Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #240 em: Agosto 02, 2018, 06:44:02 pm »
Para Ovar vão os C-130H configurados para combate aos fogos.
:rir:

É cada uma que esses gajos vos contam.

Daqui a uns meses ainda vão dizer que os Mercedes dos ministros também vão dar para apagar incêndios.

Cumprimentos!
:snip: :snip: :Tanque:
 

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tenente

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #241 em: Agosto 05, 2018, 02:49:59 pm »
Montijo. Novos aviões a jato e simuladores abrem porta à permanência dos militares

Simuladores de voo para os futuros KC-390 e helicópteros Lynx, além da falta de espaço para juntar Força Aérea e Marinha em Sintra, favorecem permanência militar no Montijo.

As futuras aeronaves militares KC-390 da Força Aérea deverão ficar sediadas no aeroporto complementar de Lisboa, o que significará a continuação da Força Aérea na base do Montijo, admitiram fontes militares ao DN.

O dossiê continua por decidir, admitindo a ANA (gestora do Aeroporto Humberto Delgado) que fique fechado no segundo semestre deste ano. Mas parecem ultrapassadas muitas das dúvidas surgidas com a proposta de desnivelar as pistas cruzadas do Montijo, ficando uma para a aviação civil e a secundária para a militar - e sobre os helicópteros da Marinha.

Segundo fontes militares e do Ministério da Defesa, os estudos em cima da mesa indicam que é possível manter a esquadrilha de helicópteros Lynx da Marinha no Montijo - paredes-meias com a base naval de Lisboa (Alfeite) na margem sul do rio Tejo, onde atracam as fragatas de que fazem parte e donde operam no mar.

Esse foi um dos três cenários equacionados desde o início pela Marinha. Mas esta solução de acompanhar a transferência dos EH-101 da Força Aérea para a base de Sintra exige uma resposta: haverá espaço suficiente para os helicópteros e as estruturas de apoio dos dois ramos coexistirem na Granja do Marquês?

As avaliações preliminares indicaram haver limitações de espaço suficientes para se admitir que essa solução terá poucas probabilidades de se concretizar, admitiu uma das fontes militares, sob anonimato por não estarem autorizadas a falar sobre essa matéria.


Caça-bombardeiro Fiat G-91 à entrada da base do Montijo. Paulo Spranger/Global Imagens

Certo é que a coexistência de civis e militares no Montijo é atualmente vista como quase certa. Embora com as reservas inerentes ao facto de não haver decisões, o certo é que "a ANA deixou de falar na questão de as pistas" que se cruzam terem de ser desniveladas (proposta inicial da empresa gestora do aeroporto de Lisboa), revelou uma das fontes.

Este ponto era um dos grandes entraves à permanência da Força Aérea no Montijo, mesmo num espaço mais reduzido e com a transferência das frotas do ramo para outras bases.

Por outro lado, a natureza dos aparelhos de transporte militar KC-390 que vão substituir os Hércules C-130 na próxima década torna-os compatíveis com o movimento dos aviões comerciais pois operam com motores a jato, frisaram as fontes.

O KC-390 "é perfeitamente adequado e perfeitamente encaixável" no tráfego aéreo comercial e também "não precisa de fazer voos de treino locais" no Montijo, ao contrário do que sucede com as atuais aeronaves a hélice e de asa rotativa ali sediadas, enfatizou um oficial general da Força Aérea.

As várias fontes continuam a alertar para a incerteza e as muitas dificuldades operacionais decorrentes do atraso na conclusão do processo para transformar a base aérea do Montijo no aeroporto complementar de Lisboa.

No entanto, talvez por causa do mantra assumido há muitos anos - "somos parte da solução, não do problema" - pela Força Aérea, o certo é que neste momento são quase nulas as probabilidades de o ramo ter de abandonar o Montijo quando este espaço for essencialmente civil.

Como lembrou um dos oficiais envolvidos nesse dossiê, "o volume de tráfego militar [no Montijo] vai ser muito menor só com o KC" - já que os C-295 e os helicópteros EH-101 vão ser transferidos para outras bases.

Segundo o último estudo elaborado pelo ramo, aquelas aeronaves de transporte irão para Beja e as de asa rotativa para Sintra. Já os C-130 irão para Ovar, configurados para participar no combate aos fogos.

Continuar a dar apoio à Marinha

O facto de o programa de aquisição dos KC-390 incluir um simulador, onde os pilotos aviadores vão treinar "todo o tipo de emergências e todo o tipo de manobras", explica porque é que as tripulações dessas aeronaves não precisarão de fazer voos reais de treino no Montijo, como sucede com as atuais frotas dos C-130, dos C-295 e dos EH-101, precisou uma das fontes.

Para além do fator simbólico de o ramo aeronáutico das Forças Armadas manter "uma pegada no Montijo", onde está desde 1954, a Força Aérea elenca também aspetos operacionais em continuar ali.

Segundo algumas fontes, um deles é o de ser sempre mais fácil projetar forças a partir do Montijo para as missões de paz e humanitárias no estrangeiro. Outro é que também "ajuda a garantir todo o apoio logístico que é preciso continuar a dar à Marinha", realçou um dos oficiais.

Recorde-se que o espaço militar no Montijo - cerca de mil hectares - nasceu dentro da Marinha em 1953, como Centro de Aviação Naval (até então instalado em Lisboa), sendo integrado no ano seguinte na recém-nascida Força Aérea.


Mas a Marinha também prefere continuar no Montijo, desde logo pela proximidade ao Alfeite. O apoio logístico que aí recebe da Força Aérea - segurança da área militar, alimentação, serviços de tráfego aéreo, comunicações, meteorologia, bombeiros, combustível, energia - também favorece essa posição.

A verdade é que, tirando o aspeto da cultura militar comum aos dois ramos, a maioria daqueles serviços podem ser fornecidos à Marinha pela ANA.

Essa solução, a confirmar-se, evitará despesas estimadas de 15 milhões de euros para concretizar a transferência da esquadrilha dos Lynx para a base aérea de Sintra - e os inerentes custos posteriores, associados à maior distância a percorrer pelos aparelhos quando as fragatas partirem em missão.


Base dos helicópteros Lynx em terra fica na base área do Montijo. Marinha

Contudo, a continuidade da Marinha no Montijo, ainda que no mesmo local, implicará a construção de um simulador de convés de voo - dummy deck, em terminologia naval - noutro sítio da base para o treino de aterragens, descolagens e acidentes dos helicópteros por parte dos pilotos aviadores navais e das equipas de bordo.

Essa nova infraestrutura, indicou um oficial superior, terá um custo estimado de três milhões de euros.

https://www.dn.pt/poder/interior/montijo-novos-avioes-a-jato-e-simuladores-abrem-porta-a-permanencia-dos-militares-9657090.html

PS : O que eu venho defendendo já há muitos meses, há espaço mais que suficiente para a utilização civil/militar na infraestrutura aeroportuária da actual BA6, depois de transformada em Aeroporto complementar de Lisboa, se for transformada, mas isso são outros cinco tostões!

Abraços
« Última modificação: Agosto 05, 2018, 02:58:02 pm por tenente »
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #242 em: Outubro 01, 2018, 12:59:12 am »
 

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #243 em: Outubro 01, 2018, 07:06:09 am »
Aeroporto no Montijo e obras na Portela custarão mil milhões de euros

https://www.publico.pt/2018/09/30/politica/noticia/aeroporto-no-montijo-e-obras-na-portela-custarao-mil-milhoes-de-euros-1845809

Com que então mil milhões ????
Dizem eles !!!
Só essa verba vai ser enterrada no Montijo se não for mais mas, cá estamos para ver !!!!

Abraços
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #244 em: Outubro 01, 2018, 10:08:16 am »
Aeroporto no Montijo e obras na Portela custarão mil milhões de euros

https://www.publico.pt/2018/09/30/politica/noticia/aeroporto-no-montijo-e-obras-na-portela-custarao-mil-milhoes-de-euros-1845809

Com que então mil milhões ????
Dizem eles !!!
Só essa verba vai ser enterrada no Montijo se não for mais mas, cá estamos para ver !!!!

Abraços

De referir que este valor será pago na "totalidade" pela ANA, que em compensação verá o tempo da sua concessão aumentado.

A 2ª pista da portela será eliminada, e segundo li acho que deixamos de ter 1 pista em Lisboa com um orientação diferente. o que em caso de ventos laterais nem portela nem montijo serviram pois as pistas acho que vão acabar por ter a mesma orientação.
 

