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Energia Nuclear

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Energia Nuclear

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« Responder #15 em: Março 19, 2006, 11:00:16 pm »
Tem-se falado muito de de Chernobyl, mas seria impossível um reactor tão inseguro e operado tão incompetentemente, ser autorizado em qualquer país livre e democrático. É absurdo usar hoje este argumento porque qualquer dos novos modelos de reactores que poderia ser instalado em Portugal é incomparávelmente  mais seguro. Não deixa de ser interessante que ambientalistas como James Lovelock defendam a energia nuclear, por esta ser muito menos poluente do que por exemplo, o carvão ou o gás natural. No estado actual da tecnologia, as energias renováveis não passam de fantasias dispendiosas que nós consumidores pagamos muitíssimo bem.
Quanto aos efeitos do acidente de Chernobyl a leitura do relatório de várias agências da ONU é muito instrutivo sobre os exageros ou mesmo mentiras dos media quanto se trata de aterrorizar o público.

http://www.iaea.org/NewsCenter/Focus/Chernobyl/pdfs/05-28601_Chernobyl.pdf
 

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emarques

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« Responder #16 em: Março 19, 2006, 11:48:33 pm »
Citação de: "Get_It"
Como as coisas são por cá, astantas acontece um acidente como o da central nuclear de Chernobyl.

Citação de: "Marauder"
Caro Get_in,

             o desastre de Chernobyl representa sem dúvida o lado negativo de quem não aposta da manutenção quer de centrais de segurança, quer de restantes armas que precisam disso ---> URSS...Chernobyl e os decadentes submarinos russos e outro material para citar.

    Os EUA, França, Espanha, etc etc etc....todos tem centrais nucleares, ora bolas, os EUA até tem umas 20, e nunca tiveram acidentes, ou seja, desde que haja cuidado e manunteção não existe problemas...
Exactamente, precisa de manutenção, esperemos é que o governo não ponho o dedo no projecto da central nuclear, senão com os cortes orçamentais lá se vai a manutenção da central nuclear.

Não foi só a manutenção deficiente que criou Chernobyl. Se nós fossemos suficientemente estúpidos para construír um reactor RBMK (perigoso), e além disso usassemos o projecto russo (com falhas sérias de segurança), merecíamos o que nos acontecesse.

Os reactores nucleares não são todos iguais, como o NVF já disse. No caso dos reactores normalmente usados no ocidente, a água no núcleo tem a função de arrefecimento (o que atrasa a reacção em cadeia) e também modera a reacção ("amansa" os neutrões libertados para que a reacção possa continuar). No reactor RBMK (o tipo do de Chernobyl) a água só serve para arrefecer, o efeito moderador é baixo. O que é que isto significa? Que os tipos de reactores reagem de forma diferente a perda de líquido no núcleo. Embora a perda de líquido tenha o mesmo efeito inicial (o aumento da temperatura força a uma aceleração da reacção), quando a água começa a desaparecer no reactor ocidental perde-se o efeito moderador, por isso os neutrões libertados por uma fissão estão demasiado "quentes" para continuar a reacção em cadeia, e a intensidade da reacção começa a diminuir. É a "realimentação negativa". No modelo soviético havia "realimentação positiva", a perda de líquido provocava o aumento da intensidade de reacção, e o moderador continuava lá para a ajudar a continuar, por isso a perda de líquido podia levar a uma reacção descontrolada.

Em Chernobyl no dia do acidente juntou-se isso, a falta de experiência e conhecimentos da equipa de operadores, e outros problemas de concepção do reactor, para criar condições que levaram ao derretimento do núcleo, a um incêncio e finalmente uma explosão no reactor.

Outro problema do reactor RBMK é que é muito alto. O que fez com que o governo soviético resolvesse poupar dinheiro ao não construír uma estrutura de contenção à volta dos reactores. Quando o reactor 4 explodiu em Chernobyl, não havia nada que impedisse a explosão de espalhar radioactividade.

Pode-se comparar Chernobyl com o segundo acidente mais grave numa central nuclear, que aconteceu em em 1879 em Three Mile Island, nos EUA. Aí, também se deu um conjunto de circunstâncias difíceis de se juntarem que acabou por levar a um derretimento do núcleo. Só que nesse caso, o reactor, muito diferente, não se desfez todo ao primeiro sinal de problemas, e o que aconteceu (ainda assim bastante grave) foi contido pela estrutura exterior de protecção sem problemas.

