia entre os dois Estados».

O acordo tem por base «a realização conjunta de programas específicos de formação, a realização de investigação conjunta, incluindo o intercâmbio de cientistas e investigadores, a organização e participação em encontros, simpósios, conferências», refere o comunicado do Conselho de Ministros.

Ainda de acordo com o executivo, o acordo celebrado em Luanda prevê ainda o intercâmbio de «informação e documentação científica e técnica».

Em Luanda, durante a cerimónia em que este acordo foi assinado, os primeiros-ministros de Portugal e de Angola (Fernado Dias dos Santos «Nandó») concluíram que, ao nível científico e tecnológico, a cooperação se encontrava «desarticulada e dispersa».

Nessa mesma cerimónia, os governos de Portugal e de Angola chegaram a acordo para aumentar a linha de crédito para os investimentos das empresas dos dois países de 100 milhões para 300 milhões de euros.

Ainda neste domínio, os dois países assinaram uma convenção sobre concessão de crédito de ajuda no valor de 100 milhões de euros a Angola, «sob a forma de juros bonificados e com garantia do Estado aos bancos envolvidos».

Diário Digital / Lusa
Título:
Enviado por: comanche em Março 04, 2008, 08:07:04 pm
Angola: ESCOM e Chiquita assinam acordo para exportação de bananas para a Europa que criará 3.000 postos de trabalho

Citar
Lisboa, 04 Mar (Lusa) - A empresa do Grupo Espírito Santo ESCOM assinou hoje com a distribuidora alimentar Chiquita um acordo para a exportação de bananas angolanas para a Europa que arrancará em 2010 e criará perto de 3.000 postos de trabalho.

Em comunicado, as empresas salientam que o acordo, assinado hoje em Benguela, Angola, marca a entrada da Chiquita neste país e da ESCOM no sector agrícola e tem como objectivo a exportação das bananas produzidas pela recém-criada Sociedade de Desenvolvimento Agrícola de Angola (SDAA).

De acordo com o presidente da ESCOM, Hélder Bataglia, citado na nota, trata-se de um sector "com muitas potencialidades" em Angola e um acordo que "confirma a aptidão do grupo para estabelecer importantes empresas internacionais provenientes de várias áreas de negócio".

"Acreditamos que o início da produção de bananas em Angola é um passo estratégico importante, que será bastante competitivo do ponto de vista dos custos, independentemente dos resultados dos desafios do regime de tarifas de importação da União Europeia", refere, por sua vez, o presidente da Chiquita Brands Internacional, Fernando Aguirre.

Segundo as empresa, a SDDA, do grupo ESCOM e da empresa angolana Hipergesta, implementará, após autorização do governo local, a produção de bananas na província de Benguela, graças a um investimento de mais de 60 milhões de dólares (cerca de 40 milhões de euros).

Uma vez que a Chiquita não entra no capital deste projecto, explica o comunicado, a empresa apoiará a iniciativa "com os conhecimentos que tem em boas práticas agrícolas" para o desenvolvimento de quintas, formação de trabalhadores locais, logística, marketing e distribuição para os mercados europeus.

O grupo ESCOM é actualmente um dos maiores investidores privados estrangeiros em Angola, com actividades nas áreas da mineração, imobiliário, energia, aviação e pescas.

Título:
Enviado por: André em Junho 20, 2008, 05:51:49 pm
Empresa portuguesa de joalharia, Ouronor, avança para produção em Angola

Citar
A Ouronor, empresa portuguesa do ramo da joalharia, vai investir cerca de um milhão de dólares na criação de uma empresa em Angola, cujo projecto contempla a abertura de escritório, lojas e uma fábrica.

O projecto foi divulgado durante a Feira Internacional de Minas de Angola(FIMA), onde a Ouronor participou pela segunda vez.

A empresa vai ter como designação Ouronor-Angola, contará com sócios angolanos e uma das metas do projecto é a produção local de joalharia, aproveitando a "matéria-prima de qualidade" existente no país, explicou Álvaro Freitas, administrador da empresa portuguesa.

Até ao momento, a Ouronor-Angola já dispõe de escritura legal e escritório, prometendo Álvaro Freitas o arranque "para breve" da produção local de joalharia, aproveitando o crescente desenvolvimento da economia angolana e aumento da prosperidade social.

A transferência de saber acumulado pela empresa portuguesa é apontada como uma mais valia essencial na criação da Ouronor-Angola, cuja aposta no mercado da classe média alta permite aproveitar o resultado do trabalho desenvolvido pelos criativos da empresa, que já leva 60 anos de vida.

Garantida está também a formação em Angola prestada pelos técnicos da empresa, bem como a mais valia que representa os funcionários portugueses assegurarem os primeiros passos da Ouronor-Angola.

Álvaro Freitas garante igualmente que a qualidade da matéria-prima existente em Angola permite produzir joalharia com a mesma qualidade daquela que é actualmente produzida em Portugal e noutros cantos do mundo.

O administrador da Ouronor avança ainda que o objectivo central do projecto é cruzar a capacidade e conhecimento existente na empresa com a matéria-prima para a produção de joalharia existente em Angola, como o ouro e as pedras preciosas.

Uma vertente social está igualmente prevista porque, segundo Álvaro Freitas, o projecto prevê, no âmbito da formação de novos artesãos, integrar pessoas portadoras de deficiência, permitindo a sua integração no mercado de trabalho.

Lusa
Título:
Enviado por: legionario em Junho 21, 2008, 11:04:08 am
Acho muito bem que Portugal estreite relaçoes economicas com Angola,  ( e com os Palop em geral).
Fico muito satisfeito quando ouço noticias como esta.

Portugal, neste caso, tem uma mais-valia importante que é o "savoir-faire" neste e noutros dominios. Estou a pensar nomeadamente nas energias renovaveis e nas comunicaçoes.

Os investimentos que Portugal faça ou possa fazer em Angola e nos paises lusofonos têm um retorno assegurado . Paises como a China ja o  perceberam e ocupam cada vez mais o espaço africano.
Título:
Enviado por: André em Junho 26, 2008, 06:43:27 pm
Empresa algarvia vai exportar estação de tratamento de águas para Angola

Citar
Uma empresa algarvia vai exportar uma Estação de Tratamento de Água (ETA) para Angola que vai permitir abastecer de água potável a 40 mil pessoas do município de Bailundo.

O equipamento foi concebido pela empresa Hubel Indústria da Água em parceria com outras empresas angolanas e nacionais e vai ser enviado para aquele país ainda este Verão ao abrigo do programa do governo angolano «Água para Todos», que visa implementar no país estruturas de abastecimento de água.

Segundo disse à Lusa fonte do Grupo Hubel, responsável pelo projecto desenvolvido em conjunto com outras empresas, a estrutura vai ser expedida de navio para Angola e após a instalação, deverá começar a fornecer água no espaço de um mês e meio.

Sem saber precisar quando será feita a instalação do equipamento em Angola nem o montante do negócio, a mesma fonte referiu que neste momento a estrutura está a ser desmontada em módulos no Algarve e as peças a ser numeradas.

«A estrutura foi montada nas nossas instalações e está a ser desmontada por módulos para facilitar o processo de montagem lá», disse, referindo que a empresa algarvia só irá ao terreno para fazer o arranque do sistema.

Nessa altura, especialistas da empresa vão assegurar a transferência de know-how, formando técnicos locais para garantir o correcto funcionamento do sistema e sua utilização.

O transporte do equipamento em contentores até África deverá demorar algumas semanas e assim que for instalado, começará a fornecer água no espaço de um mês e meio a dois meses.

Concebida para abastecer a população do município de Bailundo, abrangendo cerca de 40 mil pessoas, a estação é composta por um sistema de filtros em paralelo e está dimensionada para um caudal diário de três mil metros cúbicos.

A estrutura vai ser instalada junto a um rio, onde a água será captada e transportada através de condutas para a estação, onde é sujeita ao processo de tratamento.

Depois do tratamento, a água é armazenada em dois reservatórios, um junto ao local da estação e outro a uma distância de cerca de oito quilómetros.

Integrada no mesmo programa governamental está actualmente a ser desenvolvida uma ETA para o município de Huambo, para Caquila e M'Banza Calumbo, com capacidade de abastecimento para 10 mil pessoas.

Lusa
Título:
Enviado por: André em Julho 31, 2008, 06:09:44 pm
Imobliliária portuguesa investe 137 milhões de euros em Angola

Citar
A Bascol vai investir cerca de 137 milhões de euros, em parceria com investidores angolanos, em empreendimentos imobiliários em Angola até 2011, disse à Agência Lusa o director internacional da empresa, Ricardo Romanholo.

O mais vultuoso dos projectos, adiantou à Lusa o responsável pelos negócios internacionais da Bascol, é um condomínio de «alto luxo», com uma área total de 46 mil metros quadrados, um investimento de 120 milhões de dólares (77 milhões de euros).

«Será claramente uma aposta na qualidade do produto, com condições de conforto - térmico, acústico... - ao nível de tudo o que estamos habituados a fazer em Portugal», disse à Lusa o arquitecto de origem brasileira.

Além de apartamentos com uma área entre os 50 e os 215 metros quadrados, o condomínio incluirá zonas de escritório, de comércio e de lazer (piscina, ginásio, spa, creche, entre outros equipamentos).

O preço, referiu, rondará os 5.000 dólares (cerca ded 3.200 euros) por metro quadrado, atirando assim o valor dos apartamentos para entre os 250 mil dólares (160 mil euros) e os 1,07 milhões (684 mil euros).

Segundo o director internacional da Bascol, a construção vai arrancar em Setembro, devendo estar concluída dentro de dois anos.

«A ideia é transpor para lá o que fazemos em Portugal. Queremos estar em Angola por algum tempo», afirmou Romanholo, que se manifestou interessado em explorar oportunidades de investimento nos arredores da capital.

No centro de Luanda, lamenta, é hoje cada vez mais difícil encontrar terrenos para construção a preços comportáveis para promotores de média dimensão, como é o caso da Bascol.

Para o bairro do Golf, entre a Talatona e Nova Vida, onde recentemente foi inaugurado o Hospital da Divina Providência, está a ser projectado um empreendimento de habitação e comércio vocacionado para a classe média, com vários equipamentos complementares, como ginásio e creche.

São 41 mil metros quadrados, com plano de pormenor aprovado e cujo pedido de licenciamento deverá dar entrada no início de 2009.

O investimento de 60 milhões de dólares (39 milhões de euros) deverá arrancar no próximo ano, prevendo-se um prazo de construção de dois anos.

Já no final do próximo ano deverá estar operacional um «retail park» composto por nove armazéns, todos em condomínio fechado, na zona da Camama.

Destinado a pequenas indústrias e distribuidores, este projecto num formato novo para a capital angolana deverá representar um investimento de nove milhões de dólares (5,8 milhões de euros), referiu Romanholo.

Outros 16 milhões de euros deverão ser investidos num centro comercial a céu aberto na zona da Nova Vida, que inclui também edifícios de habitação, um projecto que aguarda licenciamento.

A promotora imobiliária continua à procura de terrenos na capital angolana, principalmente para implantar escritórios, mas assume que consegui-los, actualmente, «é um problema», devido à elevada procura que elevou os preços a níveis nunca antes vistos.

Lusa
Título:
Enviado por: Lince em Agosto 20, 2008, 09:30:34 am
Citar
Entrevista a Pedro Gonçalves 00:05

“Angola deve ser segundo mercado doméstico”

Nas entrevistas de Verão, Pedro Gonçalves fala da internacionalização e das grandes obras públicas.

Bruno Proença

As grandes obras públicas têm animado o debate político nacional nos últimos anos. Não há consenso em torno do TGV ou do novo aeroporto. As decisões são permanentemente colocadas em causa. Para Pedro Gonçalves, CEO da Soares da Costa, esta é uma originalidade nacional que atrasa o desenvolvimento do país. A outra é a dependência do Estado. O gestor fala da internacionalização das empresas portuguesas, do papel de Angola e da má fama das construtoras.

Continuamos a discutir o arranque de grandes projectos como o novo aeroporto ou o TGV. Não conseguimos largar a eterna questão: deve ou não seguir-se este modelo de desenvolvimento?
A permanente e recorrente discussão é uma originalidade dos portugueses. E por vezes o betão em Portugal, em vez de cinzento, toma outras cores que variam conforme o tempo que se vive… E depois, passados dez anos, encontramos infra-estruturas que foram altamente polémicas e agora são unânimes. Todo o investimento público deve ser debatido. Não me choca que as infra-estruturas em concreto sejam discutidas. Choca-me é a generalização. O erro é cair em excessos ou discursos diametralmente opostos. Ou seja, ninguém pode hoje achar que o desenvolvimento económico de Portugal pode viver exclusivamente de um investimento em infra-estruturas. Mas também ninguém pode afirmar com convicção que um país, por muitas outras carências que tenha, pode parar em termos do desenvolvimento dos equipamentos colectivos ligados à mobilidade e acessibilidades. Hoje olhamos para a zona oeste, perto de Lisboa,  e vemos uma série de empreendimentos turísticos. Isso teria acontecido sem a rede viária que foi construída naquela zona?

Esse é o problema do país: está sempre a discutir e a pôr em causa as opções que toma.
Exactamente. Estamos a falar de investimentos cujo impacto para as contas do país tem que ser olhado tendo em conta o seu ciclo de vida. Não faz sentido que a nossa geração, de uma forma completamente irracional, deixe contas para as gerações futuras. Mas também não faz sentido limitar a capacidade de realização de investimentos àquilo que a nossa geração é capaz de pagar. Estamos a falar de investimentos que vão ter uma projecção para gerações futuras. Por isso, à partida, não há nada de condenável relativamente aos investimentos que vão ser pagos no futuro.

É por isso que não me choca que haja modelos, designadamente aquele que está a ser lançado para as concessões rodoviárias ou o da alta velocidade, que levam a que a obra seja paga através de uma renda ao longo do seu ciclo de vida. Este é um dilema com que as empresas se debatem no dia-a-dia. Não haveria empresas a crescer num mundo moderno se o investimento fosse baseada no que existe no seu cofre ou conta bancária.

Há, na classe política nacional, demasiada facilidade em cair na demagogia?
Não me atrevo a usar uma palavra tão forte. Mas que estes temas são muitas vezes usados como arma de arremesso na confrontação partidária, é verdade. Uma das chaves dos países que têm tido um desenvolvimento mais sustentado é precisamente a criação de consenso. Não são precisos pactos escritos; não vamos usar fantasmas que não são necessários. Basta um sentido que passe por dois aspectos fundamentais. O primeiro é o de assumir que, em cada momento, as acções de um poder legitimado pelo voto devem ser respeitadas pelos governos que lhe sucedem. E o segundo é que o mercado das diferenças das forças políticas se faça mais pelo lançamento de ideias novas do que pelo apontar de aspectos negativos a quem está no poder. E aqui ainda nos falta algum amadurecimento democrático.

Relativamente aos projectos em concreto, em relação ao novo aeroporto parece haver consenso, já apareceram consórcios… Mas relativamente ao TGV, o preço que terá de ser cobrado aos utentes não será competitivo face ao avião. Isso põe em causa a viabilidade financeira do projecto?
O modelo em que o Governo decidiu lançar o concurso separa a Parceria Público-Privada para a infra-estrutura – paga por uma renda – da parte de operação. De acordo com os dados da Rave, a ligação Lisboa-Madrid, do ponto de vista de equilíbrio da conta de operação, apresenta-se numa situação mais apertada do que Lisboa-Porto – que demonstra preços competitivos, é rentável e até liberta alguma margem para cobrir custos de investimento.

Mas não há exemplos de infra-estruturas de transportes públicos em que as receitas de operação são susceptíveis de pagar o investimento. Talvez um dos maiores equívocos a esse nível foi o do Túnel da Mancha, que passou anos de injecções de fundos, de mudança de estruturas accionistas…. Hoje é um dado assumido que o custo da infra-estrutura tem que ser tomado pelas entidades públicas como um custo associado ao desenvolvimento do país, da região, da cidade.

