Russia invade Geórgia

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André

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« Responder #15 em: Agosto 09, 2008, 12:53:29 pm »
Russos bombardeiam Gori matando vários civis

A aviação russa bombardeou hoje a localidade de Gori, no norte da Geórgia e cidade natal de Estaline, matando diversos civis e destruindo vários edifícios de habitação, avançou hoje a televisão pública da Geórgia.
O ministro russo da Defesa negou, por seu lado, que o exército russo tenha atacado alvos civis.

Os bombardeamentos à cidade próxima da região separatista da Ossétia do Sul ocorreram a partir das 10:30 locais (07:30 em Lisboa), de acordo com a mesma televisão.

Ainda não é possível avançar um número provisório de vítimas.

Imagens televisivas mostravam corpos espalhados pelas ruas e idosos feridos, junto a edifícios em chamas.

Lusa

 

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« Responder #16 em: Agosto 09, 2008, 12:58:20 pm »
Presidente georgiano propõe fim imediato das hostilidades
32 minutos atrás
 


Tbilisi, 9 ago (EFE).- O presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, propôs hoje o fim imediato das hostilidades na Ossétia do Sul e o início do processo de desmilitarização dessa região separatista georgiana.


"Propomos o cessar-fogo imediato e o início da retirada de tropas", disse Saakashvili, em entrevista coletiva.


O comandante das tropas russas de paz na Ossétia do Sul, general Marat Kulakhmetov, disse desconhecer a iniciativa.


"A parte georgiana está bombardeando Tskhinvali (capital da Ossétia do Sul) durante 40 minutos", disse, em relação à cidade que as tropas russas reconquistaram hoje para os separatistas.


Também não param, disse, as "tentativas de ataque à cidade com o uso de carros de combate e transportes blindados".


De acordo com os dados oficiais mais recentes, em três dias de combates, as forças governamentais georgianas tiveram cerca de 50 baixas e aproximadamente entre 470 e 480 feridos.


Simultaneamente, um comunicado divulgado pela Chancelaria georgiana acusa a Rússia de lançar uma "agressão militar de grande escala contra um Estado soberano".


"A aviação russa bombardeia alvos militares e civis em todo o território da Geórgia. Em águas da Abkházia (outra região separatista), entraram navios da Marinha russa", diz o documento.


Enquanto isso, unidades do Exército russo entraram na Ossétia do sul para implantar um "regime de ocupação militar", segundo a nota.


"Hoje, a Geórgia está de fato em guerra com a Rússia", diz o documento, e assegura que "o Estado georgiano empreende todas as medidas para preservar a independência e garantir a segurança de seus cidadãos". EFE
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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André

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« Responder #17 em: Agosto 09, 2008, 01:42:34 pm »
Rússia diz controlar capital da Ossétia do Sul

A Geórgia declarou hoje estar em «estado de guerra», acusando a Rússia de ter bombardeado o seu território, enquanto o exército russo afirmou que controlam Tskhinvali, capital da república separatista georgiana da Ossétia do Sul.
«Decretei o estado de guerra» no país, anunciou o presidente da Geórgia, Mikheil Saakachvili, durante uma reunião do Conselho de Segurança georgiano.

Segundo Mikhaïl Saakachvili o País encontra-se num estado de «agressão militar total pela marinha e aviação russas com grandes operações no terreno».

O estado de guerra pode ser compreendido como uma lei marcial, explicou à agência France Press o secretário do Conselho Nacional de Segurança georgiano, Alexander Lomaia.

«A Geórgia decretou a lei marcial», disse, acrescentando que não terá impacto na vida diária dos civis e que não pode ser interpretado como uma declaração de guerra à Rússia.

«Fazemos face a uma agressão militar da Rússia e declaramos a lei marcial», sublinhou.

O exército russo «libertou completamente Tskhinvali das forças militares georgianas», afirmou, por sua vez, o general russo Vladimir Boldyrev, comandante chefe das forças terrestres.

A artilharia georgiana abriu hoje novamente fogo, pelas 13:55 locais (10:55 em Lisboa), sobre Tskhinvali, segundo noticia a agência russa Interfax.

O chefe do governo pró-russia na Ossétia do Sul, Iouri Morozov, confirmou a «libertação total» da cidade com o apoio das forças especiais do exército russo.