O resultado é o que se sabe, em Chernobyl morreram dezenas de pessoas, uma cidade de 50.000 pessoas tornou-se inabitável, a radioactividade espalhou-se por uma área enorme. Em Three Mile Island as pessoas que viviam num raio de 10 milhas receberam uma dose de radiação semelhante à de um raio-x.

Claro que para a União Soviética, o RBMK tinha certas vantagens interessantes, por exemplo o facto de produzir plutónio para armas durante a reacção, ou de permitir usar combustível reciclado de outras centrais. Mas o que para eles era útil não tem grande utilidade para mais ninguém, pelo menos que justifique os riscos.

Acho que apontar para Chernobyl cada vez que alguém fala de uma central nuclear não ajuda muito à discussão.
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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Get_It

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« Responder #17 em: Março 20, 2006, 12:57:14 am »
Muito bem, percebi o vosso ponto de vista e os factos que disseram. E já agora agradeço.
Mas mesmo assim não fico de todo descansado. Não acho que mesmo sendo um país democrático Portugal, e que nem a ONU seriam capazes de dizer não a uma central portuguesa mal planeada. Como nós somos o que vai acontecer é que tenhamos um reactor seguro e qualificado, mas mesmo assim o resultado não será dos melhores.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Jorge Pereira

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« Responder #18 em: Março 20, 2006, 01:12:27 am »
Tenho muitas dúvidas sobre a instalação de centrais nucleares em Portugal. O risco de acidente, embora pequeno, sempre existirá. Para um país com as dimensões de Portugal as consequências não podem ser negligenciadas.

A desculpa de termos as centrais espanholas aqui ao lado não me convence. A mais próxima, Almaraz, está aproximadamente a 100 km da fronteira portuguesa, Regodola 180 km e Valdecaballeros 150 km. Distancias que não sendo muito significativas, dão-nos uma relativa salvaguarda em caso de um grave acidente.





Outro factor a considerar é o que fazer com os resíduos. Um cemitério nuclear em Portugal? Onde? Exportamos?

Mas a questão que mais me preocupa, especialmente nesta altura, não são os acidentes, são as consequências de um ataque deliberado contra uma dessas centrais. Nos Estados Unidos, existe uma grande polémica que o nosso caro NVF pode confirmar, que é a segurança dessas mesmas centrais contra ataques terroristas. Já vários jornalistas fizeram tentativas de se aproximarem delas, entrarem e até sobrevoarem, conseguindo-o sem o mais mínimo problema.

Relatórios da CIA mencionaram que uma das hipóteses de alvos analisados pelos cérebros do 11 de Setembro incluíam centrais nucleares, mas foram rejeitadas pelo temor da reacção americana a uma tragédia dessas proporções. Além do mais, parece que uma das motivações israelitas para não “possuir” centrais nucleares para a produção de energia eléctrica é precisamente essa.

Obviamente que o grau de ameaça para Portugal não é equiparável ao dos EUA ou de Israel, mas não sabemos como estará o mundo daqui a 10 ou mais anos e que poderão não ser só grupos terroristas a atentar contra essa ou essas hipotéticas centrais, podendo ser mesmo até um país com o qual, por qualquer motivo, entrássemos em conflito.

Dúvidas… :roll:
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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TOMKAT

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« Responder #19 em: Março 20, 2006, 01:39:03 am »
Citação de: "Jorge Pereira"
A desculpa de termos as centrais espanholas aqui ao lado não me convence. A mais próxima, Almaraz, está aproximadamente a 100 km da fronteira portuguesa, Regodola 180 km e Valdecaballeros 150 km. Distancias que não sendo muito significativas, dão-nos uma relativa salvaguarda em caso de um grave acidente.


A segurança da distância é mesmo muito relativa...

Contaminação de águas?
O Douro, o Tejo e o Guadiana estão "ligados" a centrais nucleares.

Emissão de poeiras radioactivas para a atmosfera?
Não serão os 100 a 200 km que nos protegerão.
O único "conforto" que temos são os ventos dominantes, habitualmente de Noroeste ou Sudoeste, mas nem assim estamos imunes ao perigo.

