Imigrantes Ilegais

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TOMKAT

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Imigrantes Ilegais
« em: Outubro 01, 2006, 01:16:17 am »
Como o assunto da Imigração Ilegal está disperso por diversos tópicos, reportados a situações específicas, dentro de tão complicado e importante tema, abri este tópico para que se podesse centrar aqui a discussão sobre a problemática da Imigração Ilegal, que afecta especialmente os países europeus da bacia mediterrânea, e que a Europa tem que enfrentar (já o está a fazer) com soluções mais ou menos radicais, mais ou menos controversas, para de alguma maneira conseguir estancar a vaga, cada vez mais numerosa de clandestinos, que parece querer tomar de assalto a velha Europa, à procura de um El Dourado imaginário.

O que está a ser feito...

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Europa mobiliza-se contra clandestinos

"Estamos num ponto de mudança e a Europa tem que se preparar rapidamente para antecipar problemas que, se não forem antecipados, nos conduzirão para o abismo ou a tragédia", declarou ontem à Imprensa o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, no final da Cimeira de Madrid, que reuniu na Casa da América os representantes dos oito países do sul da União Europeia (UE). Segundo foi anunciado pelo Governo espanhol, que promoveu a reunião, este encontro teve por objectivo procurar que se adoptem na UE "actuações operativas, já", para o controlo da imigração nas fronteiras marítimas dos oito países Chipre, Eslovénia, Espanha, França, Grécia, Itália, Malta e Portugal.

"A realidade andou mais depressa e os instrumentos e os mecanismos de acção política relativamente ao Mediterrâneo não correspondem nem às expectativas nem às mudanças que entretanto se verificaram", disse Luís Amado, para quem "há hoje uma consciência muito crítica da situação a que chegámos. A Europa tem que ganhar tempo para ajustar as suas políticas, seja do ponto de vista operacional, em termos de controlo e segurança interna, seja em termos de ajustamento dos instrumentos e das políticas do ponto de vista externo".

Alfredo Pérez Rubalcaba, ministro espanhol do Interior, adiantou que os participantes nesta cimeira anotaram as iniciativas que cada um dos oito países já adoptou em matéria de imigração, para reflectirem sobre elas, com vista à formulação de propostas, concretas e consensuais, a adoptar proximamente. Fontes diplomáticas citadas pela agência France-Presse revelaram que o ministro francês do Interior, Nicolas Sarkozy (ver texto ao lado) fez um discurso "dominantemente muito político", defendendo um "pacto europeu" para a imigração. Além dos ministros e/ou secretários de Estado dos Negócios Estrangeiros e do Interior dos referidos países, participaram nesta cimeira o vice-presidente da Comissão Europeia, Franco Frattini, a comissária europeia para as Relações Exteriores, Benita Ferrero-Waldner, e um representante da presidência finlandesa da UE.

Fontes diplomáticas revelaram que o objectivo imediato deste encontro foi a elaboração de um esboço de um conjunto de propostas e de medidas concretas, a serem analisadas pelos 25 Estados membros da UE, no próximo Conselho de ministros da Justiça e do Interior, agendado para 5 de Outubro, assim como no Conselho Europeu informal de Lahti (Finlândia) em 20 de Outubro, e na próxima Cimeira Europeia, em Dezembro. Os países participantes nesta cimeira pretendem que a UE lhes atribua uma parte substancial dos 1.800 milhões de euros que o Orçamento de 2007-2013 reserva ao controlo de fronteiras externas da UE.

No início da reunião, o ministro espanhol dos Negócios estrangeiros, Miguel Angel Moratinos, apelou à UE para adoptar "uma posição mais solidária e coerente" relativamente à imigração. O seu colega do Interior, Alfredo Perez Rubalcaba, também salientou o carácter "fundamental" de uma política de repatriamento dos clandestinos coordenada entre todos os Estados membros da UE.

Carlos Gomes

http://jn.sapo.pt/2006/09/30/primeiro_plano/europa_mobilizase_contra_clandestino.html

Uma solução radical...

