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Economia => Mundo => Tópico iniciado por: comanche em Junho 02, 2007, 04:24:22 pm

Título: Venezuela: Embaixador rejeita guerra contra portugueses
Enviado por: comanche em Junho 02, 2007, 04:24:22 pm
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O Embaixador da Venezuela em Lisboa, Lucas Ricón Romero, tranquilizou hoje os empresários portugueses na Venezuela ao garantir que «não há uma guerra contra os luso-venezuelanos» quando os estabelecimentos são fiscalizados ou encerrados.

«Os portugueses podem estar descansados e tranquilos. Não há uma guerra contra os luso-venezuelanos», garantiu o embaixador em entrevista à Agência Lusa.

Nos últimos meses, dezenas de supermercados, padarias e restaurantes de portugueses, em diferentes cidades venezuelanas, foram encerrados por «incumprimento dos deveres formais».

A quase simultaneidade dos encerramentos deixou os comerciantes lusos apreensivos e originou rumores sobre a existência de eventuais mecanismos de pressão sobre os empresários relacionados com a passagem de um regime capitalista para uma economia socialista, liderada pelo presidente Hugo Chávez.

Ainda na sexta-feira, as autoridades venezuelanas iniciaram uma operação «de verificação dos inventários» de duas importantes redes de supermercados de empresários portugueses.

Lucas Ricón Romero adiantou que podem ser encerados estabelecimentos de portugueses, de venezuelanos, italianos ou espanhóis.

«Pagar impostos não era uma cultura na Venezuela. Praticamente ninguém pagava impostos. E agora o sistema mudou», salientou.

O embaixador, que acompanhou a visita que o secretário de Estado das Comunidades portuguesas, António Braga, efectuou na semana passada à Venezuela, adiantou que as autoridades fiscalizadoras estão disponíveis para prestar todo o apoio aos luso-venezuelanos.

De acordo com Ricón Romero, o superintendente do Serviço Nacional Integrado da Administração Alfandegária e Tributária está disposto a dar conferências junto da colónia luso-venezuelana para tirar dúvidas sobre o novo sistema tributário e, se for necessário, criar um gabinete especialmente destinado aos portugueses.

«Para evitar mais encerramentos ele ofereceu-se para dar conferências e criar uma equipa de trabalho visando dar mais atenção aos luso-venezuelanos», salientou.

Destacando a importância que a comunidade portuguesa assume na Venezuela, o diplomata sublinhou que os emigrantes portugueses não são tratados como estrangeiros.

«Não se fala em portugueses mas sim em luso-venezuelanos, eles já vivem na Venezuela há muitos anos», sustentou.

Na Venezuela vivem cerca de 600 mil portugueses e luso-descendentes.

Ricón Romero considerou «excelentes» as relações actuais com Portugal, adiantando que «foram fortalecidas» com a recente visita que o secretário de Estado das Comunidades efectuou ao país.

Durante a deslocação, António Braga manteve encontros com vários ministros e com o vice-presidente venezuelano no sentido de se estabelecer «uma maior aproximação entre os dois países».

«A Venezuela tem actualmente 274 mil milhões barris de petróleo, a maior reserva que existe no mundo, e tem toda a abertura para países amigos que queiram investir e desenvolver a economia», defendeu.

O embaixador adiantou que a Venezuela está interessada em conhecer melhor a realidade portuguesa das energias, como a solar e a eólica, estando neste momento os dois países a dar início a um trabalho conjunto nesse secctor.

Diário Digital / Lusa

Título:
Enviado por: Von Einsamkeit em Junho 02, 2007, 07:45:53 pm
Ele vai afundar a venezuela, com seu esquerdismo doentio
Título:
Enviado por: SSK em Junho 02, 2007, 10:33:56 pm
Mais uma prova que as ditaduras não são só de direita, nem fascistas... :?
Título:
Enviado por: oultimoespiao em Junho 04, 2007, 12:18:44 am
Com um pouco de spin o louca ainda vai comparar o chavez a madre teresa...
Título:
Enviado por: Duarte em Junho 04, 2007, 12:30:44 am
Começa com o fim da liberdade de imprensa, de expressão..
Não tarda a ser mais um paíso socialista como Cuba  :roll:

Os dinosauros da esquerda falam do passado ad nauseum, fachos, PIDE e censura e  :sil:

http://news.bbc.co.uk/2/hi/americas/6696699.stm
Título:
Enviado por: oultimoespiao em Junho 04, 2007, 12:40:28 am
Pois e so se fala do que convem... Esta mencionado na cassete #1
Título:
Enviado por: comanche em Junho 08, 2007, 01:15:43 am
Venezuela: «alerta patriota» contra portugueses


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Organizações falam de «nova conspiração» imperialista e apelam a uma «resposta contundente» contra as grandes redes de supermercados
 
Duas organizações venezuelanas colocaram cartazes em várias zonas de Caracas com um «alerta patriota» aos simpatizantes do Presidente Hugo Chávez contra uma «nova conspiração» imperialista e para organizarem comités de controlo de abastecimento de alimentos nas redes de supermercados, noticia a Lusa.

O cartaz, de um tamanho considerável e colocado em zonas com muito trânsito, inclui, na parte superior, a expressão «Plano oligarcas tremei» em letras vermelhas com fundo amarelo, seguido pela mensagem «Alerta patriotas!».

O cartaz adverte que «uma nova conspiração está em marcha» e precisa que, desta vez, «não é a RCTV», o canal de televisão que deixou de emitir há 11 dias porque não lhe foi renovada a concessão, mas sim «o imperialismo», apelando a uma «resposta contundente...»

«Ante a falta de abastecimento e açambarcamento, organiza os Comités Populares de Controlo de Alimentos, nos Centros de Abastecimento», lê-se ainda no cartaz que explica, entre parêntesis, que esses centros de abastecimento são «(grandes redes de supermercados)».

Na Venezuela, as grandes redes de supermercados e de distribuidoras de alimentos são, na sua quase totalidade, propriedade de empresários portugueses.

O alerta, assinado pela Frente Nacional Camponês Ezequiel Zamora e pela Frente Nacional Comunal Simón Bolívar, insta à defesa territorial de cada comunidade. O cartaz apela ainda ao combate à «guarimba», palavra usada pelos afectos ao actual regime para se referirem a acções de instabilidade e vandalismo, e pelos opositores para se referirem a acções de resistência e dissidência.



Parece que mais cedo ou mais tarde os portugueses verão os seus negócios prejudicados pela politica de chavez.
Título:
Enviado por: p_shadow em Junho 08, 2007, 03:57:12 am
Espero que não seja a 2ª vaga de Retornados...  :(


Cumptos
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Junho 08, 2007, 03:17:05 pm
O Chavez não está a brincar em serviço:

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Fonte: Estado de Sao Paulo


Chávez propõe pacto militar na Alba

Venezuela, Bolívia, Cuba e Nicarágua fariam acordo prevendo cooperação nas áreas militar e de inteligência

EFE, AP E AFP

Caracas - O presidente venezuelano, Hugo Chávez, propôs a assinatura de um pacto de defesa entre Cuba, Nicarágua, Bolívia e Venezuela - os países membros da Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba). “Parece que chegou o momento de acertarmos uma estratégia de defesa conjunta para que ninguém possa cometer nenhum erro contra os nossos povos”, disse Chávez na noite de quarta-feira, durante a cerimônia de encerramento da primeira reunião de representantes da Alba, em Caracas.

Segundo o presidente venezuelano, o pacto é necessário por causa “do terrorismo e agressão permanentes dos EUA” na região. Ele permitiria compartilhar equipamentos e incluiria outras formas de cooperação militar, além dos serviços de inteligência.