Neste caso, até é uma ligação à rede europeia.
Por isso mesmo, o projecto tem uma forte comparticipação de fundos comunitários: a Europa entendeu que devia mobilizar fundos para algo que considera estratégico. Um segundo aspecto deve ser visado para todos os promotores de projectos: tanto quanto possível, as receitas de operação (que decorrem do pagamento pelos utilizadores) devem cobrir os custos na maior percentagem possível. Em linhas de longo curso, deve cobri-los na totalidade. Nos transportes urbanos – em que há um efeito de competição com o transporte privado e a necessidade e objectivo estratégico de tornar o transporte público mais atraente – os objectivos em termos europeus são bastante mais moderados: as melhores práticas apontam para taxas de cobertura de 60%.

Em relação à linha de TGV Lisboa-Madrid, sem querer entrar em domínios em que não tenho todos os dados, há um efeito indutor de tráfego a partir do momento em que estes equipamentos entram em serviço. Dificilmente podemos prever o que será, daqui a dez ou 15 anos, a zona raiana envolvente de Évora. Como vai evoluir a partir do momento em que estiver a uma hora de Lisboa e duas de Madrid – para não falar na sua ligação a outros pontos intermédios do território espanhol. Isto vai conduzir a toda uma alteração de hábitos de mobilidade. Alguém que vive em Évora pode trabalhar em Lisboa e fazer um percurso de trabalho-casa idêntico ao que faz quem hoje vive em Cascais ou Sintra.

Em relação ao novo aeroporto, a questão da rentabilidade é mais unânime, mas o modelo de privatização da ANA tem sido mais polémico, até por causa do aeroporto Sá Carneiro.
Encontramos os dois modelos quando olhamos para países europeus. Ou seja, qualquer dos dois tem virtualidades e tem que se analisar o mais adequado ao caso concreto. Ponderação que cabe ao Governo. Nós aguardamos a conclusão e o modelo de negócio que vai ser apresentado. É uma equação onde se jogam dois termos: um é olhar cada um dos aeroportos individualmente e o seu potencial de desenvolvimento; o outro é perceber até que ponto um efeito rede acaba por se traduzir num melhor encaixe financeiro para o Estado. Quero acreditar que o modelo a ser lançado será aquele que, na análise qualificada, se traduz na opção mais interessante e mais satisfatória para os interesses do país.

Mas não têm preferência?
Não. Não vale a pena escamotear que a Soares da Costa entendeu dar o seu contributo para esse debate. Mas não vamos constituir-nos como ‘lobby’ no sentido de uma solução. Aceitaremos o que for opção do Governo e, em função do modelo de negócio proposto, assim nos organizaremos para participar no ou nos concursos.


“O GOVERNO ESTÁ A DAR UMA MENSAGEM POSITIVA”

Saíram na semana passada os números do PIB na UE. Mais uma vez, o sector da construção aparece como salvador do investimento.    
Quando o Governo fala de investimento, não fala só da construção e nos grandes projectos. Há investimento privado que não terá a mesma visibilidade dos grandes projectos mas que tem contribuído sustentadamente para o crescimento. Por outro lado, há também a exportação de bens e serviços, que tem contribuído para uma trajectória de sinal positivo da economia, ao contrário do que se passou noutros países da Europa – como vimos agora na apresentação das contas semestrais. A grande virtualidade de alguns destes investimentos e da sua realização é a de constituírem um sinal. As decisões de investimento, mesmo privadas, são muito marcadas por sinais psicológicos. Haver uma mensagem clara do Governo de que, não obstante o ciclo negativo para a economia, os projectos se mantêm, é bom. É um sinal aos investidores privados para que, à sua escala, não abdiquem de avançar com as decisões e estratégias anteriormente traçadas.


http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/ ... 56653.html (http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/edicion_impresa/empresas/pt/desarrollo/1156653.html)
Título:
Enviado por: André em Agosto 27, 2008, 04:40:29 pm
Estradas construídas pela MonteAdriano inauguradas

Quase 170 quilómetros de estradas construídas pela MonteAdriano Engenharia e Construção (MAEC) na Província angolana de Huambo, no valor de 70 milhões de euros, abriram terça-feira ao trânsito, informou hoje a construtora portuguesa.

As vias Huambo-Caala, Huambo-Alto Hama e Huambo-Bailundo, bem como arruamentos na Província de Huambo, foram inauguradas na terça-feira, numa cerimónia que contou com a presença do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos.

O grupo MonteAdriano, que está estruturado em cinco áreas de negócio - Engenharia e Construção, Agregados e Indústria, Ambiente, Concessões, Promoção Imobiliário e Serviços -, está presente em Angola, Cabo Verde, Marrocos e Roménia.

Em 2007, a área internacional da construtora da Póvoa de Varzim representou cerca de 25 por cento do total do volume de negócios do grupo, que ascendeu a 284 milhões de euros.

O grupo MonteAdriano registou um lucro de 12,9 milhões de euros em 2007.

Lusa
Título:
Enviado por: André em Outubro 17, 2008, 04:11:29 pm
Quinze empresários da região Centro visitam Luanda para prospecção de mercado

Quinze empresários do centro do país partem sábado para Angola onde vão reunir-se com os principais grupos financeiros angolanos para estimular a captação de investimentos para aquela região e detectar negócios e parcerias.

A missão empresarial vai estar uma semana em Angola no âmbito do Projecto "Centro Internacional" organizado pelo Conselho Empresarial do Centro/Câmara de Comércio e Indústria do Centro (CEC/CCIC), presidido por António Almeida Henriques.

"Esta missão tem um duplo objectivo: procurar negócios e parcerias e encontrarmo-nos com os principais grupos financeiros angolanos para estimular o investimento na nossa região centro, nomeadamente na hotelaria e na indústria", disse à Lusa António Almeida Henriques, acrescentando que também vai aproveitar para estar com os grupos portugueses presentes em Angola, como a Martifer, o Grupo Lena e a Visabeira.

De acordo com o responsável, a comitiva portuguesa integra empresários dos sectores agro-alimentar, energia, saúde, metalomecânico, saúde, comércio e infra-estruturas, entre outros.

"Além de Angola, a Câmara de Comércio está também a organizar mais três missões empresariais de Pequenas e Médias Empresas (PME) portuguesas em França, Cabo Verde e Brasil até ao final do ano", adiantou.

Segundo António Almeida Henriques, as missões enquadram-se na estratégia da Câmara de Comércio que se baseia em três pilares: aproximação do mercado português dos vários mercados, sobretudo os de língua oficial portuguesa (PALOP), captação de investimentos e contacto com as comunidades portuguesas no mundo, nomeadamente na África do Sul, Venezuela, Estados Unidos, Brasil, Europa e Canadá.

"Queremos conseguir captar esses empresários de origem portuguesa para parcerias ou participações práticas em Portugal", disse António Almeida Henriques.

O projecto "Centro Internacional" é financiado pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), Programa Operacional Regional do Centro, Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização de PME, na modalidade de projectos conjuntos, com o apoio da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

Lusa
Título:
Enviado por: André em Janeiro 29, 2009, 06:50:58 pm
Portugal continuará a apostar no mercado angolano

Angola continua a ser uma "forte aposta" das empresas portuguesas, nomeadamente nas áreas tecnológicas, de biotecnologias e farmacêuticas, mesmo num cenário de contracção da economia angolana previsto pelo Banco Mundial para 2009, disse à Lusa o presidente da AICEP.

"Mesmo num cenário de abrandamento económico, Angola é um país em reconstrução e necessita de parcerias em todos os sectores e níveis de investimento. Por isso continua a ser uma forte aposta para as empresas portuguesas", disse o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Basílio Horta.

O responsável falava um dia depois de a Lusa ter divulgado um relatório do economista chefe do Banco Mundial em Angola, Ricardo Gazel, que traça um cenário de uma eventual contracção da economia angolana em 2009, pela primeira vez nos últimos anos, devido ao recuo "dramático" das receitas petrolíferas.

Contudo, Basílio Horta desvaloriza o cenário macroeconómico e lembra que Angola tem sido um mercado com uma evolução muito rápida e com necessidades crescentes não apenas nas áreas de negócio mais tradicionais de bens e serviços, mas também nas áreas mais tecnológicas, como as tecnologias de informação, as biotecnologias e as farmacêuticas.

"Uma coisa é certa. Os países mais bem posicionados em termos competitivos e com capacidade produtiva vão conseguir resistir e vão obter ganhos substanciais quando a crise abrandar. É aqui que reside a responsabilidade da AICEP para com as empresas portuguesas e, em particular, as Pequenas e Médias Empresas: fazer com que desenvolvam mais e melhores negócios em Angola, mesmo num contexto de relativa contracção da economia provocada pela crise global que se repercutirá necessariamente em Angola", sublinhou.

Basílio Horta salientou ainda que as relações entre Portugal e Angola devem ser vistas "num contexto dinâmico" e frisou o "crescente interesse dos empresários angolanos por Portugal, em áreas como a energia, a banca, o imobiliário e o turismo", considerando-o "um bom sinal".

"As exportações portuguesas para Angola têm aumentado cerca de 32 por cento ao ano. Por outro lado, o investimento angolano no país, em 2008, foi três vezes superior ao de 2007. A economia angolana, impulsionada pelos activos excedentes provenientes da actividade petrolífera, mostra que privilegia cada vez mais Portugal para a sua internacionalização e reforça as participações accionistas em empresas portuguesas", disse.

No entanto, o relatório de Janeiro do economista do Banco Mundial refere que a quebra nominal do PIB angolano pode atingir os 17 por cento em relação a 2008, com a média anual do preço do petróleo a 50 dólares e o sector não-petrolífero a crescer a 10 por cento ao ano, e 23 por cento num cenário do barril a 40 dólares.

Mas apesar de reconhecer que o preço do petróleo é incerto, Basílio Horta lembrou que "o governo angolano estimou, no seu orçamento para 2009, um preço médio de 55 dólares/barril, o que não será provavelmente difícil de atingir nos próximos meses".

"Claro que a noção de que haverá um abrandamento no crescimento do PIB é percepcionada por todos em Angola, especialmente no PIB petrolífero. Contudo, o futuro da economia angolana depende muito mais da diversificação de sectores económicos. É de notar que mesmo neste ambiente de crise, o governo prevê um crescimento de 16 por cento no PIB não petrolífero: quantas economias podem, em 2009, dizer o mesmo?", questionou.

Certo é que, para Basílio Horta, os angolanos estão "numa fase de internacionalização" da sua economia, "mesmo considerando a anunciada redução do valor do barril de petróleo".

Lusa
Título:
Enviado por: André em Março 11, 2009, 06:24:04 pm
Parceria Estratégica «é o Eldorado» diz embaixador António Monteiro


A parceria estratégica luso-angolana proposta pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, é "o novo Eldorado para Portugal", disse hoje à agência Lusa o embaixador António Monteiro.

"Angola é o primeiro parceiro extra-comunitário de Portugal, com um investimento de 780 milhões de euros em 2008. Uma parceria estratégica é o novo o Eldorado para Portugal", afirmou o diplomata - que foi o artífice dos Acordos de Bicesse (1987-91) - valorizando o "especial relacionamento" luso- angolano, "sem quebras" nas últimas duas décadas.

Acerca do "timing", rematou: "Tem de ser agora, chegou o momento".

Para o também embaixador António Martins da Cruz, a parceria estratégica luso-angolana tem de passar pela criação de "cumplicidades" ao nível dos decisores políticos dos dois países, que se projectem no quotidiano das relações mútuas.

"Trata-se de criar cumplicidades ao nível dos decisores políticos dos dois países, que se projectem no quotidiano das relações mútuas, indo além do quadro da Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP). O reforço das relações mútuas tem de ser feito em todos os planos e já", frisou à Lusa Martins da Cruz - assessor diplomático de Aníbal Cavaco Silva durante uma década em São Bento e chefe da diplomacia portuguesa no governo de José Manuel Durão Barroso.

Martins da Cruz, que valorizou o "timing" da proposta do Presidente da República, afirmou que "o governo de [José] Sócrates - com duas deslocações a Luanda, em Maio de 2006 e Julho de 2008 - está a proceder de forma correcta na prioridade dada às relações luso-angolanas nos planos político, económico e da defesa".

"Uma parceria estratégica com Angola completaria o quadro multilateral das relações com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)", acrescentou.

Sobre a definição de parceria estratégica, Martins da Cruz disse tratar-se de "um acordo entre países que implica consultas quase permanentes e um diálogo muito fluido em matérias de política externa, segurança, defesa, economia, comércio externo e cultura".

"A sua articulação é feita através de cimeiras anuais entre chefes de governo, com base numa rede de acordos que, de preferência, abranjam a totalidade das áreas governativas, com trabalho em conjunto", disse ainda.

Lembrando a integração de Portugal na União Europeia e na Aliança Atlântica (NATO) e de Angola na Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) e na Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP), Martins da Cruz acentuou que os dois países podem pôr em prática experiências e encontrar interfaces para além suas das fidelidades regionais, potenciando-as".

"As empresas portuguesas utilizam Angola como plataforma regional para investimento, por exemplo, na República Democrática do Congo (RDCongo), Namíbia, ou Zâmbia, aproveitando a afirmação regional de Luanda, enquanto os angolanos têm em Lisboa uma voz activa na Europa", concluiu.

Lusa
Título:
Enviado por: P44 em Março 13, 2009, 03:24:40 pm
Citar
13 Março 2009 - 00h30
A Voz da Razão

Aldeia dos macacos

Não me repugna que Portugal faça negócios com Angola: se excluíssemos os países autoritários da nossa lista de compradores (China, Marrocos, etc.), desconfio de que a balança comercial tombava de vez.

O que repugna é o rastejamento do Estado perante qualquer ditador ou torcionário. E, já agora, esta senda histórica de procurarmos lá fora a solução para os nossos dramas estruturais. Foi assim com os Descobrimentos, ou seja, com a África e a Índia, páginas gloriosas que enterraram o desenvolvimento sério da nossa agricultura e indústria, permitindo apenas um Estado perdulário e balofo. Foi assim com o Brasil. Foi assim com Bruxelas. E agora que Bruxelas dá sinais de crise, temos Angola. Há 600 anos que andamos nisto:saltitando de galho em galho, até à queda final.

João Pereira Coutinho, Colunista


http://www.correiodamanha.pt/noticia.as ... 98FD18F87A (http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?channelID=00000093-0000-0000-0000-000000000093&contentID=9D81F6AB-AF64-49E2-85DB-1098FD18F87A)
Título:
Enviado por: Chicken_Bone em Março 13, 2009, 03:39:27 pm
P44: no dia em que colocares alguma resposta positiva, irei bater palmas. Isto se ainda não for velho demais e já não tiver forças.

Angola: país vai «escapar a recessão» este ano

Citar
Previsões do Governo apontam para um aumento real do PIBAngola vai escapar à recessão em 2009, garantiu o ministro da Economia angolano, que prevê um crescimento da economia do país acima dos três por cento.

O país «não vai viver uma recessão», disse esta sexta-feira, em Luanda, Manuel Nunes Júnior, sublinhando que as previsões do Governo apontam para um aumento real do Produto Interno Bruto (PIB), escreve a Lusa.

«O crescimento económico vai continuar em números superiores à taxa de crescimento da população», declarou, lembrando que o crescimento demográfico para o país em 2009 vai ser de três por cento.

Manuel Nunes Júnior remeteu para mais tarde o anúncio de um número preciso para o crescimento angolano, afirmando que será sempre superior aos três por cento.

«O número exacto [do crescimento económico de Angola] será apresentado quando for a altura de tratarmos do Orçamento de Estado rectificativo, que será feito em meados deste ano», salientou.

O Orçamento de Estado ainda em vigor apresenta como valor de referência o preço do barril de petróleo nos 55 dólares e, segundo Manuel Nunes Júnior, Angola executou o primeiro trimestre com o preço de referência nos 35 dólares.