Algumas horas antes, o presidente russo Dmitri Medvedev tinha comunicado que uma operação militar das forças russas estava em curso.

Do lado georgiano, a televisão noticiou um bombardeamento hoje de manhã pela aviação russa na cidade de Gori, norte da Geórgia, no qual teria provocado um número indeterminado de mortos e destruído edifícios de habitação.

À entrada de Gori, um correspondente da France Presse viu a base militar e dois edifícios de habitação atacados, pessoas a fugir, além de fumo e chamas pela cidade.

De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros georgiano, as forças aéreas russas têm «completamente controlado» o porto de Porti, um dos mais importantes no mar Negro.

O exército russo, que reconheceu a perda de dois aviões, desmentiu que os ataques visaram «populações civis».

Enquanto Tbilisse referiu que abateu pelo menos seis aviões russos.

Um responsável na Ossétia do Sul afirmou que 1.600 pessoas foram mortas em Tskhinvali na sequência da ofensiva georgiana, número que, entretanto, já foram desmentidos pelo presidente da Geórgia.

Mikheil Saakachvili fala em «mentiras flagrantes», considerando que «não há praticamente mortos».

Milhares de habitantes da Ossétia do Sul foram feridos, enquanto cerca de 30 mil pessoas fugiram da república separatista desde o início da ofensiva na noite de quinta para sexta-feira.

Os dois mil homens do contingente georgiano preparam-se para deixar o Iraque para se juntar à Geórgia, já afirmou o chefe do contingente.

O chefe da diplomacia da União Europeia, Javier Solana, continua hoje com as suas consultas internacionais.

Lusa

 

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Cabecinhas

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« Responder #18 em: Agosto 09, 2008, 02:46:31 pm »
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Presidente russo anuncia operação militar na Ossétia da Sul
Hoje às 13:07
 O presidente russo, Dmitri Medvedev, anunciou o início de uma operação militar para «coagir o lado georgiano à paz». Por seu lado, a Geórgia ordenou a evacuação de vários edifícios de Estado por causa dos bombardeamentos russos em Tbilisi.
O presidente russo anunciou, este sábado, que estava em curso uma operação militar das forças russas na Ossétia do Sul para «coagir o lado georgiano à paz».


Durante uma reunião no Kremlin com os mais altos responsáveis do Estado, Dmitri Medvedev explicou ainda que a responsabilidade dos «nossos soldados das forças de manutenção de paz e unidades que foram enviadas» é de «defender a população».


Estas declarações surgiram depois de as tropas especiais russas terem tomado de assalto as posições georgianas a norte da capital da Ossétia do Sul, Tskhinvali, uma das zonas mais estratégicas da região.


«A situação é Tskhinvali é extremamente complicada. Bombardeiros e outros aviões militares estão concentrados nos aeródromos russos mais próximos do conflito», adiantou Igor Konachenkov, assessor do comandante das tropas russas.


Antes, as autoridades georgianas tinham ordenado a evacuação do edifício da presidência e de outros locais de Estado na capital georgiana, em virtude dos bombardeamentos russos, indicou um alto dirigente georgiano.


O secretário do Conselho Nacional de Segurança georgiano diz ter recebido a informação de «cinco aviões militares russos descolaram da região russa do Cáucaso do Norte em direcção a Tbilisi».


«Durante as duas últimas horas, a aviação russa atacou infra-estruturas económicas e civis. Houve um ataque ao porto de Poti, uma outra numa intersecção ferroviária e no aeródromo de Senaki», acrescentou Alexandre Lomaia.


Entretanto, citado pela agência russa Interfax, o vice-primeiro-ministro russo Sergei Sobianin indicou que mais de 30 mil pessoas abandonaram a Ossétia do Sul desde o início dos confrontos nesta república separatista pró-russa.


Um responsável do território separatista, também citado pela Interfax, acrescentou ainda que 1600 pessoas foram mortas em Tskhinvali na sequência da ofensiva da Geórgia.

Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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Scarto

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« Responder #19 em: Agosto 09, 2008, 04:12:36 pm »
Tenho seguido a situação em outro local,e segundo a Interfax forças turcas começam a juntar-se na fronteira com a Georgia e há relatos tambem de vários navios,cheios de infantaria naval turca,perto de Bantumi.

