CAS/Overwatch na FAP ???

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Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #135 em: Setembro 14, 2022, 10:26:14 pm »
E em termos de Armamento para os Black Hawk, onde acham que deve recair a escolha?
Chega um misto de .50Cal e Rockets Guiados e não guiados? ou seria melhor incluir um canhão de 30x113mm num Pod a apontar para a frente?

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Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #136 em: Setembro 14, 2022, 10:40:36 pm »
Uma boa opção, equilibrada, leve e sem demasiada complexidade seria a GAU-19 de 12,7x99mm.

Seja em suporte nas portas ou em pod.  Não é muito difundida neste momento mas é um equipamento devastador.

Houve uma altura em que o 160th SOAR fez testes no MH-6/AH-6.  Não sei se chegou mesmo a ser adoptada.



 
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Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #137 em: Setembro 15, 2022, 11:17:42 am »
Cuidado com o caça A-29 Super Tucano, ainda acaba a substituir os F-16... ::)

Citar
Embraer vai fazer manutenção e alterações ao caça A-29 Super Tucano em Portugal

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/transportes/aviacao/detalhe/embraer-vai-fazer-manutencao-e-alteracoes-ao-caca-a-29-super-tucano-em-portugal?fbclid=IwAR33ouNu7M4wR9sMbOLqi4RoSbB0josMrtONoTRM7bGH6QHA5Ar7djUAHUc

Caça  :toto:.

Mas olha que há uns anos tive uma discussão com um tipo do Alfa Jet pois ele afirmava que o Alfa Jet era um caça, eu dizia que não, que era um jacto mas de ataque ao solo, instrução, etc, podia vir com todos os links que ele não mudava, dizia simplesmente, tem um canhão que dispara para a frente, é caça. Foi daquelas discussões que ao fim de um tempo percebi que não valia a pena.

Por isso se um dia alguém me vier com essa que o Super Tucano é um caça, eu digo, "tens razão" e vou logo embora.
« Última modificação: Setembro 15, 2022, 11:20:07 am por Lightning »
 
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Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #138 em: Setembro 15, 2022, 12:08:47 pm »
Uma boa opção, equilibrada, leve e sem demasiada complexidade seria a GAU-19 de 12,7x99mm.

Seja em suporte nas portas ou em pod.  Não é muito difundida neste momento mas é um equipamento devastador.

Houve uma altura em que o 160th SOAR fez testes no MH-6/AH-6.  Não sei se chegou mesmo a ser adoptada.




Uma bela opção também para os navios patrulha como armamento secundário, até com sistema de comando electro-óptico, em vez das .50 monocano com mira de ferro
 

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Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #139 em: Setembro 15, 2022, 12:11:26 pm »
Cuidado com o caça A-29 Super Tucano, ainda acaba a substituir os F-16... ::)

Citar
Embraer vai fazer manutenção e alterações ao caça A-29 Super Tucano em Portugal

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/transportes/aviacao/detalhe/embraer-vai-fazer-manutencao-e-alteracoes-ao-caca-a-29-super-tucano-em-portugal?fbclid=IwAR33ouNu7M4wR9sMbOLqi4RoSbB0josMrtONoTRM7bGH6QHA5Ar7djUAHUc

Caça  :toto:.

Mas olha que há uns anos tive uma discussão com um tipo do Alfa Jet pois ele afirmava que o Alfa Jet era um caça, eu dizia que não, que era um jacto mas de ataque ao solo, instrução, etc, podia vir com todos os links que ele não mudava, dizia simplesmente, tem um canhão que dispara para a frente, é caça. Foi daquelas discussões que ao fim de um tempo percebi que não valia a pena.

Por isso se um dia alguém me vier com essa que o Super Tucano é um caça, eu digo, "tens razão" e vou logo embora.

O B26 Marauder também seria uma caça   ;D ;D
 

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Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #140 em: Setembro 15, 2022, 01:01:14 pm »
O B26 Marauder também seria uma caça   ;D ;D

E o C-130 é um bombardeiro.
 

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Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #141 em: Setembro 15, 2022, 01:16:38 pm »
Pessoal...os EUA tiveram que escolher um avião entre o Wolverine e o ST para o Afeganistão e escolheram o ST apesar do outro ser americano. Deixem-se disso.

