Programa de substituição do C-130

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Red Baron

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2160 em: Maio 27, 2021, 07:18:21 pm »

Clarifica isso de sistemas vitais duplicados, para eu aprender mais um pouco, e qual a relevância de sistemas
DUPLICADOS quando a aeronave é  monomotora .

Pois deve ser muito seguro e deve ser por isso que existem muitas FFAA com este modelo monomotor ao servico em missões de combate e SAR.

Podes dizer quais são as que o possuem para essas duas missões?
Tem sistemas redundantes de controle, elétricos, hidráulicos e de combustível.

Claro que não existem outras forças armadas de primeiro mundo com este tipo de meio, até porque geralmente este tipo de missões é feito por forças civis/para-militares.

O RTM322 uma dor de cabeça para manter, porquê ?

Porque precisa de muita manutenção e é uma manutenção cara.
 

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tenente

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2161 em: Maio 27, 2021, 07:45:22 pm »

Clarifica isso de sistemas vitais duplicados, para eu aprender mais um pouco, e qual a relevância de sistemas
DUPLICADOS quando a aeronave é  monomotora .

Pois deve ser muito seguro e deve ser por isso que existem muitas FFAA com este modelo monomotor ao servico em missões de combate e SAR.

Podes dizer quais são as que o possuem para essas duas missões?
Tem sistemas redundantes de controle, elétricos, hidráulicos e de combustível.

Claro que não existem outras forças armadas de primeiro mundo com este tipo de meio, até porque geralmente este tipo de missões é feito por forças civis/para-militares.

O RTM322 uma dor de cabeça para manter, porquê ?

Porque precisa de muita manutenção e é uma manutenção cara.

Tem exactamente os mesmos sistemas redundantes, que os modelos bimotores, da mesma familia de helis da Leonardo, os 109, 119 trekker etc.
Se para o 119 monomotor a leonardo optasse por um sistema não redundante, o que seria um segundo erro, iria ter de modificar essas partes da aeronave, criando um sistema único para o nosso modelo, e, encarecendo a sua produção.
Esses mesmos sistemas, nada podem valer ao 119 Kualita, se a única turbina for com os porcos !

A redundãncia é útil no caso de haver uma anomalia num desses sistemas redundantes, esses sistemas redundantes nada podem fazer se a anomalia verificada ocorre na única turbina do heli.

Esta escolha foi mais um erro dos nossos decisores, se queriam um heli ligeiro da Leonardo deveriam ter optado por um bimotor, como este, o muito provável Kualhão EvaKuativo, já adaptado para missões militares e bem melhor para o SAR que o Kualita, tinham era de abrir os cordões ás bolsas.

MISSION & ROLE EQUIPMENT
A wide range of mission and role equipment can be installed on the AW109 TrekkerM,
further enhancing its operational effectiveness. This includes, but is not limited to
the following:
Role Equipment
› 177 or 213 US Gallon Modular CrashResistant Fuel System
› Self-sealing Fuel Tanks
› Engine Air Particle Separators
› Engines Inlet Barrier Filters
› Ballistic Protection
› External Loudspeakers
› Searchlight (NVG Compatible)
› NVG Compatible Formation Lights
› Overwater Kit (Emergency flotation
and Life Rafts)
› Snow Kit (Skid Mounted “Bear Paws”)
Utility Equipment
› Rappelling hooks (2 LH + 2 RH)
› Fast rope (RH & LH)
› Cargo hook (1,250 kg)
› Dual cargo hook (1,250 kg/500 kg)
› External rescue hoist (272 kg)
› Foldable stretcher
Avionic Equipment
› Military Communications including Secure
Radios with TACSAT capability, Combat
Tactical Radios, Blue Force Tracker,
Personnel Locator System, Video Downlink
› Mode 5 IFF transponder
› Defensive Aid Suite including Laser Warning
Receiver (LWR), Missile Warning System
(MWS) and Countermeasure Dispensing
System (CMDS),
› Electro-Optic / Infra-Red (EO/IR) sensor
with optional Laser Range Finder /
Designator
› Mission Console in cabin providing Tactical
Awareness and C2/ISR
Weapon Systems
› Internal: 2 x Pintle Mounted Sniper Rifle
(Door)
› Internal: 2 x 7.62mm Pintle Mounted
Machine Guns (Door)
› External Weapon Sighting System
› External: 2 x 12.7mm Gun Pod (250 or 400
rounds)
› External: 2 x Combined 12.7mm Gun Pod /
3 Tubes 70mm Rocket Launcher
› External: 2 x 70mm Rocket Launchers (7 or
12 Tubes)

https://www.leonardocompany.com/documents/20142/6014964/BROCHURE+AW109+Trekker+M.pdf?t=1601386784162

Abraços
« Última modificação: Maio 27, 2021, 08:03:31 pm por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2162 em: Maio 27, 2021, 08:50:32 pm »

Clarifica isso de sistemas vitais duplicados, para eu aprender mais um pouco, e qual a relevância de sistemas
DUPLICADOS quando a aeronave é  monomotora .

