[Fábio G.]

SIC

2004-05-26 20:48  
Amnistia condena EUA
 
Relatório destaca actuação norte-americana no Iraque
   
Os Estados Unidos “sacrificaram os direitos humanos” e foram declarados culpados pela actuação na guerra no Iraque e na cruzada contra o terrorismo. Estas são algumas das acusações da Amnistia Internacional contra a Administração Bush no relatório de 2003.

O documento denuncia violações em vários países, mas insiste em destacar os abusos cometidos por Washington em nome da ”guerra contra o terrorismo”.

O relatório lembra a carta enviada pela secretária-geral da Amnistia Internacional, Irene Khan, a George Bush, no passado 7 de Maio, na qual ”refere que os abusos cometidos por militares na prisão de Abu Ghraib são crimes de guerra e pede à Administração americana para realizar uma investigação profunda”.

”Não pode haver segurança duradoura sem respeito pelos direitos humanos”, escreveu Khan, adiantando ainda: ”As acções em busca da segurança mundial por parte do Governo dos EUA carecem de princípios”.

EUA no “eixo do mal das torturas”

Para a Amnistia, a base naval de Guantanamo também constitui um “motivo de preocupação”. Por estes motivos, a organização inclui os Estados Unidos no ”eixo do mal das torturas”.

O relatório informa sobre os maus tratos praticados em mais de 130 países. No topo dessa lista estão a China, os EUA, o Irão e o Vietname, onde têm lugar 90 por cento das condenações à morte praticadas no Mundo.

[Fábio G.]

TSF

IRAQUE
Investigações a sevícias chegam a Samarra
As investigações do exército norte-americano às sevícias sobre prisioneiros iraquianos na prisão foram alargadas ao centro de detenção de Samarra, a norte de Bagdad. Os casos reportados serão mais graves que os de Abu Ghraib.  

07:53
28 de Maio 04    
   
 
  Elementos do 223º Batalhão de Informações Militares da Guarda Nacional da Califórnia são acusados de, no ano passado, terem espancado e asfixiado até à morte prisioneiros iraquianos que se encontravam num centro de detenção em Samarra, a cerca de cem quilómetros norte de Bagdad.

As acusações de sevícias em Samarra surgiram num relatório interno do Exército publicado pelo «New York Times» que sugere que as sevícias aplicadas em Samarra vão mais longe em termos de tortura e de humilhação do que os casos que têm sido noticiados na prisão de Abu Ghraib.

De acordo com o relatório, há três dezenas de investigações em curso.
 

[Fábio G.]

TSF

ABU GHRAIB
Norte-americanos libertam grupo de prisioneiros iraquianos
Os militares norte-americanos libertaram hoje iraquianos detidos na estrutura prisional de Abu Ghraib, envolvida em polémica por ser o palco de sevícias praticadas contra prisioneiros, tornadas públicas através de fotografias divulgadas na imprensa.  

10:55
28 de Maio 04    
   
 
  Centenas de familiares dos detidos iraquianos assistiram hoje à saída de pelo menos 13 autocarros cheios de prisioneiros libertados das instalações da prisão de Abu Ghraib, nos arredores de Bagdad.

Os autocarros saíram do centro de detenção cerca das 10:20 (07:20 hora de Lisboa), enquanto as pessoas à porta gritavam «Allah Akbar» (Deus é grande).

Através dos vidros das viaturas, os prisioneiros libertados acenavam com as mãos em sinal de satisfação.

Uma fonte militar da coligação disse à France Press que perto de 600 prisioneiros deverão ser libertados hoje. Há uma semana, na sexta-feira passada, 454 outros detidos foram postos em liberdade.

Na prisão de Abu Ghraib estão actualmente cerca de 3.400 detidos de entre os 11 mil encarcerados por todo o Iraque.

Esta libertação de prisioneiros, a segunda desde que se tornou público o escândalo dos abusos praticados contra prisioneiros iraquianos, surge uma semana depois de o primeiro norte-americano acusado destas práticas ter sido condenado a um ano de prisão por ter humilhado sexualmente vários detidos