O Wolverine ainda nem estava certificado na altura!!!!
Não havia escolha.

Os ST foram entregues em 2020 e os primeiros AT6 estão referenciados desde 2006, os T6 desde 2000. Se não estava certificados é estranho.
 

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Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #142 em: Setembro 15, 2022, 01:46:19 pm »
Mas mais barato que PC-21 mais heli de ataque?

Qual heli de ataque? PC-21 podes comprar até em menor quantidade que o ST, por não precisares de unidades extra para COIN, e só a diferença de valores, já te dá para passar dos míseros 5/6 evacuativos, para uns 12/15, de um modelo único, e bem equipados. Este é o rácio 1 para 1 que se pode fazer.

Os UCAV são à parte, já que é algo que é crucial para FA modernas, cuja sua possível (necessária) aquisição futuro, não pode nem deve ser bloqueada porque "já temos Super Tucanos".

Mas é aqui que se vê o maior problema do ST na FAP. Esta ilusão que o ST vai fazer tudo, logo não é preciso helicópteros nem UAVs armados. No fim, vamos nós ter os ST, os do costume todos felizes e de peito cheio, enquanto que a capacidade de cumprir missões na Europa e no Atlântico é colocada para segundo-plano.

Nos PC-21, heli de ataque e até UCAV também precisas disso tudo, pilotos e pessoal de terra, no Super Tucano os pilotos instrutores também podem ser pilotos operacionais.

Os PC-21 não vais enviar para África, logo só precisas de pessoal de terra para garantir a sua operação na base aérea onde estiverem colocados.
Os helicópteros de transporte armados, tipo UH-60, seriam adquiridos já com missões no estrangeiro em mente, seja no âmbito NATO, seja em África, seja onde for, logo é obrigatório ter pessoal de terra "destacável" para os TOs.
Os UCAVs, se alguma vez os adquirirmos, é obrigatório que haja capacidade para tal. Até porque convém que possam ser destacados em qualquer um dos arquipélagos em tempo de paz, para vigilância marítima.

Para os ST, é semelhante aos UCAV neste contexto, excepto que este pessoal terá apenas o propósito de sustentar a operação dos ST em África e mais nada (já que o ST é inútil para qualquer outra tipo de conflito).

Já os pilotos, será que temos pilotos instrutores excedentários, ao ponto de conseguirmos destacar uma percentagem considerável deles para COIN? E quais os custos disto? Quais os custos de andar a certificar e a treinar com armamento real, ainda por cima numa aeronave mono-missão, cujo treino vale zero contra qualquer outra ameaça?
Enquanto isso, com ou sem COIN, os pilotos dos helicópteros terão que ter sempre o mínimo de treino para o uso de armas, com ou sem ST (a não ser claro que se pretenda UH-60 "civis", porque o ST faz tudo).
UCAVs idem, sendo que até é mais fácil arranjar pilotos para UCAV do que para aeronaves tripuladas, dado o grau de exigência, nomeadamente física, ser menor.

O valor a extrair do ST é muito menor que dos restantes meios em discussão, inclusive os helicópteros de ataque, no que diz respeito às operações militares. Excepção feita aos PC-21, mas como o ST até é mais caro e inferior para instrução, equilibra-se.
Se a opção pelo ST ao menos não bloqueasse a vinda de mais helicópteros armados, nem a futura compra de UCAVs, ainda vá, mas já deu para ver que se vem o ST, não vem mais nada.

PS: Já temos aí um troll a falar de, se Portugal comprar o ST, abre o mercado europeu à aeronave. Não, dificilmente os países europeus, perfeitamente cientes que a maior ameaça é a Rússia, vão esbanjar dinheiro em aeronaves COIN. Mesmo para treino, o PC-21 é melhor, logo também não faz sentido.
Talvez uma poderosa Albânia possa vir a comprar meia dúzia de STs, para terem uma capacidade mínima de policiamento aéreo e de combate, mas mesmo assim ao preço que custam os STs, compensa mais comprar caças em segunda-mão. O futuro das vendas do ST são em África e na América Latina, é lá que devem tentar.