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Ministro francês propõe a expulsão de imigrantes

O ministro francês do Interior, Nicolas Sarkozy, defendeu ontem em Madrid - conforme tinha anunciado, na véspera, em Paris - a expulsão de imigrantes ilegais da União Europeia e a interdição das regularizações maciças.

Marcando a agenda da cimeira madrilena dos ministros dos Negócios Estrangeiros e do Interior dos oito países do sul da Europa, Nicolas Sarkozy propôs a proibição de regularizações maciças de imigrantes clandestinos assim como a intensificação das expulsões.

Potencial candidato da Direita francesa às eleições presidenciais de 2007, Nicolas Sarkozy reafirmou a sua oposição aos processos de regularização de imigrantes clandestinos que têm vindo a ser conduzidos nos últimos dez anos em França, em Espanha e na Itália, e insistiu na importância das expulsões dos estrangeiros que estejam em situação irregular na União Europeia (UE).

"Quando um país regulariza, ele regulariza não só para ele mas também para todos os países do espaço [de livre circulação europeia] Schengen. Quando alguém é regularizado em Espanha, fica com o direito de entrar em França, ou vice-versa", exemplificou Nicolas Sarkozy, falando com os jornalistas à sua chegada a Madrid.

Recorda-se que o ministro francês do Interior gerou grande polémica com a Espanha, em princípios de Setembro, quando acusou o Governo socialista de José Luís Rodriguez Zapatero de ter provocado o actual (e sem precedentes) afluxo de imigrantes clandestinos ao arquipélago das Canárias, quando regularizou (em 2005) a situação de cerca de 600 mil clandestinos, sem consultar os seus parceiros da UE.

"Não dou lições a ninguém e não gosto que me dêem lições a mim", sublinhou ontem Nicolas Sarkozy, afirmando ter colhido as suas convicções "da experiência" da regularização de 80 mil imigrantes clandestinos em França, em 1997, e que então se traduziu por uma explosão de pedidos de asilo.

O repatriamento de estrangeiros em situação irregular é "o melhor sinal que podemos dar às máfias e às redes criminosas que exploram essa pobre gente", adiantou o ministro francês.

Interrogado por um jornalista sobre a sorte de entre 7 a 12 milhões de estrangeiros que estão em situação irregular na UE, Nicolas Sarkozy reconheceu que é impossível expulsá-los todos.

"Os que forem sendo detidos, serão repatriados. Quanto aos outros, podem casar-se, ter um filho no país de acolhimento, e há gente que ficará em situação de igualdade", exemplificou.

Apelou ao "pragmatismo", sublinhando que as autoridades regionais francesas conseguiram decidir caso a caso, em matéria de regularização de clandestinos.

Limitar regularização a situações humanitárias

"Estrita limitação das medidas de regularização a situações humanitárias ou caso a caso".

Reagrupamento familiar sujeito a condicionantes

"Condicionamento do reagrupamento familiar aos recursos de um posto de trabalho e à possibilidade de dar à família de acolhimento alojamento suficiente".

Estados devem assumir compromisso formal

"Uma política comum [de imigração] que os Estados se comprometam formalmente a respeitar".


http://jn.sapo.pt/2006/09/30/primeiro_plano/ministro_frances_propoe_a_expulsao_i.html

A ameaça de expulsão pura e simples sem espaço a regularizações extraordinárias, tem tanto de radical, de autista  como de racional.

Radical porque aborda a questão de um angulo taxativo e esclarecedor, ao não alimentar esperanças de legalização, elas próprias indutoras do aumento do fluxo continuo de imigrantes ilegais.

Autista porque mete no mesmo saco o imigrante recém-chegado e o imigrante que poderá estar em solo europeu já à vários anos, e ataca o problema apenas pelo lado do imigrante ilegal, esquecendo-se que essa mão-de-obra é utilizada, muitas vezes em trabalho (quase) escravo, não colocando no mesmo "saco legislativo" penalizador, o utilizador de mão-de-obra clandestina, agravando as penalizações legais já existentes, por exemplo.