Num relatório divulgado na semana passada, o BPI aponta para um desaceleração da economia angolana este ano, na ordem dos três por cento, enquanto a Economist Intelligence Unit aponta para menos 2,3 por cento. Já o escritório do Banco Mundial admite também a possibilidade de «crescimento negativo» em 2009 e o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê uma variação positiva do PIB na ordem dos quatro por cento positivos, mas que já deu indicações de pretender rever.


http://www.agenciafinanceira.iol.pt/not ... iv_id=1730 (http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=1049397&div_id=1730)
Título:
Enviado por: P44 em Março 13, 2009, 07:33:47 pm
Citação de: "Chicken_Bone"
P44: no dia em que colocares alguma resposta positiva, irei bater palmas. Isto se ainda não for velho demais e já não tiver forças.


Bad luck, não gosta passe á frente, eu agora considero-me um discípulo do Medina Carreira...faça como se calhar faz quando ele fala na TV, mude para a RTP1 que dá boa propaganda do governo...lá tudo são rosas...

Eu sei que o dinheiro compra a dignidade de (quase) todos...

Felizmente que há mais "ovelhas negras", como eu...

aqui vai mais um..

Citar
13 Março 2009 - 00h30
Direito ao Assunto
A ilusão angolana
José Eduardo dos Santos, o presidente nunca eleito de Angola, passou por Lisboa e sentiu-se verdadeiramente em casa. Não houve órgão de soberania que não lhe prestasse homenagem. Nenhum jornal, rádio ou televisão deixou de lhe dedicar a primeira página ou a abertura do noticiário. O poeta laureado do PS comparou-o a D. Afonso Henriques. Para Santos, foi "espectacular". E para nós? Talvez revelador.

Revelador, em primeiro lugar, da mudança da nossa bússola diplomática. O norte já não está na Europa. O bom aluno de Jacques Delors é hoje o bom anfitrião de qualquer tiranete com petróleo na quinta, seja ele Khadafi, Chávez ou Santos. Houve quem tivesse o devido fanico moral. Mas a questão não é só ética.

Explicaram-nos que Angola nos comprou muita coisa. O problema é que isso foi no ano passado. Angola, como a Líbia ou a Venezuela, é petróleo. Com o preço do barril a descer, comprará o mesmo?

Mas há mais: fazer negócios com a Líbia, a Venezuela ou Angola não é fazer negócios com um país – é trocar favores com um partido, uma família, uma pessoa. Os empresários, nestes casos, são sempre membros de comitivas oficiais. Estes episódicos Eldorados, dependentes da protecção e dos rendimentos ocasionais de um déspota, não são uma alternativa ao trabalho de nos tornarmos realmente competitivos numa economia global. Temos obrigação de nos poupar a mais essa ilusão.
Rui Ramos, Historiador


http://www.correiodamanha.pt/noticia.as ... 27B0C98746 (http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?channelID=00000093-0000-0000-0000-000000000093&contentID=86A40C2C-7ECF-428F-B51C-3D27B0C98746)
Título:
Enviado por: Chicken_Bone em Março 13, 2009, 08:12:34 pm
Pelo que tenho visto, cá no fórum, as ovelhas negras são aqueles que não estão sempre a "mandar vir ".
Se interessante, pelo menos eu acho, se sugerisses formas específicas de combater as tretas sobre as quais mandas vir. Talvez assim, nasça alguma coisa das tuas críticas. Por favor, não penses que digo que tens que ter soluções, já que não é o teu trabalho nem a tua qualificação, mas se tens opinião, talvez tenhas sugestões.
     
Presidente da Sonangol admite entrada em empresas portuguesas de energia
Citar
O presidente da Sonangol, Manuel Vicente, admitiu hoje que a empresa poderá entrar no sector da energia em Portugal, considerando que esse cenário faz todo o sentido já que a companhia estatal angolana se move nesta área.


" A Sonangol é uma empresa de energia, quiçá venha a estar em empresas deste sector em Portugal", disse Manuel Vicente em declarações aos jornalistas no final de uma cerimónia em São Bento, residência oficial do primeiro-ministro português, onde terminou a visita do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, a Portugal.

Questionado se as empresas a que se referia serão a EDP ou a EDP Renováveis, Manuel Vicente escusou-se a adiantar mais.

A Sonangol já é parceira da Galp Energia, uma vez que é um dos principais accionistas da Amorim Energia, por sua vez accionista da Galp.

http://www.noticiaslusofonas.com/view.p ... ory=Angola (http://www.noticiaslusofonas.com/view.php?load=arcview&article=22194&catogory=Angola)
Título:
Enviado por: P44 em Março 14, 2009, 10:38:59 am
a mim o que me chateia é que somos praticamente a nova provincia ultramarina de Angola :twisted:

uma coisa é fazer negócios, outra é a subserviência a um ditadorzeco , um mafioso , um escroque de todo o tamanho, mas enfim, continuem

dignidade e vergonha na cara para quê? afinal o dinheiro compra tudo
Título:
Enviado por: nelson38899 em Março 14, 2009, 12:19:49 pm
Citação de: "P44"
a mim o que me chateia é que somos praticamente a nova provincia ultramarina de Angola :twisted:

uma coisa é fazer negócios, outra é a subserviência a um ditadorzeco , um mafioso , um escroque de todo o tamanho, mas enfim, continuem

dignidade e vergonha na cara para quê? afinal o dinheiro compra tudo


P44,já à muito tempo te oiço a criticar tudo, algumas vezes dou-te razão outras vezes não, mas relaxa que apesar de tudo nós vamos avançando. voltando ao tópico neste momento angola é a nossa Espanha, pois é um país que tem tudo por fazer tem muito dinheiro, que está a crescer enquanto outros estão a ir pelo cano abaixo. Pessoalmente eu apoio a politica Angola, Angola, Angola pois Espanha já era e só assim é que nos safamos. Quando o filão Angola acabar eu espero que apareça outro país para poder-mos continuar a desenvolver as nossas exportações e assim a nossa economia.
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 14, 2009, 12:36:18 pm
Citar
José Eduardo dos Santos, o presidente nunca eleito de Angola


 :?:
Título:
Enviado por: ShadIntel em Março 14, 2009, 01:59:40 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Citar
José Eduardo dos Santos, o presidente nunca eleito de Angola

 :?:

Não foi eleito no sentido tradicional do termo, ou seja vencendo uma eleição com mais de 50,01% dos votos.
Sucedeu a Agostinho Neto em 79, e foi "eleito" em 92 apesar de não ter havido segunda volta das eleições.
Título:
Enviado por: legionario em Março 15, 2009, 07:41:00 pm
Temos que vencer os nossos escrupulos quando negociamos com ditaduras e conseguir pôr os nossos principios de lado SE ganharmos mais com isso. Se formos a unica virtuosa do planeta tambem  é originalidade a mais , nao é ?

O principal critério que devemos seguir nao deve ser o moral ou o ético, mas sim o de maiores vantagens para nos. Eu sei que é pecado e parece mal  dar tanta confiança a ditadores corruptos, mas ja se sabe : em Roma, sê romano ! temos que jogar com as mesmas regras dos outros. Depois de sermos ricos ai ja temos tempo e meios para criticar, fazer a moral e até filosofar :)
Título:
Enviado por: Chicken_Bone em Março 15, 2009, 07:56:47 pm
Sim legionario, concordo contigo. Alem de que as relações país-país são, geralmente mais prolongadas do que governos.

As empregas portuguesas respondem à sociedade portuguesa e portanto querem serem vistos como entidades com grande responsabilidade social e, consequentemente tentam melhorar as sociedades onde estão presentes, como a Angola. Ou mesmo os trabalhadores das empresas tentam replicar um pouco da sua sociedade aí.

Além do mais, não é ficando isolado que um país evolve. Angola ou Portugal não são excepções.
Título:
Enviado por: André em Abril 14, 2009, 03:43:35 pm
Empresários portugueses devem fazer apostas "mais acutilantes" fora de Luanda


O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros e deputado angolano João Miranda defendeu hoje em Lisboa que os investidores portugueses não se devem cingir aos "quilómetros quadrados de Luanda", devendo fazer apostas "mais acutilantes" nas restantes regiões de Angola.

"Os investidores, quando se deslocam a Angola não devem olhar Angola um espaço confinado em alguns quilómetros quadrados de Luanda. Angola tem mais de um milhão de quilómetros quadrados, várias cidades e é aí que as apostas deviam ser mais acutilantes", defendeu João Miranda.

O ex-chefe da diplomacia angolana falava à margem do seminário "Angola, país do Futuro - Venha descobrir as suas oportunidades de negócios", organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa.

Questionado sobre os melhores sectores em que os empresários portugueses podem investir em Angola, o deputado do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) destacou a produção de alimentos e medicamentos e sua distribuição, a formação profissional, no domínio da gestão empresarial, novas tecnologias de informação e entretenimento.

"São sectores em que vale a pena apostar", disse, referindo, contudo que se trata de áreas pouco procuradas pelos empresários estrangeiros, que preferem "aqueles sectores que mais rapidamente lhe trazem dividendos", como a construção civil.

Questionado sobre as garantias que o Governo angolano pode dar aos investidores numa altura de crise económica, João Miranda realçou "a segurança, os incentivos fiscais e aduaneiros e também as garantias de transferência dos dividendos".

No entanto, João Miranda ressalvou que o Governo de Angola tem poucos meios para combater a crise, acrescentando que cabe aos empresários e à comunidade internacional fazê-lo.

Ainda assim, considerou, no que diz respeito aos empresários portugueses, "as vantagens são óbvias porque os negócios têm crescido".

O deputado deu como exemplo as remessas dos portugueses que trabalham em Angola, destacando que "quadruplicaram nos últimos três anos e vão crescer nos próximos tempos, o que quer dizer que a crise não baterá tanto assim à porta daqueles que trabalham bem".

Questionado sobre as dificuldades de que os empresários se queixam quando pretendem investir em Angola, o ex-chefe da diplomacia angolana referiu que "em qualquer mercado há sempre alguns percalços para quem começa a criar um negócio".

"Mas isso não se refere apenas a estrangeiros, mesmo os nacionais têm algumas dificuldades que é preciso transpor", afirmou, considerando que esses problemas devem "ser um estímulo e não impedir" o investimento.

O ministro da economia angolana, Manuel Nunes Júnior, disse, no início de Março, em Lisboa, que as previsões do Governo angolano apontam para um crescimento da economia superior a três por cento este ano, quando, antes da crise mundial as estimativas apontarem para um crescimento de dois dígitos, como aconteceu desde 2005.

Lusa
Título:
Enviado por: comanche em Abril 23, 2009, 10:48:48 pm
Portugal tem «muitos interesses» na África Austral

Ministro Luís Amado quer papel mais forte de Portugal no desenvolvimento económico daquela parte do Mundo

Citar
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, defendeu esta quinta-feira em Luanda, em declarações à Agência Lusa, o fortalecimento do papel de Portugal no desenvolvimento económico da África Austral e Central, onde o país tem «muitos interesses».

Luís Amado falava à chegada ao aeroporto de Luanda, onde vai presidir ao II Seminário Diplomático da África Austral, estas quinta e sexta-feira, que envolve diplomatas, empresários e convidados.

O chefe da diplomacia portuguesa apontou como primeiro objectivo deste encontro «dar continuidade a um trabalho de reflexão e preparação de toda a presença portuguesa nesta vasta região da África Austral e África Central».

Luís Amado lembrou que na realização deste seminário, o segundo depois de uma primeira edição em 2007, realizado em Pretória, África do Sul, «Portugal tem muitos interesses nesta vasta região». O ministro salientou que nesta parte do Mundo está «uma população expatriada muito significativa».

«Portugal tem as suas maiores empresas nesta região, tem uma língua que é da região e de trabalho das organizações regionais, onde há grande interesses económicos e comerciais portugueses», complementou.

Ainda no âmbito do seminário, Amado sublinhou que «a perspectiva é aproveitar a sinergia de todos os recursos que estão nesta região, políticos, diplomáticos, económicos, empresariais, para fortalecer o papel de Portugal no desenvolvimento económico desta vasta região africana».

Neste encontro, participa ainda o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação. João Gomes Cravinho apontou, também em declarações à Lusa na quarta-feira, o encontro como um momento para analisar as prioridades da política externa na região, nomeadamente «os interesses empresariais».

«Portugal é um país que não pode olhar só para um ou dois ou três países. Aquilo que nós fizemos ao longo dos anos e particularmente durante a presidência portuguesa da União Europeia (no segundo semestre de 2007) deu-nos no continente africano uma projecção que nós temos agora de saber aproveitar», disse Gomes Cravinho.

Título:
Enviado por: comanche em Abril 28, 2009, 11:08:18 pm
Angola e Portugal estão atentos a novas áreas de cooperação



Citar
Luanda – A cooperação entre  Angola e Portugal tem sofrido um processo de evolução satisfatória e  ambos países estão atentos a identificação de novas áreas no futuro, afirmou hoje o secretário de Estado dos  Negócios  Estrangeiros e Cooperação de Portugal, João Cravinho.
João Cravinho, que falava  em entrevista exclusiva à Angop, disse que a evolução positiva da cooperação entre Portugal e Angola deveu-se também à actualização da metodologia, com uma melhor identificação das áreas.
Neste sentido, realçou que agora, passados alguns anos, os resultados estão a corresponder com o que se tinha estabelecido como objectivos.
Acrescentou que a cooperação entre os dois países estava muito dispersa, abarcando distintos domínios, mas sem objectivos claros e com afectação de recursos relativamente pequena, sendo pois uma cooperação fragmentada e pouco objectiva.
No entanto, frisou que actualmente existe uma cooperação mais focalizada e virada para o que são as mais valias específicas portuguesas na área do apoio ao bom funcionamento da administração pública, do sector da justiça, do ensino e formação.
João Cravinho referiu que quinta-feira (dia 23) teve lugar um encontro com a vice-ministra angolana das Relações Exteriores, Exalgina Gamboa, no qual foi acertada a realização de outras reuniões, ainda no presente ano, no sentido de se identificar novas direcções para a cooperação entre Portugal e Angola.
Para o governante luso, de uma forma global, a avaliação que se pode fazer da execução dos projectos previsto é boa, isto no quadro do Programa Indicativo de Cooperação, assinado no início de 2007 e referente ao período 2007-2012.
No entanto, acrescentou que há alguns domínios onde tem de ser acelerado e, entre estes, o da colocação de professores portugueses em Angola, com o objectivo de formarem docentes angolanos.
“Serão colocados formadores portugueses no Uíge, Benguela, Moxico e Cunene, mas o grande problema tem haver com o alojamento”, referiu.
Porém, adiantou que esta questão está próxima de ser solucionada nas distintas províncias, prevendo-se que até ao final do primeiro semestre do corrente ano estejam em Angola cerca de 30 professores, que desempenharão as funções de coordenadores para que no início de 2010 estejam no país entre 180 a 200 docentes.
Em relação ao sector da justiça, disse que tem havido um trabalho bastante interessante entre os ministérios dos dois países e graças a esta cooperação foi colocado a disposição de Angola um sistema informático designado Habilus para a gestão dos processos que transitam em julgado.
Este projecto, explicou, é desenvolvido numa cooperação triangular com os EUA e foi fundamental em Portugal na redução substancial dos tempos de espera, aguardando-se o mesmo impacto em Angola.
O governante luso destacou ainda o lançamento do Centro de Investigação de Saúde em Angola (CISA), no sábado, que terá um financiamento da parte portuguesa de 800 mil euros anuais, nos três primeiros anos.
Para João Cravinho, o CISA, apesar de possuir também uma valência de apoio aos habitantes de Caxito (Bengo), onde será instalado, vai permitir o desenvolvimento de soluções apropriadas para os problemas de saúde que serão extensivas a toda população angolana.
Esta instituição, deu a conhecer, estará ligada em rede a sete outros centros semelhantes no continente africano, que estão na linha da frente em investigação sobre saúde em África, como os centros do Kenya, Moçambique, e Ghana.
No que toca aos programas da administração do Estado, o secretário dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação de Portugal disse que esta é uma área onde o seu país poderá oferecer um grande contributo, porque as matrizes da administração pública são semelhantes e existem experiências que poderão ser partilhadas com os angolanos.
Neste sentido, apresentou como exemplo o trabalho desenvolvido para o planeamento em Angola e também no apoio às tarefas nesta área, no que toca as responsabilidades deste ministério em matéria de integração na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Falando também sobre a cooperação no sector das finanças referiu que ela é extensiva aos diferentes domínios, tais como as alfândegas, gestão orçamental, entre outras áreas.
Por este motivo, João Cravinho referiu que as relações entre os dois países são excelentes, mas que ainda há muito por se explorar na cooperação entre Angola e Portugal.


http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_p ... 564bc.html (http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/politica/Angola-Portugal-estao-atentos-novas-areas-cooperacao,92e9073f-3b14-44de-b9a2-12941a7564bc.html)
Título:
Enviado por: André em Maio 22, 2009, 02:36:09 pm
Portugueses batem chineses na requalificação da Baía de Luanda

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.activainternacional.cl%2FUploads%2Fimage%2FBaseNoticias%2Fjaneiro09%2Fluanda_reini.jpg&hash=d619a823db1384d41f7c3e1fe196acfc)

Soares da Costa e Mota Engil conquistam requalificação de ex-libris de Luanda.

