Porque os sistemas atuais não estão preparados para este tipo de ameaça, conclui-se que os mais antigos são mais eficientes, porque funcionam...
Se não fosse o caso, o sistema anti-aéreo mais eficiente contra drones não seria um que foi retirado de serviço há dezenas de anos como o Geppard.
As metralhadoras pesadas de 14.5mm são igualmente dos meios mais eficientes.
Mas quais sistemas actuais? É que até aqui não foram capazes de especificar um sistema em concreto, o qual pudesse ser testado e comparado com outros, para se saber qual o mais eficaz.
Achar que uma .50 manual e com miras de ferro, é mais eficiente que uma RWS .50 operada remotamente, com sensores que ajudam a distinguir o USV da água (algo que o olhómetro não consegue em condições de baixa visibilidade), é não saber o significado da palavra "eficiente". Quando acrescentamos outras variáveis, como munição programável/airburst dos calibres superiores, nem sequer há comparação.
O Gepard foi retirado de serviço, não por uma questão de obsolescência, mas por uma questão de custos numa altura em que o foco era guerra contra o terrorismo e não se acreditava que uma guerra convencional seria possível na Europa. Sistemas como o Gepard já eram úteis contra mísseis de cruzeiro, e essa mesma utilidade replica-se contra os drones, por ser uma forma muito mais barata de os abater que com mísseis.
E o Gepard não tem qualquer comparação com uma Browning .50 operada manualmente, já que o Gepard tem um calibre muito maior, munição especializada contra ameaças aéreas, um radar de busca e um director de tiro. O Gepard não é o mais eficiente (contra UAVs), quando comparado com sistemas equivalentes modernos, que possuem sensores ainda mais avançados, mas é um que apresenta uma boa relação custo/qualidade, principalmente para quem precisa de os adquirir com urgência.
Mas em Portugal ainda vão dizer que o Bitubo é mais eficiente.

O que digo, é simplesmente que, cada tipo de ameaça tem um tipo de contramedida ou solução adequado e que para missões de policiamento, não é necessária a existência de uma arma mais pesada.
Sim, mas aqui está-se a falar na capacidade dos navios responderem a ameaças possíveis em TOs como o Golfo da Guiné, como drones de superfície e aéreos. Se as Browning .50 já eram pouco para uma ameaça de "piratas" numa barcaça com RPGs, muito menos será para drones de superfície e/ou aéreos muito mais difíceis de atingir.
Um NPO armado com quatro metralhadoras nos bordos laterais, estaria melhor defendido de um ataque vindo da retaguarda, que um NPO mais catita armado com um canhão à proa.
E em parte alguma foi dito que um NPO com uma Marlin de 30mm à frente, deixava de precisar de quatro metralhadoras .50 para cobrir outros ângulos do navio? Aliás, o que foi dito, até bem explicitamente, é que um NPO devia no mínimo ter 1 Marlin, 2 RWS .50 e pelo menos 2 metralhadoras "manuais", sejam elas .50 ou 7.62 (ao qual acresce outro armamento opcional para missões de alto risco, como mísseis Mistral acoplados à Marlin e mísseis superfície-superfície de curto alcance em lançador próprio).
Não entendo de onde vem a ideia de que para ter uma Marlin o navio abdica das .50.
Descartar os sistemas de armas mais antigos, mesmo que desenvolvidos há cem anos, só porque sim, não parece ser muito boa politica.
No fim, é a energia cinética que vai atingir o alvo e que eu saiva ainda não inventaram um sensor óptico superior ao olho humano a curta distância.
A resposta acima aplica-se aqui também, em que ninguém descartou por completo armamento "manual", e o que foi dito foi que esse tipo de sistemas, devem existir em navios, mas como última linha de defesa, não como principal ou única.
Sim, mas existem formas bem diferentes de atingir um alvo com energia cinética. Um canhão com munição airburst conseguirá explodir por cima do alvo, e ignorando parcialmente a questão da cobertura dada pela ondulação (um pouco à semelhança do míssil NLAW). Não é solução milagrosa, mas é muito mais eficiente do que disparar e rezar que a Browning acerte em alguma coisa.
Por acaso inventaram, não só o olho humano é extremamente limitado para condições de baixa visibilidade, como um USV minimamente bem camuflado pode escapar a olho nu. Em parte alguma se diz que se elimina por completo o "olho humano" da equação, apenas que este precisa de ser reforçado com sensores adequados, que permitam detectar a ameaça a uma distância muito maior.
Até agora, com ataques no mar vermelho por parte de uma organização terrorista iraniana a melhor defesa contra os piratas naquela região, foram sempre as armas ligeiras. Um navio com uma equipa de três a cinco homens equipada com armas de calibre 7.62 afastam a maioria dos possíveis ataques. Não é a solução ideal, mas funciona e fica relativamente barato.
Excepto quando os ataques são feitos com drones, ou mísseis anti-navio e de cruzeiro. E lá porque até agora se têm safado, porque os piratas só se aventuram se virem que não há qualquer capacidade de defesa no navio que querem abordar, não quer dizer que outros piratas, eventualmente em maior número e/ou melhor equipados, não se aventurem. Se a intenção não for abordar, e apenas causar estragos, tudo isto muda de figura drasticamente.