Alem disso,existem tambem informações de algumas agencias noticiosas,de um Tu-22 ter sido abatido sobre a Georgia,supostamente por um sistema anti-aereo fornecido pela Ucrania..

Que pode significar isto?Apenas uma precaução por parte da Turquia,ou algo mais?
 

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« Responder #20 em: Agosto 09, 2008, 04:49:08 pm »
Vice-ministro alemão diz que Tbilisi violou o direito internacional
Há 28 minutos

BERLIM (AFP) — A Geórgia está cometendo "uma violação do direito internacional" ao tentar solucionar pela força a crise com a república separatista pró-russa da Ossétia do Sul, afirmou neste sábado o vice-ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Gernot Erler.

"Trata-se de uma violação do direito internacional, a partir do momento que atua por via militar", disse o ministro à rádio NDR Info, indicando em seguida que o presidente georgiano, Mikhail Saakashvili, vem dando cada vez mais provas de que pretende resolver este conflito com armas.

Estes combates representam uma ruptura do cessar-fogo assinado em 1992 e supervisionado por uma força internacional.

O responsável alemão reconheceu, ao mesmo tempo, que antes de chegar a este nível, houve provocações do lado georgiano e do osseta.

Erler disse que compreende a reação russa nesta região, pois embora pertença à Geória, é apoiada economicamente por Moscou.

"É uma guerra insensata, sangrenta, que com certeza não resolverá o problema nesta província separatista da Ossétia", acrescentou.

Sexta-feira, o governo alemão pediu à Geórgia e à Ossétia o fim das hostilidades e o início de um diálogo direto.

A Geórgia se declarou neste sábado em "estado de guerra" pela região separatista pró-russa da Ossétia do Sul.
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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André

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« Responder #21 em: Agosto 09, 2008, 07:17:42 pm »
Rússia acusa Ucrânia de intervenção no conflito da Ossétia do Sul

A Rússia acusou a Ucrânia de estar a ter uma intervenção no actual conflito na Ossétia do Norte. O ministro russo dos Negócios Estrangeiros acusou Kiev de ter armado as tropas georgianas e de ter encorajado Tbilissi para este conflito.

As autoridades russas acusaram a Ucrânia deterem encorajado a Geórgia a proceder à «intervenção» militar a «purgas étnicas» na Ossétia do Sul, região onde está a ocorrer um forte conflito armado.

«O Estado ucraniano nos últimos tempos tem activamente armado as tropas georgianas, encorajando os dirigentes georgianos a proceder a uma intervenção e a purgas étnicas na Ossétia do Sul», disse o Ministério russo dos Negócios Estrangeiros, em comunicado.

Para Moscovo, Kiev «não tem qualquer moral para dar lições a outros e sobretudo de ter um papel de resolução» neste conflito, acrescentou esta nota da diplomacia de Moscovo.

Estas declarações surgiram horas depois de a Ucrânia, que é governada por um executivo pró-ocidental tal como a Geórgia, ter apelado à Rússia para retirar do território georgiano e de se ter oferecido para mediar o conflito.

TSF

 

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Cabecinhas

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« Responder #22 em: Agosto 09, 2008, 08:43:55 pm »
Citar
Putin denuncia «política criminosa» georgianaHoje às 18:15
 O primeiro-ministro russo denunciou a «política criminosa» que o governo georgiano está a usar no conflito da Ossétia do Sul. Na capital da vizinha Ossétia do Norte, Vladimir Putin falou na existência de «dezenas de mortos» e considerou que agora será difícil convencer a Ossétia do Sul a fazer parte da Geórgia.
O primeiro-ministro russo denunciou a «política criminosa» levada a cabo pelo governo georgiano, tendo Vladimir Putin considerado que as acções feitas pelos russos na Ossétia do Sul foram «legítimas» e «necessárias».


Em Vladikavkaz, capital da Ossétia do Norte, de onde chegou de Pequim, Putin falou ainda em «dezenas de mortos» e «centenas de feridos» na vizinha Ossétia do Sul e considerou que estão a ser cometidos «crimes contra o povo osseta».