Durante o encontro em Caracas, Chávez criticou os países que firmaram acordos de cooperação militar com os EUA e anunciou a criação de um banco de desenvolvimento para financiar projetos conjuntos entre os países da Alba. “Somos forçados a avançar cada dia mais rapidamente e de forma mais precisa”, disse o presidente venezuelano.

Criada por iniciativa do líder cubano Fidel Castro, a Alba inicialmente era uma alternativa ao extinto projeto da Aliança de Livre Comércio das Américas (Alca), impulsionado pelo governo americano. Além de Venezuela, Cuba, Nicarágua e Bolívia, o Equador, governado pelo esquerdista Rafael Correa, também estuda sua adesão ao bloco, cujo objetivo declarado é ampliar a integração e combater a influência dos EUA sobre os países da região.

De acordo com Chávez, a Alba deve se transformar no futuro numa “confederação de Estados”. “Devemos nos ver como um projeto de uma grande nação, que transcenderá os espaços nacionais - uma Confederação dos Estados da Alba”, explicou o presidente venezuelano. “Só unidos poderemos ser livres para desenvolver nossa própria visão de mundo.”

AJUDA MILITAR

Em maio do ano passado, a Venezuela já havia assinado um pacto de cooperação militar com a Bolívia, que prevê a construção de um porto e de uma base militar em território boliviano. O acordo também inclui a colaboração na “gestão de crises”, abrindo espaço para o envio de soldados venezuelanos em casos de conflito interno no país aliado.

O rápido avanço do programa de reaparelhamento militar promovido por Chávez na Venezuela tem causado preocupações em relação a uma possível corrida armamentista na região. Hoje, o líder venezuelano está negociando com a Rússia a compra de mísseis ar-superfície capazes de atingir alvos a distâncias superiores a 150 quilômetros.

Além disso, nos últimos meses Chávez comprou fuzis e caças russos e tentou adquirir lanchas de patrulha da Espanha. Segundo algumas fontes, até o fim do ano ele espera concluir uma encomenda de pelo menos 600 blindados.

Fiz um questionário no DB em que coloquei:

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O que fazer?

Dar-lhe uma "prenda" de 7.62...    

...dar-lhe uma "prenda" de 7.62...    
 
ou ainda, dar-lhe uma "prenda" de 7.62!!!
Título: Chavez
Enviado por: fischt75 em Agosto 28, 2007, 11:55:57 pm
Chavez é um problema real.
As suas idas ás compras apontam para isso.
Para Chavez e para os Venezuelanos, há ainda  uma questão chamado Guiana!!!
Tentem comparar a subida ao poder de Chavez e Hitler, conseguem ver alguma semelhança!!!
Para os que gozam da liberdade DEMOCRATICA tentem olhar para lá do vosso ego e não queiram viver as experiências dos nossos avós, dum Salazar que nos deixou com um atraso de 30 anos em relação aos restantes países da Europa
Título:
Enviado por: Luso em Agosto 29, 2007, 12:37:19 am
Comparar Salazar a Chavez?  :shock:
Título:
Enviado por: Bravo Two Zero em Agosto 29, 2007, 12:58:46 am
Citação de: "Luso"
Comparar Salazar a Chavez?  :shock:



 :rir:  :rir:

O Gualter deve ser um apoiante fervoroso do "Plan Zamora" bolivariano
Título:
Enviado por: HELLAS em Agosto 29, 2007, 12:07:16 pm
O atual governo Veneçolano e una vergonha, una ditadura totalitaria. Ja lei por aqui que a esquerda portuguesa nao fala nada disso, pois ca em Espanha ate alguns riem as graças que faz este ditador.
Em sul america passou-se das ditaduras em Argentina, Chile...ou dos governos donhos de tudo, para as ditaduras esquerdistas de Evo Morales, Chavez e Fidel Castro, mas claro estas sao boas.
Título:
Enviado por: Aponez em Agosto 29, 2007, 01:04:16 pm
Para bem ou para mal, Chavez é un presidente elexido democráticamente tanto se gostamos de el como se non, cuando toquen as proximas eleccións os Venezolanos deben ser os que escollan un novo presidente, e en teoría xa non estaría Chavez xa que esta limitado a 2 mandatos e este é o segundo, por tanto toca agardar ate as proximas eleccións ¿ou é que a democracia só vale cuando ganha quen eu quero?  :roll:
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 29, 2007, 03:13:51 pm
Estás mal informado, essa limitação já não existe, ele alterou a legislação.  :roll:
Título:
Enviado por: HELLAS em Agosto 29, 2007, 04:06:58 pm
Citação de: "Aponez"
Para bem ou para mal, Chavez é un presidente elexido democráticamente tanto se gostamos de el como se non, cuando toquen as proximas eleccións os Venezolanos deben ser os que escollan un novo presidente, e en teoría xa non estaría Chavez xa que esta limitado a 2 mandatos e este é o segundo, por tanto toca agardar ate as proximas eleccións ¿ou é que a democracia só vale cuando ganha quen eu quero?  :roll:


Aixo mateix t´anaba a dir, ell mateix a fet les lleis a la seva mida i d´aquesta manera no fa falta estudier molt per veure que aquet ninot va d´un pal no massa democratic.
Título:
Enviado por: Aponez em Agosto 29, 2007, 04:49:46 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Estás mal informado, essa limitação já não existe, ele alterou a legislação.  :? (eu non son tan optimista :roll:
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Agosto 29, 2007, 05:20:35 pm
O HELLAS, resumidamente, escreveu que Chávez manipula a leis conforme mais lhe convém para garantir a manutenção no poder...basicamente o Catalão é uma mistura de castelhano com francês (just joking) c34x
Título:
Enviado por: Aponez em Agosto 29, 2007, 05:34:45 pm
Citação de: "PereiraMarques"
O HELLAS, resumidamente, escreveu que Chávez manipula a leis conforme mais lhe convém para garantir a manutenção no poder...basicamente o Catalão é uma mistura de castelhano com francês (just joking) :wink:
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Agosto 29, 2007, 05:47:23 pm
Uma boa forma de ver algumas semelhanças entre os vários idiomas ibero-românicos é consultar páginas da wikipedia noutro idioma, que não o seu, acerca de um assunto que a pessoa conheça/domine, no seu caso como galego e espanhol aconselho:

http://ca.wikipedia.org/wiki/Espanya (http://ca.wikipedia.org/wiki/Espanya)
http://ca.wikipedia.org/wiki/Gal%C3%ADcia (http://ca.wikipedia.org/wiki/Gal%C3%ADcia)
http://ca.wikipedia.org/wiki/Gallec (http://ca.wikipedia.org/wiki/Gallec)

Ou seja, com boa vontade, percebe-se quase todo... :wink:
Título:
Enviado por: HELLAS em Agosto 29, 2007, 06:47:30 pm
Citação de: "Aponez"
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Estás mal informado, essa limitação já não existe, ele alterou a legislação.  :? (eu non son tan optimista :roll:


Sin problema Oponez, me hacia gracia hablar en mi otro idioma al ver que tu tambien lo haces.
Título:
Enviado por: HELLAS em Agosto 29, 2007, 06:50:44 pm
Citação de: "PereiraMarques"
O HELLAS, resumidamente, escreveu que Chávez manipula a leis conforme mais lhe convém para garantir a manutenção no poder...basicamente o Catalão é uma mistura de castelhano com francês (just joking) c34x


Pois eu pemso que tem coisas do Castelhano, do Portugues , do Occitano e um pouco de frances.
Na lingua portuguesa a coisas que no castelhano antigo eran igual. Ja vi escritos em castelhano a utilizar a letra Ç, letra que ainda em catalao manten-se.
Estudiar as similitudes e diferemças das linguas e muito fixe.
Título:
Enviado por: Lancero em Agosto 29, 2007, 07:15:04 pm
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Venezuela: Proposta de reeleição presidencial indefinida é "muito impopular"

Caracas, 29 Ago (Lusa) - O projecto de reforma da Constituição venezuelana  entregue pelo presidente Hugo Chávez ao parlamento contém aspectos "muito  impopulares", como o prolongamento do mandato presidencial e a reeleição  indefinida do Chefe de Estado, referiu hoje uma empresa de sondagens.  

