Guerra contra o terrorismo

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Lusitano89

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Re: Guerra contra o terrorismo
« Responder #210 em: Setembro 19, 2010, 11:11:08 pm »
Hipotético plano para assassinar o Papa pode ter marca da Al-Qaeda



A Al-Qaeda poderá ser responsável pela preparação de um ataque que tinha como objectivo assassinar Bento XVI em solo britânico. Informações recolhidas por fontes próximas de serviços secretos ocidentais vêem a marca da rede multinacional terrorista islamita liderada por Osama bin Laden na projecção de um ousado atentado de grande impacto mediático contra o Papa.

As autoridades britânicas, que gastaram mais de um milhão e meio de libras (1,8 milhões de euros) na operação de segurança Bento XVI, fizeram soar o alerta de ameaça terrorista depois de a Scotland Yard ter recebido uma série de informações "credíveis" na madrugada de sexta-feira.

No quartel-general da polícia britânica, os investigadores fizeram uma análise detalhada das informações e dos níveis de risco. Pressionados pelo tempo, os elementos da polícia avançaram no último momento para a detenção de cinco varredores, minutos antes de o grupo iniciar o turno da manhã nas ruas de Londres, às 5h45. Os suspeitos, todos de origem argelina, com idades entre os 26 e os 50 anos, são empregados de uma agência de serviços de limpeza, a Veolia Environmental Services, e preparavam--se para ir trabalhar precisamente nas artérias de Westminster em que Bento XVI viria a circular durante o dia. A meio da tarde, as autoridades prenderam mais um indivíduo relacionado com a "ameaça potencial" no depósito da Veolia, em Chiltern Street. À hora de fecho desta edição, as investigações continuavam na Veolia e nas casas dos seis suspeitos, no Norte de Londres.

"As missões da polícia foram revistas na sequência das detenções de hoje mas estamos satisfeitos com a nossa planificação, que julgamos permanecer bastante apropriada. O itinerário [do Papa] não mudou. Não há mudança no nível de ameaça ao Reino Unido", disse o porta-voz da Scotland Yard. A Polícia Metropolitana de Londres acrescentou em comunicado que os seis homens foram detidos pelas forças do Comando de Contraterrorismo ao abrigo do "Terrorism Act 2000" - legislação aprovada pelo parlamento britânico que confere poderes especiais às autoridades judiciais e policiais em casos de ameaça terrorista. A polícia montou uma grande operação de segurança para receber o Papa - à semelhança do que aconteceu em Portugal, em Maio, sem registo de qualquer incidente.

"Questão de tempo" Numa declaração premonitória na noite de quinta-feira, o chefe do MI5, o serviço britânico de informações domésticas, avisou que o Reino Unido iria enfrentar uma nova vaga de atentados terroristas dirigidos por radicais islamitas. "É apenas uma questão de tempo" até o Reino Unido ser vítima de um ataque de extremistas islamitas, disse Jonathan Evans.

A nacionalidade dos detidos leva as agências de segurança a olharem para a Al-Qaeda, porque a Argélia é um dos locais escolhidos para base de grupos jihadistas - por exemplo a Al-Qaeda do Magrebe. Recorde-se também que não é nova a ameaça da organização de Osama bin Laden aos símbolos da Igreja de Roma. Em Março, as autoridades italianas levaram muito a sério um discurso de Bin Laden que incitava ao ódio acusando Bento XVI de liderar uma "nova cruzada" contra o mundo muçulmano.

Ionline
 

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Snowmeow

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Re: Guerra contra o terrorismo
« Responder #211 em: Setembro 20, 2010, 03:31:35 pm »
Citar
Em Março, as autoridades italianas levaram muito a sério um discurso de Bin Laden que incitava ao ódio acusando Bento XVI de liderar uma "nova cruzada" contra o mundo muçulmano.

Bin Laden tá é caduco. Se eu fosse ele, me preocuparia mais com as canalhas evangélicas, do naipe de Edir Macedo, Silas Malafaia e outros ao redor do mundo. ELES SIM, estão preparando uma cruzada. E não é só contra os islâmicos não, é contra toda e qualquer outra fé que não a deles.
"Não corte uma árvore no Inverno; pois sentirás falta dela no Verão." Jairo Navarro Dias
 

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Lusitano89

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Re: Guerra contra o terrorismo
« Responder #212 em: Abril 29, 2011, 07:45:24 pm »
Polícia desmantela operação terrorista da Al-Qaeda na Alemanha




A polícia alemã desarticulou uma célula da Al-Qaeda composta por três homens nascidos em Marrocos que planeavam um atentado terrorista no país, que teria o seu 'ensaio geral' esta sexta-feira. Os três homens de origem marroquina foram detidos por volta das seis horas da manhã desta sexta-feira, segundo o diário espanhol El País.

