Vigilância do Índico pela Armada portuguesa

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P44

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Re: Vigilância do Índico pela Armada portuguesa
« Responder #180 em: Abril 27, 2013, 11:19:52 am »
a moda é construir OPVs cada vez maiores.

Os novos holandeses são quase do tamanho de uma classe M:

"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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nelson38899

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Re: Vigilância do Índico pela Armada portuguesa
« Responder #181 em: Abril 27, 2013, 01:13:58 pm »
E que vantagens tem ter um OPV do tamanho de uma fragata???
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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HSMW

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Re: Vigilância do Índico pela Armada portuguesa
« Responder #182 em: Abril 27, 2013, 02:17:33 pm »
Para além de mais sensores e capacidade de combate muito do espaço é ocupado pelo hangar, algo actualmente essencial a qualquer NPO moderno.
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mafets

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Re: Vigilância do Índico pela Armada portuguesa
« Responder #183 em: Abril 28, 2013, 01:36:22 pm »
http://en.wikipedia.org/wiki/OPV_(naval)

Deixo aqui uma pespectiva a meu ver bastante realista (apesar de vir da wikipedia...  :mrgreen: )das funções, evolução, principais navios de patrulha e OPV actualmente em operação.  

Cumprimentos
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Lightning

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Re: Vigilância do Índico pela Armada portuguesa
« Responder #184 em: Abril 28, 2013, 04:23:37 pm »
Citação de: "HSMW"
Para além de mais sensores e capacidade de combate muito do espaço é ocupado pelo hangar, algo actualmente essencial a qualquer NPO moderno.

Eu também acho que, um OPV desta dimensão tem a autonomia que lhe permite operar bem fora das suas águas nacionais (que é missão tradicional de um OPV), e já pode operar por exemplo em operações contra a pirataria no Indico (longe das suas águas), ao lado de Fragatas, e concordo, já pode possuir os sensores e sistemas de comando, controlo, comunicações, etc, necessários para poder operar em conjunto com tipos de navios mais complexos, não serve de muito ter um navio tão simples que depois não consegue receber dados dos P-3, submarinos, satélites, etc, para cumprir a missão.

Pode-se cair no facilitismo de achar que em vez de termos fragatas podíamos ter este tipo de navios, e se bem que tem a capacidade de patrulha, quer nas nossas águas, quer de patrulhar águas internacionais por longos períodos de tempo, não tem a capacidade de escolta, isto é, a capacidade militar de proteger outros navios, o que também é uma capacidade importante por exemplo quando ocorrem operações de evacuação de civis e é necessário colocar forças que sirvam de dissuasor, isto é, impor algum "respeito", para que a operação corra sem problemas.
 

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PedroI

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Re: Vigilância do Índico pela Armada portuguesa
« Responder #185 em: Maio 02, 2013, 08:57:45 am »
EU Naval Force Flagship NRP Álvares Cabral Conducts A Fast-Rope Insertion Exercise With WFP Vessel
April 30, 2013 - 14:23

The flagship of the EU Naval Force (EU NAVFOR), NRP Alvares Cabral has conducted a fast-rope insertion exercise on a World Food Programme (WFP) vessel, providing the opportunity for Portuguese sailors to meet their Finnish colleagues embarked on the WFP ship as an Autonomous Vessel Protection Detachment (AVPD).

Whilst patrolling in the Gulf of Aden EUNAVFOR’s flagship, NRP Álvares Cabral, met with MV Caroline Scan, a WFP chartered vessel, whose security is provided by a Finnish Autonomous Vessel Protection Detachment (AVPD). The boarding team from the Portuguese warship took the opportunity to conduct a fast-rope insertion exercise, a demanding operation that requires a combination of courage and skill from both the marines and the helicopter´s crew.

“This exercise was very important to maintain our readiness standards and ensure we are ready to be employed in any circumstances. It also allowed us to talk with our Finnish colleagues about our common procedures”, said the team leader of the Portuguese boarding team.

“We had an excellent opportunity to test our skills and mental flexibility in fast-rope insertions; when fast and accurate positioning of the helicopter is required”, said Lieutenant Commander Marco Coimbra, Flight Commander of the Portuguese Super Lynx MK 95 helicopter embarked on NRP Álvares Cabral.

The EU NAVFOR Force Commander observed the exercise from on board the MV Caroline Scan, while visiting the Finnish AVPD. Talking about the exercise he said, “I had a very rewarding experience on board MV Caroline Scan. I noticed a really welcoming environment amongst the crew and the AVPD. With the proficient and very well-equipped Finnish AVPD, I am confident that WFP shipments on MV Caroline Scan remain well protected.”