     

   "Neste momento a balança não favorece abertamente a proposta presidencial.  Continua a ser muito impopular a proposta de reeleição indefinida e de extensão  do mandato presidencial (de seis para sete anos). Os argumentos que a apoiam  são muito mais frágeis do que os que suportam o repúdio à proposta", disse  o director da empresa Hinterlaces, Oscar Schemel.  

     

   O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, entregou, a 15 de Agosto, durante  uma sessão extraordinária do parlamento, uma proposta para reformar 33 dos  350 artigos da Constituição Nacional, com o objectivo de avançar com a implementação  de um regime de "socialismo do século XXI", prevendo, entre outras mudanças,  prolongar a duração do mandato presidencial de seis para sete anos com reeleição  imediata.  

     

   Segundo Oscar Schemel, na última sondagem realizada pela Hinterlaces  em dez Estados do país, a popularidade de Hugo Chávez é de 45 por cento,  pelo que "é a primeira vez que o presidente chegará a um processo eleitoral  sem ter maioria, sem uma vantagem significativa", no referendo para aprovação  das mudanças constitucionais propostas, que deverá realizar-se até Dezembro.  

     

   Por outro lado, referiu que "o povo está preocupado com tudo o que se  relaciona com as liberdades democráticas e o direito à propriedade privada"  e que poderá haver um processo de aceleramento do debate e aprovação da  proposta para manter "o povo desinformado e nessa medida ter maiores oportunidades".  

     

   No seu entender, se a oposição conseguir "estabelecer uma estratégia  pedagógica que ajude o povo a pensar sobre as ameaças e perigos desta reforma,  as forças democráticas terão muito mais oportunidades".  

     

   O presidente venezuelano Hugo Chávez foi reeleito, em Dezembro de 2006,  para um mandato de seis anos, com 7.309.080 votos (62,84 por cento) dos  11.790.397 (74,69 por cento) que votaram.  

     

   O principal candidato opositor obteve 4.292.466 votos, correspondendo  a 36,9% do total de votos depostos.  

     
Título:
Enviado por: fischt75 em Agosto 29, 2007, 08:17:30 pm
Citação de: "Aponez"
Para bem ou para mal, Chavez é un presidente elexido democráticamente tanto se gostamos de el como se non, cuando toquen as proximas eleccións os Venezolanos deben ser os que escollan un novo presidente, e en teoría xa non estaría Chavez xa que esta limitado a 2 mandatos e este é o segundo, por tanto toca agardar ate as proximas eleccións ¿ou é que a democracia só vale cuando ganha quen eu quero?  :roll:


Como qualquer apoiante a Chavez não convem dizer que Chavez foi ao Parlamento Venezuelano para INDIRECTAMENTE se tornar num real DITADOR.
Título:
Enviado por: Aponez em Agosto 29, 2007, 08:21:04 pm
Fischt75, son español non venezolano e non tenho precisamente agrado pro Chavez, pero as regras son as regras, ele ganhou unhas eleccións e toca agardar ate as seguintes para o poder cambiar, e isso se van adiante os cambios que quer fazer na constitución venezolana, se non van terá de se ir ó rematar o seu mandato :twisted:
Título:
Enviado por: fischt75 em Agosto 30, 2007, 08:13:24 pm
Citação de: "Aponez"
Fischt75, son español non venezolano e non tenho precisamente agrado pro Chavez, pero as regras son as regras, ele ganhou unhas eleccións e toca agardar ate as seguintes para o poder cambiar, e isso se van adiante os cambios que quer fazer na constitución venezolana, se non van terá de se ir ó rematar o seu mandato :twisted:


Já dizia o meu falecido avó que era muito politizado, “as leis foram feitas pelos homens e passivas de serem manipuladas por outros, basta ser manipulador”.
A constituição na Venezuela existe, mas Chavez é um manipulador nato como qualquer ditador para chegar ao Poder precisa do apoio das massas como aconteceu com Hitler Mussolini criando as (juventude Ariana, Camisas negras) respectivamente.
Ninguém que quer exercer a democracia vai ao parlamento depois de mudar varias vezes a constituição a seu favor e pedir para ser presidente vitalício “CERTO”!!!!, o parlamento Venezuelano está pejado de “fantoches” nas mãos de Chavez, basta olhar para os pescoços com lenços vermelhos.
Na Alemanha de Hitler usaram a raça ariana, Itália de Mussolini que eram descendentes do grandioso Império Romano e que o deveriam reconquistar, Zimbabwe de Mugabe as terras são do povo, Salazar era ministro da economia e virou presidente até que uma abençoada cadeira…, Pol Pot, é preciso mais!!!??? a História moderna está carregada de nomes, é só procurar… Chavez usa o termo América do sul Bolivariana!!! Alguém vê semelhanças nos discursos?
Venezuela para os Venezuelanos desde que deixem em paz os nossos 600.000 portugueses que lá vivem e trabalhão. Que a Venezuela não se transforme em mais uma espécie de Ex. Descolonização forçada Tipo retornados de Angola e Moçambique.
Título:
Enviado por: Lancero em Setembro 02, 2007, 09:09:15 pm
A loucura mais recente...

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September 2, 2007
Chavez vows revenge for Falklands war
Martin Arostegui, Santa Cruz

IN a new outburst of antiwestern sabre-rattling, President Hugo Chavez of Venezuela has threatened Britain with "revenge" for the Falklands war of 1982. The belligerent Latin American leftist warned last week that his recent build-up of sophisticated Russian and Iranian weapons would be used to destroy the British fleet if it attempted to return to the South Atlantic.

Speaking on his weekly television show Alo Presidente (Hello, Mr President), Chavez denounced what he described as Britain's "illegal occupation" of the Falklands and repeated his call for a regional military alliance against Britain and the United States.

"If we had been united in the last war, we could have stopped the old empire," Chavez said, as he gesticulated to maps showing how Venezuelan aircraft and submarines would intercept British warships. "Today we could sink the British fleet."

Chavez has often expressed support for Argentina's claim to the Falklands, but his latest broadside was notable for both its antiBritish vitriol and its unprecedented threats. He declared that British history was "stained with the blood of South America's indigenous people" and demanded revenge for the "cowardly" sinking of the General Belgrano, the Argentine cruiser.

Western diplomats have long grown used to harangues from Chavez, who announced this weekend that he would negotiate with guerrillas holding dozens of hostages in Colombia, including three US contractors and Ingrid Betancourt, a French-Colombian abducted as she campaigned for president in 2002. But US and British officials have recently become more concerned by his willingness to lavish billions of dollars from Venezuela's soaring oil income on military capabilities.

On his TV programme, Chavez introduced a group of 30 Venezuelan pilots who were trained in Russia to fly a squadron of 24 Sukhoi SU-30 multi-role fighters. The aircraft were part of a $3 billion armaments deal with Moscow.

Chavez has also bought 100,000 AK-47 assault rifles and negotiated to set up a Kalashnikov factory in Venezuela. He has reportedly ordered nine Russian diesel submarines, including the cruise missile-carrying 677E Amur-class vessel.

The Venezuelan pilots told him they would soon be training with medium-range BrahMos missiles, a supersonic antiship cruise missile jointly developed by India and Russia.