São mais 100 milhões de euros em caixa para duas construtoras portuguesas no mercado angolano. Mas, mais que isso, a vitória do consórcio da Mota-Engil/Soares da Costa na empreitada para a requalificação da baía de Luanda vai funcionar como um destacado cartão de visita, não só porque se trata de um projecto há muito pretendido pelas autoridades de Luanda, mas também porque demonstrou a capacidade competitiva das empresas portuguesas, que venceram duas construtoras chinesas na recta final.

"É com muita satisfação que soubemos da adjudicação deste empreendimento. É um trabalho de grande responsabilidade e queremos estar à altura deste novo desafio. É um concurso muito importante porque a baía de Luanda é o "ex libris" de Angola", sublinhou Jorge Coelho, administrador executivo da Mota-Engil, em declarações ao Diário Económico.

A empreitada tem um prazo de execução previsto de dois anos e Jorge Coelho prevê ter máquinas no terreno para iniciar as obras já no próximo mês de Junho, tendo já sido escolhido o director para o projecto. No entanto, não deverá ser necessário deslocar para Angola equipamentos ou recursos humanos suplementares significativos para executar esta obra.

A requalificação da baía de Luanda é um projecto que tem já vários anos no papel. Entre muitas ideias e discussões, o plano foi finalmente aprovado em Setembro de 2007 pelo Conselho de Ministros do governo angolano, tendo-se iniciado o processo de concurso público para a construção das vertentes marítima e terrestre do projecto em Novembro seguinte.

No caso da vertente terrestre, cujo concurso foi ganho pelo consórcio Mota/Soares da Costa, com posições de 50% cada, concorreram numa fase inicial um total de 13 construtoras e/ou consórcios. A 'short list' seleccionou três grupos, tendo saído vencedor o agrupamento português em detrimento de duas concorrentes chinesas. O contrato foi assinado em Luanda no sábado, numa cerimónia que contou com a presença de Higino Carneiro, ministro das Obras Públicas de Angola, e de Francisca do Espírito Santo, governadora da província de Luanda.

Este projecto não inclui qualquer componente de 'project finance' a cargo das construtoras portuguesas, pelo que o financiamento será da responsabilidade da empresa que adjudicou este empreendimento, a Sociedade Baía de Luanda, empresa de direito privado angolano, que conta na sua estrutura accionista com a Sonangol e o Banco Privado do Atlântico, ligado à petrolífera angolana.

Também o BCP irá participar no esquema de financiamento montado para levar por diante este projecto, embora fonte do banco contactada pelo Diário Económico não tenha conseguido fornecer mais detalhes sobre a participação do banco português.

A Baía de Luanda

O projecto prevê o alargamento da Avenida Marginal e do Largo 17 de Setembro, com a criação de seis faixas de rodagem e infra-estruturas de gestão e manutenção da rede rodoviária a implementar.

Criação de 12 novos parques com estacionamento para 1.600 viaturas.

Criação de 127 mil metros quadrados de zonas verdes.

Construção de dois prédios, um com 37 pisos, outro com 24, para escritórios, comércio e habitação. Mais dois edifícios com funções múltiplas, como hotelaria e centro de convenções.

Diário Económico
Título:
Enviado por: legionario em Maio 22, 2009, 03:59:51 pm
Angola é o melhor exemplo daquilo que nos portugueses podemos fazer em todo o espaço Lusofono. Este  é o nosso espaço natural.
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Julho 14, 2010, 08:45:09 pm
Angola tem muitas oportunidades para empresas lusas


O presidente do Banco BPI, Fernando Ulrich, considerou hoje que existem muitas oportunidades para as empresas portuguesas que pretendam fazer negócios no país africano, destacando o sector da construção e das infra-estruturas, mas também a agricultura e o sector extractivo.
"Há muitas oportunidades no sector da construção e das infra-estruturas, tal como na prestação de serviços ao sector petrolífero e energético, em geral", disse à agência Lusa o banqueiro, apontando igualmente para o sector agrícola.

"Na agricultura também [há boas oportunidades], fruto da guerra que Angola viveu durante 30 anos e que deixou a agricultura ficar bastante para trás. Agora, há não só grande necessidade mas, sobretudo, grande potencial na agricultura e na pecuária", salientou Ulrich.

O presidente do BPI também puxou pelo sector extractivo, recordando que "Angola é muito rica em recursos naturais", e realçou ainda os serviços de bens de consumo, concluindo que "há muito por fazer em Angola".

O banqueiro falou à Lusa no final de um evento dedicado à economia angolana, que decorreu esta manhã em Lisboa, com o foco apontado para as exportações portuguesas para aquele país africano.

"A questão para uma empresa investir em Angola já não é ter um parceiro, mas sim qual", frisou o director central da unidade de desenvolvimento de negócio do BPI, Costa Lima, durante a sua intervenção na conferência.

O responsável salientou que o governo angolano concede "incentivos fiscais e aduaneiros muito importantes".

Angola é a sexta maior economia africana e uma das que tem maiores reservas de água, segundo Costa Lima, que garantiu que, naquele país, "o investimento estrangeiro é muito bem-vindo".

Portugal tem um peso de 18% nas importações angolanas, "um papel fundamental e que tem permanecido estável nos últimos anos", frisou o director do BPI, ainda que tenha lembrado que Angola é apenas o 169.º melhor país do mundo para fazer negócio, segundo a lista do Banco Mundial, que contempla 181 países.

"Os processos são demorados e lentos. É preciso paciência e é por isso que os chineses se dão bem lá", disse, em tom descontraído.

Ulrich, por seu turno, fez questão de sublinhar que "os angolanos são resistentes aos negócios de circunstância, mas muito receptivos numa óptica de médio e longo prazo, sobretudo, se implicarem a transferência das operações para lá".

"A paciência é um factor importantíssimo para fazer negócios em Angola", concordou o líder do BPI, mas retorquindo que "os portugueses gostam de Angola, ao passo que os chineses têm um poder negocial muito forte".

"Por isso, quem precisa e tem paciência são os portugueses, e não os chineses", lançou Ulrich, reforçando que "há uma empatia entre portugueses e angolanos", explicada pelas ligações históricas entre os dois povos.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Julho 17, 2010, 04:55:19 pm
Exportações portuguesas para Angola utilizaram 65% da linha de seguro de crédito de 1.000 milhões de euros


As empresas portuguesas já utilizaram 650 milhões dos mil milhões de euros que o Estado disponibiliza para seguros de crédito sobre as exportações para a Angola, com projetos sobretudo no setor da construção e da reabilitação.

Segundo fonte oficial do ministério das Finanças, “até à data foram aprovados 37 projetos, que representam cerca de 65 por cento da linha de seguro de crédito comercial”, criada para apoiar a exportação de bens e serviços de origem portuguesa para Angola, com um montante até mil milhões de euros.

Os setores da construção e reabilitação de infraestruturas, da construção naval e das tecnologias de informação são os mais representativos nos projetos aprovados ao abrigo desta convenção.

De acordo com o ministério de Teixeira dos Santos, a linha de crédito com um montante de 100 milhões de euros, que prevê o financiamento de projetos integrados no Programa de Investimentos Públicos angolano com a participação de empresas portuguesas ou incorporação bens e serviços de origem nacional, deu até luz verde a dois projetos que absorveram metade do valor disponibilizado.

A pensar no intensificar das relações entre os dois países, o Governo lançou uma linha de crédito comercial de 500 milhões de euros destinada ao financiamento de projetos de capacitação, remodelação, reabilitação e construção ou reconstrução de infraestruturas, por parte de empresas portuguesas, em parceria com angolanas, e importações de bens de equipamento de origem portuguesa ou com incorporação nacional significativa.

“Esta linha de crédito pode ainda aplicar-se à regularização das dívidas do Estado angolano às empresas de construção portuguesas, mediante iniciativa do Estado de Angola”, adiantou à Lusa fonte oficial do Ministério das Finanças.

Estas linhas de crédito ganham destaque quando o Governo angolano decidiu apostar no regime de parceria público-privada (PPP) nas concessões rodoviárias.

“Desde 2002 que lançamos um programa de infraestruturas e o que tivemos como perspetiva foi ligar o país com estradas em boas condições de circulação e conseguimos hoje fazer o país circular”, explicou o ministro do Urbanismo e Construção de Angola.

“Fruto deste trabalho que desenvolvemos, assumimos uma dívida acima dos 4 mil milhões de dólares [3,1 mil milhões de euros, à taxa de câmbio atual]. É muito dinheiro que o Estado investiu nas concessões rodoviárias”, acrescentou José da Silva Ferreira, em conferência de imprensa no final de uma cerimónia que serviu para assinar um conjunto de protocolos de entendimento sobre os dois países na temática das Obras Públicas.

O Presidente da República, Cavaco Silva, visita a Angola, a convite do Presidente José Eduardo dos Santos, de 19 a 22 de julho, à qual se seguirá a participação, no dia 23, na VIII Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CPLP.

Ionline
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Março 25, 2011, 07:54:29 pm
Vendas da cerveja Sagres triplicam num ano em Angola


O presidente executivo da Sociedade Central de Cervejas (SCC) disse hoje que a venda da cerveja Sagres cresceu 200% no mercado angolano entre Janeiro de 2010 e o primeiro mês deste ano.

Esse aumento representa um acréscimo de venda de 30 milhões de litros de cerveja, sensivelmente o mesmo número em euros no que respeita ao retorno financeiro, declarou Alberto da Ponte aos jornalistas no final da apresentação da nova campanha publicitária da Sagres.

'Sagres Somos Nós' é o lema da nova campanha e é também a nova assinatura da marca, "mesmo em documentos internos", realçou Alberto da Ponte, estimando que o valor total da campanha multi-plataforma implicou um investimento de três milhões de euros.

Alberto da Ponte advertiu para a necessidade das empresas portuguesas se internacionalizarem, porque o mercado interno está na globalidade "estagnado ou em decréscimo".

A campanha publicitária foi idealizada pela agência de publicidade BAR e conta com nomes conhecidos do grande público como Luís Figo, João Manzarra, Soraia Chaves, Rita Andrade e a banda Expensive Soul.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Abril 15, 2011, 07:05:42 pm
Sonae oficializa entrada do Continente em Angola


A Sonae e a Condis, empresa detida maioritariamente por Isabel dos Santos, assinaram hoje uma parceria estratégica para criar uma rede de hipermercados Continente para Angola. Para tal será constituída uma joint-venture, em que a empresária angolana deterá a maioria do capital, tal como o SOL já tinha avançado na edição de 11 de Março, ficando com 51% do total. O grupo português assumirá os restantes 49% e a gestão operacional do projecto.

«O investimento requerido será conduzido, preferencialmente, numa óptica de capital light, isto é, não incluirá, o investimento na componente imobiliário, existindo já investidores locais com interesse em se associar ao desenvolvimento do projecto», afirma a retalhista portuguesa em comunicado enviado à Comissão do Mercado e Valores Mobiliários.

«Esta parceria insere-se no quadro de desenvolvimento estratégico definido para a Sonae, aportando uma oportunidade de crescimento internacional muito relevante ao mesmo tempo que permite o reforço da diversificação do estilo de investimento», continua no mesmo documento, que não avança mais detalhes sobre a operação em Angola.

O projecto aguarda agora a apreciação final das autoridades angolanas competentes.

SOL
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Julho 21, 2011, 11:34:00 pm
Portas pede aos empresários portugueses que olhem para Angola


O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, pediu hoje aos empresários e investidores portugueses que olhem para Angola do ponto de vista económico "não apenas como uma oportunidade conjuntural, mas como um investimento estrutural". Paulo Portas falava aos representantes de cerca de uma centena de expositores portugueses na Feira Internacional de Luanda, que hoje teve o dia dedicado a Portugal.
No seu discurso, o governante português disse que olhar desta forma para Angola permitirá acompanhar um processo de desenvolvimento, "que é para ficar e que será tanto mais sólido, quando adoptar esta perspectiva de ficar".

"Queria também chamar a atenção para a possibilidade e oportunidade que as empresas portuguesas têm ao fazer matching com empresas angolanas, constituindo verdadeiras parcerias de não se esgotarem no mercado angolano, mas de poderem abrir a mercados regionais em África, que abrem, multiplicam e maximizam as nossas potencialidades económicas", referiu.

O MNE português aproveitou para informar os presentes sobre os passos dados em relação à problemática dos vistos, uma das maiores preocupações e reclamações de investidores e empresas portuguesas em Angola.

Segundo Paulo Portas, tanto ele como o seu homólogo, têm a "percepção prática de que às vezes há problemas que se podem evitar e que se pode encontrar um sistema de concessão de visto mais rápido, mais homogéneo e que ajude as empresas, o investimento, o planeamento e a previsibilidade".

"Sou uma pessoa extremamente focada, gosto de olhar para os problemas em concreto, separar os problemas entre aqueles que não se resolvem e aqueles que se podem resolver e se estou aqui também é para começar a resolver problemas de uma forma mutuamente vantajosa", afirmou.

"É bom para Portugal e para Angola que a vida dos empresários, quadros e trabalhadores portugueses que estão aqui corra bem e seja ágil, da mesma maneira que é bom para Angola que o investimento de Angola em Portugal seja bem visto e seja bem-vindo, é a isso que eu chamo uma relação de ganhos mútuos", ressaltou.

O ministro português frisou a situação difícil que Portugal atravessa, lembrando, contudo, que é "provisória", e que pode ser ultrapassada através de uma política convidativa ao investimento no mercado português, bem como de intensificação do apoio à internacionalização, à exportação e colocação de empresas, marcas e produtos portugueses noutros mercados.

"Portugal não tem neste momento uma situação que permita dar-se ao luxo de não fazer aquilo que é preciso e portanto todas as instituições do Estado, a começar pela economia e a diplomacia, têm que se articular para dar prioridade àquilo a que se convencionou chamar diplomacia económica", salientou.

"Para fazer diplomacia é preciso acima de tudo ajudar as empresas no exterior, saber vender a economia portuguesa no exterior, saber vender os produtos e as marcas portuguesas no exterior, encontrar um matching e ajudar a encontrar oportunidades, reportar a capacidade de captação de investimento estrangeiro. Tudo isto é ser diplomata de Portugal no século XXI", completou Paulo Portas.

O chefe da diplomacia portuguesa chegou hoje a Luanda, onde participará esta sexta-feira na reunião de Conselho de Ministros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: miguelbud em Novembro 20, 2011, 11:59:23 am
Grupo Moviflor prepara expansão em Angola para 2013

O grupo português vai abrir a segunda loja em Luanda e construir uma nova plataforma logística naquele país.

A Moviflor, marca portuguesa de mobiliário e artigos de decoração, prepara-se para reforçar a presença internacional. A directora-geral da marca, Teresa Albuquerque, revela ao Diário Económico que "um dos nossos objectivos no futuro próximo é abrir mais uma loja em Luanda". Sem adiantar valores de investimento, a mesma responsável avança que a abertura da segunda loja em Angola está prevista para o início de 2013, sendo este um projecto exclusivo da Moviflor naquele país .

Teresa Albuquerque explica que Angola está em forte crescimento e é um mercado "onde a marca Moviflor sempre teve um grande reconhecimento, mesmo antes de abrir a primeira loja, em 2008". O nível de aceitação e o aumento da procura dos angolanos pelos produtos da marca justificam a decisão de abrir mais uma loja.

