Não, P44, não foi isso que eu disse.
O que eu afirmei foi que a destruição dos navios/submarinos que colocam as minas é muito mais eficiente do que actuar com caça-minas, depois da minagem ter sido efectuada. Isto porque o processo de desminagem é arriscado e moroso.
Se quiser uma analogia, é preferível a um porta-aviões destruir as aeronaves inimigas antes de elas lançarem os mísseis, visto que estes são muito mais difíceis de abater do que a plataforma que os lança.
Claro que depois de um porto estar minado, nunca enviaria fragatas para "cima delas", para as destruir...
P44, eu tenho a mesma opinião que você e que o Charruca em relação aos caça-minas - eles são necessários a qualquer Marinha moderna.
O que eu acho é que, antes de termos uma frota de superfície/sub-superfície decente, não tem grande interesse gastar dinheiro em draga-minas, visto que, com o actual estado das finanças pública, isso envolveria ter que abdicar de meios que, para mim, são prioritários, como os submarinos, o LPD e as novas escoltas.
E realisticamente, vê nos próximos 10 anos, para não dizer mais, alguma Marinha que conjugue a capacidade de minar a barra do Tejo, com algum motivo válido para o fazer?
Está a imaginar um navio marroquino a atravessar o Algarve, a costa Alentejana e a Península de Setúbal sem ser detectado e atacado, para minar a Barra do Tejo?.
Antes do mais, é preciso criar uma capacidade de dissuasão estratégica (submarinos), e de projecção de forças (LPD e reabastecedores), e uma força de escoltas modernos. Depois de adquirir tudo isto, então devemos comprar caça-minas. Eu também gostava de poder comprá-los já, mas financeiramente isso é incomportável...