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #245 em: Outubro 01, 2018, 11:43:39 am »
Aeroporto no Montijo e obras na Portela custarão mil milhões de euros

https://www.publico.pt/2018/09/30/politica/noticia/aeroporto-no-montijo-e-obras-na-portela-custarao-mil-milhoes-de-euros-1845809

Com que então mil milhões ????
Dizem eles !!!
Só essa verba vai ser enterrada no Montijo se não for mais mas, cá estamos para ver !!!!

Abraços

De referir que este valor será pago na "totalidade" pela ANA, que em compensação verá o tempo da sua concessão aumentado.

A 2ª pista da portela será eliminada, e segundo li acho que deixamos de ter 1 pista em Lisboa com um orientação diferente. o que em caso de ventos laterais nem portela nem montijo serviram pois as pistas acho que vão acabar por ter a mesma orientação.

a 17/35 que já tem sido desactivada em part-time e, que quanto a mim é um erro crasso pois em caso de emergência de uma aeronave parada na 03/21 os voos tem de divergir, para FAO ou OPO !!
Os ventos laterais em LIS não são assim tão fortes nem limitativos da operação, já o cizalhamento, AKA W/S é outra cantiga  !!!!!
Temos muitos iluminados e srs que sabem tudo, mas, depois na operação diária, é que se vêm as merdas que esses gajos parem nos gabinetes a darem barracada !!!!

É um mal geral esta gente que sobe os degraus da hierarquia em passo de corrida mas depois na hora das tomadas de decisão, de preferência boas decisões, é que são elas, os resultados estão á vista !

Então agora vão começar os trabalhos no Montijo e vão levar o mesmo tempo que construir uma pista c/ 3+ kms e um terminal no Rio frio ou wherever, e depois de estoirar mil milhões na BA6, vamos ter, passados dez/quinze anos o mesmo fado de fazer outro aeroporto pois o Montijo estará com Lisboa está agora .

Cabecinhas pensadoras !!!

Abraços
« Última modificação: Outubro 01, 2018, 11:49:22 am por tenente »
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #246 em: Outubro 05, 2018, 01:47:24 pm »
Simplesmente espectacular.....anda tanta gente agarrada ás tetas da pobre da vaca, a MAMAR !!!!!

O que implica avançar com o aeroporto no Montijo? Sete pontos para explicar a decisão


A ANA vai mesmo pagar mil milhões para construir um terminal no Montijo? Como fica o contrato de concessão com o Estado? E é uma decisão consensual? Sete pontos para explicar a decisão.

Marques Mendes deu o acordo entre o Governo e a concessionária como praticamente fechado. Desenvolver a base aérea do Montijo como terminal de apoio à Portela é a solução apontada já desde o anterior Governo, mas agora está finalmente em condições de avançar, revelou este domingo no seu espaço de comentário da SIC. Vai custar mil milhões de euros, financiados integralmente pela ANA, e implicará uma alteração do contrato de concessão dos aeroportos, segundo Marques Mendes.

As informações avançadas reforçam os sinais dados na semana passada. Primeiro pelo presidente da ANA, que disse no Parlamento que a negociação da parte económica estava a ser finalizada com o Governo. E depois pela voz do próprio primeiro-ministro, que foi até mais longe. Para António Costa, a solução Portela +1 (Montijo) é quase irreversível, falta apenas o estudo de impacte ambiental. O primeiro-ministro defende ainda que existe “consenso nacional” sobre o projeto, o que não será bem assim, e defendeu que “não há tempo a perder”.

Mas afinal que passos faltam dar para a solução se tornar irreversível?

Negociação do contrato de concessão

O presidente executivo da ANA, Thierry Ligonnière, reconheceu no Parlamento que avançar com o terminal do Montijo “é uma mudança radical no equilíbrio económico da concessão“, razão pela qual o processo está a demorar mais tempo. O contrato de concessão da ANA, que entrega à empresa controlada pelos franceses da Vinci a exploração dos aeroportos por 50 anos, tem abertura para acomodar esta solução, mas ela não está prevista nas suas implicações financeiras e económicas. Isto significa que o contrato de concessão assinado em dezembro de 2012 pelo anterior Governo vai ter que ser alterado, para passar a incluir um aeroporto no Montijo como parte da resposta aeroportuária de Lisboa e para entregar a sua gestão à ANA. Foi isto que Marques Mendes quis dizer quando disse na SIC que o investimento total da empresa “será compensado com o alargamento da concessão inicial“. Mas isto é apenas uma parte da história. É preciso avaliar quanto custa, quem vai pagar, como será financiado e que implicações terá nas receitas futuras da concessionária e nos custos para companhias e utilizadores do aeroporto. O acordo poderá ser anunciado nas próximas semanas, diz Marques Mendes. É um cenário plausível, mas não está totalmente garantido. Sabe-se que o Governo quer fechar o dossiê este ano.