Racional porque algo tem que ser feito quanto antes, sob pena de o problema tomar uma dimensão incontrolável, obrigando, aí sim, a soluções extremas, desde o reforço das medidas de protecção das linhas de fronteira, como os espanhóis são obrigados a ter em Ceuta ( e os norte-americanos vão tomar na fronteira mexicana), à constante e exaustiva vigilância das águas territoriais, com os custos daí inerentes, no intuito de travar a vaga antes que ela atinja solo europeu, onde um aumento maciço de imigrantes, só iria aumentar os casos de descriminação e xenofobia, já demasiado presentes na sociedade europeia.

A ideia de que apenas investindo nos países de origem para desenvolver as economias desses mesmos países, se consegue estancar a vaga migrante, não passa de uma utopia, que não resolve nada. Até esses países atingirem um desenvolvimento económico susceptível de travar os fluxos migratórios, muitos anos passarão. Mas, se essa fosse a razão, do Brasil por exemplo, que não é própriamente um país subdesenvolvido, antes pelo contrário, não haveria imigração ilegal, e a imigração ilegal do Brasil para Europa é um facto.

Talvez juntando o investimento e as medidas repressivas se consiga algo, mas para um potencial imigrante, o El Dourado europeu estará sempre ali ao virar da esquina...
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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JoseMFernandes

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« Responder #1 em: Outubro 02, 2006, 09:59:14 am »
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A Europa continental albergará seis a oito milhões de irregulares

Especialista alerta
para as dificuldades
de fazer cálculos sobre as migrações


"A Europa continental "alberga", provavelmente, entre seis e oito milhões de imigrantes não autorizados", um número que sofrerá "flutuações" significativas de acordo com os programas de regularização que vão sendo levados a cabo, diz Demetrios Papademetriou, presidente do Migration Policy Institute (MPI), sediado em Washington, na introdução do livro Europe and its immigrants in the 21st century: a new deal or a continuing dialogue of the death?, no qual participam diversos especialistas.
Publicado há já alguns meses, a obra, editada pelo MPI e pela Fundação Luso-Americana, passa em revista vários aspectos da imigração na Europa e dos desafios que esta coloca, numa altura em que o tema da imigração clandestina, sobretudo nos países do Sul, está no centro da agenda mediática e política - ainda na quinta-feira ministros de oito Estados-membros acordaram em Madrid que cada país só deve levar a cabo acções de regularização em massa quando tem o acordo dos parceiros europeus.
No capítulo introdutório, Papademetriou diz que na União Europeia existirão vários imigrantes em situação irregular. Mas que haverá flutuações cíclicas nos números uma vez que muitos dos que temporariamente vêm a sua situação regularizada, acabam por cair de novo numa situação "irregular" porque não conseguem cumprir os requisitos que lhes são exigidos.
Este especialista alerta para a dificuldade de fazer contas na hora de apurar quantos imigrantes existem. Desde logo porque cada país tem o seu método. Faz também ressalvas às estimativas das Nações Unidas que apontam para a existência, em todo o mundo, de 191 milhões de migrantes internacionais, cerca de três por cento da população.
Os cálculos, explica, baseiam-se nos números dos governos, que utilizam critérios distintos; incluem cerca de 30 milhões de pessoas que depois da desintegração da URSS passaram a ser considerados como migrantes internacionais, quando até 1991 eram migrantes internos; e excluem metade ou mais do que se calcula ser o número de ilegais no mundo, que oscilarão entre os 30 milhões e os 40 milhões. Só nos Estados Unidos existem cerca de 11 milhões.
Os dados apresentados pelo presidente do MPI mostram ainda que o Luxemburgo é o país onde o peso da população nascida no estrangeiro é maior: entre 35 e 40 por cento. Em Portugal, segundo os números oficiais, havia, em 2004, cerca de 450 mil imigrantes legais. A.S.

Diario PUBLICO de 2/10/2006

TOMKAT
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Talvez juntando o investimento e as medidas repressivas se consiga algo, mas para um potencial imigrante, o El Dourado europeu estará sempre ali ao virar da esquina...


