Confesso que começo a achar a situação preocupante.
Sempre fomos, desde os primordios, um povo com uma enorme capacidade (e liberdade) para criticar.
No entanto tenho que reconhecer, que também não sabemos utilizar a liberdade convenientemente. O problema prende-se com a facilidade com que fazemos uma coisa que noutros países é considerado "crime".
Levantar falsos testemumhos.
Neste país, pode-se insultar, mesmo no meio da rua, que a mentalidade do cidadão médio, considera isso normal.
Ora, na blogosfera, temos mais do mesmo. As pessoas acusam, muitas vezes sem razões para o fazerem, apenas porque ouviram dizer.
As pessoas não entendem que não podem acusar ninguém de ser ladrão, apenas porque ouviram dizer.
Se alguém chegar a este fórum e me acusar de ladrão, e apresentar como prova o facto de "ter ouvido dizer que eu era ladrão" isso não dá a essa pessoa o direito de me acusar.
Acredito que muitos dos boatos que ouvimos, têm origem nessa instituição portuguesa que é o diz que diz, que ouviu que o vizinho da empregada disse, á tia do dentista da secretária do médico do politico.
Independentemente de tudo isto, a dualidade de critérios utilizada pelo sistema judicial (que do meu ponto de vista, considerando o que é públicamente conhecido, através da TV e dos jornais, está num estado de apodrecimento terminal, praticamente afogado numa viscosa e putrefacta mol de incompetência e desleixo) é muito preocupante.
Mais uns anos desta maneira, e muitos portugueses vão começar a pensar no antigo direito romano.
Quando Roma estava em perigo, ou seja quando a nação está em perigo, é legitimo suspender as liberdades, e eleger um "Dictator".
Este é, do meu ponto de vista, o principal perigo.
Cumprimentos