US officials also fear that Chavez may be seeking nuclear technology from his contacts with Iran and North Korea. He is discussing a possible joint programme with Tehran to build an unmanned drone aircraft similar to the American Predator and has long been engaged in a regional attempt to promote military cooperation against the US.

So far most of his neighbours have shied away from confrontation with Washington, but Chavez is continuing to press for the creation of a "single South American army".

His outspoken attacks on Britain and his support for Buenos Aires have gone down well in Argentina, where President Nestor Kirchner's wife, Cristina, is the favourite to succeed her husband in elections next month.

While there is no indication that either of the Kirchners wants to precipitate a new crisis over the Falklands, military analysts say Venezuela's lengthening military reach might seriously impede any British attempt to dispatch a new task force.


Fonte (http://http)
Título:
Enviado por: Lancero em Setembro 07, 2007, 09:50:44 pm
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Venezuela: Portugueses temem fim da propriedade privada, Roberto Silva

Caracas, 07 Set (Lusa) - O presidente da Câmara do Porto Santo manifestou hoje a apreensão da comunidade portuguesa na Venezuela quanto ao futuro do país, nomeadamente quanto à eventualidade de a reforma constitucional do presidente Hugo Chávez eliminar o direito à propriedade privada.  

     

    O autarca madeirense, Roberto Silva, iniciou domingo uma visita de sete dias àquele país latino-americano, para saber "como é que (a comunidade portuguesa) está a ver todas estas transformações que estão a acontecer na Venezuela" na sequência da implementação, no país, de um regime de "socialismo do século XXI".  

     

    Segundo o autarca "as pessoas estão apreensivas em relação a todas estas novas situações" principalmente com a possibilidade de uma eventual aprovação da proposta de reforma constitucional proposta pelo presidente Hugo Chávez eliminar o direito à propriedade privada.  

     

    "O direito de propriedade é um dos aspectos que todos eles me disseram estar a preocupar bastante, porque não haver direito de propriedade é um pouco complicado para quem trabalhou uma vida e tem tudo aqui na Venezuela", disse.  

     

    No entanto, opinou que "quem vive na Venezuela há tantos anos ou quem vem cá à Venezuela nunca mais esquece este país" e que os portugueses estão aferrados ao país.  

     

    "Não querem sair de cá, acreditam que, independentemente das transformações que se possam vir a fazer, a Venezuela irá vencer novamente esta batalha", defendeu.  

     

    Por isso deixa "uma mensagem de esperança" à comunidade lusa, principalmente aos madeirenses e porto-santenses, "na certeza de que a Venezuela é realmente apaixonante": "Continuem a lutar por aquilo que acreditam e dentro das possibilidades ajudem a construir uma Venezuela melhor".  

     

    O artigo 115 da constituição vigente na Venezuela estipula que "se garante o direito de propriedade. Toda pessoa tem direito ao uso, gozo, desfrute e disposição dos seus bens(...)".  

     

    No passado dia 15 de Agosto o presidente Hugo Chávez entregou ao parlamento venezuelano uma proposta para reformar 33 dos 350 artigos da Constituição Nacional que prevê, entre outros câmbios, prolongar a duração do mandato presidencial de seis a sete anos com re-eleição imediata.  

     

    Na proposta, o presidente venezuelano propõe que o mesmo artigo estipule que "se reconhecem e garantem as diferentes formas de propriedade" e estabelece cinco novos tipos de propriedade, pública, social indirecta, colectiva, mista e privada.  

     

    Define como privada "aquela que pertence a pessoas naturais ou jurídicas e que se reconhece sobre bens de uso e consumo, e meios de produção legitimamente adquiridos".  

     

    Estabelece ainda que "(...) poderá ser declarada a expropriação de qualquer classe de bens, sem prejuízo da faculdade dos órgãos do Estado, de ocupar previamente, durante o processo judicial, os bens objecto de expropriação...".

     

     
Título:
Enviado por: comanche em Setembro 23, 2007, 05:36:28 pm
Na Venezuela deputados e portugueses discutem receios sobre perda de direito a propriedade privada

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O receio de que a reforma constitucional elimine direitos como o da propriedade privada foi um dos temas principais de uma reunião entre um grupo de deputados afectos ao regime do presidente Hugo Chávez e elementos da comunidade portuguesa.
 


A troca de impressões teve lugar durante uma "sessão de debate sobre a reforma constitucional", promovida pela Assembleia Nacional, que se realizou junto a uma das entradas do parlamento e na qual participaram membros das comunidades europeias (portuguesa, espanhola e italiana).

O deputado Carlos Escarrá respondeu às perguntas da comunidade lusa, que assentaram principalmente no receio de perder o direito à propriedade privada e na insegurança.

Escarrá explicou que o artigo 115 da Carta Magna actual "tem um erro" ao estipular que "toda pessoa tem direito ao uso, gozo, desfruto e disposição dos seus bens" porque "os atributos da propriedade são uso, gozo e disposição" e "gozo e desfrute são a mesma coisa".

O deputado sublinhou que "nenhuma Constituição do Mundo constitucionaliza os atributos da propriedade" e que com a inclusão da palavra desfrute "se criava um erro jurídico" com "consequências jurídicas que poderiam ser realmente graves para a propriedade venezuelana".

Escarrá explicou que a reforma constitucional proposta pelo presidente Hugo Chávez estipula que "se reconhecem e garantem as diferentes formas de propriedade" entre elas a "privada, aquela que pertence a pessoas naturais ou jurídicas e que se reconhece sobre bens de uso e consumo e meios de produção legitimamente adquiridos".

Segundo Carlos Escarrá "o uso, gozo e disposição, já estão de maneira clara e sempre estiveram no (artigo) 539 do Código Civil".

"Em matéria de direito, dos direitos dos cidadãos, posso fazer tudo aquilo que não esteja expressamente proibido. Em nenhum momento a Constituição (reforma) proíbe o uso, gozo ou disposição da propriedade privada", sublinhou.

No seu entender, "as perguntas (da comunidade portuguesa) são coincidentes porque a linha dos meios de comunicação privados, também é coincidente".

"Têm um primeiro eixo que é a propriedade privada, um segundo o Banco Central (autonomia), um terceiro que são os sistemas de produção e de vez em quando a geometria do poder", concluiu.

O presidente Hugo Chávez entregou ao parlamento, a 15 de Agosto, uma proposta para reformar 33 dos 350 artigos da Constituição Nacional, prevendo, entre outras mudanças, introduzir novos conceitos de propriedade, pública, social (comunal ou estatal), colectiva e privada.

A não inclusão da palavra "disposição" ou "desfrute" tem levantado interrogantes junto da comunidade lusa principalmente perante a possibilidade de estarem a ser eliminados alguns direitos.

 
Título:
Enviado por: comanche em Outubro 01, 2007, 11:42:27 am
Venezuela: "Portugal é um Estado socialista", diz site de informação afecto ao regime de Chávez



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Caracas, 30 Set (Lusa) - "Ainda que você não acredite, Portugal é um Estado socialista" diz o título de um texto publicado no site de "comunicação popular para a construção do socialismo do século XXI", dirigido a simpatizantes do presidente venezuelano Hugo Chávez.

O artigo, assinado por Iván Oliver Rugeles, começa por dizer que "a Constituição portuguesa, em vigência desde 1974, estabelece efectivamente isso [o socialismo] nos seus princípios fundamentais que textualmente copiamos".

No texto, o autor transcreve vários artigos da primeira versão da Constituição portuguesa aprovada em 1976, mas nunca refere que o texto já foi alvo de diversas revisões e que a versão actualmente em vigor já não faz referência ao socialismo.

