Exactamente por isso, coloco o Marquês e Salazar no mesmo pódium.
São em certa medida reformadores.
Salazar recuperou a economia portuguesa desde o golpe de 1926 até à segunda guerra, sem o apoio do FMI da altura, e por isso enfrentou o periodo da grande depressão com grande contestação popular.
As lutas laborais dos anos 30, inserem-se nas lutas contra os problemas provocados pela depressão internacional, junto com a politica monetarista de Salazar.
Salazar foi deste ponto de vista um reformador, e se tivesse governado tanto quanto o Marquês (25 anos) tería estado no governo de 1926 a 1951, e terís sido visto como um grande democrata e reformador, que aceitou o veredicto do povo e se retirou.
Salazar não soube retirar-se, e como todos os ditadores achou que era insubstituivel. A partir do inicio dos anos 50, embora a economia recuperasse, as vistas curtas do regime passaram a ser uma desvantagem para o país em vez de uma vantagem.
Concordo que o Marquês está relativamente sobrevalorizado, por causa da Maçonaria, que tende a promover os ditadores anti-clericais, mesmo que estes seja déspotas. Mas também havia apoio da Maçonaria a Salazar.
Cumprimentos