Em Novembro de 1954 deu-se um levantamento de argelinos contra a administração francesa: assaltos a bancos, sabotagem em fábricas e roubosEra a 1ª fase duma guerra de guerrilhas cujos contornos se encontravam algures a Leste.Os revoltosos integravam a F.N.L.A. ou Frente nacional da libertação argelina- e nos areópagos internacionais os países do bloco de Leste aliados aos terceiro mundistas criavam dificuldades à França.Os franceses não consideravam a Argélia uma colónia,mas um prolongamento da mãe pátria. A luta pela independência era vista em Paris como agressão contra a Republica Francesa, que apenas defendia os seus direitos sem esquecer os "pied-noirs".
No auge da confrontação militar havia 500 mil militares no terreno.A guerra de terror dos revoltosos era oposta ao contra terror dos militares franceses.
Em 1958 o governo gaulês planeava um esboço de autonomia da Argélia quando um "putsch" liderado por altas patentes de defesa da Argélia francesa donde emergiu o general de Gaulle como homem providencial.
A partir de 1961 tiveram lugar as cimeiras ao mais alto nível entre o Governo no exílio (F.N.L.A.) e a França, sempre pressionada pela direita radical, e disposta para o bombismo no sentido de manter a Fran-
ça una. Passado um ano,era assinado um protocolo que concedia a independencia à Argélia, garantindo a vida e os haveres dos europeus.Hoje, a maior parte dos europeus (10 % da população) voltou ao país de ori-
gem. Presentemente a Argélia continua governada por um Conselho da Revolução, bem camuflado por eleições "livres". E havendo petróleo e gaz natural com fartura nada vai mexer nos privilégios da elite por
muitos e bons anos.
Nota: baseado em parte da obra de Servan-Schreiber cr