O texto, publicado no site www.aporrea.org (http://www.aporrea.org), prossegue explicando que a Constituição portuguesa "estabeleceu" o socialismo "sem que isso produzisse no país, nem nos seus vizinhos europeus, o medo que na Venezuela a oposição pretende inculcar no povo, porque o comandante presidente Chávez, na sua proposta de reforma constitucional, utiliza de forma muito tímida a palavra socialismo".

O autor do texto precisa que o artigo 2º da Constituição de Portugal estabelece que "a República portuguesa é um estado democrático, baseado na soberania popular, no respeito e na garantia dos direitos e liberdades fundamentais e no pluralismo de expressão e organização política democráticas, que tem por objectivo assegurar a transição para o socialismo mediante a criação de condições para o exercício democrático do poder pelas classes trabalhadoras".

Fazendo referência ao artigo 1º, o autor explica que "Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na transformação numa sociedade sem classes".

Por outro lado, diz que o ponto 02 do artigo 10º dispõe que "o desenvolvimento do processo revolucionário impõe, no plano económico, a apropriação colectiva dos principais meios principais de produção".

O texto frisa ainda que, segundo o artigo 80º, "a organização económico-social (...) se baseia no desenvolvimento das relações de produção socialistas, mediante a apropriação colectiva dos principais meios de produção e dos sólos, assim como dos recursos naturais e o exercício do poder democrático das classes trabalhadoras".

O autor prossegue escrevendo que o artigo 82º estabelece que "a lei determinará os meios e as formas de intervenção e de nacionalização e socialização dos meios de produção, bem como os critérios de fixação de indemnizações" e que "a lei poderá determinar que as expropriações de latifundios e dos grandes proprietários e empresários ou accionistas não dê lugar a indemnização alguma".

O autor diz ainda que é "interessante agregar que o Banco de Portugal, como Banco Central da República, tem somente o exclusivo da emissão de moeda, pois na execução das políticas respectivas e financeiras actua 'de acordo com o plano e as directivas do Governo'".

O presidente Hugo Chávez entregou ao parlamento, a 15 de Agosto, uma proposta para reformar 33 dos 350 artigos da Constituição Nacional, prevendo, entre outras mudanças, prolongar a duração do mandato presidencial de seis para sete anos com reeleição imediata.

A proposta introduz novos conceitos de propriedade pública, social (comunal ou estatal), colectiva e privada e reduz de oito para seis horas a duração da jornada de trabalho.

Por fim, a proposta atribui ao presidente faculdades para decretar regiões especiais militares, com fins estratégicos de defesa, em qualquer parte do território, transforma as Forças Armadas num organismo "essencialmente patriótico, popular e anti-imperialista" e acaba com a autonomia do Banco Central da Venezuela.

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Enviado por: André em Outubro 22, 2007, 10:47:14 pm
7.529 cidadãos assassinados em nove meses

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Nos primeiros nove meses deste ano, pelo menos 7.529 pessoas foram assassinadas na Venezuela, 1.947 das quais em Caracas, segundo a imprensa que diariamente dá conta da ocorrência de casos de violência no país.

Ainda hoje jornais como o Últimas Notícias, o El nacional e o El Universal faziam títulos de casos como um produtor de gado sequestrado encontrado morto, três homens assassinados em El Valle ou um operário morto quando comprava medicamentos para o filho, exemplo do modo como a insegurança afecta os venezuelanos.

Apesar da gravidade da situação, como explicou à Lusa um vendedor de jornais, notícias deste tipo já não fazem subir as vendas.

«As pessoas vão-se habituando à insegurança, tomam as medidas que podem, mas começam a ficar insensíveis ao que acontece à sua volta perante tantas notícias diárias de assassínios», afirmou.

Para os profissionais da comunicação social, é uma verdadeira cruz conseguir dados oficiais sobre o número de assassínios.

Do Ministério do Interior e Justiça, os jornalistas são remetidos para o Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas, onde os dados são revelados a conta gotas.

A situação obriga a somar os casos confirmados e a elaborar estatísticas próprias como as que levam a concluir que entre 10 de Janeiro de 2007 e 30 de Setembro pelo menos 7.529 pessoas foram assassinadas na Venezuela.

A capital ocupa o primeiro lugar, com 1.947 casos, seguido pelos Estados de Carabobo e Miranda, com 1.009 e 1.003 respectivamente.

No Estado de Zúlia, 953 pessoas foram assassinadas no mesmo período, seguido por Bolívar (623), Arágua (600), Anzoátegui (514), Lara (429), Barinas (249) e Táchira com 202 homicídios.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: comanche em Outubro 28, 2007, 04:08:54 pm
Portugueses da Venezuela regressam à Madeira por causa da falta de segurança


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Houve retornos e semi-retornos no rescaldo da revolução de 25 de Abril de 1974. Tornou a havê-los com a grave crise da década de 80. E quando Hugo Chávez se tornou Presidente da Venezuela (Dezembro de 1998). E no fim das enxurradas que desfiguraram Vargas (Dezembro de 1999). E daí para cá - a cada solavanco pessoal ou nacional. Nunca a presença da Venezuela se sentiu tanto na Madeira.

Não há estatística sobre regressos, vinca Brazão de Castro, secretário do governo regional que tutela a emigração: abundam luso-descendentes com dupla nacionalidade e portugueses com residência dupla que se movem sem registo. Há, como repara o historiador Alberto Vieira, uma "evidência".

A Venezuela sente-se nas caixas dos supermercados, nas lojas dos centros comerciais, nos corredores da Universidade da Madeira, nas noites da discoteca Copacabana... Não só no vozear afectado, também na música que esvoaça de repente, nos produtos arrumados nas prateleiras, nos salgados expostos nos cafés mais insuspeitos. A arepa, a mais popular expressão culinária venezuelana, infiltrou-se no quotidiano da região. Manuel Bonito nunca importou tanta Harina Pan.

A "culpa" é de quem tem dois países dentro, como Olavo Manica, fundador do Clube Social das Comunidades Madeirenses. Há seis anos, quando regressou, deixou escritório aberto, negócios pendentes. Agora, anda "mais cá do que lá". Não encontrou "até hoje povo mais amável do que o venezuelano", mas já não suporta viver sob "pressão constante". A insegurança "é tremenda", há quem perca tudo num sequestro. O "socialismo do século XXI" soa-lhe a "delírio tropical", Olavo perdeu "confiança para investir".

Há quem não queira (ou não possa) regressar. E há quem vá adiando a decisão, acalentando esperança, vendo "o que aquilo dá". Muitos registam matrimónios (mistos) e filhos (alguns já adolescentes ou mesmo adultos), solicitam (ou renovam) passaportes e bilhetes de identidade. Em suma, tratam de acautelar a cidadania europeia (ver página 6).

Já não vêm só emigrantes de primeira geração e/ou os seus filhos menores. "Hoje, os jovens também vêm à procura de segurança, de estabilidade", nota Alberto Vieira. Às vezes, até deixam por lá os pais. Presos aos seus negócios, ao seu estatuto sócio-económico.

Adaptação difícil

A mudança pode doer. Meliza Peña (25 anos) olha um miúdo de quase dois anos que parece uma roda-viva no clube social: "Este já é nascido aqui." O marido, um luso-venezuelano de 33 anos, foi "sequestrado três vezes", fartou-se de viver com medo. Ela aprecia o sentimento de segurança que a mudança lhes trouxe, mas sofre. "Viver numa pequena ilha não é fácil", sobretudo quando se cresceu num "país tão grande" como a Venezuela.