A expansão da Moviflor passa ainda, avança a mesma responsável sem revelar valores de investimento, pela construção de "uma nova plataforma logística, que nos permitirá melhorar o abastecimento do mercado angolano".

Cerca de 50% dos produtos vendidos pela Moviflor em Angola são fabricados em Portugal, por empresas nacionais, um valor em linha com a realidade nacional (52%). No entanto, Teresa Albuquerque, adianta que "em 2012, pretendemos aumentar ainda mais este valor e continuar a apoiar esta indústria que é tão importante para o nosso País e que é responsável por tantos postos de trabalho".

Sobre a entrada em novos mercados, a mesma responsável apenas admite: "A internacionalização é um dos objectivos da Moviflor."

Quanto ao negócio em Portugal, onde detém uma quota de mercado de 18%, a directora-geral da empresa considera que a recente abertura em Évora "é uma oportunidade para crescermos, tanto na possibilidade de estarmos mais próximos dos clientes como de marcarmos presença numa nova região, o Alentejo". A marca tem agora 28 lojas em Portugal, sendo que a "expectativa é que as vendas da loja de Évora representem cerca de 4,5% do total".

A actual conjuntura económica não assusta a directora-geral da Moviflor. "O momento que vivemos pode representar uma oportunidade para todo o mercado. As pessoas passam mais tempo em casa", explica.

Teresa Albuquerque garante que o grupo vai continuar "a apoiar os consumidores" e espera ter "o apoio dos portugueses a uma marca 100% portuguesa e que é tão importante para a indústria de mobiliário em Portugal".

http://economico.sapo.pt/noticias/grupo ... 31302.html (http://economico.sapo.pt/noticias/grupo-moviflor-prepara-expansao-em-angola-para-2013_131302.html)
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 28, 2011, 09:36:42 pm
Angola deve mais de mil milhões de euros a Portugal


A dívida de Angola a Portugal totaliza 1,04 mil milhões de euros, anunciou o ministro das Finanças angolano.

Carlos Alberto Lopes, convidado do programa "Espaço Público", transmitido aos domingos à noite pela Televisão Pública de Angola (TPA), acrescentou que Angola deve no total 23,5 mil milhões de euros.

Daquele valor, 13 mil milhões dizem respeito à dívida externa e os restantes 10,5 mil milhões a dívida interna, resultante de emissões de obrigações e bilhetes de Tesouro, que servem para financiar o Programa de Investimento Público em curso e antecipar as receitas em função dos planos mensais de caixa, respectivamente.

Quanto aos maiores credores externos, além de Portugal, Angola deve 4,2 mil milhões de euros à China, outros 1,3 milhões de euros ao Brasil e ainda 902 milhões de euros a Espanha, especificou Carlos Alberto Lopes.

O parlamento angolano aprovou na generalidade, no dia 15, o Orçamento Geral de Estado para 2012, que contempla receitas e despesas no valor estimado em 4,42 triliões de kwanzas (34,12 mil milhões de euros).

Actualmente está em curso o processo de debate na especialidade, com a votação final agendada para 9 de Dezembro.

No passado dia 25, o vice-ministro do Planeamento, Pedro Luís da Fonseca, as Finanças, salientou que o OGE2012 "está no limite dos recursos" que foi possível mobilizar.

O Orçamento Geral do Estado prevê uma taxa de crescimento da economia de 12,8% em 2012, enquanto a meta de inflação está estimada em 10%.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 16, 2012, 10:37:30 pm
Em Angola "há que ter cuidado com a repatriação dos lucros" diz Mira Amaral


O presidente do Banco BIC Português, Mira Amaral, aconselhou hoje os investidores portugueses em Angola a acautelarem previamente com os seus bancos o repatriamento do lucro obtido, alertando que essa questão não está "suficientemente regulamentada".

"Há que ter cuidado com a repatriação dos lucros, porque se o investimento não estiver legalizado pode acontecer - e já tenho sido confrontado por muitos clientes com esta situação - que ganham dinheiro em Angola, têm lá os cuanzas, mas depois não podem transferir para Portugal o lucro que legitimamente ganharam", afirmou Mira Amaral.

Falando no Porto durante um encontro sobre a nova lei do investimento privado em Angola, organizado pela F. Castelo Branco & Associados (FCB&A), no âmbito da iniciativa "Angola: exportar e investir", Mira Amaral considerou que, a esse nível, "a lei não está suficientemente regulamentada para se saber como é que se faz".

"O conselho prático que dou é que, como no último minuto isto depende do BNA [Banco Nacional de Angola], se aconselhem com os bancos comerciais com quem trabalhem em Angola para que estes vejam junto do BNA como têm que fazer para depois garantir as transferências para Portugal", sustentou.

 Segundo explicou, a nova lei do investimento privado em Angola prevê isenções fiscais e aduaneiras a investimentos superiores a um milhão de dólares, a atribuir pelo Ministério das Finanças angolano.

O investimento abaixo deste valor é considerado no âmbito do quadro geral do investimento em Angola, que obedece a legislação específica, como a lei de apoio às micro, pequenas e médias empresas angolanas.

Dinheiro Vivo
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Março 19, 2012, 07:15:04 pm
Portugal vai intensificar cooperação no ordenamento de Angola, diz Assunção Cristas


O setor do ordenamento do território vai ser alvo de atenção particular no domínio da cooperação luso-angolana, destacaram hoje em Luanda os ministros de Angola e de Portugal nesta área.O anúncio foi feito no final do encontro de trabalho entre a ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território de Portugal, Assunção Cristas, que iniciou hoje uma visita oficial de cinco dias a Angola, e o ministro angolano do Urbanismo e Construção, Fernando Fonseca.
 
"Temos um protocolo que foi celebrado em 2010, e que ainda não tinha resultados. Mas neste momento estamos empenhados em operacionalizar esse protocolo, precisamente para desenvolver a cooperação com Angola nas áreas do ordenamento do território, urbanismo, habitação e também nas obras públicas", acentuou Assunção Cristas.
 
Para a execução do protocolo, a governante portuguesa destacou terem agora sido definidos os pontos focais dos dois países e que vão identificar as áreas concretas em que é necessária essa colaboração.
 
Quanto às modalidades em que Portugal poderá ajudar Angola no setor do ordenamento do território, Fernando Fonseca destacou o programa "Angola 2025", elaborado pelo Governo angolano, que compreende a criação de novas cidades, a requalificação de zonas históricas, o desenvolvimento de áreas agrícolas e aproveitamento de infraestruturas. "Temos matéria suficiente de colaboração e troca de experiencias e certamente que Portugal tem muito para contribuir no programa", defendeu o governante angolano. Fernando Fonseca destacou, designadamente, a experiência portuguesa bem sucedida de enquadramento do seu crescimento com as normas europeias.
 
Angola pretende beneficiar da experiência portuguesa e, em conjunto, "materializar programas concretos de desenvolvimento da região" austral do continente africano. "Não entendamos apenas o desenvolvimento das cidades, mas sim um crescimento equilibrado de todo o território nacional, para a inclusão de Angola numa grande plataforma de recursos naturais que a região austral detém e o desenvolvimento que a plataforma austral pode ter a nível mundial", concluiu.
 
Durante os cinco dias da sua estada em Angola, Assunção Cristas desloca-se terça-feira à província de Huíla, sudoeste do país, onde visitará uma exploração agrícola, e participa, quarta-feira, na conferência ministerial do Ambiente a nível da Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP), presidida atualmente por Angola. Assunção Cristas proferirá ainda quinta-feira uma palestra no Auditório da Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto, subordinada ao tema "Novos Desafios no Sector das Águas", e participa na sessão de abertura do seminário sobre Águas e Segurança Alimentar, organizado pelo Ministério de Energia e Águas.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Maio 10, 2012, 09:04:01 pm
Investimento em Portugal já não é prioritário


O investimento direto angolano em Portugal deixou de ser prioritário, disse hoje em Luanda o ministro de Estado e da Coordenação Económica, Manuel Vicente.
"O Estado hoje tem outras prioridades. Estamos a olhar mais para os problemas internos que para os problemas externos", acentuou Manuel Vicente, que falava numa conferência de imprensa para apresentação do balanço das atividades do executivo de Luanda no primeiro trimestre de 2012.

A resposta de Manuel Vicente foi feita à pergunta se Angola iria participar no programa de privatizações previsto em Portugal nos setores da comunicação e transportes, ou se a iniciativa ficaria do lado de empresários privados, como sucedeu nos últimos dias com a empresária Isabel dos Santos, ao comprar significativas posições na banca e telecomunicações em Portugal.

"Os empresários privados são livres. Onde eles encontrarem oportunidades e virem que há, de facto, a criatividade e escala para investir, só nos resta, como governo apoiarmos essas iniciativas", acrescentou.

Todavia, Manuel Vicente justificou o porquê da escolha de Portugal para os primeiros investimentos diretos do Estado angolano.

"Recordo-me quando dos tempos de presidente da (petrolífera angolana) Sonangol, nós não fomos investir no (BCP) Millennium para ir buscar dividendos no fim do ano. O grande objetivo era encontrar uma plataforma financeira que pudesse suportar o grande crescimento da Sonangol e da economia angolana no mundo inteiro", salientou.

Manuel Vicente adiantou que agora, face à globalização da economia, importa não investir num único mercado.

"O mundo hoje é uma aldeia global e, como se costuma dizer na gíria, não podemos colocar os ovos todos no mesmo cesto. As economias melhoram ou pioram em função dos locais, e temos que ter investimentos em várias paragens e, no fim, termos uma média que seja positiva e que possa garantir a sustentabilidade", vincou.

Os investimentos em Portugal representaram para Angola a necessidade de ter uma "plataforma para acesso a dinheiro mais barato".

"A ideia era termos uma plataforma na Europa para termos acesso a dinheiro mais barato e de forma mais eficiente. Por isso é que sempre dissemos que o nosso investimento não era de curto prazo. Era um investimento de muito longo prazo", explicou.

Outra questão a ter em conta por Angola são os ciclos financeiros, porque, como sublinhou Manuel Vicente, "há anos bons e anos maus e temos que estar preparados para esta alternância de ciclo, mas diria que o objetivo é investir em Portugal, mas numa perspetiva de alavancar o investimento de Angola".

"Não podia ser de forma diferente", concluiu.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 12, 2012, 04:18:01 pm
Inquérito-crime prejudica relações com Portugal


A abertura de um inquérito-crime contra dirigentes angolanos "prejudica as relações com Portugal", escreve hoje em editorial o estatal Jornal de Angola.

Em causa está a abertura de uma investigação do Ministério Público português a três altos dirigentes do regime angolano - Manuel Vicente, vice-Presidente de Angola e ex-administrador da petrolífera Sonangol; o general Hélder Vieira Dias, mais conhecido como "Kopelipa", ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos; e Leopoldino Nascimento, consultor do general "Kopelipa" - por suspeitas de crimes económicos, mais concretamente indícios de fraude e branqueamento de capitais.
 
A notícia da abertura do inquérito-crime foi avançada pelo semanário Expresso. Para o Jornal de Angola "as elites políticas portuguesas odeiam Angola e são a inveja em figura de gente" e o editorial considera que as referidas elites "vivem rodeadas de matilhas que atacam cegamente os políticos angolanos democraticamente eleitos, com maiorias qualificadas".
 
"Esse banditismo político tem banca em jornais que são referência apenas por fazerem manchetes de notícias falsas ou simplesmente inventadas. E Mário Soares, Pinto Balsemão, Belmiro de Azevedo e outros amplificam o palavreado criminoso de um qualquer Rafael Marques, herdeiro do estilo de Savimbi", lê-se ainda no editorial.
 
Rafael Marques é um activista angolano cujas declarações em foram o pretexto para a abertura do inquérito-crime referenciado pelo Jornal de Angola e testemunha no processo, confirmou o próprio no dia 11 de Janeiro à Lusa quando o caso se encontrava ainda na fase de averiguação preventiva.
 
O Jornal de Angola refere-se à procuradora-geral da República de Portugal, Joana Marques Vidal, como fonte da notícia, que classifica como "manchete insultuosa e difamatória", concluindo que "militares angolanos com o estatuto de heróis nacionais e ministros democraticamente eleitos foram igualmente vítimas da inveja e do ódio do banditismo político que impera em Portugal".
 
"A PGR portuguesa é amplamente citada como a fonte da notícia. A campanha contra Angola partiu do poder ao mais alto nível. Mas como a PGR até agora ficou calada, consente o crime. As relações entre Angola e Portugal são prejudicadas quando se age com tamanha deslealdade", frisa o Jornal de Angola.
 
Sob o título "Jogos Perigosos", o editorial do único diário de Angola traça ainda um paralelismo entre o que considera ser a inveja de Angola por parte das elites portuguesas e a ingratidão de Portugal para com quem ajuda o país.
 
"Os invejosos e ingratos para com quem os quer ajudar estão gastos de tanto odiar. Que o diga a chanceler Angela Merkel, que ajudou a salvar Portugal da bancarrota, mas é todos os dias insultada.
 
Recusam aceitar que foram derrotados depois de alimentarem décadas de rebelião em Angola, de braço dado com as forças do "apartheid" de uma África do Sul zelosa guardiã da humilhação de África", destaca o Jornal de Angola.
 
O editorial adianta mais à frente que "a cooperação (luso-angolana) é torpedeada quando um ramo mafioso da maçonaria em Portugal, que amamentou Savimbi e acalenta o lixo político que existe entre nós, hoje determina publicamente o sentido das nossas relações, destilando ódio e inveja contra os angolanos de bem".
 
"Da boca para fora, são sempre amigos de Angola e dos angolanos, da Alemanha e dos alemães. Enchem os bornais de dinheiro, à custa de Angola, comem à custa da Alemanha", acentua.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Cabecinhas em Novembro 12, 2012, 04:26:29 pm
Isto vai ser giro... dúvido é que tenha algum final "feliz".
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Alvalade em Novembro 12, 2012, 08:54:45 pm
Uma noticia claramente não encomendada, Viva a Democracia  :roll: .
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 15, 2012, 09:30:47 pm
«Portugal fará tudo para melhorar ainda mais as relações com Angola» diz Paulo Portas


O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, na sequência do inquérito-crime do Ministério Público português a altos dirigentes angolanos, disse hoje à Lusa que Portugal fará tudo para melhorar ainda mais as relações com Angola.
 
Sem se referir diretamente à investigação do Ministério Público, que motivou na segunda-feira um editorial do estatal 'Jornal de Angola' alertando para as consequências do processo nas relações com Portugal, Paulo Portas disse à Lusa que o «Governo português fará tudo o que está ao seu alcance para melhorar ainda mais as relações com Angola e não deixar que nada as prejudique».
 
Para Paulo Portas, o relacionamento entre os dois países atingiu «níveis de excelência» que o Governo Português, diz o ministro dos Negócios Estrangeiros, «está empenhado» em preservar e desenvolver.
 
"Entre os exemplos deste relacionamento estão o facto de cerca de 120 mil portugueses trabalharem hoje em dia em Angola e cerca de oito mil empresas portuguesas exportarem para Angola, que se tornou no mercado não europeu para a nossa economia", disse ainda o ministro dos Negócios Estrangeiros.
 
"Ao mesmo tempo", acrescentou Paulo Portas, "inúmeros interesses e investimentos angolanos fizeram o seu caminho e ganharam um espaço muito relevante em Portugal. Como é evidente, tudo isto é tão importante para os dois países que o Governo português fará tudo o que está ao seu alcance para melhorar ainda mais as relações com Angola e não deixar que nada as prejudique".
 
Para o ministro, as relações entre Angola e Portugal são, e vão continuar a ser, uma "prioridade da máxima importância da política externa portuguesa" e sublinhou que o "Governo constituído depois das recentes eleições" é, para Portugal, "uma garantia de amizade entre os dois estados e de cooperação entre os dois povos".
 