Pertencentes a uma célula da Al-Qaeda, os indivíduos estariam a planear a operação há meses e residiam separadamente nas cidades de Bochum, Essen e Dusseldorf.

O ataque terrorista estava planeado para esta sexta-feira, e seria precedido por um 'ensaio geral' que foi, aliás, o que permitiu às autoridades deter os três homens.

A polícia alemã controlava as acções dos indivíduos há já vários meses através da monitorização dos seus computadores e telemóveis, tendo colocado também sob vigilância sete locais que estariam inseridos no plano terrorista.

Um dos homens detidos terá participado num campo de formação terrorista algures na Ásia, avança a CNN.

Os três indivíduos vão ser julgados no Sábado num tribunal da cidade de Karlsruhe.

O ministro do Interior alemão, Hans-Peter Friedrich, apontou que este caso mostra que «a Alemanha continua na mira do terrorismo internacional», exigindo mais «vigilância» às operações de segurança no país.

SOL
 

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brunopinto90

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Re: Guerra contra o terrorismo
« Responder #213 em: Maio 02, 2011, 09:31:48 am »
http://sol.sapo.pt/inicio/Internacional ... t_id=18065
http://noticias.terra.com.br/mundo/noti ... s+EUA.html

O Bin Laden finalmente está morto, ou parece que está! Deve ter sido morto pela CIA!
 

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brunopinto90

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Re: Guerra contra o terrorismo
« Responder #214 em: Maio 02, 2011, 09:32:57 am »
Num dos sites diz que foram os SEALs? Não sei temos que discutir isso!
 

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HSMW

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Re: Guerra contra o terrorismo
« Responder #215 em: Maio 02, 2011, 10:14:46 am »

 :mrgreen:
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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brunopinto90

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Re: Guerra contra o terrorismo
« Responder #216 em: Maio 02, 2011, 12:31:51 pm »
Gosto muito dessa série, são DELTA.

Mas a sério, isto não foi uma operação "covert ops" porque os SEALs estiveram envolvidos.
 

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Lusitano89

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Re: Guerra contra o terrorismo
« Responder #217 em: Maio 02, 2011, 06:45:41 pm »
Actividades terroristas podem aumentar com a morte de Bin Laden


A investigadora do Instituto de Estudos Estratégicos e Internacionais, Maria João Seabra, alertou hoje para o "expectável" aumento das atividades terroristas, sublinhando que a morte de Bin Laden não significa o fim da estrutura organizacional da Al-Qaeda.

"Vamos ver até que ponto é um passo positivo. Será expectável que haja algum recrudescimento de atividades terroristas. Não nos podemos esquecer que a Al-Qaeda é uma rede e como tal nenhum dos pólos que existe espalhado por todo o mundo estava diretamente dependente de Bin Laden", defendeu.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou no domingo à noite em Washington que Osama bin Laden foi morto no Paquistão por forças especiais norte-americanas. Segundo responsáveis, o líder da Al-Qaeda foi morto durante o ataque a um complexo nos arredores de Islamabad, onde a sua presença foi confirmada no final de abril.

Para a investigadora, a notícia ilustra a "dificuldade imensa" da luta contra o terrorismo, tendo em conta a capacidade de organização "muito difusa" da Al-Qaeda, mas também comprova a relação muito próxima entre o Paquistão e o Afeganistão.

"É uma notícia de que estávamos à espera ou que era expectável há muito tempo. De tal maneira era expectável que já quase se tinha perdido ou posto de lado a hipótese de alguma vez se encontrar Bin Laden. Nesse sentido, é uma notícia muito aguardada, mas ao mesmo tempo um pouco inesperada", acrescentou.

Sublinhando que a morte de Bin Laden não significa "de todo" o fim da luta contra o terrorismo, Maria João Seabra explica que a Al-Qaeda é uma rede e, como tal, "nenhum dos pólos que existe espalhado por todo o mundo estava diretamente dependente de Bin Laden".

"Não se pode confundir uma organização como a Al-Qaeda com uma estrutura organizacional tradicional. É um passo, mas não uma vitória definitiva na luta contra o terrorismo", reforçou.

A especialista do Instituto de Estudos Estratégicos e Internacionais aponta ainda a "sobriedade" da administração de Barack Obama, "sem grande mediatismo", o que denota uma "maneira mais eficaz na luta contra o terrorismo".

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Guerra contra o terrorismo
« Responder #218 em: Maio 05, 2011, 11:27:01 am »
Batalha antiterrorismo não acaba com morte de Bin Laden diz Hillary Clinton




A batalha contra o terrorismo não termina com a morte de Osama bin Laden, afirmou hoje em Roma a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, em conferência de imprensa conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Franco Frattini.
«Não esquecemos que a batalha para conter a Al Qaeda e seus aliados não termina com sua morte», declarou Hillary, que está em Roma para assistir a uma reunião do Grupo de Contacto sobre a Líbia.

A chefe da diplomacia norte-americana reconheceu, no entanto, que a morte de Bin Laden constitui «uma mensagem inequívoca da firme determinação da comunidade internacional de opor-se ao terrorismo».

A morte do inimigo número um dos Estados Unidos numa acção no território do Paquistão é um dos principais triunfos da administração do presidente Barack Obama desde que chegou à Casa Branca, em 2008.

Na quarta-feira, Obama decidiu não publicar as fotos que mostram o terrorista Bin Laden morto, segundo a rede de TV norte-americana CBS.

O presidente concedeu uma entrevista ao programa «60 Minutes», que irá para o ar no domingo, em que explica que uma simples imagem de Bin Laden morto poderia expor as tropas norte-americanas a um perigo desnecessário.

«O risco de publicar essas fotos é maior do que os benefícios. Os teóricos da conspiração em redor do mundo já vão dizer que as imagens foram alteradas, de qualquer maneira. E existe o risco de inflamar a opinião pública do Médio Oriente», explicou o presidente.

Segundo Obama, quando a Al Qaeda publica fotos de um militar norte-americano morto na internet a população dos Estados Unidos já reage com indignação.

«Osama bin Laden não é um troféu. Ele está morto e agora vamos continuar o nosso foco na luta para acabar com a Al Qaeda», acrescentou.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Guerra contra o terrorismo
« Responder #219 em: Maio 07, 2011, 04:22:16 pm »
Clérigo radical escapa a ataque de avião norte-americano não tripulado no Iémen



O clérigo radical Anuar al Awlaki, um dos supostos terroristas mais procurados no mundo, escapou sexta feira a um ataque perpetrado no sul do Iémen por um avião americano não tripulado, revelou a imprensa americana citando fontes governamentais. Na sua edição eletrónica, o The New York Times assinala que o alvo principal não foi alcançado pelo míssil lançado pela aeronave, mas morreram outros membros da Al-Qaeda.

Já o The Wall Street Journal refere que morreram no ataque os irmãos Musaid e Abdullah Al-Daghari que ao fugirem após o primeiro ataque foram alcançados por outro projétil lançado pelo avião não tripulado.

Anuar al Awlaki, cuja captura vivo ou morto foi ordenada pelo Governo norte-americano, começou a ganhar notoriedade quando foi acusado de manter contactos com o major americano Nidal Malik Hasan, que matou 13 pessoas em novembro de 2009 na base do Fort Hood, no Texas.

Além disso, assumiu ter sido o mentor do jovem nigeriano Faruk Abdulmutalab, que tentou deflagrar um engenho explosivo durante um voo comercial que acabaria por aterrar em Detroit a 25 de dezembro de 2009.

Anuar al Awlaki é a figura mais notória da Al-Qaeda na região, onde a organização tem campos de treino e se acredita que centenas de seguidores estão escondidos nas montanhas da região sul do país, principalmente na província de Shabua.

Lusa
« Última modificação: Maio 07, 2011, 05:09:31 pm por Lusitano89 »
 

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Desertas

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Re: Guerra contra o terrorismo
« Responder #220 em: Maio 07, 2011, 04:51:36 pm »
Provavelmente o raid dos Seal em Abbottabad além de ter alcançado a eliminação física do líder da Al-Qaeda Osama Bin Laden , terá conseguido pistas e informações para o paradeiro de outros líderes da organização terrorista espalhados pelo mundo . Se assim for este caso do clérigo radical Anuar al Awlaki provavelmente será o primeiro de muitos nos próximos tempos .

Um Abraço
God and the soldier all men adore
in time of trouble and no more
for when war is over and all things righted
God is neglected and the old soldiers slighted
 

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Lusitano89

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Re: Guerra contra o terrorismo
« Responder #221 em: Junho 11, 2011, 05:50:28 pm »
Chefe da Al-Qaeda na África Oriental foi morto na Somália



O suposto chefe da Al-Qaeda na África Oriental, Fazul Abdullah Muammad, morreu na quarta-feira passada em Mogadíscio, capital da Somália, informou neste sábado o chefe da polícia do Quénia, Mathew Iteere, confirmando uma informação dos rebeldes shebab.