Pois deve ser muito seguro e deve ser por isso que existem muitas FFAA com este modelo monomotor ao servico em missões de combate e SAR.

Podes dizer quais são as que o possuem para essas duas missões?
Tem sistemas redundantes de controle, elétricos, hidráulicos e de combustível.

Claro que não existem outras forças armadas de primeiro mundo com este tipo de meio, até porque geralmente este tipo de missões é feito por forças civis/para-militares.

O RTM322 uma dor de cabeça para manter, porquê ?

Porque precisa de muita manutenção e é uma manutenção cara.

Tem exactamente os mesmos sistemas redundantes, que os modelos bimotores, da mesma familia de helis da Leonardo, os 109, 119 trekker etc.
Se para o 119 monomotor a leonardo optasse por um sistema não redundante, o que seria um segundo erro, iria ter de modificar essas partes da aeronave, criando um sistema único para o nosso modelo, e, encarecendo a sua produção.
Esses mesmos sistemas, nada podem valer ao 119 Kualita, se a única turbina for com os porcos !

A redundãncia é útil no caso de haver uma anomalia num desses sistemas redundantes, esses sistemas redundantes nada podem fazer se a anomalia verificada ocorre na única turbina do heli.

Esta escolha foi mais um erro dos nossos decisores, se queriam um heli ligeiro da Leonardo deveriam ter optado por um bimotor, como este, o muito provável Kualhão EvaKuativo, já adaptado para missões militares e bem melhor para o SAR que o Kualita, tinham era de abrir os cordões ás bolsas.

MISSION & ROLE EQUIPMENT
A wide range of mission and role equipment can be installed on the AW109 TrekkerM,
further enhancing its operational effectiveness. This includes, but is not limited to
the following:
Role Equipment
› 177 or 213 US Gallon Modular CrashResistant Fuel System
› Self-sealing Fuel Tanks
› Engine Air Particle Separators
› Engines Inlet Barrier Filters
› Ballistic Protection
› External Loudspeakers
› Searchlight (NVG Compatible)
› NVG Compatible Formation Lights
› Overwater Kit (Emergency flotation
and Life Rafts)
› Snow Kit (Skid Mounted “Bear Paws”)
Utility Equipment
› Rappelling hooks (2 LH + 2 RH)
› Fast rope (RH & LH)
› Cargo hook (1,250 kg)
› Dual cargo hook (1,250 kg/500 kg)
› External rescue hoist (272 kg)
› Foldable stretcher
Avionic Equipment
› Military Communications including Secure
Radios with TACSAT capability, Combat
Tactical Radios, Blue Force Tracker,
Personnel Locator System, Video Downlink
› Mode 5 IFF transponder
› Defensive Aid Suite including Laser Warning
Receiver (LWR), Missile Warning System
(MWS) and Countermeasure Dispensing
System (CMDS),
› Electro-Optic / Infra-Red (EO/IR) sensor
with optional Laser Range Finder /
Designator
› Mission Console in cabin providing Tactical
Awareness and C2/ISR
Weapon Systems
› Internal: 2 x Pintle Mounted Sniper Rifle
(Door)
› Internal: 2 x 7.62mm Pintle Mounted
Machine Guns (Door)
› External Weapon Sighting System
› External: 2 x 12.7mm Gun Pod (250 or 400
rounds)
› External: 2 x Combined 12.7mm Gun Pod /
3 Tubes 70mm Rocket Launcher
› External: 2 x 70mm Rocket Launchers (7 or
12 Tubes)

https://www.leonardocompany.com/documents/20142/6014964/BROCHURE+AW109+Trekker+M.pdf?t=1601386784162

Abraços

Mas a grande vantagem do AW119 é ser um mono-motor com as características de um bimotor.

Concordo contigo que o AW119 não é a melhor escolha para SAR e todas as missões que querem fazer dele.