PS2: Com a história da manutenção e "alterações" dos ST em Portugal, isso vai ser feito com os STs de quem? Só aos "nossos"? Vêm os ST em operação em África de propósito para cá fazer a manutenção? Que coisa mais esquisita, principalmente quando ninguém perto de nós os usa.
 

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Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #143 em: Setembro 15, 2022, 03:14:13 pm »
Qual heli de ataque? PC-21 podes comprar até em menor quantidade que o ST, por não precisares de unidades extra para COIN

O heli de ataque para COIN, pois o PC-21 não faz isso.

Citar
e só a diferença de valores, já te dá para passar dos míseros 5/6 evacuativos, para uns 12/15, de um modelo único, e bem equipados. Este é o rácio 1 para 1 que se pode fazer.

Então a ideia é heli de ataque dedicado ou mais helis Black Hawk armados? Se for a segunda então já é diferente.

Citar
Os UCAV são à parte, já que é algo que é crucial para FA modernas, cuja sua possível (necessária) aquisição futuro, não pode nem deve ser bloqueada porque "já temos Super Tucanos".

Sim.

Citar
Mas é aqui que se vê o maior problema do ST na FAP. Esta ilusão que o ST vai fazer tudo, logo não é preciso helicópteros nem UAVs armados. No fim, vamos nós ter os ST, os do costume todos felizes e de peito cheio, enquanto que a capacidade de cumprir missões na Europa e no Atlântico é colocada para segundo-plano.

Isso ainda não se sabe, o que tem o ST a ver com UCAV? Se acharem que são precisos também um dia virão. O ST o que se diz que faz é instrução e ataque ao solo.

Citar
Os PC-21 não vais enviar para África, logo só precisas de pessoal de terra para garantir a sua operação na base aérea onde estiverem colocados.

Pois, são pessoas que não podes usar em missões.

Citar
Os helicópteros de transporte armados, tipo UH-60, seriam adquiridos já com missões no estrangeiro em mente, seja no âmbito NATO, seja em África, seja onde for, logo é obrigatório ter pessoal de terra "destacável" para os TOs.
Os UCAVs, se alguma vez os adquirirmos, é obrigatório que haja capacidade para tal. Até porque convém que possam ser destacados em qualquer um dos arquipélagos em tempo de paz, para vigilância marítima.

Sim, todos os militares são pessoal destacável.

Citar
Para os ST, é semelhante aos UCAV neste contexto, excepto que este pessoal terá apenas o propósito de sustentar a operação dos ST em África e mais nada (já que o ST é inútil para qualquer outra tipo de conflito).

Citar
Já os pilotos, será que temos pilotos instrutores excedentários, ao ponto de conseguirmos destacar uma percentagem considerável deles para COIN? E quais os custos disto?

Não sei se temos pilotos instrutores excedentários, mas de certeza que não tem de estar lá todos, todos os dias, eles têm férias e por vezes até fazem intercâmbios, tipo Brasil, etc. O Super Tucano não teria só pilotos instrutores para fazer tudo, também teria pilotos sem essa qualificação, mas é mais fácil gerir uma pool grande de pilotos que duas pequenas, uma de pilotos instrutores de PC-21 e uma de helis COIN, até à pouco tempo a FAP dizia que tinha falta de pilotos, mas basta os helis de ataque serem do exército que já não interfere com quantos pilotos a FAP tem.

Por exemplo os precursores dos paraquedistas são quase todos também instrutores de paraquedismo, não precisas (ou é mais difícil), ter elementos só para dar instrução e um grupo só operacional.

Citar
Quais os custos de andar a certificar e a treinar com armamento real, ainda por cima numa aeronave mono-missão, cujo treino vale zero contra qualquer outra ameaça?

Antes os pilotos faziam esse treino no Alfa Jet, deve ser pelo menos mais barato que no F-16.

Citar
Enquanto isso, com ou sem COIN, os pilotos dos helicópteros terão que ter sempre o mínimo de treino para o uso de armas, com ou sem ST (a não ser claro que se pretenda UH-60 "civis", porque o ST faz tudo).