O semanário 'Expresso' noticiou em manchete no sábado que o Ministério Público português está a investigar três altos dirigentes do regime angolano - Manuel Vicente, vice-Presidente de Angola e ex-administrador da petrolífera Sonangol; o general Hélder Vieira Dias, mais conhecido como "Kopelipa", ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos; e Leopoldino Nascimento, consultor do general "Kopelipa" -- por suspeitas de crimes económicos, mais concretamente indícios de fraude e branqueamento de capitais.
 
Segundo o "Expresso", o inquérito-crime está na fase inicial e ainda nenhum dos três dirigentes angolanos foi ouvido nem constituído arguido.
 
Só Manuel Vicente prestou declarações ao Expresso: "Não fui notificado por ninguém e por isso desconheço o que se passa. De qualquer modo, todos os meus investimentos em Portugal estão perfeitamente documentados junto da autoridades competentes."
 
Em janeiro - e, depois, novamente em julho -, o ativista angolano Rafael Marques depôs como testemunha na queixa apresentada por um cidadão angolano residente em Portugal, tendo sido chamado pelo que tem investigado sobre "a corrupção em Angola".
 
Segundo disse Rafael Marques à Lusa na altura, a queixa versava "uma longa lista", de duas dezenas de cidadãos angolanos com "investimentos e propriedades em Portugal", acusando-os de "branqueamento de capitais".
 
Na segunda-feira, o 'Jornal de Angola' escreveu em editorial que o inquérito-crime do Ministério Público português "prejudica as relações entre Portugal e Angola".
 
Para o diário angolano, "as elites políticas portuguesas odeiam Angola e são a inveja em figura de gente" e o editorial considera que as referidas elites "vivem rodeadas de matilhas que atacam cegamente os políticos angolanos democraticamente eleitos, com maiorias qualificadas".

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 05, 2013, 06:11:20 pm
Primeira cimeira Portugal/Angola ainda em 2013


Portugal e Angola vão realizar no segundo semestre deste ano a primeira cimeira bilateral, que terá lugar em território angolano, anunciaram hoje em Luanda os chefes da diplomacia dos dois países.

O anúncio foi feito à saída de um encontro de Paulo Portas com o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, em que participou também o ministro das Relações Exteriores, Georges Chicoti.
 
O ministro dos Negócios Estrangeiros português iniciou hoje uma visita de 48 horas a Angola destinada a reforçar as relações de cooperação.
 
"Há um campo muito vasto, muito largo para nós não só reforçarmos o que já está feito, como abrirmos novos caminhos em termos de cooperação, e por isso teremos em 2013 a primeira cimeira bilateral entre Angola e Portugal", anunciou Paulo Portas.
 
Georges Chicoti referiu que a primeira cimeira Angola-Portugal se realizará no segundo semestre deste ano.
 
Paulo Portas disse que os dois ministérios dos Negócios Estrangeiros vão "trabalhar numa comissão mista com sentido pragmático, concreto, área a área, dossier a dossier, para que possa oferecer ao Presidente de Angola e ao primeiro-ministro de Portugal nessa cimeira conteúdos práticos, avanços concretos na cooperação entre os dois países".

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 12, 2013, 02:44:00 pm
Portugal devia investir mais na agricultura e pescas em Angola


Portugal devia investir mais nos sectores da agricultura e pescas em Angola, complementando os investimentos na construção civil, imobiliário e hotelaria, disse à Lusa a presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional de Investimento Privado (ANIP). Em entrevista à Lusa, Maria Luísa Abrantes destacou a agricultura e as pescas, por serem estes os sectores em que tradicionalmente os portugueses trabalharam em Angola, a que acresce as necessidades do país nesta área.

"Os portugueses são mais fortes na construção civil e também estão a entrar um pouco para o sector imobiliário e para a hotelaria. Nós gostaríamos de ver, se calhar, Portugal mais envolvido com a agroindústria, com a agricultura, com as pescas, tendo ainda em conta que temos muito interesse e necessitamos de reforçar a nossa pequena e média industria", disse.

Dos projectos de investimento estrangeiro privado entrados na ANIP, totalizando cerca de 1,5 mil milhões de euros, Portugal figura actualmente como quarto maior investidor estrangeiro em Angola, atrás da China. Entre 2008 e 2012 o maior número de projectos, 739, veio de Portugal.

A diversificação do investimento estrangeiro vai ao encontro do desejado, mas Angola está deveras interessada é em novos projectos ligados ao agronegócio.

"Angola tem tudo para fazer. E tem estabilidade económica e estabilidade política. Não é apenas um mercado para cerca de 18 milhões de habitantes", acentua, referindo-se às oportunidades que representam os mercados vizinhos da República Democrática do Congo e Zâmbia, com mais 80 milhões de consumidores.

De momento não está previsto para Portugal nenhum "roadshow" para captação de investimento, mantendo-se o calendário de eventos e apresentações, organizados em colaboração com as embaixadas de Angola na Europa de Leste.

"Temos também convites para (conferências) nos Emiratos Árabes e solicitações de universidades", acrescentou.

Maria Luísa Abrantes considera, por outro lado, que "não passam de desculpas" as alegações de empresários portugueses quanto às dificuldades por que passam para obterem vistos de trabalho para Angola

"Acho que é uma desculpa, porquanto, normalmente, em qualquer país do mundo para se ter um visto de trabalho não se tem no mesmo dia. Angola até dá um visto privilegiado, dá o privilégio, aos administradores de poderem continuar a laborar com vistos sem serem vistos de trabalho. Só que o visto privilegiado tem um prazo e uma prorrogação única e a partir daí tem que ser um visto de trabalho", considerou.

Além disso, concluiu, as empresas insistem em trazer os seus trabalhadores com vistos de turismo e só depois tratam de os legalizar, a que acrescem as dificuldades na transferência dos dividendos.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 27, 2013, 01:03:09 pm
Jornal de Angola defende fim dos investimentos angolanos em Portugal


O editorial da edição de hoje do diário estatal Jornal de Angola defende o fim dos investimentos angolanos em Portugal, considerando que ao contrário de outros, o investidor angolano não é bem-vindo. Sob o título "Alvos selectivos", o editorial do único diário que se publica em Angola defende ainda que Portugal "não é de confiança".

"Todos os investidores estrangeiros são bons para Portugal, menos os angolanos. Não há qualquer desconfiança dos que compram aeroportos, portos, companhias de aviação, de electricidade, posições maioritárias em bancos", alega o editorial.

"Mas se algum angolano anunciar que vai investir num determinado sector, uma matilha ruidosa de comentadores avençados lança logo calúnias sobre o comprador e envenena os possíveis negócios com intrigas e desconfianças inaceitáveis", acrescenta.

Partindo do princípio de que as "elites portuguesas corruptas decididamente não querem nada com os investidores angolanos", o Jornal de Angola defende a retaliação.

"Vai sendo tempo de responderemos na mesma moeda. E quem já investiu, que leia os jornais, oiça as rádios e televisões (...) Um país que valoriza lixo humano como se fosse oiro de lei não tem condições para receber um euro sequer de investimento. Quem promove bandidos a heróis não é de confiança", acentua.

O "lixo humano" a que se refere o Jornal de Angola são o que o diário angolano cita como "heróis dos portugueses" que seguem "os caminhos da insídia e da traição em Angola".

"Qualquer pobre diabo que soletre umas palavras contra o Executivo de Angola ganha em Lisboa o estatuto de activista dos direitos humanos e tem todo o espaço nos órgãos de comunicação social. Angolano que em Lisboa insulte os titulares dos órgãos de soberania de Angola é um herói para os portugueses. É assim desde o 25 de Abril e tem-se agravado desde que os angolanos começaram a investir em Portugal", argumenta.

O editorial de hoje segue-se ao que foi publicado no passado domingo, assinado por José Ribeiro, director do diário angolano, e replicam a notícia avançada na última edição do semanário Expresso, segundo a qual o Procurador-Geral da República de Angola, João Maria de Sousa, está a ser investigado em Portugal pelo Ministério Público por "suspeita de fraude e branqueamento de capitais".

No texto de domingo, José Ribeiro "desconfia" da boa-fé de Portugal nas relações com Angola, referindo haver "perseguições" aos interesses angolanos.

Na sequência deste texto, João Maria de Sousa reagiu, num comunicado enviado segunda-feira à agência Lusa em Luanda, em que classifica como "despudorada" e "desavergonhada" a forma como o segredo de justiça é "sistematicamente violado” em Portugal em casos relativos a "honrados" cidadãos angolanos.

No texto da edição de hoje do estatal Jornal de Angola, considera-se que a notícia do semanário Expresso, apresentado como "jornal oficial do PSD", partido que lidera a coligação governamental em Portugal, constituiu um "assassínio de carácter".

"Este episódio que envolve magistrados do Ministério Público e o jornal oficial do PSD não é o primeiro. Mas os legítimos representantes do Povo Angolano têm de fazer tudo para que seja o último. Afinal estamos todos a ser ofendidos por aqueles que sempre tratamos com respeito e consideração", conclui o editorial de hoje.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Toni87 em Março 05, 2013, 10:21:03 am
http://www.areamilitar.net/noticias/not ... NrNot=1284 (http://www.areamilitar.net/noticias/noticias.aspx?NrNot=1284)


E que tal nacionalizar os investimentos angolanos em Portugal?
Paulo Gaião
8:00 Sexta feira, 1 de março de 2013
 0  45
 
 1
12
TEXTO A A Imprimir Enviar

Não é a primeira vez que os angolanos aproveitam um momento crítico nacional para fazerem chantagem connosco e nos espremerem.

Agora ameaçam por fim aos investimentos portugueses no país. Isto enquanto compram cada vez mais e barato em Portugal. A rainha do negócio é, como se sabe, a filha de José Eduardo dos Santos, Isabel dos Santos.

Paulo Portas está em pânico e diz que faz o que for preciso para o evitar, invocando os milhares de portugueses que trabalham em Angola.

É a posição de fraqueza que os angolanos querem ouvir para nos calcarem mais o pé.

Em 1975, também aproveitaram as imensas fragilidades internas portugueses para mandarem às urtigas o Acordo de Alvor e ficarem com tudo.

É bom lembrar que nos termos do artigo 54º do Acordo de Alvor os três movimentos de libertação que o assinaram, MPLA, UNITA e FNLA comprometeram-se "a respeitar os bens e os interesses legítimos dos portugueses domiciliados em Angola".

Na altura, em 1975, o MPLA também tinha uma lança no nosso país, o PCP, para defender os seus interesses.

A ala moderada do MFA, que tinha a guerra contra os comunistas e a extrema-esquerda para fazer, ficou atada de pés e mãos.

Basta ler o Documento dos Nove, o texto fundador do 25 de Novembro para perceber que não era apenas António de Spínola -- que tentou até ao limite um referendo à independência no território angolano para proteger os interesses portugueses -- o grande amargurado com o caminho trilhado pela colónia portuguesa.

O nº 3 deste Documento dos Nove, publicado a 7 de Agosto de 1975, subscrito por Melo Antunes, Vitor Alves, Vasco Lourenço e outros militares, também podia ter sido assinado por Spínola.

Nele escreve-se: "Vemo-nos agora a braços com um problema em Angola que excederá provavelmente a nossa capacidade de resposta, gerando-se um conflito de proporções nacionais que poderá, a curto prazo, ter catastróficas e trágicas consequências para Portugal e para Angola.

O futuro duma autêntica revolução em Portugal está, em todo o caso, comprometido, em função do curso dos acontecimentos em Angola, à qual nos ligam responsabilidades históricas inegáveis para além das responsabilidades sociais e humanas imediatas para com os portugueses que lá trabalham e vivem."

Hoje também nos vemos a braços com um problema chamado Angola.

Mas, apesar da crise, temos duas grandes vantagens em relação a 1975.

Nem tudo é mau na União Europeia. Fazermos parte dela é uma arma que podemos utilizar se Angola forçar muita a corda com os investimentos portugueses no país.

Por outro lado, hoje temos bens para a troca com Angola.

Porque não uma nacionalização dos bens angolanos em Portugal?

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/e-que-tal-nacio ... z2Mewj4YkL (http://expresso.sapo.pt/e-que-tal-nacionalizar-os-investimentos-angolanos-em-portugal=f790467#ixzz2Mewj4YkL)
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Junho 10, 2013, 03:23:25 pm
«Melhor amigo» de Portugal é Angola, diz secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros


Angola é o "melhor amigo" de Portugal e os investimentos angolanos, mais do que "bem-vindos", são "desejados", disse hoje à Lusa em Luanda o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação.

Francisco Almeida Leite, que chegou hoje a Luanda para uma visita oficial de cinco dias a Angola, considerou que a sua deslocação visa ainda preparar a primeira cimeira bilateral, a realizar no segundo semestre.

"Vim a Angola para celebrar o Dia de Portugal e das Comunidades e que é também o Dia da língua portuguesa. Cada vez mais temos de dar atenção a este espaço comum, da língua e, obviamente, Angola, como um dos melhores amigos de Portugal, senão o melhor amigo, é um espaço onde nós queremos também potenciar esse que é o valor económico da língua", salientou.

Francisco Almeida Leite, no cargo desde abril deste ano, destacou as três dimensões, política, económica e de cooperação para o desenvolvimento.

"Em relação à dimensão política, é óbvio que o ponto principal na agenda será a tentativa de realizar a 1ª cimeira bilateral. Estamos a trabalhar dos dois lados e acho que há um ótimo ambiente para que finalmente se faça a cimeira bilateral, talvez no segundo semestre deste ano", frisou.

O governante português considerou ainda que as bases em que se apoia a relação entre Portugal e Angola devem ser avaliadas.

"Temos que pensar se é o melhor enquadramento neste momento. Nós temos a nossa relação sustentada num programa de cooperação, que se chama PIC, Programa Indicativo de Cooperação. Temos que ver se interessa manter isso ou não", adiantou.

Francisco Almeida Leite disse que tanto Angola como Portugal sentem que a "tradicional relação doador-recetor não faz muito sentido neste momento, dada a atual dimensão e pujança do Estado angolano".

A relação de cooperação luso-angolana, atualmente enquadrada pelo PIC, "deve evoluir para uma parceria estratégica entre Portugal e Angola".

"Essa parceria tem benefícios mútuos, mas tem que ser alvo de alguma reflexão e tem que ser alvo da atenção do novo paradigma da cooperação portuguesa", que, segundo Francisco Almeida Leite, "não pode estar desligada do setor privado".

"O Estado não pode atuar sozinho em países como Angola, que são países que têm ao mesmo tempo grandes necessidades e também grandes potencialidade", frisou.

O governante português acrescentou que a visita oficial a Angola "tem também o objetivo de voltar a falar" no que considera ser "o ambiente muito favorável" à troca de investimentos.

"O investimento de Angola em Portugal é uma das matérias mais importantes que gostava de tratar aqui, de lhes dizer (aos responsáveis angolanos) que o investimento angolano não só é bem-vindo, como é desejado", afirmou.

Francisco Almeida Leite acredita que o cruzamento dos interesses económicos bilaterais consolida a relação política.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 27, 2013, 09:08:44 pm
Empresários portugueses continuam a acreditar em bons negócios em Angola


Empresários portugueses continuam a confiar que existem oportunidades para bons negócios em Angola, apesar da tensão política desencadeada há cerca de duas semanas com o anúncio pelo Presidente angolano da suspensão da construção da parceria estratégica com Portugal. O optimismo foi firmado no final da 11.ª edição da Projekta By Constrói-Angola, o certame mais importante para o sector da construção, obras públicas e decoração, que decorreu entre quinta-feira e hoje na Feira Internacional de Luanda.

Rogério Moitas, da Alves Ribeiro Construções, empresa de direito angolano, de capital misto luso-angolano, disse à Lusa que não nota qualquer dificuldade ou diferença.

"Não noto que haja qualquer dificuldade ou diferença. O que vejo é que continuam a surgir oportunidades de negócio. Não notámos nenhuma diferença em relação ao que se passava há dois ou três meses atrás", disse.

O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, anunciou no dia 15, em Luanda, a suspensão da construção da parceria estratégica com Portugal, durante o discurso sobre o estado da Nação, na Assembleia Nacional de Angola, apontando "incompreensões ao nível da cúpula e o clima político actual".

Desde então, tem havido uma série de afirmações de responsáveis dos dois países sobre esta questão. A parte portuguesa tem procurado relativizar o problema mas, na quarta-feira à noite, o chefe da diplomacia angolana, Georges Chikoti, em entrevista à Televisão Pública de Angola, disse que Luanda deixou de considerar prioritária a cooperação com Portugal, elegendo África do Sul, China e Brasil como alternativas.

"Nós, empresários, temos de ser incólumes a estas situações, eminentemente políticas, que devem ser resolvidas a esse nível", disse.

A Projekta, evento em que estiveram presentes 550 empresas em representação de 12 países, foi a oportunidade para a Leica Geosystems lançar pela primeira vez no continente africano um equipamento de medição, com recurso a laser e imagens de alta resolução.

José Martins, responsável da empresa em Angola destacou a importância do equipamento e o papel que poderá ter no desenvolvimento dos sectores da engenharia civil, arquitectura, construção civil e das indústrias mineira, química e petrolífera.

Também para este empresário o momento é bom para os negócios e, para o primeiro trimestre de 2014, o objectivo é criar uma estrutura de assistência pós-venda.

A importância de Angola foi, também, destacada por José Machado, director comercial da OmniSantos, que representou no certame a Grupel.

Angola representa praticamente metade das vendas, razão por que a Grupel decidiu criar em Angola uma empresa de direito angolano, mas com totalidade do capital social português, para dar assistência no pós-venda aos equipamentos que comercializa, para os setores das telecomunicações e produção de energia.

Quanto à tensão diplomática, José Machado considera que, existindo relações desde há centenas de anos, não será este "problema que vai beliscar" o relacionamento bilateral.

O maior pavilhão da Projekta foi o de Portugal, onde estiveram representadas 70 empresas, tendo a vinda de 60 sido da responsabilidade da Associação Industrial Portuguesa, e as restantes dez da Associação Empresarial de Portugal.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Edu em Novembro 11, 2013, 06:06:37 pm
Cavaco envia mensagem a Eduardo dos Santos no Dia de Angola e lembra as relações "especiais"

Teresa Camarão  11/11/2013 - 15:54

Citar
Chefe de Estado português realça a vontade mútua de "defender activamente a relação bilateral" e reitera "empenho pessoal no continuado aprofundamento do relacionamento".


O Presidente da República enviou esta segunda-feira uma mensagem ao seu homólogo angolano, José Eduardo dos Santos, felicitando-o pela celebração do Dia Nacional de Angola, data que assinala a independência do país. Cavaco aproveita para salientar que as relações entre os dois "povos e países são verdadeiramente especiais".

Há 38 anos, a 11 de Novembro de 1975, Leonel Cardoso, alto comissário e governador-geral de Angola, transferia a soberania angolana de Portugal para o povo angolano. Hoje, Cavaco Silva enviou uma mensagem ao seu homólogo angolano – a quem se dirigiu com um “Sr. Presidente, caro amigo” –, que é, toda ela, um apelo indirecto ao diálogo.

O chefe de Estado português argumenta com a "História comum" e o modo como os dois países têm "sabido construir uma relação reciprocamente benéfica e profícua, estruturada tanto ao nível dos nossos cidadãos e empresas, como ao nível político e diplomático".

Sem fazer qualquer menção ao período mais conturbado que ainda se vive no relacionamento diplomático, Cavaco realça que os dois Estados têm sabido, "com confiança e respeito mútuos, ultrapassar algumas dificuldades que têm surgido e desenvolver relações estreitas e intensas".

"Fundadas em sólidos laços de amizade e cooperação, as relações entre os nossos dois povos e países são verdadeiramente especiais", faz questão de vincar o chefe de Estado.

Cavaco Silva, que, em Outubro, à margem da XXIII Cimeira Ibero-Americana, reiterou que os “mal-entendidos” e “eventuais desinformações” entre Portugal e Angola deveriam ser ultrapassados com vista ao fortalecimento da relação entre os dois países, reforça na mensagem endereçada a José Eduardo dos Santos que tem sido vontade dos dois Estados de "defender activamente a relação bilateral, na firme convicção de que este é o caminho que melhor corresponde ao interesse e ao sentimento" dos dois povos.

O Presidente da República termina a sua mensagem deixando a sua “grata expectativa” de reencontrar o seu homólogo angolano na próxima cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa em Díli, Timor-Leste – que se deverá realizar no final de Julho do próximo ano –, e reforça o seu “empenho pessoal no continuado aprofundamento do relacionamento”.

Cavaco remete, assim, para mais longe no calendário um eventual encontro com Eduardo dos Santos, depois da polémica em torno do cancelamento da cimeira bilateral Portugal-Angola, que estava previsto realizar-se em Fevereiro. Esta cimeira já tinha estado prevista para o segundo semestre deste ano, foi depois adiada e, na semana passada, o ministro da Justiça de Angola anunciou o seu cancelamento.

O último mês ficou marcado pela polémica que envolveu investigações judiciais portuguesas a altos membros do Estado angolano, depois do pedido de desculpas do ministro português Rui Machete, e as declarações do próprio José Eduardo dos Santos no Parlamento angolano, onde falou do fim da parceria estratégica com Portugal – parceria fomentada precisamente por Cavaco Silva, aquando da visita do Presidente angolano a Portugal em 2009.

"Só com Portugal, as coisas não estão bem. Têm surgido incompreensões ao nível da cúpula e o clima político actual, reinante nessa relação, não aconselha à construção da parceria estratégica antes anunciada", disse José Eduardo Santos, a 15 de Outubro, no seu discurso sobre o Estado da Nação, na Assembleia Nacional de Angola.


E lá continua este a baixar-se perante angola. Que tristeza...
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Junho 20, 2014, 07:17:45 pm
Angola pede apoio de Portugal para combater sinistralidade rodoviária


O Executivo angolano pediu hoje o apoio de Portugal no combate à sinistralidade rodoviária em Angola, tendo em conta o alto índice de mortalidade nas estradas nacionais, a segunda causa de morte depois da infeção por malária.

O pedido foi feito publicamente em Luanda pelo ministro angolano do Interior, Ângelo Veiga Tavares, ao seu homólogo português, Miguel Macedo, no final da assinatura de um Memorando de Entendimento entre Angola e Portugal em matéria de Cooperação em Segurança Interna e Proteção Civil. Segundo Ângelo Veiga Tavares, Angola pretende "colher a experiência" portuguesa nesta matéria, que "pode ser muito útil" nos esforços das autoridades angolanas na prevenção rodoviária.

"Pensamos mesmo estreitar esta cooperação no âmbito de uma assessoria presente", sublinhou o governante angolano. Por seu turno, o ministro da Administração Interna de Portugal disse que no âmbito do Memorando de Entendimento vão ser abertos canais de cooperação estreita neste domínio, face ao número de vítimas que ainda se registam nas estradas de Angola.

Miguel Macedo destacou os resultados positivos alcançados por Portugal nesta matéria, experiência que poderá passar a Angola.

"Temos também ainda um caminho para fazer em Portugal, mas é verdade que o percurso que fizemos nos últimos dez anos é muito significativo. Portugal foi um dos quatro países europeus que nos últimos anos mais reduziu o número de vítimas mortais. Portanto, estamos evidentemente disponíveis para, no quadro que for entendido, podermos dar aqui a nossa colaboração, na área técnica", disse o ministro, questionado pela Lusa. Dados da Direção Nacional de Viação e Trânsito revelaram em maio passado que Angola registou no primeiro trimestre deste ano mais de dois mil acidentes, um aumento de 234 casos face a igual período de 2013.

No período em análise morreram 992 pessoas, um aumento de 50 mortes comparativamente ao período homólogo de 2013, e 835 ficaram feridas, não havendo o controlo daqueles que morreram já nos hospitais.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Julho 24, 2014, 08:17:02 pm
Ministro da Economia garante que investimento angolano em Portugal é bem-vindo


O ministro da Economia português, António Pires de Lima, afirmou hoje que o investimento angolano em Portugal é "bem-vindo" e que as relações empresariais entre os dois países só "sobem de intensidade" porque as relações políticas "são fluídas".

De visita a Luanda, o governante realçou as "relações muito intensas" que se verificam atualmente entre os dois países e garantiu que os investimentos angolanos são desejados em Portugal. "O investimento angolano é bem-vindo em Portugal, aliás nós temos dado prova disso mesmo ao aceitar, com muito gosto, investimento angolano em muitas e diferentes áreas da economia portuguesa. Áreas de caráter estratégico", realçou.

O governante falava aos jornalistas durante a visita à Feira Internacional de Luanda (FILDA), que hoje dedicou o dia a Portugal, que com mais de 100 empresários nacionais é o pais mais representado no certame, entre cerca de 40 representações. O ministro voltou a enfatizar os números repetidos vários vezes ao longo desta semana, no âmbito da FILDA, sobre os quase 9.000 empresários portugueses que operam em Angola e o recorde de 7.500 milhões de euros nas trocas comerciais entre os dois países, em 2013.

"[As relações] estão cada vez num patamar mais levado, do ponto de vista comercial, do ponto de vista empresarial, e isso não seria possível obviamente se as relações políticas não fossem umas relações fluidas", afirmou Pires de Lima, durante a visita à FILDA, que até domingo conta com quase um milhar de expositores.
Portugal é o único país presente com um pavilhão próprio, de 3.000 metros quadrados, entre os sete existentes no recinto da feira, em Luanda. Angola é hoje o primeiro destino das exportações portuguesas fora da União Europeia, mas as importações de produtos angolanos por Portugal também tem vindo a crescer, segundo o Ministério da Economia.

"Eu creio que os dois países têm muito em ganhar, no respeito mútuo das suas autoridades, da sua independência, em incrementarem não só as relações comerciais - acho bom que Angola cada vez mais exporte para Portugal, assim como gosto de ver as exportações portuguesas crescerem para Angola - mas também ao nível do investimento. Que as relações sejam cada dia mais equilibradas", disse Pires de Lima. "E esta reciprocidade comercial, esta reciprocidade no investimento, é seguramente uma boa medida da intensidade crescente, intensidade boa, das relações entre Angola e Portugal", acrescentou.

Ainda assim, face à introdução da nova pauta aduaneira angolana, que representa entraves à importação de produtos, o ministro admitiu a necessidade de acompanhar a situação e de os empresários nacionais "apostarem", como "caminho a longo prazo", nas parcerias locais.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Julho 25, 2014, 02:37:39 pm
Empresários dizem que 'mini-crises' não afetam relações Portugal/Angola


O presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola, Carlos Bayan Ferreira, afirmou à Lusa que as relações económicas e comerciais entre os dois países continuam a crescer, apesar das "minicrises".

Sublinhando que, de ambos os lados, os empresários "estão habituados a trabalhar com dificuldades", o dirigente sustentou, em declarações à margem da Feira Internacional de Luanda (FILDA), que decorre na capital angolana até domingo, que as trocas comerciais não foram afectadas por questões políticas.

"Ao longo destas minicrises que se passaram as relações económicas, comerciais, de investimento, não pararam, continuaram. A economia tem sido o principal motor das relações entre Portugal e Angola", disse Carlos Bayan Ferreira.

O Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, anunciou em Outubro de 2013, em Luanda, o fim da parceria estratégica com Portugal.

Actualmente, estão instalados em Angola, segundo dados oficiais, cerca de 8.800 empresas portuguesas e 2013 registou o recorde de 7.500 milhões de euros nas trocas comerciais entre os dois países.

As exportações angolanas para Portugal estão a crescer e no sentido contrário Angola é o principal mercado das exportações portuguesas fora da União Europeia.

Apesar da dimensão destas trocas comerciais, o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola afirma que, antes da incursão no mercado angolano, os empresários devem ter preocupações redobradas.

"A pessoa que vem para cá não pode vir em desespero, à procura da sobrevivência. Vem para aqui à procura do seu futuro e do futuro do desenvolvimento de Angola", aponta, recordando a necessidade, recíproca para os empresários angolanos que querem avançar para Portugal, de encontrar parceiros locais.

"A filosofia é essa, investindo em parceiros locais, e penso que estamos a caminhar nesse sentido. Independentemente dos incidentes que acontecem, nunca gostamos deles, dizemos aos empresários para não desistir", sublinhou.

Em Angola, a qualidade e quantidade dos quadros nacionais, ainda "insuficientes para todas as necessidades", além da falta de infra-estruturas, são os principais problemas identificados pela Câmara de Comércio e Indústria.

"Angola é um país de muitas potencialidades mas também tem muitos riscos. Mas investir sem risco, não é um investimento. Vir para cá sem preparação financeira e técnica não é bom caminho e é melhor escolher outro país", afirma Carlos Bayan Ferreira.

Dos governantes, nomeadamente portugueses - no âmbito da FILDA visitaram Luanda, esta semana, o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, e o ministro da Economia, António Pires de Lima -, os empresários esperam apenas que não sejam "colocadas barreiras".

"Tudo o que é burocracia a mais atrasa novos investimentos, atrasa novos postos de trabalho, atrasa o desenvolvimento da economia e das nossas relações comerciais. É só isso que pedimos", rematou.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 23, 2014, 06:03:33 pm
Bancos angolanos a operar em Portugal expandem-se e lucram


Os bancos angolanos que operam há mais tempo em Portugal averbaram um lucro combinado de nove milhões de euros no primeiro semestre.

As três instituições mais representadas em Portugal somaram lucros de nove  milhões de euros na primeira metade do ano. De acordo com dados do jornal Público, ao todo existem actualmente cinco bancos a operar no mercado nacional: Banco BIC Portugal, Atlântico Europa, Banco Angolano de Investimentos Europa (BAI Europa), Banco Angolano de Negócios e Comércio (BANC) e, Banco de Negócios Internacional Europa (BNI Europa). Este último é o mais recente interveniente, tendo começado as operações a 15 de Julho. Já o BANC entrou em Portugal em Novembro do ano passado, e ainda não apresentou contas semestrais.

Neste momento o mais lucrativo é Banco BIC Portugal, o que se explica pela sua dimensão: desde que comprou o BPN tornou-se num dos maiores bancos no mercado nacional, uma vez que a operação lhe trouxe escala e permitiu operar ao nível do retalho (depósitos). Nos primeiros meses deste ano, a instituição financeira liderada por Mira Amaral (e que tem Isabel dos Santos, filha do presidente angolano, como um das sócios, com 25% do capital) apresentou um resultado líquido de 3,63 milhões de euros, detalha a diário num artigo publicado neste sábado.

Este valor é ainda positivo se se tiver em conta que, em idêntico período de 2013, o BIC teve um prejuízo de  2,5 milhões de euros. O break-even  do banco foi atingido Outubro  desse ano 2013, com  resultado positivo acumulado, nesse mês, de 600 mil euros. No final do exercício, o BIC conseguiu chegar aos lucros (2,5 milhões de euros).
Em segundo lugar, e tendo em conta os resultados semestrais consultados pelo jornal, surge o Atlântico Europa, que ultrapassou o BAI  Europa (o primeiro marcar presença no mercado nacional, em 1998). O primeiro teve uma evolução positiva de 6,4% face ao primeiro semestre de 2013, chegando aos 2,87 milhões de euros de resultados líquidos, ao contrário do BAI Europa, que recuou 7,5% para 2,56 milhões.

Detido por Carlos da Silva (que é também vice-presidente do conselho de administração do BCP) e pela petrolífera estatal angolana Sonangol, o Atlântico tem vindo a crescer desde que chegou a Lisboa, em 2009.

Entre outros negócios, a instituição esteve ligada à entrada de António Mosquito na construtora Soares da Costa. Um elo em comum entre os dois bancos é a Sonangol, já que a maior empresa angolana é também o maior accionista do BAI, com 8,5% do capital.

Diário Digital
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 27, 2014, 02:45:25 pm
Empresa lusa cria aldeias autossuficientes em Angola


Uma empresa de Paredes de Coura já instalou em Angola mais de 15.000 metros quadrados em módulos pré-fabricados, estruturas que estão a permitir a criação, mesmo onde não há energia elétrica, de pequenas aldeias e hospitais autossuficientes.
 