The Portuguese Super Lynx MK 95 from the EU Naval Force Flagship, hovers above the deck of the MV Caroline Scan during a fast-rope insertion exercise

The boarding team from NRP Álvares Cabral “fast-rope” from a helicopter onto the WFP vessel

The EU NAVFOR Force Commander, Commodore Jorge Palma, with the Finnish AVPD and Portuguese navy boarding team on board the MV Caroline Scan

http://sphotos-g.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-frc1/600761_462279647175146_689055622_n.jpg

Fontes:
http://www.facebook.com/eunavalforce
http://eunavfor.eu/eu-naval-force-flagship-nrp-alvares-cabral-conducts-a-fast-rope-insertion-exercise-with-wfp-vessel/
 

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HSMW

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PereiraMarques

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Re: Vigilância do Índico pela Armada portuguesa
« Responder #187 em: Maio 16, 2013, 11:59:25 am »
Ganda cena! Parece um filme do James Bond, vai um helicoptero de uma fragata para o aeroporto, um avião leva a peça, esse avião lança a peça para o mar...  :mrgreen:

Citar
HELICÓPTERO DA FRAGATA ÁLVARES CABRAL DE NOVO A VOAR
14-05-2013

A fragata Álvares Cabral, navio-almirante da Força Naval da União Europeia (EU NAVFOR), recebeu na passada segunda-feira, dia 13 de maio, no Oceano Índico, dois sobressalentes para o helicóptero Lynx MK 95, entregues por um avião de patrulha marítima P3 Orion espanhol.

Devido a avaria no helicóptero embarcado no navio da Marinha Portuguesa foi emitido, no final da tarde do dia 12 de maio, pedido urgente de sobressalentes aos navios que integram a EU NAVFOR. O navio alemão FGS Augsburg, a navegar no Golfo de Áden, disponibilizou de imediato os artigos necessários fazendo-os transportar pelo seu helicóptero, ao Aeroporto Internacional do Djibouti antes do final do dia.

No Djibouti, os sobressalentes foram recebidos pelo oficial de ligação da célula de apoio logístico da EU NAVFOR, que procedeu à sua entrega ao destacamento espanhol que opera a aeronave de patrulha marítima P3 Orion, também integrada no combate à pirataria, na Operação Atalanta.

No dia seguinte, cerca das 14h00, o P3 espanhol descolou com os sobressalentes a bordo devidamente acondicionados num recipiente improvisado e percorreu as 600 milhas (mais de 1.000 Km) entre o aeroporto do Djibouti e a costa Este da Somália, onde a Álvares Cabral se encontrava em patrulha rumo a Sul.

Ao avistar a fragata, numa manobra de grande perícia, o P3 manobrou para um rumo paralelo ao navio, desceu até aos 300 pés (cerca de 100 metros), e largou na água, ligeiramente a vante (parte da frente) do navio, a embalagem com os sobressalentes cuidadosamente preparada.

A semi-rígida, que se encontrava pronta a arriar foi quase de imediato para a água e, poucos minutos após, os sobressalentes estavam a bordo, concluindo assim com relevante sucesso uma operação que em 24 horas envolveu diversos meios, a grandes distâncias, e que permitiu recuperar a operacionalidade do helicóptero orgânico da fragata portuguesa.

Esta operação logística, de significativa envergadura, só foi possível com a excelente interligação e cooperação entre o Estado-Maior da EU NAVFOR embarcado na Álvares Cabral, que coordenou a operação, a fragata alemã FGS Augsburg que disponibilizou os sobressalentes e os colocou no Aeroporto do Djibouti, a estrutura de apoio logístico à Operação Atalanta no Djibouti e o Destacamento Espanhol que opera o avião de patrulha marítima P3 a partir do Djibouti.

Em resultado, o helicóptero Lynx MK 95 encontra-se a funcionar sem limitações e está novamente pronto para retomar os voos diários no combate à pirataria no Oceano Índico.

(Texto e imagens da ACABRAL, editadas pelo GAB CEMGFA)

http://www.emgfa.pt/pt/noticias/540
 

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mafets

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Re: Vigilância do Índico pela Armada portuguesa
« Responder #188 em: Maio 16, 2013, 08:42:47 pm »
Citar
http://www.emgfa.pt/pt/noticias/540


Corrijam-me se estiver errado, mas pelo teor da noticia fiquei com a percepção que apesar de o NRP Alvares de Cabral ter um hangar para 2 lynx, apenas está a navegar com um. É procedimento normal ou é da crise?  :(
« Última modificação: Maio 16, 2013, 08:56:44 pm por mafets »
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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luis filipe silva