E quanto custa isso? Recordo que normalmente a hora de voo de um helicóptero costuma ser superior à de um avião, a aeronave da FAP com o custo de hora de voo mais alto é o EH101.

Citar
UCAVs idem, sendo que até é mais fácil arranjar pilotos para UCAV do que para aeronaves tripuladas, dado o grau de exigência, nomeadamente física, ser menor.

Sim.

Citar
O valor a extrair do ST é muito menor que dos restantes meios em discussão, inclusive os helicópteros de ataque, no que diz respeito às operações militares. Excepção feita aos PC-21, mas como o ST até é mais caro e inferior para instrução, equilibra-se.

Gostava que me explicassem em que é que o PC-21 é superior ao ST, percebo que seja mais barato, mas há ai varios textos de Forças Aéreas a dizerem que o ST também é capaz de dar instrução para futuros pilotos de F-16, e o ST até dá para instrução com armamento, o PC-21 não dá.

Colega DC o valor do ST é que dá para fazer instrução com armamento que noutro tipo de aeronave desarmada teria que ser feito no F-16, permite com a mesma aeronave, mesmos pilotos e mesmos mecânicos, ter instrução e ter ataque ao solo ( em ambientes de baixa intensidade) sem ter isso dividido por dois.

Citar
Se a opção pelo ST ao menos não bloqueasse a vinda de mais helicópteros armados, nem a futura compra de UCAVs, ainda vá, mas já deu para ver que se vem o ST, não vem mais nada.

Não sei, mas como disse e eu concordo, UCAV é o futuro, por isso um dia virão.

Citar
PS: Já temos aí um troll a falar de, se Portugal comprar o ST, abre o mercado europeu à aeronave. Não, dificilmente os países europeus, perfeitamente cientes que a maior ameaça é a Rússia, vão esbanjar dinheiro em aeronaves COIN. Mesmo para treino, o PC-21 é melhor, logo também não faz sentido.

Andava ai um texto a dizer que a França devia ter aviões desses, que até são mais baratos de operar, etc.

Citar
Talvez uma poderosa Albânia possa vir a comprar meia dúzia de STs, para terem uma capacidade mínima de policiamento aéreo e de combate, mas mesmo assim ao preço que custam os STs, compensa mais comprar caças em segunda-mão. O futuro das vendas do ST são em África e na América Latina, é lá que devem tentar.

Vamos ver.

Citar
PS2: Com a história da manutenção e "alterações" dos ST em Portugal, isso vai ser feito com os STs de quem? Só aos "nossos"? Vêm os ST em operação em África de propósito para cá fazer a manutenção? Que coisa mais esquisita, principalmente quando ninguém perto de nós os usa.

Aos nossos (se vierem), sim de certeza, outros talvez esses de África, outros que esperam vender...

PS: Também me lembrei de outra poupança que as FA pode ter usando um avião tipo Super Tucano, no treino de FACs, pois até agora tem que se usar os F-16 para largar o armamento.

Eu vejo muitas vantagens deste avião para a FAP, mas se operacionalmente o exército/EMGFA/MDN achar melhor helis de ataque/etc, então nada contra, os Alfa Jet também nunca foram para lado nenhum  ficaram sempre na instrução, fazer de "inimigo" nos exercícios, etc.
« Última modificação: Setembro 15, 2022, 03:31:29 pm por Lightning »
 

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Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #144 em: Setembro 15, 2022, 05:49:52 pm »
O heli de ataque para COIN, pois o PC-21 não faz isso.

E que tal uns UH-60 numa configuração similar ao Battlehawk?  ::)
Qual é a parte que COIN não é uma missão primária que não está difícil de entender, o que torna a necessidade de um meio dedicado a COIN uma completa estupidez numa força aérea pequena, principalmente quando uns UH-60 armados já desenrascavam na missão? Além de que será mais fácil destacar 5 ou 6 UH-60 num TO desses, para COIN e transporte, MEDEVAC, do que ter 2/3 UH-60 + 2/3 STs.

Então a ideia é heli de ataque dedicado ou mais helis Black Hawk armados? Se for a segunda então já é diferente.