Concordo com a visão do problema...mesmo se eu enfatizaria este ultimo  'talvez'. É realmente um tema interessante (e importante) de debate que justifica bem este tópico.
Cumprimentos
 

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Lancero

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« Responder #2 em: Outubro 09, 2006, 11:13:54 am »
De acordo com o El País de hoje, parece que o governo espanhol vai finalmente enviar a armada para apanhar as embarcações de ilegais na costa do Senegal e Mauritânia...
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Lancero

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« Responder #3 em: Outubro 09, 2006, 02:30:25 pm »
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Espanha: Imigração torna-se um dos grandes debates nacionais

António Sampaio, da Agência Lusa.

       

      Madrid, 09 Out (Lusa) - A chegada de milhares de imigrantes ilegais às costas espanholas intensificou o debate em torno do complexo problema da imigração, com o governo e a maior força da oposição a discordarem sobre as medidas a pôr em prática.

      Responsáveis do executivo insistem na necessidade de avançar para um Pacto Nacional sobre imigração, uma proposta que a vice- presidente do governo María Teresa Fernández De la Vega levará esta semana aos grupos com assento parlamentar.

      Todos os grupos, excepto o Partido Popular, declararam já apoiar a iniciativa, tendo o PP, maior força da oposição, que avança com medidas alternativas para responder ao problema, insistido nas críticas ao governo, que responsabiliza pela actual crise.

      Fonte do executivo disse à Agência Lusa que De la Vega vai para a reunião com a agenda aberta, preparada para "escutar todas as propostas" que sejam apresentadas pelos grupos políticos e insistindo que um pacto o mais consensual possível permite avançar com medidas mais sólidas e concretas.

      As mesmas fontes afirmam haver "sinais positivos" de quase todas as forças políticas, com quem a vice-presidente do governo, María Teresa Fernández de la Vega, se deverá reunir na quarta-feira.

      "Há sinais de que é possível concluir este documento", disse a fonte, referindo-se ao "empenho" do executivo em "adoptar todas as medidas necessárias" para responder à "complexidade da imigração".

      Independentemente do acordo a nível nacional, pelo menos dois governos regionais espanhóis - Andaluzia e Catalunha - também já propuseram acordos idênticos entre todos os parceiros políticos e sociais regionais, medidas que podem ajudar a fazer avançar o Pacto Nacional.

      Do governo ninguém quer avançar com propostas concretas, mas fontes da vice-presidência admitem que questões como a lei dos estrangeiros, os processos de regularização, os repatriamentos e o apoio aos irregulares, entre outras, podem figurar nos temas a debater.

      O sucesso da iniciativa depende, em grande parte, do envolvimento do PP, a maior força da oposição, que tem assumido um tom cada vez mais crítico face ao executivo, que acusa de ter "chamado" os novos imigrantes ilegais com o processo de regularização levado a cabo em 2005.

      Em resposta, o Governo de Zapatero afirma que quando chegou ao poder e iniciou a regularização de 578 mil ilegais, estes já estavam Espanha e, como tal, o anterior governo Popular, deve assumir essa resonsabilidade.

      Além disso, os próprios dados confirmam que durante o governo do PP foram regularizados mais de 479 mil imigrantes, um número proporcionalmente idêntico ao da regularização levada a cabo pelos socialistas.

      Independentemente do debate, De la Vega insiste que é essencial procurar o consenso nacional, através de um pacto, que considera vital para combater a imigração ilegal e definir políticas de imigração regular.

      Mariano Rajoy, líder do PP, tem por seu lado insistido em mudanças imediatas, mesmo antes de qualquer Pacto, como é o caso de alterações à Lei de Estrangeiros para proibir regularizações em massa de estrangeiros, ou o reforço de controlos fronteiriços.

      Visível da forma mais dramática nas chegadas de centenas de embarcações com imigrantes ilegais às costas espanholas, o problema da imigração assume assumirá nos próximos tempos cada vez mais complexidade, suscitando um debate político e social crescente.

      Mais mediáticas, as chegadas de 27 mil imigrantes subsaarianos ao arquipélago das Canárias, são no entanto a ponta do iceberg, com muitos dos ilegais a entrarem não por mar, nem procedentes de África, mas antes pelos aeroportos e vindos da América Latina, Ásia e Europa de Leste.

      Estimativas feitas na semana passada por um Plataforma de 40 organizações não-governamentais espanholas referiram que até 1,5 milhões de ilegais poderiam estar actualmente em Espanha.

      Oficialmente ninguém quer falar de números, recorrendo apenas ao censos oficial e aos registos municipais, uma tarefa complicada porque, no caso dos municípios, são registados os "residentes" na zona, independentemente do seu estatuto em Espanha.

      Contradições como esta deverão igualmente ser analisadas, a par de decisões sobre a distribuição dos ilegais pelas comunidades autónomas e, em particular, sobre o futuro do crescente número de menores que usam as redes de tráfico de pessoas por mar, de África, para chegar a Espanha.

      Igualmente visível tem sido a alteração nas rotas usadas pelas redes de tráfico de imigrantes ilegais de África para a Europa, movimentadas cada vez mais para oriente ao longo da costa espanhola, procurando escapar ao reforço da segurança marítima e à maior vigilância.

      Nas últimas semanas tem aumentado o número de embarcações para zonas mais orientais da costa espanhola, quer as praias de Almeria, próximo do Cabo da Gata quer, ainda mais para leste, em Múrcia.

      Também os pontos de origem das embarcações estão a mudar, com as redes - outrora a funcionar em Marrocos - a passarem agora para a Argélia.

      Mais do que a imigração ilegal, o debate actual centra-se igualmente em políticas de imigração, com uma fatia significativa dos analistas e especialistas a admitirem a importância e o contributo dos estrangeiros para a economia espanhola.

      Um estudo recentemente divulgado, por exemplo, referia que os imigrantes, tradicionalmente mais jovens e com menos doenças crónicas, contribuem quatro vezes mais do que os espanhóis para as contas públicas espanholas, em termos de saúde, "gastando" menos do que injectam no sistema.

      Rogelio López Vélez, do Hospital Ramón e Cajal, em Madrid, nota no estudo que "os imigrantes que residem em Espanha não consomem recursos sanitárias em excesso", a que há que somar o facto de que o Estado "não investiu dinheiros nos imigrantes até que chegaram a Espanha" pelo que o seu custo em termos de saúde tem sido nulo.

      "Os imigrantes regulares pagam impostos e daí sai dinheiro para a saúde pública", referiu.

      Mais importante ainda é o impacto das contribuições dos imigrantes para a Segurança Social que, segundo o governo, representam "praticamente todo o excedente do sistema", actualmente cerca de oito mil milhões de euros.

      O ministro do Trabalho espanhol, Jesus Caldera, relembrou na semana passada que entre a comunidade imigrante há um pensionista por cada 30 trabalhadores, enquanto entre os espanhóis a proporção é significativamente menor, de 2,65 trabalhadores por cada pensionista.
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Lancero

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« Responder #4 em: Outubro 10, 2006, 12:26:24 pm »
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Espanha: Polícia desarticula rede de imigrantes ilegais que usava motas de água

Ceuta, Espanha, 10 Out (Lusa) - A Guarda Civil espanhola desarticulou u ma rede de imigração ilegal que utilizava motas aquáticas e embarcações a motor  para o transporte de imigrantes irregulares asiáticos para Espanha, a quem cobra va 5.000 euros pela viagem.

        Três espanhóis e um marroquino com residência em Espanha foram detidos  por responsabilidades na organização da rede, tendo sido igualmente detidos os c omandantes de quatro embarcações usadas pela rede.

        Em comunicado, a delegação do governo de Ceuta refere que os imigrantes

chegavam por via aérea a Marrocos onde eram recolhidos por membros da rede que  os transportavam a zonas próximas da fronteira de Ceuta com as cidades de Fnideq , M'diq e Rio Martil.