Quanto vai custar e quem vai pagar

Marques Mendes avançou com um valor redondo de mil milhões de euros. De acordo com informação recolhida pelo Observador, este investimento será faseado ao longo de vários anos e inclui a compensação a pagar pela transferência da Força Aérea instalada na agora base militar do Montijo. Mas não só: inclui também o custo dos acessos, o reforço da oferta de transportes para assegurar um rápido e eficiente transbordo para a capital, bem como as obras que continuam a ser necessárias para reforçar a capacidade da Portela e que passam pela eliminação de uma das pistas. Aos deputados da comissão de Obras Públicas, Thierry Ligonnière disse que o valor do investimento também “integra uma verba para compensações ambientais”, já que o projeto implica o prolongamento a sul da pista do Montijo. A concessionária ANA é que irá pagar, disse Marques Mendes, confirmando uma indicação que já estava prevista há bastante tempo. Mas se a resposta a esta pergunta parece fácil, tem por detrás uma outra questão muito mais complexa.

Como será financiado?

Partindo do pressuposto de que é a concessionária a assumir a conta, é preciso avaliar como é que isso irá afetar o equilíbrio da concessão para 50 anos. E se é certo que a solução Montijo pressupõe um custo para a empresa, também é certo que esse custo irá gerar mais receitas no futuro do que aquelas que estavam previstas na concessão original. Isto considerando que esta solução é uma alternativa mais barata do que a construção de um novo aeroporto para substituir a Portela. As receitas da concessionária provêm, essencialmente, das taxas aeroportuárias cobradas nas operações aéreas. As fórmulas usadas para atualizar estas taxas constam do contrato de concessão e foram acertadas pelas duas partes em 2012. Agora, o governo quer mexer nessa forma de atualizar as taxas. Esta é a parte mais sensível da negociação e que, segundo apurou o Observador, ainda não está fechada.
 Aos deputados, Thierry Ligonnière admitiu que a equação é “difícil e desafiante”, o que justifica a demora nas negociações.  Quanto às expectativas da empresa, diz que a ANA “não precisa de ganhar mais dinheiro, mas também não quer perder dinheiro face à situação anterior”. O Governo pretenderá maximizar o argumento das receitas futuras da ANA para mexer no atual modelo de atualização das taxas aeroportuárias.

Como se vai lá chegar

Na sua audição no Parlamento, Thierry Ligonnière apontou duas formas de transporte para o terminal do Montijo: rodovia e barco. Tanto quanto o Observador conseguiu apurar, a ideia de um metro ligeiro de superfície ou shuttle em carris dedicados estará afastada — é demasiado cara. Em alternativa, uma das opções que está em cima da mesa é a criação de uma faixa bus, dedicada ao transporte público ao serviço do aeroporto, na Ponte Vasco da Gama. Será ainda necessária uma estrada para melhorar o acesso rodoviário ao novo terminal. E estará ainda previsto o aumento da oferta de transporte fluvial para Lisboa com a remodelação e eventual relocalização do atual cais no Montijo.

E o que falta

A autorização ambiental é a maior incerteza desta solução e o que pode vir a atrasar mais o processo. O primeiro estudo de impacte ambiental apresentado pela ANA foi devolvido pela APA (Agência Portuguesa do Ambiente) com o pedido de muito mais informação. O novo estudo estará pronto para ser remetido, mas ainda deverá demorar algum tempo até se iniciar o processo de consulta pública que, pelas vozes que já se levantaram, vai ser muito participado. Mais dois meses. Depois é preciso esperar pela DIA (declaração de impacte ambiental) favorável, ainda que se admita que possa ser condicionada a algumas alterações ao projeto. No pior cenário, a queixa dos ambientalistas obrigará o Governo a promover uma avaliação ambiental estratégica que prevê a comparação de dois cenários concorrentes. O que poderá fazer arrastar o processo de autorizações ao longo do ano de 2019, fazendo derrapar a construção e colocando em cheque o prazo de 2022. Esta data indicativa para o início das operações comerciais no Montijo tem vindo a ser avançado por vários agentes, desde o ministro das Obras Públicas, reguladores, a ANA e até os reguladores do setor.