Vladimir Putin, que classificou de «catástrofe humanitária» o que está a acontecer nesta república separatista, considerou ainda que a Geórgia aplicou um «golpe mortal» à sua «integridade territorial».


«É difícil imaginar como será possível depois de tudo aquilo que se passou convencer a Ossétia do Sul a fazer parte do Estado georgiano», acrescentou o primeiro-ministro russo, que atacou ainda as pretensões georgianas de fazer parte da NATO.


«A aspiração [da Geórgia] de entrar na NATO é ditada por uma tentativa de arrastar outros países e outros povos nas suas aventuras sangrentas», adiantou Vladmir Putin.


O primeiro-ministro russo pediu ainda aos georgianos para «parar imediatamente todas as agressões contra a Ossétia do Sul e todas as violações contra os acordos de cessar-fogo em vigor e para respeitar os direitos e interesses de outras pessoas».


Segundo russos e ossetas do sul, o conflito nesta região separatista da Geórgia já terá feito entre 1500 a dois mil mortos.

Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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Cabecinhas

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« Responder #23 em: Agosto 09, 2008, 08:59:18 pm »
http://www.publico.clix.pt/videos/?v=20080808195706&z=1

Só uma pergunta, qual é a legitimidade do presidente da Geórgia usar a bandeirea da U.E.?
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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André

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« Responder #24 em: Agosto 09, 2008, 09:05:40 pm »
Citação de: "Cabecinhas"
http://www.publico.clix.pt/videos/?v=20080808195706&z=1

Só uma pergunta, qual é a legitimidade do presidente da Geórgia usar a bandeirea da U.E.?


 :lol:  :lol:  :lol:  c34x

 

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André

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« Responder #25 em: Agosto 09, 2008, 11:17:01 pm »
UE avisa russos que relação com Europa pode ficar afectada

A União Europeia avisou que a Rússia poderá ver a sua relação com a Europa afectada caso continue a sua ofensiva militar na Ossétia do Sul. Entretanto, Benard Kouchner, que será enviado para a zona, pediu à Rússia para parar com o conflito.
A União Europeia avisou, este sábado, a Rússia de que se continuar a sua ofensiva militar na Ossétia do Sul poderá ver afectadas as suas relações com a Europa.

«A União Europeia proclama fortemente a sua ligação à soberania e à integridade territorial da Geórgia nas suas fronteiras internacionalmente reconhecidas. Sublinha que a continuação da acção militar pede afectar a sua relação com a Rússia», acrescentou.

A presidência francesa da União Europeia aconselhou ainda Moscovo a aceitar a oferta de cessar-fogo feita este sábado pelo lado georgiano.

Pouco antes, o ministro francês dos Negócios Estrangeiros fez mais um pedido para a «paragem» do conflito que está em curso na Geórgia, ao pedir a retirada das tropas russas da região.

«É preciso parar. É uma guerra terrível, brutal», afirmou Bernard Kouchner, que pediu que Moscovo pare com os seus «bombardeamentos sobre a população civil» e reclamou que as tropas russas «voltem ao outro lado da fronteira».

Kouchner, que vai partir proximamente para a região, pediu ainda à Geórgia para que «não ceda às provocações e regresse às posições anteriores» e defendeu uma «regulação internacional sem dúvida com a ONU, com a participação da União Europeia».

O chefe da diplomacia francesa refutou ainda a ideia de que a Europa esteja divida sobre esta questão, ao sublinhar que «todos os países estão de acordo em condenar esta guerra, com nuances».

Bernard Kouchner assegurou ainda que a posição da Europa não será semelhante àquela defendida pelos três países bálticos e pela Polónia que pediram, este sábado, à UE e à NATO para se opor à «política imperialista» da Rússia.

TSF

 

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oultimoespiao

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« Responder #26 em: Agosto 10, 2008, 02:51:44 am »
Citação de: "André"
UE avisa russos que relação com Europa pode ficar afectada

A União Europeia avisou que a Rússia poderá ver a sua relação com a Europa afectada caso continue a sua ofensiva militar na Ossétia do Sul. Entretanto, Benard Kouchner, que será enviado para a zona, pediu à Rússia para parar com o conflito.
A União Europeia avisou, este sábado, a Rússia de que se continuar a sua ofensiva militar na Ossétia do Sul poderá ver afectadas as suas relações com a Europa.