        Os imigrantes permaneciam ali em condições "muito precárias" até que a  organização definia o momento da sua transferência ilegal para as costas da cida de de Ceuta.

        No momento da viagem, alguns membros da rede usavam "distracções" com m otas aquáticas e pequenas embarcações para desviar a atenção das patrulhas marít imas espanholas, enquanto outras motas e embarcações levavam os imigrantes até à

costa.

        Os imigrantes pagavam pelo menos cinco mil euros pela viagem do seu paí s de origem, na maior parte dos casos no sul da Ásia, até Espanha.

        Em alguns casos, e apesar dos elevados custos da viagem, os imigrantes  eram deixados longe da costa, obrigando-os a ter que nadar até terra.

        Na operação foram resgatados 18 imigrantes ilegais, de nacionalidade nã o divulgada, que estavam na altura a ser preparados para viajar.

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« Responder #5 em: Abril 23, 2007, 08:39:40 pm »
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Navio da Marinha detecta imigração ilegal
 
Publicado em:
 2007-04-23



A fragata Comandante João Belo, da Marinha Portuguesa, detectou ontem uma embarcação sem propulsão, com cerca de 15 pessoas a bordo solicitando assistência. Esta embarcação, denominada Patera, presumivelmente proveniente da Costa de África, encontrava-se a cerca de 32 milhas da Costa Sueste Espanhola e a 54 milhas a norte da costa Argelina. Esta acção decorreu após a desintegração da Força Europeia EUROMARFOR, e durante o trânsito para a área do Exercício Cadet Training a Sul de França.
O NRP Comandante João Belo permaneceu nas proximidades de forma a garantir a segurança da embarcação e da navegação, em cumprimento das Regras de Salvaguarda da Vida Humana no Mar.
Foi contactado o Comandante da Força Europeia EUROMARFOR comunicando-se todos os dados referentes à embarcação, nomeadamente a posição geográfica, tendo sido destacado para a área o SPS Almirante Juan de Borbón. Cerca das 15H00, foi efectuada a entrega formal da embarcação às autoridades espanholas, tendo a situação sido assumida pelas autoridades locais.
A fragata Comandante João Belo retomou o trânsito para a área de exercícios de forma a cumprir a sua missão e, efectuar a viagem de instrução que terminará com a chegada à Base Naval de Lisboa da força naval a 04 de Maio.

Recorde-se que a João Belo integrou, desde o dia 14 de Abril, a Força Europeia EUROMARFOR (European Maritime Force), constituída por unidades navais de Portugal, Espanha, França e Itália, participando no exercício espanhol TAPON 07, que decorre durante o período de 16 a 27 Abril.
Simultaneamente embarcaram a bordo da fragata João Belo 23 cadetes do 4º ano da Escola Naval que efectuam a sua viagem de instrução e que juntamente com a corveta João Roby irão participar no exercício Cadet Training 2007 que decorre até dia 30 de Abril no Mediterrâneo com unidades navais da Marinha Francesa, alemã e italiana



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Von Einsamkeit

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« Responder #6 em: Abril 23, 2007, 10:14:09 pm »
Se é Ilegal, manda embora, é simples
Ele é um soldado unido,
Quer na paz ou quer no perigo,
O seu lema é avançar.
Respeita o seu comandante,
Gritando sempre: Avante!
Por SALAZAR! SALAZAR!
 

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SSK

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« Responder #7 em: Junho 18, 2007, 10:49:36 pm »
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Navio mercante resgata imigrantes ilegais
 
Publicado em:
 2007-06-06

No dia 05 de Maio, pelas 14h05, a Marinha recebeu, através do Centro de Coordenação de Busca e Salvamento de Ponta Delgada, uma comunicação do navio mercante "SCF Tomsk" que localizou uma embarcação à deriva com 42 pessoas a bordo, a 900 milhas a Sul dos Açores, dentro da área de Jurisdição Nacional de Busca e Salvamento Marítimo.