Não falta quem a compreenda no clube aberto em 2000. "É tudo perto. Fizeram as vias rápidas, agora é pior", resmunga Hélder Pestana atrás do balcão. "É asfixiante", observa uma mulher que apanhou a conversa a meio. "Lá, levanto-me às cinco da manhã e ando eléctrico. Aqui, parece que ando com um carro de bois. Deve ser da humidade!", torna o regressado.

Ali, mais do que em qualquer outro ponto da ilha, respira-se Venezuela. No salão, fotografias de misses e minimisses, de renhidos torneios de dominó e de canastra (jogo de cartas). No bar, arepas, empanadas (uma espécie de rissol), cachapas (panquecas de massa de milho) hallacas (iguaria natalícia), Mi Vaca Chicha (uma espécie de leite feito de arroz com açúcar que se serve com canela e gelo), Malta Caracas (cerveja de malte).

Dali, do centro com grandes planos de crescimento, Olavo avisa sem se cansar: "Cada um tem de avaliar bem a sua situação." Alguns precipitam-se, vendem tudo, mudam-se para a Madeira, depois não se adaptam, voltam para trás. Têm de tornar a comprar casa, móveis, electrodomésticos, talheres, toalhas...

O ideal será fazer viagens de reconhecimento. Como fez a estudante de Jornalismo Mary Beth Andrade este Verão. A proposta de Constituição a referendar a 2 de Dezembro define a Venezuela como um Estado socialista e isso cheira-lhe a um futuro de "pensamento único". Não quer exercer jornalismo nesse quadro, mas terá o mercado laboral da ilha lugar para ela?

Nem é preciso sair do clube para encontrar histórias de inadaptados. Madalena Gouveia Pestana nasceu lá, casou lá, teve lá os filhos. Em 2000, mudou-se para a Madeira. As filhas por ali andam; o filho tornou à Venezuela: "Aqui, quem trabalha como empregado não chega a lado nenhum." Para ascender "é melhor a Venezuela". "Lá, fazes um bolo e vais vender para a rua e já estás a fazer negócio", opina, por seu lado, Gilda Pestana.

Gilda embarcou com seis anos, "é como se tivesse nascido lá". O pai por lá permanece, os irmãos, os sobrinhos. Mas o marido "não quer saber daquilo para nada". Regressaram em Maio de 2002, um mês depois do golpe e do contragolpe de Estado. Ela tinha 50 anos, ele 60. "Com esta idade, o que é que se faz aqui? O comércio está saturado. As pessoas investem em apartamentos e não há quem os alugue!"

Não é só a economia que não convida. A maquilhagem, a exuberância, a alegria das portuguesas da Venezuela dá azo a coscuvilhice. Alguns jovens fecham-se em grupos (excluídos ou aliados?), como se pode ver no campus da Universidade da Madeira. Mas há mais mundo. Há quem opte por outros países, como Espanha, Estados Unidos (Miami). O irmão de Mary Beth escolheu Inglaterra.

O número de cidadãos de exclusiva nacionalidade venezuelana na Madeira desceu. Dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras: 606 em 1980; 1485 em 1985, 1783 em 1990; 1156 em 1995: 484 em 2000, 390 em 2005. Pelas reemigrações, mas também pela aquisição de nacionalidade portuguesa. Dantes, os portugueses não se empenhavam tanto em solicitar nacionalidade portuguesa para os filhos nascidos na Venezuela, diz o conselheiro das comunidades portuguesas Rui Ernesto Urbano. Alguns não o faziam nem ao regressar a Portugal. Como os de Elena Gonçalves: nascida em 1965, aterrou na Madeira com 12 anos. "Só mudei a nacionalidade quando acabei o curso de Enfermagem. Lembro-me de ir ao consulado por causa do serviço militar." Com a abolição de fronteiras na União Europeia, o passaporte português ganhou notoriedade. Com o avanço da revolução bolivariana ganhou força de "plano b". Muitos dos que nunca tinham pensado em registar os descendentes fizeram-no na última década. E muitos dos que adquiriram nacionalidade venezuelana (para poder comprar negócios) recuperaram a portuguesa, acrescenta Urbano. Sobretudo nos últimos meses circulam rumores acerca da possibilidade de o Estado assumir o controlo das crianças e adolescentes, aplicando mecanismos para impedir a saída de menores do país sem a sua autorização.

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Enviado por: André em Novembro 02, 2007, 05:00:36 pm
Portugueses radicados na Venezuela estão «intranquilos»

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O secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, Fernando Serrasqueiro, disse hoje em Caracas que encontrou os portugueses "intranquilos" pela situação política na Venezuela, onde está a ser promovida uma reforma constitucional

Serrasqueiro falou à Lusa à margem da cerimónia de inauguração da Feira Internacional da Câmara Venezuelana Portuguesa (Cavenport) e das Comunidades Europeias.

A cerimónia serviu igualmente para a tomada de posse da direcção da Cavenport, organismo que surgiu da fusão da Câmara Luso-Venezuelana e da Câmara Portuguesa Venezuelana de Arágua e Carabobo.

O secretário de Estado explicou que desde Junho de 2005, altura em que esteve na Venezuela, «a comunidade está mais intranquila» situação política que se vive com o debate para uma reforma constitucional.

«Naturalmente em qualquer país as alterações profundas à Constituição trazem sempre alguma intranquilidade e alguma incerteza», sublinhou.

No entanto, Serrasqueiro deixa uma «mensagem de tranquilidade» aos portugueses e a garantia de que o governo português está a acompanhar toda a situação.

«Estamos também a ter os nossos contactos, quer pelas vias diplomáticas, quer pelas vias governamentais para assegurar que os seus interesses serão o menos beliscados possíveis», sublinhou.

Segundo Fernando Serrasqueiro, o governo português tem expressado às autoridades venezuelanas que «é de todo o interesse, quer de Portugal, quer da Venezuela, que esta comunidade esteja tranquila, que não tenha necessidade de ter que tomar nenhuma posição».

De acordo com o secretário de Estado do Comércio, as autoridades venezuelanas «apreciam muito a comunidade portuguesa» e «sabem o peso que ela tem, quer em termos da sua dimensão, quer também do seu trabalho, porque é muito representativa e praticamente domina os sectores da panificação, da distribuição e da restauração».

Fernando Serrasqueiro reuniu-se quinta-feira com o vice-ministro venezuelano do Comércio, Wilmar Contreras, com quem abordou temas relacionados com «o intensificar das relações comerciais entre Portugal e a Venezuela» e com «alguns problemas que existem na fluidez dessas boas relações».

Hoje, no penúltimo dia de uma visita de quatro a Caracas, Serrasqueiro deverá reunir-se com o titular do Ministério de Alimentação, Rafael José Oropeza, com quem abordará aspectos relacionados com as exportações de alguns produtos portugueses e com a sua colocação no mercado venezuelano.

O secretário de Estado vai ainda manter uma reunião com o superintendente Serviço Nacional Integrado de Administração Alfandegária e Tributária (Seniat), José Gregório Vielma Mora, para apresentar alguns «receios» da comunidade lusa.

Lusa/SOL
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Enviado por: André em Novembro 12, 2007, 01:04:21 am
António Braga apela a portugueses para prosseguirem obra de Daniel Morais

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O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas apelou hoje aos portugueses para que prossigam a obra de Daniel Morais, numa mensagem lida durante numa homenagem póstuma ao fundador e antigo presidente do Centro Português de Caracas (CPC).

Daniel Morais, que foi também fundador e presidente do Instituto Português de Cultura, faleceu a 24 de Agosto último vítima de problemas cardíacos, "uma perda" considerada "irreparável" para a comunidade portuguesa na Venezuela.

Na mensagem, lida junto a um busto de Daniel Morais, colocado há vários anos na entrada ao Salão Nobre do CPC, António Braga descreve "o amigo comum" como "um cidadão exemplar, cujas ideias e ideais o obrigaram, em 1948, a deixar o país que o viu nascer, a sua cidade de Lisboa e o seu bairro de Campo de Ourique, tendo escolhido a Venezuela como porto de abrigo".

O texto do secretário de Estado sublinha que Daniel Morais fundou em 1958 o Centro Português de Caracas e elogia o trabalho que desenvolveu durante duas décadas na Embaixada de Portugal onde foi responsável pelo pelouro da Língua e Cultura Portuguesa.

"(...) promoveu e divulgou o idioma e a literatura nacionais em terras venezuelanas" mediante conferências, exposições, seminários, debates, simpósios, refere a mensagem, destacando também "a dedicação e apoio permanentes ao leitorado de Português na Universidade de Caracas, bem como a forma sabiamente criteriosa como granjeou e organizou o notável acervo literário que hoje constitui a biblioteca da Embaixada de Portugal".

Segundo António Braga, "em 1985, Daniel Morais sonhou e concretizou a criação do que é hoje o Instituto Português de Cultura, que funciona nas instalações do Centro Português de Caracas".

"Era um sonhador, que concretizou muitos dos seus sonhos, mas deixou também muitos deles por realizar. O coração atraiçoou-o e ele deixou-se levar no dia 24 de Agosto. Homenageá-lo-emos , continuando a sua obra", conclui a mensagem.

Natural de Almada, onde nasceu em 1924, Daniel Morais, era casado e tinha três filhos.Emigrou para a Venezuela em 1948, por razões políticas e económicas, dada a sua militância anti-salazarista e anti-fascista, tendo integrado o Comité Central do MUD-Juvenil.

Simpatizante do Partido Socialista, esteve preso nas cadeias de Aljube e Caxias, na companhia de Mário Soares e Octávio Pato.

Em Lisboa, foi empregado de escritório no Grémio dos Armazenistas de Mercearia.

Em Caracas, em 1950, abriu uma fábrica de móveis "estéticos e modernos", a Arteque, que influenciou o mercado local e mais tarde foi comprada pela norte-americana Sears.

Nesse mesmo ano, foi nomeado vice-presidente da Associação Nacional de Industriais do Móvel.

Entrou para os quadros da embaixada de Portugal em Caracas em 1989, onde era adido cultural e promovia visitas à Venezuela de importantes personagens da cultura portuguesa.

Desde 30 de Novembro de 1985 que era presidente do Centro Fernando Pessoa, instituição que passou a ser chamada Fundação Instituto Português de Cultura.

Em 1956, produziu vários programas radiofónicos dirigidos à comunidade portuguesa na Venezuela, entre eles a Serenata Portuguesa e o Ecos de Portugal, que mais tarde se transformou em semanário da imprensa escrita, entretanto, já extinto.

Lusa
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Enviado por: comanche em Fevereiro 24, 2008, 06:34:18 pm
Venezuela: Portugueses queixam-se de "injustificadas pressões" a proprietários de supermercados

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Caracas, 24 Fev (Lusa) - Além das crescentes dificuldades para obter produtos como o leite, açúcar, queijos, café e frango, os empresários portugueses queixam-se de alegadas e "injustificadas pressões" das autoridades para com os comerciantes.

Essas "pressões" causam mal-estar nos proprietários dos supermercados e mercearias e também nas próprias associações de vizinhos que por vezes tomam a iniciativa de defender os comerciantes.

As autoridades dizem estar a combater o açambarcamento de produtos e o boicote.

Os empresários pedem condições para continuar a comercializar os produtos, queixam-se de excessivas fiscalizações e dizem que são acusados de açambarcamento, às vezes, até no momento em que recebem as mercadorias.

O último caso conhecido ocorreu, pelas 16:00 horas locais de sábado (22:30 horas em Lisboa), na urbanização Los Cedros, a leste de Caracas, quando, durante quase seis horas, oficiais da Polícia Metropolitana de Caracas "retiveram" um camião com 500 caixas de leite de longa duração, que estava a ser descarregado no Supermercado Maturín.

"Conseguimos comprar leite, o camião chegou e estávamos a descarregar algumas caixas que vendíamos aos clientes, mesmo na porta. A polícia chegou, pediu os documentos e começou a pôr obstáculos à venda do produto, argumentando que o camião estava retido", explicou à agência Lusa um dos proprietários.

Natural de Câmara de Lobos, Madeira, António da Silva recusou-se a avançar com mais pormenores sobre o ocorrido, por temer represálias, e remeteu para os quase 100 vizinhos da urbanização que testemunharam as quase seis horas de "injustificada pressão policial".

"Isto é só injustiças. Se não fosse que tudo o que tenho na vida está aqui, agarrava o passaporte e ia embora [para Portugal]", desabafou.

Fonte da Junta Comunal (associação de vizinhos) explicou à agência Lusa que na impossibilidade de acusar o comerciante de açambarcamento, a polícia exigiu documentos adicionais, que se requerem unicamente em casos de importação e tentou impedir que vendesse o leite argumentando que "era proibido vender fora do estabelecimento" e que "qualquer pessoa pode falsificar uma factura".

"Um dos oficiais chegou mesmo a dizer que não era o primeiro português que prendiam", disse um dos quase cem vizinhos que rodearam o supermercado para impedir o "abuso policial".

No lugar estiveram dois funcionários do Serviço Nacional Integrado de Administração Alfandegária e Tributária (SENIAT) que constaram a legalidade dos documentos e também tiveram dificuldades para persuadir os polícias metropolitanos a desistir da acção de "retenção" do veículo com a mercadoria.

Vários empresários portugueses queixaram-se á Agência Lusa que, em algumas situações, funcionários da Guarda Nacional (polícia militar) acompanham os camiões dos fornecedores e permanecem nos estabelecimentos comerciais, ou junto dos veículos, até que os produtos como o leite sejam vendidos na totalidade.

Em várias oportunidades o próprio presidente Hugo Chávez instou, recentemente, os seus simpatizantes a estar alerta ante situações de eventual açambarcamento de produtos, advertindo os comerciantes que "confiscará, intervirá ou expropriará" as empresas que onde se detectem irregularidades.

Os empresários queixam-se que, para as entidades fiscalizadoras, se um produtor estiver mais de quatro dias em armazém está açambarcado.

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Enviado por: comanche em Abril 01, 2008, 11:43:46 am
Venezuela: Portugueses amam o seu país mas não o conhecem

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Caracas, 01 Abr (Lusa) - Os portugueses que emigraram para a Venezuela "amam o seu país mas não conhecem Portugal", limitando-se muitas vezes a fazer turismo nas aldeias de origem, disseram à Agência Lusa vários agentes de viagem venezuelanos.

Segundo um grupo de agentes que visitou Portugal durante a semana passada, essa tendência é mais acentuada no caso dos madeirenses, que constituem, segundo dados não oficiais, 80 por cento dos 600 mil portugueses que residem na Venezuela, cujo destino é invariavelmente o Funchal e "só passam pelo continente de maneira ocasional".

Esta percepção das tendências dos portugueses foi adiantada à Lusa por um grupo de 23 agentes de viagem que terminaram no domingo uma visita de uma semana a Portugal, onde além de Lisboa estiveram em Óbidos, Fátima, Ourém, Coimbra, Aveiro, Viseu, Régua, Alijó, Lamego, Porto, Sintra e Cascais.

Agentes como Esmeralda Sanz, de Esmeralda Tours, Mário Hernández da Uniglobe, Josianne Astorga, do Grupo Global, Cláudia Brelier de Viajes Humboldt, Nuria Assandria de Viajes Boulton, Michel Lepinoux de Dev Le Tour e Gerado Morrone, da Marrone Tours, coincidem que Portugal, "além de ser um país bonito, tem muito para oferecer a nível de turismo rural e congressos, com qualidade e a preços acessíveis".