Mas temos de recordar que a compra do AW119 foi feita porque íamos perder a capacidade de treinar pilotos de helicopteros pela aposentação antecipada dos Alouette II.
O AW119 fui uma boa escolha porque dificilmente conseguíamos ter melhor ao nível de custo de compra, custo da hora de voo e sobretudo de disponibilidade do meio.

Basta olhar para a Marinha onde os pilotos só conseguem manter a certificação indo para a Alemanha fazer horas de voo em simulador, porque não existe verba para fazer horas de voo nos aparelhos.
 

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LM

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2163 em: Maio 28, 2021, 01:14:53 pm »
Mas a grande vantagem do AW119 é ser um mono-motor com as características de um bimotor.

Concordo contigo que o AW119 não é a melhor escolha para SAR e todas as missões que querem fazer dele.

Mas temos de recordar que a compra do AW119 foi feita porque íamos perder a capacidade de treinar pilotos de helicopteros pela aposentação antecipada dos Alouette II.
O AW119 fui uma boa escolha porque dificilmente conseguíamos ter melhor ao nível de custo de compra, custo da hora de voo e sobretudo de disponibilidade do meio.

E se fosse o AW109M nunca mais haveria possibilidade de AW169M / AH145M / UH-60... assim talvez, nunca se sabe se...  ::)
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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Lightning

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2164 em: Maio 28, 2021, 03:39:37 pm »
O F-16 também é monomotor  :mrgreen:, é têm redundâncias para tudo e mais alguma coisa, só o fly-by-wire tem para ai 5 redundâncias para nunca falhar. Além da vantagem de ser avião, que é se o motor falhar tem asa para planar...
« Última modificação: Maio 28, 2021, 03:50:12 pm por Lightning »
 

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tenente

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2165 em: Maio 28, 2021, 05:18:06 pm »
O F-16 também é monomotor  :mrgreen:, é têm redundâncias para tudo e mais alguma coisa, só o fly-by-wire tem para ai 5 redundâncias para nunca falhar. Além da vantagem de ser avião, que é se o motor falhar tem asa para planar...

o que não acontece com helis, mas achei que não precisava de chegar a esse ponto, de ter que dizer isso de tão obvio que é ! :mrgreen:

Abraços
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2166 em: Maio 28, 2021, 09:36:24 pm »
O F-16 também é monomotor  :mrgreen:, é têm redundâncias para tudo e mais alguma coisa, só o fly-by-wire tem para ai 5 redundâncias para nunca falhar. Além da vantagem de ser avião, que é se o motor falhar tem asa para planar...

o que não acontece com helis, mas achei que não precisava de chegar a esse ponto, de ter que dizer isso de tão obvio que é ! :mrgreen:

Abraços

Mas um helicopteros se perder os motores não cai como uma pedra. Alias o aterrar sem motores é um treino muito comum para pilotos de helicóptero.

 

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tenente

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2167 em: Maio 29, 2021, 07:08:11 am »
Neste forum é sempre a aprender, comentar para quê !!! ::)
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2168 em: Maio 29, 2021, 09:17:10 am »
A falar da panne de motores nos  Helis num topico do c 130 enfim.....devia se era de debater o estado da modernizacao dos nossos c130 e em que ponto se encontram se ha novidades.....etc......
Abriste os olhos,,,agradece a deus por isso.
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2169 em: Maio 29, 2021, 05:20:37 pm »
A falar da panne de motores nos  Helis num topico do c 130 enfim.....devia se era de debater o estado da modernizacao dos nossos c130 e em que ponto se encontram se ha novidades.....etc......

Parados, aliás, como qualquer dos programas de modernização das FA´s por falta de pilim...

Só interessa é andar em navios estrangeiros a dar graxa, montes de exercícios com  forças doutros países (deve ser para ir testando os meios doutros países na função dos nossos para mais tarde poderem os substituir...)  e em entrevistas na tv.

Enfim é o que temos...
« Última modificação: Maio 29, 2021, 05:23:47 pm por oi661114 »
 
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2170 em: Junho 04, 2021, 03:36:35 pm »
Bom, e continua a saga sobre o estado das Forças Armadas pela pena do Vítor Matos, do Expresso. Desta feita é a vez da Força Aérea, nada de muito novo, mas vale a pena ler para ver em que ponto as coisas estão, sobretudo nas frotas EH-101 e C-130.

Citar
Expresso - Defesa
Helicópteros e aviões no chão

Vítor Matos - 04/06/2021

A Madeira está há três meses sem helicóptero de salvamento e por vezes só há um C-130 a voar. "São meios críticos", diz ex-CEMFA.

