Futebolistas deixam de ter taxa especial

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ricardonunes

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Futebolistas deixam de ter taxa especial
« em: Julho 21, 2006, 10:48:45 pm »
Futebolistas deixam de ter taxa especial
O Clero é outro exemplo cuja taxa de desconto também vai ser revista.

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Os futebolistas vão passar a descontar como qualquer outro trabalhador para a Segurança Social, anunciou o ministro do Trabalho e Segurança Social, esta sexta-feira. Vieira da Silva diz que a taxa especial que era exigida aos jogadores deixa de fazer sentido, a partir do momento em que a pensão passa a ser calculada com base em toda a carreira contributiva.

A intenção do Governo é caminhar para a taxa social única, embora admita manter alguns regimes especiais em que o tratamento especial se justifica. Mas o caso do Clero também deverá ser revisto. Os sindicatos que estiveram presentes na reunião da Concertação Social concordam.

Sobre a penalização das reformas antecipadas também há novidades. Por cada ano de antecipação, o Governo pretende agora penalizar em 6% a pensão requerida após os 60 anos e 6,5% antes dos 60, anulando assim a penalização sugerida anteriormente de 7% e 7,5% respectivamente.

:festa:
Finalmente uma medida justa, principalmente para quem paga impostos mensalmente.

Entretanto as reacções:
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Sindicato contra fim da taxa reduzida
O presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol mostrou-se hoje contra o fim do regime especial de taxas reduzidas para os atletas, defendida pelo Ministro do Trabalho e da Segurança Social, José Vieira da Silva.

"A profissão de futebolista é de curta duração e desgaste rápido. É certo que alguns auferem salários muito elevados, mas a grande maioria tem problemas graves", afirmou Joaquim Evangelista à agência Lusa.

O presidente do SJPF lembrou ainda que os futebolistas são "desde muito cedo obrigados a abandonar a escola" e, como não renovam os seus conhecimentos, acabam por ficar desempregados no final da carreira.

"Os futebolistas não têm hábitos de poupança", lamentou Evangelista, que recordou ainda que muitos atletas sofrem lesões incapacitantes.

Outra das questões levantadas por Joaquim Evangelista é o facto de "muitos clubes não fazerem descontos para a Segurança Social", havendo ainda outros que "fazem contratos paralelos" para evitarem fazer estes pagamentos.

"O regime actual assenta em razões objectivas e justas. Um governo tem de ter em consideração a natureza da profissão", afirmou o líder sindicalista.

Joaquim Evangelista criticou ainda o governo socialista por este estar a "atentar contra o princípio da igualdade", metendo no mesmo saco situações diversas.

"(O Governo) Não pode confundir o mundo do futebol com os futebolistas, nem pode comparar o Figo ou o Cristiano Ronaldo com aqueles que nada recebem ou que recebem tarde ou a más horas", disse o presidente do SJPF.

Segundo Evangelista, "o Sindicato não aceita o argumento hipócrita e fácil de usar", de que os futebolistas "são uma classe muito bem paga".

"Convido o ministro a visitar o estágio dos jogadores desempregados, que está a decorrer no Jamor, para saber quais são os reais problemas da profissão", concluiu Joaquim Evangelista.

O Ministro do Trabalho e da Segurança Social deu hoje o exemplo dos futebolistas quando falava, à saída da reunião em sede de concertação social, da uniformização dos regimes especiais de taxas reduzidas.

Para José Vieira da Silva "há situações que se justificam e só essas se deverão manter", sendo que os jogadores de futebol, por exemplo, beneficiam de uma taxa reduzida por terem vencimentos mais elevados no início da carreira.

Contudo, com a entrada em vigor da nova fórmula de cálculo das pensões, que tem em conta toda a carreira contributiva, tal regime especial deixa de se justificar, segundo o governante.

Fonte: Lusa


Gosto em especial deste pretexto.

"Os futebolistas não têm hábitos de poupança"
Potius mori quam foedari