Face à posição do navio e tendo em conta a necessidade de apoio médico urgente, o comandante do "SCF Tomsk" decidiu transportar este grupo de imigrantes ilegais, que tentou sem sucesso chegar às Ilhas Canárias, para a Cidade da Praia na Ilha de Santiago - Cabo Verde.

As 42 pessoas resgatadas tinham largado de Nouadhiboy (Mauritânia) em 24 de Maio, sendo todas do sexo masculino e adultos (9 do Senegal, 4 da Mauritânia e 29 do Mali), havendo a registar um morto.

Está prevista a sua chegada e posterior entrega às autoridades Cabo-Verdianas hoje, cerca das 23h00.
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
1º Ten Fontes Pereira de Melo
 

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SSK

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« Responder #8 em: Agosto 07, 2007, 06:37:40 pm »
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Estaleiro naval francês vende navios à Líbia
A Ócea, um pequeno estaleiro naval francês na região de Sables-d'Olonne, em França, está a negociar a venda de vários navios patrulha ao Ministério do Interior da Líbia por 70 milhões de euros.

As negociações estão a ser efectuadas pela direcção de relações internacionais da DGA (Direction Générale pour l’Armement) e pelo chefe de Estado da Líbia, Saadi Kadhafi, que recentemente efectuou uma visita secreta ao estaleiro naval.

A Líbia vai destinar estes navios ao ministério do Interior como forma de honrar o compromisso do general Kadhafi, que prometeu interromper os fluxos migratórios clandestinos, nomeadamente para a Itália.
2007/07/31
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Lancero

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« Responder #9 em: Agosto 18, 2007, 11:26:35 pm »
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Marinha Portuguesa intercepta emigrantes ilegais
 
Publicado em:
 2007-08-18

Hoje, cerca das 18:30 hora de Lisboa, a corveta da Marinha Portuguesa "Jacinto Cândido", integrada numa operação europeia de combate à emigração ilegal ao longo da costa do Senegal, detectou e interceptou uma embarcação com cerca de noventa emigrantes ilegais, que presumivelmente se dirigia para o arquipélago das Canárias.
A embarcação ao não obedecer à ordem de paragem foi imobilizada graças à pronta acção da equipa do navio embarcada na sua semi-rígida.
Os emigrantes ilegais foram posteriormente transportados para Dakar por uma embarcação da Guarda Civil espanhola que se juntou ao navio português na fase final desta acção.
Esta operação foi efectuada com a colaboração das autoridades senegalesas, encontrando-se embarcados a bordo da corveta oficiais de ligação daquele do país.


Fonte
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André

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« Responder #10 em: Outubro 09, 2007, 12:08:42 am »
Ministro do Senegal diz que UE não ajuda a travar imigração ilegal de África

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O ministro da Cooperação do Senegal, Abdourahim Agne, afirmou que a UE não está a ajudar a travar a imigração clandestina para as Canárias, que deve passar pela "luta contra a pobreza".
 
Agne, que chefia uma delegação ministerial do Senegal de visita às Canárias (Espanha), disse que combater a pobreza, uma das prioridades do seu país, ajudaria a travar grande parte da imigração ilegal que continua a partir regularmente para as costas europeias, nomeadamente espanholas.

No intuito de colmatar o problema, Agne insistiu na necessidade de "cooperação construtiva e útil", e na recolha de experiências como as das Canárias em temas como a gestão turística, as energias renováveis, as explorações agrícolas e o tratamento de água.

"Nenhum imigrante gosta de viver num país estrangeiro. Decide fazer a aventura para conseguir um bem-estar que no Senegal não encontra", disse aos jornalistas numa vista ao Parque Tecnológico de Energias Renováveis em Granadilla de Abona, Tenerife.

O importante é construir políticas que permitam que os imigrantes "regressem de novo ao seu país", travando definitivamente o fenómeno da imigração. Não basta, insistiu "boa vontade", mas são necessários programas de cooperação que acompanhem os que regressam".

Em particular, referiu-se a mecanismos de financiamento como linhas de micro-crédito e acções no campo das novas tecnologias e da agricultura.

Lusa / RTP