Veja-se o exemplo Chernobyl, em que as poeiras radioactivas chegaram aos países escandinavos.
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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NVF

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« Responder #20 em: Março 20, 2006, 02:34:58 am »
Citação de: "Jorge Pereira"
Mas a questão que mais me preocupa, especialmente nesta altura, não são os acidentes, são as consequências de um ataque deliberado contra uma dessas centrais. Nos Estados Unidos, existe uma grande polémica que o nosso caro NVF pode confirmar, que é a segurança dessas mesmas centrais contra ataques terroristas. Já vários jornalistas fizeram tentativas de se aproximarem delas, entrarem e até sobrevoarem, conseguindo-o sem o mais mínimo problema.


Oh Jorge, os gajos aqui acham que tudo e' um potencial alvo para ataques terroristas, mas ja' ninguem liga. Ha' uns meses atras, passei pela unica central nuclear que ha' neste estado e a seguranca nem se nota. De qualquer modo, ha' rumores de que as centrais nucleares americanas estao protegidas por SAMs. Tambem nao nos podemos esquecer que a estrutura reforcada que cobre os reactores e' extremamente resistente e seria dificil para um aviao perfura-la.

Alem de que ha' alvos com potencial de destruicao maior. Aqui em Boston, ha' um imenso terminal de gas natural e sempre que chega um navio carregado, o porto e' encerrado ao trafego maritimo pela Guarda Costeira. E penso que fazem bem, o terminal e os respectivos gasometros ficam a menos de 3 km do centro da cidade. Segundo o proprio mayor, um ataque a um desses navios — nao ao terminal, isso ainda seria pior — puderia causar entre 50.000 a 100.000 mortes.

Quem precisa de atacar um central nuclear, quando pode causar maior destruicao ao rebentar com uma refinaria ou um deposito de gas, construido perto de uma grande cidade? So' se for mesmo pelo impacto junto dos media que, por ignorancia obviamente, gostam de dar grande relevo a tudo o que 'soa' a nuclear.
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Jorge Pereira

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« Responder #21 em: Março 20, 2006, 11:16:11 pm »
Citação de: "NVF"
Oh Jorge, os gajos aqui acham que tudo e' um potencial alvo para ataques terroristas, mas ja' ninguem liga.

 :diabo:

Citação de: "NVF"
Ha' uns meses atras, passei pela unica central nuclear que ha' neste estado e a seguranca nem se nota. De qualquer modo, ha' rumores de que as centrais nucleares americanas estao protegidas por SAMs.

Ale de não se notar, diz-se que é completamente desadequada. Do tipo de haver reformados com funções de segurança activa :roll: .
Em relação aos SAM’s já ouviu de que tipo se trata? Fala-se em stingers, mas não há nem certezas nem confirmações.

Citação de: "NVF"
Tambem nao nos podemos esquecer que a estrutura reforcada que cobre os reactores e' extremamente resistente e seria dificil para um aviao perfura-la.

Mas também parece unânime entre os especialistas das ditas centrais que um avião comercial de média/grande dimensão sim o conseguiria.

Citação de: "NVF"
Alem de que ha' alvos com potencial de destruicao maior. Aqui em Boston, ha' um imenso terminal de gas natural e sempre que chega um navio carregado, o porto e' encerrado ao trafego maritimo pela Guarda Costeira. E penso que fazem bem, o terminal e os respectivos gasometros ficam a menos de 3 km do centro da cidade. Segundo o proprio mayor, um ataque a um desses navios — nao ao terminal, isso ainda seria pior — puderia causar entre 50.000 a 100.000 mortes.

Quem precisa de atacar um central nuclear, quando pode causar maior destruicao ao rebentar com uma refinaria ou um deposito de gas, construido perto de uma grande cidade? So' se for mesmo pelo impacto junto dos media que, por ignorancia obviamente, gostam de dar grande relevo a tudo o que 'soa' a nuclear.


Já agora NVF, qual é esse terminal? Gostaria de o localizar através do Google Earth.
O que diz é verdade, mas não se esqueça que as consequências de um ataque bem sucedido a uma central nuclear seriam terríveis em relação à contaminação que provocam, à deslocação desta pelos ventos e rios, e pelo tempo que demora a desaparecer. O sonho de qualquer terrorista.
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Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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NVF

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« Responder #22 em: Março 21, 2006, 02:55:04 am »
Jorge,

O caso dos portos foi uma mas maiores derrotas de sempre para o actual presidente, a reaccao contraria foi tao negativa no seu partido como no da oposicao. Mas quanto a mim, o caso foi demasiado empolado e nao apresentaria risco maior que o actual — que e' obviamente elevado.