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Re: Vigilância do Índico pela Armada portuguesa
« Responder #189 em: Maio 16, 2013, 08:54:57 pm »
Mafets escreveu:
Citar
Corrijam-me se estiver errado, mas pelo teor da noticia fiquei com a percepção que apesar de o NRP Alvares de Cabral ter um hangar para 2 lynx, apenas está a navegar com um. É procedimento normal ou é da crise?
A Armada tem cinco fragatas, e cinco helicópteros. Juntando revisões em terra e a crise, é o mais lógico.
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saudações:
Luis Filipe Silva
 

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mafets

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Re: Vigilância do Índico pela Armada portuguesa
« Responder #190 em: Maio 16, 2013, 09:00:18 pm »
Citação de: "luis filipe silva"
Mafets escreveu:
Citar
Corrijam-me se estiver errado, mas pelo teor da noticia fiquei com a percepção que apesar de o NRP Alvares de Cabral ter um hangar para 2 lynx, apenas está a navegar com um. É procedimento normal ou é da crise?
A Armada tem cinco fragatas, e cinco helicópteros. Juntando revisões em terra e a crise, é o mais lógico.

Também tinha esta ideia, mas nada melhor que perguntar para ter a certeza.

Obrigado pela resposta  :wink:
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LuisC

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Re: Vigilância do Índico pela Armada portuguesa
« Responder #191 em: Maio 16, 2013, 11:16:20 pm »
O que me parece claro é que a Alvares Cabral para esta operação não levou todos os sobresselentes necessários para garantir a operacionalidade do seu helicóptero orgânico…ao contrário dos alemães que vão prevenidos.
 

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Lusitano89

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Re: Vigilância do Índico pela Armada portuguesa
« Responder #192 em: Agosto 21, 2013, 06:35:29 pm »
Fragata Álvares Cabral atracou depois de 5 meses em missão


Ao fim de cinco meses em missão de combate à pirataria no oceano Índico, a fragata Álvares Cabral e a sua guarnição de 187 militares chegaram hoje ao Alfeite, ao som da música da banda da Armada.

À 'boleia' desde Pedrouços seguiam também a bordo a secretária de Estado Adjunta e da Defesa, Berta Cabral, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, general Luís Araújo, e o chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Saldanha Lopes, numa presença simbólica que serviu para assinalar o "prestígio e orgulho" de Portugal no cumprimento de mais uma missão internacional.

A fragata da Marinha Portuguesa liderou desde o início de abril a Operação Atalanta, que pretende assegurar a proteção dos navios do Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas e, simultaneamente, combater a pirataria no Mar Vermelho, Golfo de Áden, Golfo de Omã e em toda a Bacia da Somália, incluindo a parte norte do Canal de Moçambique.

"Temos de continuar a cumprir estas missões internacionais", defendeu a secretária de Estado da Defesa, em declarações aos jornalistas a bordo da fragata Álvares Cabral, pouco antes do navio ter atracado no base do Alfeite.

Sem se comprometer com o prolongamento da participação de Portugal na Operação Atlanta, Berta Cabral disse apenas que o país "continuará a desempenhar as suas funções e ponderará certamente do ponto de vista operacional o futuro desta operação".

Questionada se existe verba para esse prolongamento, a secretária de Estado adiantou apenas que a verba prevista no próximo Orçamento para as forças nacionais destacadas "está ao mesmo nível dos anos anteriores".

O êxito da missão foi igualmente destacado pelo comandante Jorge Novo Palma, o oficial português que comandou a missão da EU NAVFOR (força naval da União Europeia) no terreno, que sublinhou a inexistência de qualquer ataque de piratas nos quatro meses que durou a missão.

O comandante confessou, contudo, que inicialmente esta foi uma missão encarada com "incerteza", um sentimento que se combateu com "planeamento e com uma observação muito rigorosa da situação no terreno".

"Mantivemos uma pressão constante e garantimos a escolta dos navios do programa alimentar mundial garantindo a chegada de 21 mil toneladas de alimentos à Somália", acrescentou.

Além das condições muito duras do clima, com alturas em que o termómetro chegou aos 50º, as saudades foram outra das grandes adversidades sentidas pelos militares que partiram de Portugal a 21 de março.

Porém, para o chefe de serviços de comunicações, Bruno Cortes Banha, as saudades desta vez foram sentidas de forma particularmente dura, pois ao fim de um mês de sair de Portugal nasceu o seu segundo filho, o Henrique. A notícia foi recebida pela internet, com um misto de "ansiedade e felicidade".

Ao final desta manhã, depois da fragata Álvares Cabral ter atracado na base do Alfeite, Bruno Cortes Banha conseguiu finalmente conhecer o filho "ao vivo e a cores", que o esperava ao colo da mãe.

"Quando o conheci ele já era marinheiro, por isso tenho de aguentar estas coisas", disse Carla Banha, sorridente.

Lusa