Mesmo realizadas à porta fechada no Parlamento, as audiências dos quatro chefes militares sobre a reforma da estrutura superior das Forças Armadas expuseram, esta semana, as divergências entre os comandantes dos três ramos e o almirante Silva Ribeiro, chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA) - que se queixou de dificuldades no comando e de não ter sido informado de missões levadas a cabo por Exército, Marinha e Força Aérea. Mas foi o chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), general Joaquim Borrego, quem saltou o guião, para assumir aos deputados que é "preocupante a prontidão dos meios aéreos", fruto do "desinvestimento acumulado". Tal como a Marinha, a Força Aérea está com problemas graves de falta de pessoal e de operacionalidade em esquadras essenciais: a frota dos 12 helicópteros EH-101, que fazem a busca e salvamento em todo o território marítimo, teve uma taxa de operacionalidade abaixo de 30% em 2020, e dos cinco aviões de transporte estratégico C-130, só dois estão ao serviço e nem sempre operacionais.

Os problemas de prontidão são de tal ordem que a Madeira não tem qualquer helicóptero EH-101 desde Março, embora esteja previsto que esta semana uma aeronave regresse a Porto Santo, sabe o Expresso, apenas de ser uma decisão precária, devido aos problemas com a manutenção dos aparelhos. Nos últimos meses, a esquadra tem tido apenas 4 dos 12 helicópteros operacionais (dois nos Açores e dois no Continente), seguindo agora um quinto para a região autónoma da Madeira. Segundo o relatório da Lei de Programação Militar de 2020, a média do ano foi de 3,6 helicópteros disponíveis. Dois deles, aliás, inutilizados e canibalizados para fornecerem peças aos restantes, uma vez que a relação com a Leonardo, marca fornecedora, é difícil. Segundo o mesmo relatório, Portugal correr o risco de "não conseguir obter um número de aeronaves prontas necessárias para assegurar a missão que está atribuída à Esquadra", ou seja, assegurar os salvamentos no seu mar territorial. "É uma vergonha", lamenta ao Expresso o general Luís Araújo, ex-CEMGFA que também chefiou a Força Aérea. "Estas são operações críticas. Devíamos ter oito ou nove aeronaves prontas". E acrescenta uma preocupação: "De certeza que o CEMFA não dorme descansado por não ter nenhum helicóptero em Porto Santo. Se acontece alguma coisa tem de ir daqui um a correr e quando lá chegar será tarde", avisa.

Enquanto aguardam a substituição pelos novos KC-390 da brasileira Embraer (o primeiro deve chegar em 2023), os C-130 são mais um problema agudo: a Força Aérea tinha seis destes aviões, mas um ficou destruído no acidente de 2016 (que vitimou três militares), outro serve apenas para sobressalentes; dos restantes quatro, dois estão em modernização na OGMA, restando um par operacional. Com cerca de 40 anos, e sujeitos a avarias frequentes, há fases apenas com um C-130 a voar, apurou o Expresso. A intervenção nos dois aviões que estão em modernização na OGMA de Alverca - controlada pela Embraer, onde o Estado Português mantém 35% - tem sofrido significativos atrasos. Quando o primeiro C-130 entrou nas oficinas em Março de 2019 para uma transformação profunda da tecnologia de navegação do cockpit, de modo a poder voar no espaço único europeu, a OGMA disse que os quatro aviões estariam prontos em final de 2020. Mas ainda nem o primeiro está pronto. O relatório da LPM classifica o atraso como "crítico" e já aponta a conclusão do projeto para 2024 - portanto quatro anos de atraso. O Expresso enviou um conjunto de questões à Força Aérea sobre estas matérias, mas não foi possível obter uma resposta.

Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
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Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2171 em: Junho 04, 2021, 03:49:53 pm »
Bom, e continua a saga sobre o estado das Forças Armadas pela pena do Vítor Matos, do Expresso. Desta feita é a vez da Força Aérea, nada de muito novo, mas vale a pena ler para ver em que ponto as coisas estão, sobretudo nas frotas EH-101 e C-130.

Citar
Expresso - Defesa
Helicópteros e aviões no chão

Vítor Matos - 04/06/2021

A Madeira está há três meses sem helicóptero de salvamento e por vezes só há um C-130 a voar. "São meios críticos", diz ex-CEMFA.

Mesmo realizadas à porta fechada no Parlamento, as audiências dos quatro chefes militares sobre a reforma da estrutura superior das Forças Armadas expuseram, esta semana, as divergências entre os comandantes dos três ramos e o almirante Silva Ribeiro, chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA) - que se queixou de dificuldades no comando e de não ter sido informado de missões levadas a cabo por Exército, Marinha e Força Aérea. Mas foi o chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), general Joaquim Borrego, quem saltou o guião, para assumir aos deputados que é "preocupante a prontidão dos meios aéreos", fruto do "desinvestimento acumulado". Tal como a Marinha, a Força Aérea está com problemas graves de falta de pessoal e de operacionalidade em esquadras essenciais: a frota dos 12 helicópteros EH-101, que fazem a busca e salvamento em todo o território marítimo, teve uma taxa de operacionalidade abaixo de 30% em 2020, e dos cinco aviões de transporte estratégico C-130, só dois estão ao serviço e nem sempre operacionais.

Os problemas de prontidão são de tal ordem que a Madeira não tem qualquer helicóptero EH-101 desde Março, embora esteja previsto que esta semana uma aeronave regresse a Porto Santo, sabe o Expresso, apenas de ser uma decisão precária, devido aos problemas com a manutenção dos aparelhos. Nos últimos meses, a esquadra tem tido apenas 4 dos 12 helicópteros operacionais (dois nos Açores e dois no Continente), seguindo agora um quinto para a região autónoma da Madeira. Segundo o relatório da Lei de Programação Militar de 2020, a média do ano foi de 3,6 helicópteros disponíveis. Dois deles, aliás, inutilizados e canibalizados para fornecerem peças aos restantes, uma vez que a relação com a Leonardo, marca fornecedora, é difícil. Segundo o mesmo relatório, Portugal correr o risco de "não conseguir obter um número de aeronaves prontas necessárias para assegurar a missão que está atribuída à Esquadra", ou seja, assegurar os salvamentos no seu mar territorial. "É uma vergonha", lamenta ao Expresso o general Luís Araújo, ex-CEMGFA que também chefiou a Força Aérea. "Estas são operações críticas. Devíamos ter oito ou nove aeronaves prontas". E acrescenta uma preocupação: "De certeza que o CEMFA não dorme descansado por não ter nenhum helicóptero em Porto Santo. Se acontece alguma coisa tem de ir daqui um a correr e quando lá chegar será tarde", avisa.

Enquanto aguardam a substituição pelos novos KC-390 da brasileira Embraer (o primeiro deve chegar em 2023), os C-130 são mais um problema agudo: a Força Aérea tinha seis destes aviões, mas um ficou destruído no acidente de 2016 (que vitimou três militares), outro serve apenas para sobressalentes; dos restantes quatro, dois estão em modernização na OGMA, restando um par operacional. Com cerca de 40 anos, e sujeitos a avarias frequentes, há fases apenas com um C-130 a voar, apurou o Expresso. A intervenção nos dois aviões que estão em modernização na OGMA de Alverca - controlada pela Embraer, onde o Estado Português mantém 35% - tem sofrido significativos atrasos. Quando o primeiro C-130 entrou nas oficinas em Março de 2019 para uma transformação profunda da tecnologia de navegação do cockpit, de modo a poder voar no espaço único europeu, a OGMA disse que os quatro aviões estariam prontos em final de 2020. Mas ainda nem o primeiro está pronto. O relatório da LPM classifica o atraso como "crítico" e já aponta a conclusão do projeto para 2024 - portanto quatro anos de atraso. O Expresso enviou um conjunto de questões à Força Aérea sobre estas matérias, mas não foi possível obter uma resposta.


Sendo a relação difícil com a Leonardo, não estou a ver a irem comprar os 5  de evacuação aos mesmos...
Mas já estou por tudo, as Forças Armadas estão em extinção, não tenham dúvidas.
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2172 em: Junho 04, 2021, 03:58:05 pm »
No ano em que se aponta para que os 4 C-130 estejam todos modernizados, 2024, supostamente já deveremos ter recebido um par de KC-390... isto é surreal. ::)
Saudações Aeronáuticas,
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"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2173 em: Junho 04, 2021, 03:59:43 pm »
No ano em que se aponta para que os 4 C-130 estejam todos modernizados, 2024, supostamente já deveremos ter recebido um par de KC-390... isto é surreal. ::)

Vai ser top operar 2 forças de aviões tácticos (KC e C), por sinal continuam a faltar aviões estratégicos...
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2174 em: Junho 04, 2021, 04:22:04 pm »
Noutro cenário, chegamos a 2024 a operarmos...

Nenhum.  ::)


Tipo Bérrio....
« Última modificação: Junho 04, 2021, 04:22:46 pm por HSMW »
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