Isso dos reformados nao sei, mas se o forem, certamente que sao ex-policias ou ex-militares e com formacao uns niveis acima dos nossos securitas  :)
 
Pelo que sei sao Stingers montados em HUMVEE, ou seja, o sistema Avenger. Quanto a mim, de eficacia duvidosa para alvos maiores que avionetas ou helicopteros.

Isso depende obviamente das especificacoes, mas pelo que sei as centrais nucleares tem uma excelente resistencia ao fenomeno sismico e estao tambem preparadas para conter uma explosao interna. Nao quero com isto dizer que resistiriam a um impacto directo de um aviao, mas tem certamente melhores condicoes de resistir do que um arranha ceus.

Jorge, no Google Earth pesquise por "natural gas boston, ma" um dos resultados e' Distrigas of Massachusetts, de qq modo aqui ficam as coordenas 42N23'35" 71W03'52". Mas as fotos sao antigas, actualmente ha' mais gasometros. A ponte que fica para para leste — Tobin Bridge — tambem costuma ser encerrada ao trafego quando um desses navios carregados de gas tem que atravessar o canal para chegar ao terminal.

Chernobyl foi, sem duvida, um fenomeno de grandes dimensoes, mas ficou muito aquem de Hiroshima ou de Nagasaki. Penso que ha' cenarios, mais preocupantes, como as famigeradas malas-bomba, ou as chamadas bombas sujas. (Ha' umas semanas vi um filme da BBC cujo cenario era o da explosao de uma bomba suja no centro de Londres. Muito interessante e, como e' obvio, muito bem feito. Alguem viu este filme ai em Pt?)
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emarques

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« Responder #23 em: Março 21, 2006, 03:14:15 pm »
Ao que sei, os efeitos em termos de libertação de radiação foram bem piores em Chernobyl que em Hiroxima ou Nagasáqui. A diferença em número de mortos deve-se simplesmente a que as bombas... bem, eram bombas, estava tudo calculado para fazer estragos numa cidade.
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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Marauder

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« Responder #24 em: Março 21, 2006, 04:58:48 pm »
Citação de: "Marauder"
Citação de: "Yosy"
Sou completamente contra o nuclear - um país da nossa dimensão não precisa disso. Além de que, à excpeção da França e do Japão, todos os países estão a diminuir as suas centrais nucleares.

  Hum...junta lá a esses estes:
 :arrow: India (acordo com EUA, acesso à tecnologia nuclear americana, semana passada)
 :arrow: China

   
Citar
Rússia vai construir novas centrais nucleares na China

A Rússia vai construir novas centrais nucleares na China, anunciou hoje em Pequim o Presidente russo, Vladimir Putin, em visita oficial à China, citado pela agência noticiosa russa Interfax.

Putin afirmou que a cooperação entre os dois países em matéria de energia não se limita à venda de petróleo e de gás, apesar de ter anunciado hoje a construção de dois gasodutos entre a Sibéria e a China, que começarão a funcionar dentro de cinco anos, cada infraestrutura com uma capacidade máxima de 40 mil milhões de metros cúbicos por ano.

«A cooperação com a China compreende igualmente a venda de equipamentos energéticos, incluindo a energia nuclear e a nossa participação na criação de novas capacidades nucleares chinesas», disse Putin à imprensa russa.

A China é um dos maiores compradores de petróleo da Rússia, mas Moscovo quer equilibrar a estrutura das exportações russas, que considera estar demasiado dependente da venda de petróleo e outras matérias-primas.

As exportações russas asseguram 8% dos recursos energéticos de que a China necessita.

A China, o segundo maior consumidor mundial de petróleo depois dos Estados Unidos, consumiu 318 milhões de toneladas de petróleo em 2005, um valor que, em 2006, deverá aumentar entre 5,4 e 7%, segundo estimativas oficiais.

A China depende do carvão e do petróleo para assegurar 90% das necessidades energéticas.

