Pumas no combate a incêndios

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Raul Neto

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Incêndios: Portugal e França colaboram em projecto de avião
« Responder #90 em: Agosto 24, 2005, 05:09:52 am »
    Citar
    Incêndios: Portugal e França colaboram em projecto de avião de reacção rápida  
     
    Lisboa, 23 Ago (Lusa) - Portugal e França estão a colaborar no projecto de um avião que poderá ser adoptado como principal meio de combate a incêndios, caso as protecções civis dos dois países optem pela estratégia da "reacção rápida" aos fogos.
     
    José Elias de Freitas, administrador do Madan Parque de Ciência da Universidade Nova de Lisboa, onde o projecto está a ser desenvolvido, disse à Agência Lusa que com o avião Skylander, Portugal poderá ter uma frota de aviões de combate ao fogo que custam um quinto dos Canadair utilizados por outros países.

    Contra os 25 milhões de euros que custa um Canadair, um Skylander custará cerca de cinco milhões. Enquanto um Canadair leva uma carga de água de seis toneladas, o Skylander poderá transportar 3,3 toneladas de água com retardante.

    "Apenas quatro aviões bastariam para vigiar os maciços florestais em Portugal", disse José Elias de Freitas.

    "Os Skylander conseguem acorrer a qualquer incêndio em menos de meia-hora" e fora da época de incêndios podem ser alterados para transporte de passageiros, acções humanitárias, patrulha ou treino, assegurou.

    O projecto, cujo protótipo poderá começar a ser construído em Portugal em 2006, resulta de uma colaboração entre indústrias francesas e portuguesas.

    No entanto, para este avião ser adoptado, é necessário que as protecções civis decidam fazer do "ataque inicial e fulgurante" aos fogos a sua filosofia de combate a incêndios.
    "No sistema de reacção rápida, na primeira meia-hora do fogo o avião tem que chegar", afirmou Elias de Freitas, admitindo que o Skylander não está tão vocacionado para o combate a incêndios quando estes já são muito grandes.
    Na segunda-feira, o ministro da Administração Interna, António Costa defendeu que os países da União Europeia devem desenvolver um avião bombardeiro de água, a ser "construído pela Europa para a Europa".

    APN.

    Lusa/Fim

    Agência LUSA
    2005-08-23 23:30:02
     

    Fonte de Consulta:

     :arrow: No caso Francês assumo que se destinam a substituir os Grumman S2F «Firecat»(http://groupeaeronefs.free.fr/mono10.htm), tratam-se de antigos «Tracker» de 1970, e que vieram a ser transformados em bombardeiros de água pela Empresa Canadiana Conair dotando-os de capacidade para transportar para a frente de incêndio 3300 Lts, que é nada mais nada menos do que a capacidade proposta para o Skylander(http://www.skylander-aircraft.net/), o qual também é bimotor. Tratam-se de Aeronaves de Carga em Terra (ACT's) destinadas a complementar o trabalho dos Canadair CL-415 desse País, nas matas mais interiores e afastadas de grandes albufeiras, podem estar em alerta de 15 minutos, ou em alerta em vôo  conforme as condições climatéricas se encontrem mais ou menos favoráveis a criar pontos de ignição/propagação de incêndios.

    Quando em alerta em vôo trabalham em parelhas, já levam os depósitos carregados com agentes extintores. Se avistam um foco de incêndio uma das aeronaves faz o reconhecimento guiando a outra por forma a que esta possa efectuar a descarga, e assim sucessivamente.

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    -----------

     :arrow: Nada como dar emprego aos operários da futura (aguardada) fábrica em Évora  :arrow: No seguimento da excelente ideia expressa já num outro fórum por um Colega Forista piloto de linha aérea, constituir-se-ia uma reserva aérea (1) (guarda aérea ?) nacional com muitos pilotos que de bom grado fariam a conversão ao aparelho e prestariam um serviço voluntário :roll:

    A estas poderemos ainda somar as aeronaves rádio controladas (UAV) «SkyGuardian»(http://www.skyguardian.pt/portal/), as quais constituem outro projecto nacional de enorme potencialidade, na área da vigilância aérea :wink:

    -----------
    -----------

    Enfim... digam de vossa justiça, mas creio que este é um custo à altura de Portugal, tendo como base a notícia aqui colocada. :wink:

    Cumprimentos,

    Raul Neto [/list]
     

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    Re: Incêndios: Portugal e França colaboram em projecto de av
    « Responder #91 em: Agosto 24, 2005, 12:08:21 pm »
    Citação de: "Raul Neto"
    (1) Se a esta reserva aérea juntarmos os 10 SA-330 «Puma» dotados de kits como o "badger" (http://www.exn.ca/news/video/exn2004/05/06/exn20040506-watertank.asx),
    Será que o badger pode ser adaptado ao Puma? E um badger que se usasse no Puma poderia ser adaptado a outro helicoptero? É que os Puma já não duram muito...

    Citar
    e durante os meses de Verão 2 «Hércules» C-130 da FAP  com kits AFFS(http://www.aerounion.com/files/AFFS.wmv) tendo em vista o seu uso para  2ªs intervenções,
    A FAP tem kits MAFFS, acho. E não se usam, mas não sei sei porquê. Talvez a nossa frota de C-130 não tenha aviões que cheguem, ou porque a FAP não tem dinheiro para essas horas de vôo, ou porque o desgaste adicional ia obrigar a substituir os C-130 mais cedo (e já se sabe como a coisa anda nessa frente) ou só mesmo porque está tudo maluco neste país.

    Citar
    bem como 4 Reims-Cessna FTB-337G «Push-Pull»(http://www.alunos.utad.pt/~al2966/fogos_florestais/avioes/avioes/ftb337.htm), ainda poderemos contar com 36 aeronaves propriedade do Estado Português preparadas para combater incêndios :roll:

    Os push-pull são outros que também já não duram muito...
    Ai que eco que há aqui!
    Que eco é?
    É o eco que há cá.
    Há cá eco, é?!
    Há cá eco, há.
     

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    Raul Neto

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    « Responder #92 em: Agosto 24, 2005, 02:29:19 pm »
      Estimado emarques,

      Nos EUA aparelhos já usados duram e combatem as chamas, e essas é que são essas.

      Claro que nada é eterno, aí dou-lhe razão, algumas das aeronaves que referi seriam uma solução a médio/curto prazo.

      O "badger" adapta-se a helicópteros médios, esses kits são muito polivalentes, até alguns
    Alouette II usam um outro tipo de kit, mas de semelhante capacidade :wink: [/list]
     

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    emarques

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    « Responder #93 em: Agosto 24, 2005, 05:07:46 pm »
    Mas tanto os Puma como os push-pull vieram para a FAP em meados dos anos 70. Talvez se possa "espremer" mais umas centenas de horas de vôo desses aparelhos, mas quase de certeza será canibalizando metade da frota para manter o resto no ar.
    Ai que eco que há aqui!
    Que eco é?
    É o eco que há cá.
    Há cá eco, é?!
    Há cá eco, há.
     

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    « Responder #94 em: Agosto 24, 2005, 05:57:59 pm »
      Eu compreendo o seu ponto de vista emarques :wink:

      Já no caso dos
    «Puma» ainda há muitos a voar pelo Mundo fora e nós em Alverca temos uma excelente Estação de Manutenção da Aerospatiale (Eurocopter actual), o nosso pessoal de manutenção é reconhecido e muito apreciado Mundialmente quer pelo fabricante do aparelho, quer por muitos utilizadores do mesmo :wink: , veja o caso do «Oryx» é certo que são aparelhos mais recentes (1980) mas é possível :wink:

    Abraço,

    Raul[/list]
     

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    « Responder #95 em: Agosto 24, 2005, 09:10:59 pm »
    Boa Noite caros colegas é a primeira vez que coloco uma mensagem aqui no forúm e aproveito para deixar algumas informações sobre a situação actual do FBT 337 G na FAP.

    O último número da "Mais Alto" (Ano XLIII  Nº 356 JUL / AGO)  apresenta um artigo referente aos 30 anos de serviço deste aparelho na FAP.

    Um dos aspectos mais relevantes é o facto de actualmente serem utilizados apenas 4 aparelhos pela Esq. 502 "Elefantes" tendo sido desactivada a Esq. 505 "Jacarés". Dois aviões foram transferidos para o Museu do Ar e os restantes foram vendidos no mercado de segunda mão, oferecidos a Aeroclubes portugueses e, é provavél que, existam alguns colocados no CFTMFA na Ota para o treinos das várias especialidades de mecânica.