"O português (emigrado) conhece a sua região mas não o seu país. Conhecer o Portugal é fazer um `master` para a nossa profissão, porque é bonito, tem lugares que são património da humanidade e localidades `sagradas` como Fátima", disse à Agência Lusa, Esmeralda Sanz.

Esse fenómeno, segundo estes agentes de viagem, é em tudo semelhante ao que acontece "na Venezuela, onde as pessoas gostam muito do país mas são os estrangeiros que mais o conhecem".

Vários agentes referiram à Lusa ter a percepção de que Portugal mudou muito nas últimas décadas, "há muitas construções novas, hotéis fabulosos, áreas para congressos, mas preserva-se a essência cultural".

Na visita a Portugal, organizada pela TAP e pela Intervisa, participaram ainda representantes das Viajes Okey, Viña del Mar, Viajes Humboldt, Viajes Miranda, Matecoco Tours, Conga Tours e Travel Ace.

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Enviado por: Naadjh em Julho 09, 2008, 08:00:03 pm
Citação de: "p_shadow"
Espero que não seja a 2ª vaga de Retornados...  :twisted:

Assim como muitas famílias do género..
Título:
Enviado por: G.B.Schmitt em Agosto 17, 2008, 02:35:52 am
Amigos!


Existe o blog da Graça Salgueiro, com informações importantes do que realmente se passa na América Latina. Não vai demorar para tudo isso daqui ficar vermelho.

http://notalatina.blogspot.com/ (http://notalatina.blogspot.com/)
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 19, 2008, 12:09:03 pm
Menos G.B.Schmitt, bem menos...
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Enviado por: André em Dezembro 24, 2008, 06:58:57 pm
25 portugueses vão passar o Natal na prisão, uma mulher continua à espera de indulto presidencial

Pelo menos 25 portugueses vão passar o Natal nas prisões venezuelanas, seis deles do sexo feminino, entre as quais se encontra a portuguesa Maria Antonieta Parreira Amaral, que em Maio último lhe foi prometido um indulto presidencial, revelaram fontes consulares e judiciais.

Segundo as fontes, «a grande maioria foi condenada por transporte e tráfico ilícito de substâncias estupefacientes (droga), quase todos detidos no Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía (Norte de Caracas) e condenados a cumprir entre 8 e 10 anos de prisão».

As mesmas fontes precisaram ainda que a polícia «tenta dar com o paradeiro de uma jovem portuguesa condenada por tráfico de droga, que há pouco mais de um ano passou a um regime de prisão semi-aberto (trabalha fora e pernoita na cadeia) mas que não se apresentou na prisão».

A quase totalidade dos detidos pertence à circunscrição do Consulado Geral de Portugal em Caracas, organismo que acompanha a sua situação e enviou, recentemente, alguns presentes de Natal.

Do total de detidos, 10 estão no Internado Judicial de Los Teques, 5 no Instituto Nacional de Orientação Feminina (INOF), 3 na prisão de La Planta - El Paraíso, 3 no Internato Judicial de El Rodeo, 1 na prisão de Yare I, 1 em Porlamar (Ilha de Margarita) e uma mulher no Centro Penitenciário de Monágas.

Entre as 5 portuguesas reclusas no INOF, encontra-se a portuguesa Maria Antonieta Liz, presa desde 24 de Outubro de 2004 e condenada, a 15 de Dezembro de 2005, conjuntamente com outras duas compatriotas, por tráfico de droga, pese embora documentos do Ministério Público português confirmarem que foi «convidada em extremis (... ) nada mais» para as acompanhar numa viagem a Caracas.

O processo resultou da detecção de cerca de 400 quilos de cocaína de alta pureza num avião Citation X, fretado pela Air Luxor, cuja tripulação impediu que a droga fosse enviada da Venezuela para Portugal.

Segundo diversas fontes a 01 de Maio deste ano - antes da visita do primeiro-ministro José Sócrates a Caracas - Antonieta foi visitada na cadeia por uma procuradora, um representante do Ministério de Relações Exteriores da Venezuela e outro do Consulado Geral de Portugal em Caracas e foi notificada que «o Presidente Hugo Chávez lhe concedia um indulto»,com a promessa de que «sairia na semana seguinte».

Maria Antonieta Amaral Liz diz que, nessa altura, a tentaram persuadir a desistir de um recurso em tribunal, o que fez algumas semanas mais tarde «com a esperança de ir para casa».

Depois de escrever ao presidente Hugo Chávez e de pedir a intermediação do primeiro ministro português, José Sócrates, a portuguesa escreveu, em Outubro último, à Amnistia Internacional e ao Programa Venezuelano de Educação-Acção em Direitos Humanos, pedindo-lhes que a ajudem a recuperar a «liberdade plena».

Em declarações à Agência Lusa, a portuguesa explicou que, depois de desistir da acção em tribunal, disseram-lhe «que o melhor era assinar e pedir a repatriação» pois a juíza que a ouviu nessa ocasião a informara de não ter conhecimento de qualquer indulto presidencial.

Na área da circunscrição do Consulado Geral de Portugal em Valência (200 quilómetros a oeste da capital) apenas um português está oficialmente detido, beneficiando-se de um regime de prisão domiciliária, desde há quatro anos, aguardando julgamento por tráfico ilícito de substâncias estupefacientes na modalidade de transporte, num processo em que um dos réus conseguiu iludir a Justiça e o seu paradeiro é desconhecido.

Lusa
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Enviado por: André em Janeiro 26, 2009, 05:26:29 pm
Portugueses pretendem que António Braga aborde insegurança com autoridades venezuelanas

Comerciantes portugueses radicados na Venezuela pretendem que o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, António Braga, em visita ao país, fale com as autoridades venezuelanas sobre os problemas de insegurança que enfrentam.

António Braga inicia hoje à noite uma visita oficial de cinco dias à Venezuela onde se encontrará com membros da comunidade portuguesa radicados nas cidades de Caracas e Valência e manterá vários contactos oficiais.

"É preciso voltar a insistir, uma, duas, dez vezes, até que as autoridades venezuelanas entendam que todos os que vivem aqui (no país) estão preocupados com a insegurança. Espero que durante a visita, o secretário de Estado ponha esse tema na agenda, principalmente o dos sequestros porque desde Dezembro pelo menos cinco portugueses foram raptados", disse à Lusa o comerciante Manuel da Silva

"Fala-se de sequestros, assaltos, as polícias dizem que estão trabalhando para garantir segurança, o governo fala de programas como Caracas Segura mas percebemos que o perigo está cada vez mais próximo de nós. Não é apenas com palavrinhas ocasionais que vamos ver resultados", afirmou.

Proprietária de uma loja de artigos para criança, no centro de Caracas, Matilde Farias, foi assaltada na semana passada. Opina que "os assaltos estão na ordem do dia, por mais cuidados que as pessoas tenham".

"Há que explicar aos políticos que a tranquilidade das pessoas é importante. Seria importante que o secretário de Estado das Comunidades falasse da insegurança e tentasse saber o que de concreto se está a fazer", adiantou.

Segundo José de Abreu, "os negócios entre países, a visita de um membro do governo e os contactos com as autoridades locais são uma oportunidade importante para transmitir as preocupações da comunidade e insistir nas questões que não avançaram".

No entanto, recomenda "precaução", porque "a Venezuela está em campanha eleitoral, a ausência de resultados está a fazer que questões como a insegurança sejam usadas pela oposição e abordar esse tema sem precisar as intenções da comunidade pode ser contraproducente".

Lusa