"Recebemos esta informação das autoridades somalis. Disseram-nos que dois terroristas foram mortos na Somália na quarta-feira. Foram identificados como Fazul Mohammed e Ali Dere", declarou Iteere à AFP.

Segundo os serviços de segurança do governo de transição somali (TFG), dois membros dos shebab, um deles estrangeiro, foram mortos na madrugada de quarta no norte da capital somali durante um confronto num posto policial.

"Um dos mortos é Fazul Abdullah", declarou à AFP um dirigente dos shebab.

Suposto líder da Al-Qaeda na África Oriental, Fazul Abdullah Muhammad estava em fuga há dez anos dos norte-americanos, que ofereciam uma recompensa de 5 milhões de dólares pela sua cabeça.

Era um dos atores-chave dos atentados contra as embaixadas americanas em Nairóbi e Dar es-Salam, que deixaram 224 mortos em julho de 1998.

Também estava envolvido nos atentados anti-israelitas de Mombaça, que deixaram 15 mortos em 28 de novembro de 2002.

Naquele mesmo ano, ganhou a chefia das operações da Al-Qaeda para toda a África Oriental, segundo os serviços secretos norte-americanos.

Sapo/AFP
 

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linergy

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Re: Guerra contra o terrorismo
« Responder #222 em: Junho 14, 2011, 09:44:40 pm »
Essas noticias todas vêm daqui : http://educate-yourself.org/nwo/nwotavi ... cret.shtml
"Henry Kissinger, whose meteoric rise to power is otherwise inexplicable, was a German refugee and student of Sir John Rawlings-Reese at SHAEF. Dr. Peter Bourne, a Tavistock Institute psychologist, picked Jimmy Carter for President of the U.S. solely because Carter had undergone an intensive brainwashing program administered by Admiral Hyman Rickover at Annapolis. The "experiment" in compulsory racial integration in the U.S. was organized by Ronald Lippert, of the OSS and the American Jewish Congress, and director of child training at the Commission on Community Relations. The program was designed to break down the individual's sense of personal knowledge in his identity, his racial heritage. Through the Stanford Research Institute, Tavistock controls the National Education Association. The Institute of Social Research at the National Training Lab brain washes the leading executives of business and government."

Se conseguirem perceber vão achar extremamente interessante.
http://www.clubconspiracy.com/forum/f32 ... -4378.html
 

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Lusitano89

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Re: Guerra contra o terrorismo
« Responder #223 em: Setembro 11, 2011, 03:15:53 pm »
O 11 de Setembro dez anos depois: Um balanço
Alexandre Reis Rodrigues
 

 
O 11 de Setembro, ao contrário do que esperava Bin Laden, revelou-se um desastre para a al Qaeda; em vez de afastar os EUA do mundo islâmico, acabou por fazer aumentar a sua presença na zona e possibilitar um maior controlo americano sobre toda a região, o que reduziu a possibilidade de nascerem novos Estados islâmicos hostis ao Ocidente.

Não obstante esta realidade Bin Laden manteve sempre a obsessão de atacar de novo os EUA. Morreu, no entanto, sem a ver concretizada. É possível que a organização, agora sobre a liderança de Ayman al Zawahiri, esteja a tentar vingar a sua morte e demonstrar que ainda é capaz de fazer algo com grande impacto, mas a maioria dos especialistas não lhe reconhece capacidade de levar a cabo algo parecido com o 11 de Setembro.

Isto não diminui, no entanto, a possibilidade de criação de uma situação de grande insegurança, acompanhada ou não de novos atentados de dimensão menor, hipótese que elementares razões de prudência exigem que se tenha em conta. Em qualquer caso, é pertinente perguntar se será maior o risco agora, no momento em que faz precisamente uma década sobre esse terrível acontecimento, do que em qualquer altura.

Dizem os especialistas que se não houve ataque até agora não foi por falta de intenção; foi por falta de capacidade. Existisse esta, a organização não iria ficar à espera do momento mais adequado, muito menos da data de uma efeméride que, naturalmente, se encara como uma situação de alerta máximo. Enquanto esperassem, estariam a correr o risco de virem a ser detectados. A táctica do terrorismo, como se sabe, sempre foi tentar surpreender, procurar fazer o impensável, actuar quando menos se espera para ter o maior efeito.

Não obstante, esta situação, conforme faz notar Wlliam McCants no Foreign Affairs, o grande objectivo de Bin Laden de substituir os regimes seculares árabes por regimes islâmicos hostis ao Ocidente pode, hoje, estar mais perto de se tornar uma realidade e, curiosamente, por uma via democrática pacífica, precisamente, o contrário do que a al Qaeda preconizava.