E é consensual?

Nem tanto assim. O proposto para um aeroporto no Montijo, pelo menos na forma como está a ser realizado, suscita críticas junto de organizações ambientais que não estão tranquilas como a forma como o processo de avaliação ambiental tem vindo a ser feito. Há uma queixa na Comissão Europeia a exigir uma avaliação ambiental estratégica como aquela que foi feita para as soluções de um novo aeroporto na Ota ou no Campo de Tiro de Alcochete durante o Governo de José Sócrates.

Do lado dos descontentes, estão também alguns habitantes de concelhos vizinhos do Montijo, como o Barreiro e a Moita, que já vieram para a rua protestar.

E quem quer voar para o Montijo?

Thierry Ligonnière revelou aos deputados que a ANA já recebeu “manifestações de interesse” de companhias aéreas para “serem as primeiras” a operar no futuro aeroporto do Montijo. Mas não especificou quais.
Em público, as duas principais low-cost a operar em Lisboa — a Easyjet e a Ryanair — são menos entusiastas em relação a trocar o terminal 2 do Humberto Delgado pelo Montijo. Em maio, o diretor-geral da EasyJet para Portugal, José Lopes, declarou ao Jornal de Negócios que “o objetivo principal continua a ser crescer na Portela“. “O Montijo estará pronto em 2022 e ainda não se sabe em que condições. Ainda não podemos dizer sim ou não”, completou o responsável, admitindo, porém, que a falta de condições do Humberto Delgado poderá obrigar a uma mudança para a outra margem.

 Já o polémico diretor-geral da Ryanair, Michael O´Leary é mais direto quanto ao Montijo. A nova estrutura serviria, essencialmente, para albergar “todo o crescimento” da operação que já não cabe na Portela, disse em fevereiro. Isto é: a companhia quer manter Lisboa como o seu “hub” principal e ter “seis a dez aviões” no futuro terminal da margem sul. “Não podemos crescer na Portela porque o aeroporto está sempre a dizer-nos que não temos sítio para pôr as aeronaves […] porque o terminal está cheio. O terminal não está cheio, nalgumas horas até está vazio”, observou Michael O’Leary.

https://observador.pt/2018/10/01/o-que-implica-avancar-com-o-aeroporto-no-montijo-sete-pontos-para-explicar-a-medida/

Abraços
« Última modificação: Outubro 05, 2018, 02:00:55 pm por tenente »
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #247 em: Outubro 12, 2018, 02:30:58 pm »
Ficam os Kcs e os Lynx. O resto Beja e Sintra com mais 115 milhões.

https://www.publico.pt/2018/10/12/politica/noticia/ja-ha-acordo-forca-aerea-recebe-115-milhoes-para-reduzir-montijo-1847206

Citar
Já há acordo. Menos aviões da Força Aérea no Montijo custa 115 milhões
Plano passa pela transferência dos C295 para Beja e dos helicópteros de busca e salvamento para Sintra. Mas os aviões maiores ficarão no Montijo pois são compatíveis com voos civis



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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #248 em: Outubro 12, 2018, 02:54:51 pm »
Ficam os Kcs e os Lynx. O resto Beja e Sintra com mais 115 milhões.

https://www.publico.pt/2018/10/12/politica/noticia/ja-ha-acordo-forca-aerea-recebe-115-milhoes-para-reduzir-montijo-1847206

Citar
Já há acordo. Menos aviões da Força Aérea no Montijo custa 115 milhões
Plano passa pela transferência dos C295 para Beja e dos helicópteros de busca e salvamento para Sintra. Mas os aviões maiores ficarão no Montijo pois são compatíveis com voos civis



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115 MILHÕES  é obra...mas o problema é que vão necessitar das obras de readapatção para ontem...e algo vai andar a derrapar. Em sintra as instalações atuais em termos de esquadra só consegue albergar os koala alouette III com a saída do epsilon. Para o EH vai ter de se construir tudo. Não há alojamentos para o pessoal extra, os atuais já estão a rebentar pelas costuras em capacidade e já são bastante antigos em concepção.