Mais Blackhawk, duplicando (no mínimo) os números que o actual programa dos hélis de evacuação contempla, e armados.

Citar
Isso ainda não se sabe, o que tem o ST a ver com UCAV? Se acharem que são precisos também um dia virão. O ST o que se diz que faz é instrução e ataque ao solo.

Claro que não se sabe ao certo o que vai acontecer. Mas estamos em Portugal, onde é sempre mínimos, e na hora de se avaliar a necessidade de UCAVs a sério, vão olhar para o ST e dizer que basta isto. Tal como já vai acontecer com qualquer ideia de reforçar a frota de hélis evacuativos, ou quando se pensar em armar os ditos "o ST já tem armas".

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Pois, são pessoas que não podes usar em missões.

Os do ST também não, se for uma missão que vá além de COIN. Mas com o ST precisavas de ter capacidade de ter pessoal de terra em Portugal, para os que estão a ministrar treino, e no estrangeiro em missão. Na prática precisas de duplicar o número de pessoas. Com o PC-21 não. E o PC-21 (em maior número) consegue realizar todas as etapas de treino, podendo substituir também os TB-30, ficando nós com uma aeronave única para fazer tudo, reduzindo os custos em termos logísticos e na especialização de mecânicos.

Citar
Sim, todos os militares são pessoal destacável.

Certo, mas isso também se aplica aos mecânicos dos TB-30, dos Chipmunk, dos planadores? E de um ponto de vista estratégico, preferes ter uma "força" de mecânicos reforçada dos ST (por causa dos destacamentos COIN), ou preferes que as aeronaves de treino tenham uma "força" cuja dimensão é apenas a necessária à garantia da sua operação/manutenção, e que o resto do pessoal vá para as unidades operacionais, onde mais falta fazem (F-16, P-3, Merlin, futuros helicópteros, etc), unidades estas que podem ser destacadas com muito mais frequência e para muitos mais TOs que vão além de "COIN em África"?

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Não sei se temos pilotos instrutores excedentários, mas de certeza que não tem de estar lá todos, todos os dias, eles têm férias e por vezes até fazem intercâmbios, tipo Brasil, etc. O Super Tucano não teria só pilotos instrutores para fazer tudo, também teria pilotos sem essa qualificação, mas é mais fácil gerir uma pool grande de pilotos que duas pequenas, uma de pilotos instrutores de PC-21 e uma de helis COIN, até à pouco tempo a FAP dizia que tinha falta de pilotos, mas basta os helis de ataque serem do exército que já não interfere com quantos pilotos a FAP tem.

Por exemplo os precursores dos paraquedistas são quase todos também instrutores de paraquedismo, não precisas (ou é mais difícil), ter elementos só para dar instrução e um grupo só operacional.

Sim, da mesma forma que pilotos instrutores também são pilotos. A questão aqui é, faz sentido ter pilotos instrutores de ST totalmente treinados para o combate neste tipo de aeronave, quando este treino só traz frutos nas tais missões de COIN, sendo que este treino vale perto de zero em qualquer outro cenário? Não é mais útil ter os pilotos de instrução no número necessário para a função, e alocar os pilotos operacionais onde são necessários? E que estes pilotos de instrução possam ter a capacidade de, em caso de necessidade (essencialmente guerra), vir a integrar/reintegrar alguma das outras esquadras?

Enquanto isso, se o COIN tivesse a cargo dos UH-60 armados, não só as aeronaves serviam para um amplo leque de missões, como o próprio treino dos pilotos teria utilidade além de COIN.

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Antes os pilotos faziam esse treino no Alfa Jet, deve ser pelo menos mais barato que no F-16.

Não digo que não. Mas se o Alpha Jet tem uma performance que se calhar pode mais ou menos replicar a dos F-16, o ST ou qualquer outro turboprop nem por isso. Depois temos de falar do tipo de armamento, hoje em dia, tirando rockets (que o F-16 não costuma usar em conflito) e bombas "burras", o Alpha Jet deixava muito a desejar. Com o ST, apesar de ter algum armamento moderno, não tem tudo o que o F-16 pode e deve ter, e mesmo ignorando isso, os pilotos de F-16 têm que treinar na mesma o lançamento das armas nos próprios.

