Na minha modesta opinião o AW119 só deveria ser usado exclusivamente para treino. E no limite nunca deveria ter sido adquirido. Usá-lo como pau para toda a obra é mais por pelintrice e pelo estado de indigência das nossas FA's do que outra coisa. A opção pela sua aquisição não se baseou em nenhum critério técnico e operacional. Mas exclusivamente pelo preço. Não vale a pena fingir que não foi por isso. Se o EC125 fosse muito mais barato, apanhávamos com o Ecureuil.
A opcão mais adequada deveria ser por um heli bimotor com aptidão para treinamento e com mais alguma capacidade para executar essas missões. A opção original pelo EC635 estava correcta. Agora vamos ser sérios, este Koala como aeronave de asa rotativa fora do âmbito de treino de pilotos é uma perfeita treta. Mas o pobre tuga habituado a pilotar helis com 60 anos, acha o máximo. Era como estivesse habituado a conduzir um Fiat 127 no séc. XXI e de repente metem-lhe um Panda de 2020 nas mãos e ele dá pulos de entusiasmo. Acha que aquilo é o supra-sumo.
Completamente de acordo!!
O mal não será tanto o Kualita não ter o FLIR, o mal é a FAP ter este Heli a desempenhar outras missões sem ser a instrução, ou até como eu venho defendendo, desde a sua escolha, ter adquirido este Heli !
Este heli onde poderia e deveria estar era nas forças de segurança/protecção Civil, nunca na FAP.
Quando da substituição, muitíssimo tardia, do ALIII, a compra deveria ter recaido num bimotor de até 4 Tons, permitindo à FAP utilizar essa aeronave num espectro de missoes mais alargado, com mais capacidade e em condições de segurança de voo bem melhores que as do Kualita Civil.
A escolha, como o Major Alvega diz, foi pressionada pelo custo/unidade nada mais que isso, a prova-lo está o número de unidades adquirida, cinco, para desempenhar cinco missões, o que é completamente insuficiente para não dizer mesmo ridículo.
Como tal, se alguém pensa o contrário quanto ao motivo que levou a esta escolha, Está Redondamente Enganado !
Abraços