Em entrevista à Lusa, Paulo Alves, presidente do grupo Transcoura, que trabalha na área do transporte das mercadorias mas tem apostado cada vez mais nos pré-fabricados, explicou que companhia portuguesa chegou a Angola a 2007, onde começou a trabalhar em conjunto com parceiros locais.
 
Atualmente, a Transcoura já fornece entidades públicas angolanas e organizações não-governamentais (ONG's). "Conseguimos criar uma aldeia ou uma vila totalmente autónoma, independentemente de haver energia elétrica ou não", contou o responsável.
 
Segundo Paulo Alves, os módulos pré-fabricados construídos pela empresa nacional podem ser acoplados para formarem casas, escolas, clínicas e até pequenos hospitais por intermédio de um sistema que garante ainda o tratamento de água e o fornecimento de eletricidade.
 
"Imagine o que é estar longe de tudo, sem energia para ter um frigorífico e manter as vacinas em bom estado. É isto que estamos a fazer", congratulou-se o presidente da Transcoura, que destacou, como projetos mais emblemáticos, os das clínicas, cantinas e dormitórios instalados em Sumba (na província do Cuanza Sul) e no Soyo (Zaire), soluções autossuficientes que são rápidas de implementar e acessíveis financeiramente.
 
Paulo Alves adiantou que a empresa também tem "fornecido para a polícia e para o exército" e já instalou em Angola cerca de um milhar destes módulos, de produção e montagem própria, um negócio que está, entretanto, a ser expandido para Moçambique.
 
A Transcoura Angola fatura anualmente mais de três milhões de euros, nomeadamente através do transporte logístico, com cerca de 20 pesados que operam de Luanda para todo o país. Contudo, a área dos pré-fabricados, que também desenvolve em Portugal, tem vindo a crescer cada vez mais.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 28, 2014, 12:27:50 pm
Estaleiros nacionais constroem 30 barcos para Angola


Os estaleiros Atlantic Eagle e Nautiber, da Figueira da Foz e de Vila Real de Santo António, respetivamente, deverão fornecer quase trinta embarcações de pesca a Angola que deverão ser entregues entre Agosto e Dezembro de 2015.

As construtoras navais integram a comitiva portuguesas presente na primeira edição da Feira Internacional de Pescas e Aquicultura de Angola e serão responsáveis pela construção de barcos de pesca artesanal e de pesca de cerco.

A Atlantic Eagle Shipbuilding, concessionária dos antigos Estaleiros Navais do Mondego, na Figueira da Foz, está a finalizar a negociação com o Governo angolano de uma encomenda de 25 embarcações para pesca artesanal, de dez metros de comprimento, em alumínio.

"É uma potencial encomenda, embora ainda não esteja contratualizada. Mas já está apalavrada seriamente com o Ministério das Pescas", explicou Carlos Costa, administrador da Atlantic Eagle em declarações à agência Lusa.

A construção das embarcações será feita em Portugal, na empresa que emprega 60 trabalhadores na Figueira da Foz.

Já a Nautiber – Estaleiros Navais do Guadiana, de Vila Real de Santo António, está a construir quatro embarcações em fibra de vidro para pesca de cerco, de 20 a 25 metros, cada uma avaliada em 1,7 milhões de euros.

A entrega das embarcações está prevista entre os meses de Agosto e Dezembro de 2015, estando destinadas a armadores das províncias de Luanda, Benguela e Namibe.

Boas Notícias
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 13, 2014, 06:17:09 pm
El Confidencial fala em inversão da história e coloca Portugal como colónia africana


O tecido empresarial português mais importante está hoje em mãos estrangeiras, resume o jornal espanhol El Confidencial. O país perdeu peso na Galp, na PT, no BCP, na EDP, no BPI, na ANA, na Cimpor, entre outros negócios. Num artigo sobretudo dedicado à análise dos interesses angolanos em Portugal, o jornal espanhol fala em inversão da história e das posições dos países, com Portugal a parecer agora uma colónia angolana.

Embora a presença das ex-colónias em Portugal ainda seja baixa, estas já entraram em setores estratégicos. E a principal protagonista é mesmo “a princesa” Isabel dos Santos, filha de José Eduardo dos Santos e a mulher mais rica de África, segundo a Forbes. Só em Portugal, a angolana detém participações na petrolífera Galp, no BPI e na NOS, além de estar presente no banco privado angolano (BIC), com sede em Lisboa. No mês passado, Isabel dos Santos lançou uma OPA de 1,2 mil milhões de euros à PT.

Mas não é só Isabel dos Santos que se destaca nos investimentos em Portugal. Continuando no círculo fechado do poder presidencial angolano, sobressaem o general Manuel Hélder Vieira Dias, chefe da Casa Militar, com investimento no setor imobiliário, e ainda o atual vice-presidente da República e ex-CEO de Sonangol, Manuel Vicente, a quem se atribui uma forte ligação a empresas energéticas portuguesas. Também o empresário António Mosquito marca presença na Controlinveste (DN, JN, Dinheiro Vivo, TSF, entre outros órgãos de comunicação).

Os grandes grupos empresariais portugueses estão agora compostos por uma “burguesia angolana” que cresceu graças aos lucros do petróleo, diz o mesmo jornal, referindo que “não é à toa que são os investidores estrangeiros que mais peso têm no PSI-20, com posições de cerca de 3.000 milhões de euros”.

E num Portugal a ressacar dos ajustes orçamentais impostos pela troika (FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia) o crescimento das antigas colónias é uma via de escape. Em 2011, o primeiro ano de ajuda externa, emigraram para estas ex-colónias entre 120 a 150 mil portugueses. Por outro lado, estes países são também uma fonte de receita. O jornal espanhol cita Celso Filipe, subdiretor do Jornal de Negócios, que situa o investimento angolano em Portugal entre os seis mil e os dez mil milhões de euros, “que podem ser mais, pois existem muitos investimentos de natureza pessoal, por exemplo no negócio imobiliário, impossíveis de quantificar”.

Observador
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 11, 2015, 02:11:13 pm
Queda do petróleo afunda exportações angolanas para Portugal


As compras de Portugal a Angola desceram 49,4% de Janeiro a Outubro, passando de 2,4 mil milhões de euros para 1,2 mil milhões de euros, fazendo a balança comercial melhorar para 1,3 mil milhões.

De acordo com os últimos dados disponíveis no site da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), com base nos números do Instituto Nacional de Estatística, as exportações de Portugal para Angola subiram 2,4%, de 2,5 para 2,6 mil milhões de euros, o que, aliado à forte descida das compras de produtos angolanos, na sua esmagadora maioria petróleo, fez o saldo da balança comercial passar de 71,6 milhões para 1,362 mil milhões de euros.

Os últimos dados disponíveis no site da AICEP comprovam que foi a diminuição do preço do petróleo, nos últimos meses, que fez a diferença no saldo das relações comerciais entre os dois países, o que aliás é confirmado pela Galp que, em declarações à Lusa em Dezembro, tinha já explicado isso mesmo.

A paragem técnica da refinaria de Sines e a descida do preço do petróleo, a par das "alterações de competitividade económica" do petróleo angolano, explicam a quebra das compras de Portugal a Angola até Setembro, diz a Galp.

Em resposta, em Dezembro, às questões enviadas pela Lusa relativamente à quebra das compras de Portugal a Angola, que desceram 44,8%, de 2,1 para 1,1 mil milhões de euros, de Janeiro a Setembro, a Galp explicou que "adquire um cabaz de crude de diversas origens, sendo que as alterações de proveniência registadas em determinado período reflectem essencialmente as alterações de competitividade económica dos crudes de cada região face às alternativas existentes no mercado em cada momento".

Além da "competitividade", a Galp explicou também que nos primeiros nove meses deste ano, houve "dois outros factores que contribuíram de forma extraordinária para a diminuição das importações de crude, não só de origem angolana, como de todas as proveniências".

O primeiro "foi a desvalorização das cotações do crude, o que faz com que essas importações caiam em valor", em virtude de o preço médio do barril de petróleo ter descido quase 40% no ano passado.

A paragem técnica da refinaria de Sines durante perto de dois meses "também provocou uma diminuição na procura de crude por parte do aparelho refinador da Galp Energia", conclui a petrolífera, nas explicações dadas à Lusa a propósito da quebra das importações portuguesas de produtos angolanos, e que são constituídas na quase totalidade pelo petróleo.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Get_It em Abril 27, 2015, 07:13:04 pm
Estado arrisca perder 21 milhões no conflito dos diamantes com Angola
Citação de: "Público"
Parpública já teve de injectar 14,4 milhões de euros na SPE, e há mais sete milhões de créditos da banca. Viabilidade da empresa que explorava diamantes com o Estado angolano depende de tribunal arbitral.

O diferendo entre a Sociedade Portuguesa de Empreendimentos (SPE) e Angola, antigos sócios no negócio de exploração de diamantes, pode vir a custar 21 milhões de euros ao Estado português (além da perda do capital social). Isto porque a SPE, controlada maioritariamente pela Parpública (holding que agrega participações empresariais do Estado português), tem apenas como activo os 49% que detinha na Sociedade Mineira do Lucapa (SML), empresa que operava no nordeste de Angola, em parceria com a empresa estatal angola Endiama.

Desde que a Endiama revogou a licença de exploração à SML, em Outubro de 2011 (um acto classificado pela SPE como “ilegal e inamistoso”, com Angola a defender a legitimidade da decisão, após um agravamento dos desentendimentos em relação aos investimentos no negócio), a empresa só tem sobrevivido graças aos apoios financeiros da Parpública, enquanto tenta encontrar uma solução para o problema. Só que, entretanto, já passaram cerca de três anos e meio, com tentativas de negociação e embates na justiça pelo meio. De um lado, a SPE. Do outro, a Endiama e o Estado angolano.

De acordo com o relatório e contas (R&C) referente a 2014, aprovado em assembleia-geral no dia 14 deste mês, verifica-se que o processo da SPE contra a Endiama que decorria num tribunal arbitral acabou por não chegar ao fim. Isto porque a empresa angolana recorreu aos tribunais ordinários, impedindo assim que o tribunal arbitral desenvolvesse a sua actividade. Uma estratégia classificada pela SPE de “ilegítima, ilegal” e inconstitucional.  

Agora, resta à SPE a segunda frente de ataque, também via tribunal arbitral, mas desta feita contra o próprio Estado angolano. Tendo em vista o pagamento de uma indemnização pela revogação de licença de exploração de diamantes (o retomar da parceria já está fora de questão), o R&C revela que, após um processo "particularmente moroso", já foi possível "constituir definitivamente o Tribunal [arbitral] em 20 de Maio de 2014". Em Julho, a empresa dominada pelo Estado português (com 81%), avançou com a sua petição inicial.

Não foi possível, no entanto, apurar se o diferendo já foi ou não considerado pelo árbitro presidente (que não terá nacionalidade angolana ou portuguesa) e pelos respectivos árbitros das partes envolvidas.

De acordo com o R&C da SPE, a que o PÚBLICO teve acesso, a estratégia do Estado angolano parece ser idêntica à da sua empresa, a Endiama. O documento aprovado pelos accionistas portugueses fala de “acções que têm sido colocadas nos tribunais ordinários”, também tidas pela SPE como “ilegais”, mas que "ainda não conseguiram paralisar" o tribunal arbitral.

Para já, na rubrica "perspectivas para 2015", a SPE sublinha que a decisão do tribunal arbitral "determinará de forma decisiva o futuro do conflito". "Embora subsista a convicção da razão que assiste à SPE não se pode deixar de associar a esta decisão algum grau de incerteza", atesta o documento.

[continua] (http://http)
Fonte: http://www.publico.pt/economia/noticia/estado-arrisca-perder-21-milhoes-no-conflito-dos-diamantes-com-angola-1693700

Cumprimentos,
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 09, 2015, 02:05:17 pm
Barragem de Laúca anima construtoras portuguesas em Angola


A incerteza e a preocupação têm sido constantes neste ano entre os trabalhadores e as empresas de construção em Angola. Com a crise no petróleo, o país travou a fundo os investimentos públicos em estradas, escolas e outras obras necessárias à reconstrução, originando inclusive despedimentos entre os construtores. Nesta semana, a adjudicação de mais 730 milhões de euros de obra na segunda maior barragem de Angola, em Laúca, província do Cuanza Norte, foi motivo de comemoração para a brasileira Odebrecht e para as portuguesas subcontratadas.

Somague Angola, Teixeira Duarte, EPOS, Tecnasol, Ibergru e e COBA são algumas das empresas portuguesas a laborar no megaempreendimento de 3,7 mil milhões de euros, dos quais cerca de 123 milhões são contratados à Odebrecht, que, por sua vez, contratou as portuguesas para 5% do valor das empreitadas.

Na semana passada, o governo angolano aprovou mais um contrato para o projeto de execução, fornecimento, construção e colocação em serviço do sistema de transporte de energia associado à barragem de Laúca.

"A barragem de Laúca, a maior obra de engenharia em curso no país - e a segunda maior barragem em construção no continente africano -, tem sido um exemplo de sucesso de cooperação de empresas dos países lusófonos. Esta é uma obra importante para a economia angolana e para todos os intervenientes no projeto: empresa brasileira, empresas angolanas e empresas portuguesas", comentou Wagner Santana, responsável pela execução da nova fase.

Para as empresas portuguesas, Angola representa cerca de 40% da faturação em mercados externos, o que significa pelo menos dois mil milhões de euros anuais, de acordo com estimativas da AECOPS - Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços.

A barragem de Laúca, cuja construção teve início há cerca de 18 meses, deverá produzir mais de dois mil megawatts de energia já em 2017. O projeto inicial incluía três contratos: o do desvio do rio Kwanza, a construção da obra principal e a componente eletromecânica. A construção está já praticamente a 50% da concretização e só em betão envolverá o equivalente à edificação de 40 estádios de futebol, 2800 casas ou 465 edifícios de oito pisos, explica a Odebrecht.

Dos mais de sete mil trabalhadores que atualmente vivem no maior estaleiro de obras de Angola, em Laúca, cerca de 820 são portugueses, entre os quais 145 técnicos e engenheiros. Os trabalhadores dispõem de cinema, ginásio, banco, supermercado, lan house com acesso à internet e jogos de vídeo, sala de jogos, cozinha e refeitório para 15 mil refeições diárias e até uma estação de tratamento de águas só para a obra. Entre portugueses, brasileiros e angolanos, nos trabalhos da barragem o português é a língua dominante.

Nos anos mais recentes, as empresas de construção e a engenharia portuguesas têm estado envolvidas em projetos de obras públicas particularmente emblemáticos em Luanda, como a recuperação da Fortaleza de São Miguel, concluída pela Soares da Costa, ou as obras do novo edifício da Assembleia Nacional, a cargo da Teixeira Duarte, e a requalificação da marginal de Luanda e da ilha do Cabo, do consórcio Mota-Engil/Soares da Costa.

DN
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 16, 2018, 08:15:12 pm
António Costa em Luanda para recuperar "relação de irmãos"


Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 17, 2018, 10:53:24 am
António Costa em Angola para "falar do futuro"


Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 17, 2018, 04:00:54 pm
PM português em Luanda para uma reaproximação definitiva


Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 18, 2018, 10:37:27 am
Encontro entre PM português e presidente angolano


Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: tenente em Setembro 18, 2018, 06:49:25 pm
o mister Ganga no seu melhor !!!
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 19, 2018, 11:23:15 am
Portugal e Angola em sintonia após visita de Costa


Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Março 06, 2019, 10:26:33 am
Marcelo Rebelo de Sousa de visita a Angola


Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Srgdoido em Março 06, 2019, 04:56:43 pm
Relação entre Portugal e Angola já não é só de amizade. É uma parceria à prova de “imponderáveis”
https://observador.pt/2019/03/06/relacao-entre-portugal-e-angola-ja-nao-e-so-de-amizade-e-uma-parceria-a-prova-de-imponderaveis/
Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Março 06, 2019, 06:57:05 pm
"Dois terços da dívida angolana estão a ser pagos"



Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Abril 17, 2019, 06:18:43 pm
PR angolano confia na justiça e na cooperação "aberta" com Portugal


Título: Re: Relações Portugal-Angola
Enviado por: Lusitano89 em Junho 06, 2023, 12:42:24 pm
António Costa em Angola