«A União Europeia proclama fortemente a sua ligação à soberania e à integridade territorial da Geórgia nas suas fronteiras internacionalmente reconhecidas. Sublinha que a continuação da acção militar pede afectar a sua relação com a Rússia», acrescentou.

A presidência francesa da União Europeia aconselhou ainda Moscovo a aceitar a oferta de cessar-fogo feita este sábado pelo lado georgiano.

Pouco antes, o ministro francês dos Negócios Estrangeiros fez mais um pedido para a «paragem» do conflito que está em curso na Geórgia, ao pedir a retirada das tropas russas da região.

«É preciso parar. É uma guerra terrível, brutal», afirmou Bernard Kouchner, que pediu que Moscovo pare com os seus «bombardeamentos sobre a população civil» e reclamou que as tropas russas «voltem ao outro lado da fronteira».

Kouchner, que vai partir proximamente para a região, pediu ainda à Geórgia para que «não ceda às provocações e regresse às posições anteriores» e defendeu uma «regulação internacional sem dúvida com a ONU, com a participação da União Europeia».

O chefe da diplomacia francesa refutou ainda a ideia de que a Europa esteja divida sobre esta questão, ao sublinhar que «todos os países estão de acordo em condenar esta guerra, com nuances».

Bernard Kouchner assegurou ainda que a posição da Europa não será semelhante àquela defendida pelos três países bálticos e pela Polónia que pediram, este sábado, à UE e à NATO para se opor à «política imperialista» da Rússia.

TSF


A UE pode dizer o que quizer... Mas a UE nao tem nem garra militar nem concensso politico para nada! Sabem o que e o tratado de Lisboa?
 

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André

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« Responder #27 em: Agosto 10, 2008, 01:42:52 pm »
Forças russas intensificaram bombardeamentos na Geórgia

A Rússia prosseguiu hoje os seus bombardeamentos nas gargantas de Kodori, única parte da república separatista da Abkázia controlada pelos georgianos, e começou a bombardear a região de Zougdidi, afirmou o porta-voz do ministério georgiano do Interior.

"A Rússia prossegue os bombardeamentos nas Gargantas de Kodori desde sábado e actualmente bombardeia também a região de Zougdidi", situada no oeste da Geórgia, perto da outra república separatista georgiana da Abkázia, afirmou o porta-voz, Chota Outiachvili.

A televisão pública georgiana alertou sábado para vários bombardeamentos, o último dos quais cerca das 23:20 locais (20:20 em Lisboa), sem revelar mais pormenores.

Mais cedo, o governo georgiano deu conta de uma operação militar nas gargantas de Kodori e acusou "os aviões de combate russos" de ter "atacado".

Mas, segundo as autoridades da Abkázia, este ataque aéreo, assim como os tiros de artilharia, foram efectuados pelo exército da república separatista e não pelos russos.

Entretanto, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, apelou sábado à noite ao fim imediato das hostilidades entre a Geórgia e a Rússia e a uma resolução negociada do conflito.

"O secretário-geral apela todas as partes a acabar imediatamente com as hostilidades e a iniciar, sem atraso, negociações para chegar a um acordo de paz", segundo um comunicado publicado pelo gabinete de Ban Ki-Moon.

"O secretário-geral acredita que para que as negociações sejam frutuosas, todos os contingentes armados que não estão autorizados a estar no local pelos acordos respectivos sobre a Ossétia do Sul devem abandonar a zona do conflito", acrescentou o comunicado.

A Geórgia iniciou na madrugada de quinta para sexta-feira uma ofensiva militar contra a sua república rebelde da Ossétia do Sul, apoiada por Moscovo.

A Rússia e a Geórgia lutam pelo controlo da Ossétia do Sul, independente de facto desde a queda da URSS em 1991.

Lusa

 

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André

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« Responder #28 em: Agosto 10, 2008, 02:04:58 pm »
Aviação russa ataca base militar perto de Tbilisi

A aviação russa bombardeou hoje um aeroporto militar perto de Tbilisi, próximo do aeroporto internacional da capital, e navios russos chegaram a um porto da república separatista georgiana da Abkázia, anunciaram as autoridades georgianas.