Depois ainda bem que os lynx têm de ficar por lá e irem ter a companhia dos KC...porque assim que se desafetasse a operação da Força Aérea os donos dos terrenos (herdeiros) iriam reclamar dos seus direitos de preferência nas propriedades onde está inserida a base.

E beja também vai precisar de obras...vamos ver se os chegam para tudo.
Um abraço
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #249 em: Outubro 13, 2018, 12:23:59 pm »
Tancos é que ficou para trás... uns KC ficavam lá tão bem!
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #250 em: Outubro 13, 2018, 03:15:50 pm »
Tancos é que ficou para trás... uns KC ficavam lá tão bem!

Pois mas a base tinha que ser quase toda reconstruída, e depois tinhas que correr com as unidades do Exercito de lá para outro local, que também tinham que ser, muito ou pouco, preparados para as acolher.

Se o governo quisesse mesmo isso acontecia, nem que ficasse mais caro, mas os ramos também não devem ter feito muita força nesse sentido, devem ter feito é o oposto, tentar soluções que mesmo com aeroporto do Montijo não mexam muitas unidades, ou para muito longe, só os C-295M é que devem ir para Beja, o resto não mexe (Lynx, C-130H/KC390, CTSFA, unidades do Exercíto em Tancos) ou fica perto EH101 para Sintra.

Esqueci-me, indirectamente as movimentações de esquadras do Montijo implicam movimentações de esquadras de outras bases, Epsilon e helis ligeiros trocam de base, os primeiros de Sintra para Beja e os helis o sentido oposto.
« Última modificação: Outubro 13, 2018, 03:19:51 pm por Lightning »
 

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #251 em: Outubro 24, 2018, 10:17:31 am »
Por este andar ainda acabamos com um Aeroporto nas Berlengas... :-\ :o

https://sicnoticias.sapo.pt/pais/2018-10-22-Novo-aeroporto-no-Montijo-em-risco?fbclid=IwAR1dCgnH3DWSppUwahey1oSJ9EZVDtZfbtK_QAB6OZCqVNyuMjkVJwzTNMY

Citar
A construção de um novo aeroporto está de novo num impasse. Uma investigação SIC descobriu que foi recusado o Estudo de Impacto Ambiental apresentado na última primavera pela ANA, para a construção de um Aeroporto Complementar no Montijo. O estudo não conseguiu demonstrar a viabilidade ambiental do projeto.



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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #252 em: Outubro 24, 2018, 10:31:15 am »
Por este andar ainda acabamos com um Aeroporto nas Berlengas... :-\ :o


Pois construir um aeroporto no "meio" de um estuário tem destas coisas desagradáveis, pássaros, natureza. Fiquei foi espantando pelo tema que é, que as entidades publicas não terem sido corrompidas pelo poder político para deixar passar o estudo. Será já efeitos do furacão Joana Marques Vidal que já não permite o "á vontadinha" para se fazer tudo o que se quer?
« Última modificação: Outubro 24, 2018, 11:08:12 am por HSMW »
 

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #253 em: Outubro 24, 2018, 10:37:00 am »
O que me espanta é nnguém ter detectado que por aquelas bandas, existe um enorme numero de aves todo o ano com todos os riscos inerentes, e, mesmo assim continuam a insistir num aeroporto no montijo !!
Os iluminados devem pensar que o numero de voos diarios da FAP na BA6 é semelhante aos que irão operar se ali for construido um aeroporto !!
mas que cabeçinhas pensadoras !!

Abraços
« Última modificação: Outubro 24, 2018, 11:09:36 am por HSMW »
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #254 em: Outubro 24, 2018, 11:01:18 am »
Também estão agora a repensar Alcochete, que vem da altura do amigo Sócrates com o estudo de impacto ambiental validado tipo Freeport, isto porque do Montijo a Alcochete uma ave demora 5min....logo os problemas de Alcochete serão semelhantes aos do Montijo.

Já vi Tancos mais longe...ou isso ou uma linha de alta velocidade para Beja e pronto. Dinamiza-se o investimento fora do pólo central.
Um abraço
Raphael
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