De facto, essa possibilidade “está em cima da mesa”. Muitos receiam que a forma como, por exemplo, a Irmandade Muçulmana, e outras organizações semelhantes, se mostram dispostas a integrar o jogo político democrático, aproveitando a oportunidade aberta pela “Primavera Árabe”, pode não ser mais do que a adopção de uma simples alternativa à via violenta para chegar ao poder, mas sem alteração do objectivo.

É o que também parece mais preocupar Israel; pelo menos foi essa uma das principais mensagens que trouxe a Lisboa, no âmbito de um périplo mais alargado, o embaixador Dan Gillerman, para contactos com o Governo português e outras instituições nacionais. A preocupação não é descabida, é preciso reconhecê-lo. Basta lembrar o resultado das eleições na Palestina que levaram o Hamas ao poder, no meio de esperanças que nunca se confirmaram.

Aliás, sabe-se agora - pela análise da documentação recolhida na residência de Bin Laden - que Atiyya, o número dois de Ayman al Zawahiri, morto a 22 de Agosto no Paquistão num ataque com um UAV, lutava há já algum tempo contra o excesso gratuito de violência. Defendia, em alternativa, coligações alargadas incluindo os moderados, embora sem prejuízo do objectivo do regime islâmico que a al Qaeda visa. A propósito da revolução líbia, Atiyya chegou a alertar o movimento para a necessidade de se começar a planear a instalação de um Estado islâmico.

Este assunto é relevante para a questão do combate ao terrorismo porque a estabilidade e paz no Médio Oriente têm geralmente sido consideradas como condição para o fim do radicalismo islâmico. No entanto, mal grado a expectativa criada pela “Primavera árabe”, as perspectivas para a região não são animadoras. O provável, segundo vários especialistas, é que, com o fim dos regimes árabes seculares pró-ocidentais, um acordo entre Israel e a Palestina seja hoje mais difícil do que era anteriormente, se não se tornou mesmo impossível.

Os graves acontecimentos de ontem no Cairo, com o assalto à Embaixada de Israel, são também um mau prenúncio; ameaçam o acordo de paz entre Israel e o Egipto de 1979 que, aliás, a maioria dos egípcios parece pretende rejeitar, contra a vontade dos militares. Por outro lado, se a oposição síria não conseguir prevalecer sobre o regime de Assad, a actual disputa, entre Ankara e Teerão, pela influência na região, inclinar-se-á para o Irão, o que será o pior desfecho para a finalidade de promover estabilidade para a área.

Dito isto, que balanço se pode fazer dos dez anos da chamada “guerra contra o terror” conduzida pelos EUA, com o apoio dos seus aliados?

O objectivo principal da estratégia americana, evitar um segundo ataque em território americano, foi plenamente conseguido. Montou-se um quadro de segurança, incluindo aliados e amigos, muito mais sofisticado do que então existia. Melhoraram-se radicalmente as capacidades de recolha e partilha de informações, de tácticas e treino, aperfeiçoou-se o controlo de entradas nos aeroportos e portos. Evitou-se a repetição dos atentados de Londres e Madrid, conseguiu-se fazer abortar inúmeras tentativas de atentados contra cidadãos americanos.

O segundo objectivo, o desmantelamento da al Qaeda, tal como existia a 11 de Setembro, foi parcialmente atingido através de severas baixas nos seus quadros superiores e, sobretudo, com a perda do líder e do último número dois, ambos neste ano, o que deixa Zawahiri na expectativa de ser o próximo. No entanto, a organização foi capaz de se ramificar em organizações regionais (Iémen e Somália) e criar raízes em comunidades muçulmanas a viver em países ocidentais, o que, no seu conjunto, continua a constituir uma ameaça relevante. Em resultado desta situação, em especial os reveses que a al Qaeda sofreu, segundo Michael Hayden, antigo director da CIA, os atentados terroristas do futuro poderão ser menos bem organizados, menos complexos e letais, mas serão, provavelmente, mais numerosos.

Estas circunstâncias não permitem dar por concluída a guerra contra o terror mas os termos em que se desenvolverá, no futuro, deixarão de requerer, como aconteceu de início, respostas predominantemente militares.

Jornal Defesa
 

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linergy

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Re: Guerra contra o terrorismo
« Responder #224 em: Setembro 13, 2011, 09:27:57 pm »
Fotos tiradas do Helicoptero da policia e outras.
http://pt.scribd.com/doc/282415/Militar ... win-Towers