«Aviões russos largaram várias bombas sobre um aeroporto militar, perto do aeroporto internacional» de Tbilissi cerca das 05:00 locais, indicou o secretário do Conselho de Segurança georgiano Alexandre Lomaïa.

A Rússia e a Geórgia lutam pela república separatista georgiana da Ossétia do Sul.

«Nenhum avião (georgiano) lá estava, a missão era danificar as pistas» mas os russos não conseguiram, afirmou a mesma fonte, acrescentando que o aeroporto militar se encontra a 12 quilómetros da capital.

Durante a madrugada de hoje, navios militares russos chegaram a Otchamtchyra, um porto da Abkázia, outra república separatista georgiana apoiada por Moscovo, que abriu na véspera uma segunda frente de luta para Tbilisi.

De acordo com a mesma fonte, «navios russos chegaram ao porto de Otchamtchyra», a cerca de 30 quilómetros da fronteira entre a Abkázia, de facto independente, e o resto do território georgiano.

Ainda segundo Lomaïa, a Rússia fez entrar esta madrugada na Ossétia do Sul «uma centena de peças de artilharia pesada» e acumulou um «grande número de veículos blindados» perto da fronteira russo-georgiana, a cerca de 35 quilómetros da Ossétia do Sul.

Lusa

 

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André

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« Responder #29 em: Agosto 10, 2008, 03:13:40 pm »
Rússia impõe bloqueio marítimo à Geórgia e toma Tskhinvali

A Rússia impôs hoje um bloqueio marítimo à Geórgia e tomou o controlo de Tskhinvali, capital da Ossétia do Sul, imediatamente após Tbilisi ter anunciado a retirada das suas forças da quase totalidade desta região separatistas georgiana.

O secretário do Conselho de Segurança georgiano, Alexandre Lomaia, disse que a Geórgia recorreu aos Estados Unidos e pediu à secretária de Estado Condoleezza Rice para «servir de mediadora com a Rússia».

A Casa Branca já avisou a Rússia que o conflito poderá ter um impacto «importante» no relacionamento a longo prazo com os Estados Unidos e que a reacção russa à retirada georgiana, se este for confirmado, seria «um teste».

Entretanto, russos e georgianos prosseguem as negociações para chegarem ao acordo quanto à abertura de corredores humanitários para a retirada de feridos e refugiados na Ossétia do Sul.

Em declarações à TSF, o alto-comissário das Nações Unidas para os refugiados, António Guterres, manifestou-se optimista quanto ao consenso para a abertura dos corredores humanitários.

No entanto, referiu que ainda há «competições muito profundas no terreno», apesar da situação hoje estar mais calma.

«Ainda não é claro que essa melhoria possa estar consolidada», disse ainda António Guterres.

O chefe da diplomacia francesa, Bernard Kouchner, cujo país preside à União Europeia, deve chegar hoje à região para propor «uma saída à crise».

A União Europeia advertiu sábado que a continuação das operações militares russas na Geórgia «afectará» o relacionamento UE-Rússia.

Segundo uma declaração de Alexandre Lomaia, hoje de manhã a Geórgia afirmou ter retirado «quase a totalidade» das suas forças militares da Ossétia do Sul «em sinal da boa vontade» e o desejo georgiano é que os «confrontos militares terminem».

O porta-voz do ministério do Interior georgiano, Chota Outiachvili, anunciou que «as forças russas ocupam Tskhinvali», informação que já foi confirmada por um alto responsável do Estado-maior russo, que disse ainda que os soldados da Rússia controlam «grande parte» da capital da Ossétia do Sul.

De acordo com um porta-voz do governo rebelde, os confrontos hoje de madrugada em Tskhinvali fizeram 20 mortos e 150 feridos.

Tskhinvali «está totalmente destruída, os habitantes refugiam-se nas caves», afirmou o governo rebelde no seu sítio da Internet, adiantando que «faltam produtos alimentares de primeira necessidade. Não há gás, nem electricidade».

A Geórgia lançou uma ofensiva militar sexta-feira de madrugada na Ossétia do Sul, república separatista pró-russa, seguindo-se uma reacção russa.

Lusa