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E quanto custa isso? Recordo que normalmente a hora de voo de um helicóptero costuma ser superior à de um avião, a aeronave da FAP com o custo de hora de voo mais alto é o EH101.

A não ser que se planeie acabar com os helicópteros na FAP, é um "mal" necessário. Até porque não vai ser o ST a fazer todas as outras missões que os helicópteros fazem. E aí podes ter o ST + helicópteros usados meramente para transporte, ou podes ter um maior número de helicópteros que podem fazer praticamente tudo, tanto nos TOs africanos, europeus e atlânticos.

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Gostava que me explicassem em que é que o PC-21 é superior ao ST, percebo que seja mais barato, mas há ai varios textos de Forças Aéreas a dizerem que o ST também é capaz de dar instrução para futuros pilotos de F-16, e o ST até dá para instrução com armamento, o PC-21 não dá.

Colega DC o valor do ST é que dá para fazer instrução com armamento que noutro tipo de aeronave desarmada teria que ser feito no F-16, permite com a mesma aeronave, mesmos pilotos e mesmos mecânicos, ter instrução e ter ataque ao solo ( em ambientes de baixa intensidade) sem ter isso dividido por dois.

O PC-21 é superior na performance. Desde a velocidade mais alta, ao rate of climb, aos Gs. É simplesmente superior. A nível técnico é mais difícil de comparar, mas sabe-se que o PC-21 é excelente na simulação dos caças modernos. Quanto a não poder ser armado, é uma desvantagem sim, mas quão importante será? Mais importante que a performance da aeronave? Creio que não. Além de que, supostamente, poderá receber hardpoints para tal, mas até agora acho que nunca foi visto com os ditos. Entretanto, o PC-9, bem mais antigo, podia levar armamento, logo não seria caso de admiração que, se os franceses realmente quisessem um turboprop para COIN, pegassem no PC-21 e incorporassem o armamento.

Eu estou ciente das vantagens do ST. Mas também estou ciente que essas vantagens têm um efeito dominó, sobretudo na hora de ter um helicóptero bem equipado ou não. Tem também um peso considerável no orçamento da FAP (excepto aquela proposta de 40 milhões por 12, que estranhamente nenhum país tem interesse).

Mas isto é simples de explicar, já que temos duas grandes opções:
-compras ST, que fazem COIN e treino, e ainda precisas dos helicópteros para as restantes missões
-ou compras PC-21 que fazem treino, e reforças a frota dos helicópteros (iguais aos da opção acima), que fazem tanto COIN com as demais missões

São opções parecidas, e em ambas precisas obrigatoriamente de dois tipos de meios, mas a de baixo adequa-se muito mais à nossa realidade, já que os helicópteros acabam por ser mais versáteis e num número mais adequado.

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Andava ai um texto a dizer que a França devia ter aviões desses, que até são mais baratos de operar, etc.

Sim, aeronaves desse tipo (não são só STs), são perfeitas para COIN. Mas até agora nem eles demonstraram interesse real em comprar, como mesmo que comprassem, eles podem fazê-lo que têm muito mais dinheiro que nós, e não estão com forças armadas completamente obsoletas como é o nosso caso. Se eles não comprarem, vão desenrascar com outra coisa qualquer, ou pedir a outro país que participe nas missões em África. Se comprarem, e nós formos "seguir o exemplo", então que por cá não sejam hipócritas, e sigam também o exemplo a nível das fragatas, artilharia AA, porta-aviões, LHDs, etc.
 

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Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #145 em: Setembro 15, 2022, 06:16:13 pm »
Antes de termos um sistema especializado para uma função muito especifica e que, sinceramente, deve ser difícil de utilizar (COIN, o ST)... um país NATO tem de ter helicópteros médios decentes (capacidade de transporte e armados qb) para transportar no mínimo 3 a 4 pelotões, etc. E depois tem de ver outras faltas... e duvido que então ter COIN a hélice seja uma prioridade.   
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Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #146 em: Setembro 15, 2022, 06:39:35 pm »
Antes de termos um sistema especializado para uma função muito especifica e que, sinceramente, deve ser difícil de utilizar (COIN, o ST)... um país NATO tem de ter helicópteros médios decentes (capacidade de transporte e armados qb) para transportar no mínimo 3 a 4 pelotões, etc. E depois tem de ver outras faltas... e duvido que então ter COIN a hélice seja uma prioridade.

Na cabeça de quem decide, no EMGFA, em conjunto com os políticos, "Capitães" e "Carreiras", com os INPUT da Embraer...
Neste caso, não haverá duplo uso, civil e militar....CPS
 

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Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #147 em: Setembro 15, 2022, 07:40:03 pm »
Antes de termos um sistema especializado para uma função muito especifica e que, sinceramente, deve ser difícil de utilizar (COIN, o ST)... um país NATO tem de ter helicópteros médios decentes (capacidade de transporte e armados qb) para transportar no mínimo 3 a 4 pelotões, etc. E depois tem de ver outras faltas... e duvido que então ter COIN a hélice seja uma prioridade.

Na cabeça de quem decide, no EMGFA, em conjunto com os políticos, "Capitães" e "Carreiras", com os INPUT da Embraer...
Neste caso, não haverá duplo uso, civil e militar....CPS

Claro que vai. Como tem FLIR pode fazer vigilância aos incêndios. :-P
 

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Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #148 em: Setembro 15, 2022, 11:52:49 pm »
O heli de ataque para COIN, pois o PC-21 não faz isso.

E que tal uns UH-60 numa configuração similar ao Battlehawk?  ::)
Qual é a parte que COIN não é uma missão primária que não está difícil de entender, o que torna a necessidade de um meio dedicado a COIN uma completa estupidez numa força aérea pequena, principalmente quando uns UH-60 armados já desenrascavam na missão? Além de que será mais fácil destacar 5 ou 6 UH-60 num TO desses, para COIN e transporte, MEDEVAC, do que ter 2/3 UH-60 + 2/3 STs.

Certo, um mesmo modelo de helicóptero, de transporte mas configurável para levar armamento, parece-me bem.

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ou podes ter um maior número de helicópteros que podem fazer praticamente tudo, tanto nos TOs africanos, europeus e atlânticos.

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Mas isto é simples de explicar, já que temos duas grandes opções:
-compras ST, que fazem COIN e treino, e ainda precisas dos helicópteros para as restantes missões
-ou compras PC-21 que fazem treino, e reforças a frota dos helicópteros (iguais aos da opção acima), que fazem tanto COIN com as demais missões

Essa polivalência de teatros de operação parece-me importante, só espero que independentemente do avião de instrução avançada, que helicópteros de evacuação Black Hawk venham, e possam ser armados.

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Se comprarem, e nós formos "seguir o exemplo", então que por cá não sejam hipócritas, e sigam também o exemplo a nível das fragatas, artilharia AA, porta-aviões, LHDs, etc.

Pois, mas aqui vou atrás do que o Subsea7 disse, que anda aí a ideia atrativa de focar na frente sul para África, isso tem várias vantagens aos olhos de quem manda, não precisamos de adquirir todos esses meios carissimos Fragatas BMD, Forças mecanizadas com defesa aérea moderna, assim é uma especie de voltar ao ultramar, basta meios relativamente simples e infantaria ligeira, é uma especie de cenário de F-35 vs cenario de Super Tucano, mais reduzida probabilidade de perdas humanas e materiais do que numa guerra na Europa, talvez ganhar alguns pontos políticos com a CPLP por nos importarmos com África e talvez (?), com os paises da UE, por nos oferecermos para cuidar dessa frente secundária libertando forças europeias de lá, como fizemos na RCA quando os franceses sairam de lá.

Mas mesmo indo nesta direção, como país NATO devemos sempre contribuir com o mínimo para a defesa da Europa, neste caso consido ter uma Companhia no Battlegroup que está na Roménia preparada para alta intensidade, prefiro perder a companhia de fuzileiros na Lituânia e irem para África, mas a companhia do exército na Roménia ser capaz a sério.
« Última modificação: Setembro 15, 2022, 11:56:16 pm por Lightning »
 

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Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #149 em: Setembro 16, 2022, 10:33:51 am »




Abraços
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!