Diário Digital / Lusa

21-03-2006 13:12:00

de:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=220197
 

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Marauder

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« Responder #25 em: Março 21, 2006, 05:51:22 pm »
http://en.wikipedia.org/wiki/Economy_of_Spain
http://fr.wikipedia.org/wiki/Watt-heure


  :arrow:   Portugal

Na actual produção portuguesa o efeito de uma central nuclear (com produção igual à média espanhola)

          = 14,71% da produção nacional (se entrasse em funcionamento no cenário actual)

  Acrescenta-se mais 1GW de eólicas que está em concurso..

          = 1,86144 TWh actual + 0,001 =1,86244 = epá.....4,202%.....contra os antigos 4,2%


  Com o efeito nuclear podemos reduzir a dependência de combustiveis fósseis dos actuais 64,5% para 49%..


  É claro que não inclui o factor tempo...isto é...o tempo de construção (que fará as variáveis de consumo e também de produção alterarem), bem como não pensei em termos estratégicos por não ter estimativas para necessidades energéticas do país para daqui a 10-50 anos.

  Estas contas surgiram no desenvolvimento do tópico acerca do projecto luso-dinamarquês de energia "sacada" das águas.

  Também expresso a minha apreensão face à reduzida produtividade resultante das energias renováveis. :?

  Alguns coments perante isto? Ou críticas a estes cálculos? No site francês também diz que uma "grande central" produz por ano 1 TWh, e estranhamente, no caso espanhol é 6TWh..

  Cumprimentos
 

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Shar[K]

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« Responder #26 em: Março 21, 2006, 06:42:19 pm »
Manda esses calculos para o governo via email e amanha é anunciado logo um projecto desses :D

Não que me sinta 100% á vontade com centrais nucleares no entanto está provado  que compensaria LARGAMENTE.

Agora até digo: DUAS CENTRAIS!
(e não digam que não há €, que o privado financiava já isto tudo)

E em vez dos 49% de dependencia de fosseis actuais, passariamos para 19.6%.... estes sim poderiam vir a baixar com energias renovaveis.

O que fazer ao lixo nuclear? exporta-lo!... por mto caro que seja duvido k seja 1-2% do petroleo/carvao etc que gastamos caso n tenhamos essa/s centrais.
 

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JLRC

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« Responder #27 em: Março 21, 2006, 06:55:22 pm »
Citação de: "Marauder"
 
Energia Nuclear produzida: 60,520 GWh (60.520 TWh conversão)

A dividir por 10 centrais nucleares : 6,520 GWh (produção unitária nuclear espanhola)
                                    = 6.520 TWh (conversão)


Marauder

Permita que lhe faça uma crítica. Como você é português e está a escrever para portugueses devia ter cuidado com o uso da vírgula e do ponto. Assim, o que você escreveu deveria estar na forma 60.520 GWh (60,52 TWh) até porque a sua frase estava em português. Espero que não tenha levado a mal.
Cumpts
 

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Marauder

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« Responder #28 em: Março 21, 2006, 07:36:23 pm »
Citação de: "JLRC"
Citação de: "Marauder"
 
Energia Nuclear produzida: 60,520 GWh (60.520 TWh conversão)

A dividir por 10 centrais nucleares : 6,520 GWh (produção unitária nuclear espanhola)
                                    = 6.520 TWh (conversão)

Marauder

Permita que lhe faça uma crítica. Como você é português e está a escrever para portugueses devia ter cuidado com o uso da vírgula e do ponto. Assim, o que você escreveu deveria estar na forma 60.520 GWh (60,52 TWh) até porque a sua frase estava em português. Espero que não tenha levado a mal.
Cumpts


Ponto aceite :oops:
 

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Jorge Pereira

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« Responder #29 em: Março 21, 2006, 10:29:52 pm »
Citação de: "NVF"
Jorge, no Google Earth pesquise por "natural gas boston, ma" um dos resultados e' Distrigas of Massachusetts, de qq modo aqui ficam as coordenas 42N23'35" 71W03'52". Mas as fotos sao antigas, actualmente ha' mais gasometros. A ponte que fica para para leste — Tobin Bridge — tambem costuma ser encerrada ao trafego quando um desses navios carregados de gas tem que atravessar o canal para chegar ao terminal.


Muito obrigado NVF ys7x9
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

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