    B. Pereira Marques
     

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    « Responder #96 em: Agosto 24, 2005, 10:01:15 pm »
    Bem vindo, Pereira Marques.
    Obrigado por partilhar os seus conhecimentos connosco.
    Apareça sempre.  :G-beer2:
    Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
     

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    PereiraMarques

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    « Responder #97 em: Agosto 24, 2005, 10:42:10 pm »
    Obrigado pelas saudações Luso, e não deixarei de intervir quando achar pertinente,...

    (A minha assinatura não pertende ser um "elogio" do caro colega, mas um elogio a Portugal :D )

    B. Pereira Marques
     

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    Raul Neto

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    « Responder #98 em: Agosto 25, 2005, 02:51:11 am »
      E é por isso mesmo que eu falo em
    4 desses aparelhos,  touchez Pereira Marques é isso mesmo  :wink:

    Bem haja pela confirmação das informações que eu já dispunha, e seja muito bem vindo  :G-beer2:  [/list]
    « Última modificação: Agosto 25, 2005, 03:00:36 am por Raul Neto »
     

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    « Responder #99 em: Agosto 25, 2005, 02:52:25 am »
    Pereira Marques, seja bem-vindo ao Forum Defesa.  :G-beer2:
    Talent de ne rien faire
     

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    NVF

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    « Responder #100 em: Agosto 25, 2005, 03:29:14 pm »
    Se esta historia dos Skylanders for para a frente, pergunto-me que sentido faz a FAP adquirir os C295?
    Talent de ne rien faire
     

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    emarques

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    « Responder #101 em: Agosto 25, 2005, 04:11:07 pm »
    Citação de: "NVF"
    Se esta historia dos Skylanders for para a frente, pergunto-me que sentido faz a FAP adquirir os C295?

    O Skylander será (e o site da companhia é extraordinariamente mau) um avião com uma capacidade semelhante ao Aviocar. A FAP decidiu que o Aviocar é um avião pouco adaptado às necessidades portuguesas, por isso não me parece que substituí-lo por outro semelhante seja boa ideia (O C-295 tem capacidade de carga para transportar um Aviocar, pelo menos no que toca ao peso).

    Por falar nisso, a fábrica do Skylander deverá começar a funcionar em Setembro, segundo http://www.bpcc.pt/enews.asp?id=26
    Ai que eco que há aqui!
    Que eco é?
    É o eco que há cá.
    Há cá eco, é?!
    Há cá eco, há.
     

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    « Responder #102 em: Agosto 25, 2005, 04:44:29 pm »
    Tudo bem que que o Aviocar — ou um aparelho da mesma categoria, como o Skylander — pode nao ser o mais adequado para a FAP. Mas penso que a minha questao original se mantem pertinente: faz sentido adquirir o C295 e o Skylander, atendendo a que durante uma boa parte do ano os Skylanders estarao disponiveis para missoes de patrulha e transporte?

    Parece-me mais uma daquelas solucoes 'a portuguesa: adquirir equipamentes que se sobrepoem e, por sua vez,  aumentar os custos com logistica e treino.

    Para mim, seria mais sensato adquirir um numero razoavel de Skylanders (18/20?), juntamente com uns 4 ou 5 CL415 e aumentar a frota de C-130 para 8 unidades (e actualiza-los, claro).  Mas como somos ricos, vamos acabar por adquirir os Skylander e os C295. E, quando se verificar que afinal vao ser necessarios aparelhos com maior capacidade de descarga contra incendios, la' vamos entao comprar os CL415 (ou o seu sucessor, porque entretanto ja' passaram 10 ou 15 anos).

    Just my two cents...
    Talent de ne rien faire
     

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    « Responder #103 em: Agosto 25, 2005, 09:09:47 pm »
    Bem NVF como em Portugal somos ricos compramos A400M..Quando o C130J servia perfeitamente as nossas necessidades e lhe poderia ser adapatado o kits AFFS.
     

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    « Responder #104 em: Agosto 25, 2005, 09:32:17 pm »
    Parece que vão comprar Canadairs e Helis Ligeiros... :roll: