Novos veículos blindados de rodas (parte 2)

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Luso

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« Responder #90 em: Abril 27, 2005, 09:38:33 pm »
Vejam isto...
www.rand.org/publications/WP/WP119/WP119.sum.pdf
É um tema à parte mas se visto paralelamente a este...
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Wildcard_pt

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« Responder #91 em: Abril 28, 2005, 10:03:28 am »
Interessante.
Seria viável fazer o mesmo tipo de operação para os nosso M113??


Passar um M113A2 para M113A3 $200.000, mas colocar uma armadura RA significa um custo similar ao upgrade, +- $200.000
Citar
A mechanical A2-to-A3 upgrade for the M113 is comparable in cost to a RA tile set for the refurbished vehicle
Em numeros redondos iriamos ter um custo +- $400.000 por veiculo, isto não se quiser sacrificar mobilidade por protecção, sacrificando uma pela outra o custo será +-$200.000.


JLRC
Citar
$482 million (euro 365 million) contract to produce 260 Pandur II eight-wheeled, all-wheel- drive (8x8) armored combat vehicles.

Fazer o upgrade ficaria mais barato que comprar veiculos novos, mas acho que o negocio dos Pandur devia seguir em frente apesar dos custos.
Perguntai ao inimigo quem somos
 

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Miguel

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« Responder #92 em: Abril 29, 2005, 09:12:23 pm »
Tenho quase a certeza que o contrato dos Pandur vai ser cancelado!!!

Devemos priviligiar a modernização dos M113 e M60 :lol:
É muito melhor ter 3 VdG modernizadas e 3 Submarinos e 10 NPO.

Afinal temos um grande ministro da defesa :wink:
 

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Jorge Pereira

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« Responder #93 em: Abril 30, 2005, 12:30:58 am »
Caro Miguel:

Cancelar o programa dos Pandur seria de uma irresponsabilidade inqualificável, por entre outros motivos, transmitir a imagem de que o Estado português não é uma “pessoa de bem” que honra contratos e compromissos já assinados, que desbarata recursos e meios a lançar concursos e estudos técnicos para depois não darem em nada ou para serem alterados a posteriori. Isto do ponto de vista da credibilidade do Estado. Do ponto de vista operacional esse cancelamento implicaria continuarmos com os Chaimite (já com mais de 35 anos!!!) o que além de ser um absurdo é impraticável do ponto de vista operacional.

Em relação a modernização dos M113 para substituir os Pandur ou como substitutos destes em teoria, isso não faz sentido. Os Pandur têm um emprego operacional diferente dos M113. Se modernizarem os M113, ideia que não me choca embora preferisse adquirir VCI’s modernos, estes M113 modernizados nunca poderiam ser utilizados nos cenários operacionais em que deveriam ser utilizados os Pandur.

Modernizar M60’s é outro disparate. Com Leopard’s 2 em segunda mão a preços de saldo, gastar dinheiro numa plataforma como o M60 é completamente irracional.

Uma questão que me intriga:

Citação de: "Miguel"
a minha proposta era que se deve equipar 3 batalhões mecanizados da BMI com os Pandur e substituir os M60 por LeopardII,

Não devemos manter os M113 em primeira linha.
1° porque são lentos,velhos,consomem mais petroleo,etc.....
2° porque todos os paises da europa considerem os blindados sobre rodas VCI Modernos!
exemplo a Belgica vai equipar as suas 3 Brigadas unicamente com blindados desses,alias ném está prevista a substitução dos seus velhos LeopardI,a Holanda vai por esse caminho, a França tem apenas neste momento 4 Batalhões Mecanizados(largatas) todos os regimentos de infantaria franceses, estarão em breve apenas equipados com blindados sobre rodas (VAB-VEXTRA)!!!!
claro a alemanha que tem uma grande tradição mecanizada, vai continuar a manter largatasVCI(puma),mas é um pais rico!!!!

Mudou de ideias em tão pouco tempo? :wink:

O GALE é importante para o exército contar com uma ferramenta fundamental em qualquer exército moderno: o helicóptero.

Em relação as OHP, são melhor do que nada. Se nos arranjarem uns ARLEIGH BURKE’s eu não me importo de trocar, mas como isso é pouco provável que venham as OHP.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Miguel

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« Responder #94 em: Abril 30, 2005, 09:26:18 am »
Jorge e companheiros:

Sim mudei de ideias, porque o estado das finanças publicas estão "carecas"!!! e por isso temos que fazer cortes!!

Como dizem os Gauleses "faire du neuf avec du vieux"

Prioridade para o exército deve ser a substituição da G3, quando digo modernizar os M113/M60 quero dizer uma revisão geral a mecanica e pintura :wink:

cumprimentos
 

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TOMKAT

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« Responder #95 em: Abril 30, 2005, 10:31:20 am »
Citação de: "Miguel"
Jorge e companheiros:

Sim mudei de ideias, porque o estado das finanças publicas estão "carecas"!!! e por isso temos que fazer cortes!!

Como dizem os Gauleses "faire du neuf avec du vieux"

Prioridade para o exército deve ser a substituição da G3, quando digo modernizar os M113/M60 quero dizer uma revisão geral a mecanica e pintura :wink:

cumprimentos


Ó Miguel estamos mal mas não tanto assim. Em vez de se adiar a resolução do problema (novamente) deve-se resolvê-lo de vez.
Fui militar já lá vão 20 anos (como o tempo passa  :lol:
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
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«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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Miguel

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« Responder #96 em: Abril 30, 2005, 12:50:47 pm »
Que pessimismo tomkat :)

Quando eu era militar para lhe dar um exemplo:

Não tinhamos camuflado, capacete fritz,etc... apenas tinha um fato verde uma boina e um Famas enquanto US, Alemães,Belgas, estavem já melhor equipados com camuflados armas etc...

Outro exemplo :
A secção francesa 10 homens tem apenas Famas e 1 lança roquets LRAC89mm enquanto os US tem 2 Minimi 2 M203 lança granadas e M4/m16, AT4 etc...
No entanto qual sera a melhor? uma secção de infantaria da 82 airborne ou uma secção da Legion? hein????

O material pode ser importante, mas a qualidade do soldado e a sua fé ainda é superior.
 

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paraquedista

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« Responder #97 em: Abril 30, 2005, 03:36:11 pm »
Aqui estao os grandes projectos deste governo para as Forcas Armadas...o plano e nao fazer NADA.

DN de 1 de Maio
defesa Exército à espera de equipamentos

 
 
O ministro da Defesa, Luís Amado, afirmou ontem que o reequipamento do Exército terá de aguardar pela reapreciação da Lei de Programação Militar e pelo processo de transformação daquele ramo das Forças Armadas. Luís Amado, que recusou a ideia de que o equipamento do Exército é obsoleto, anunciou que a LPM será reanalisada à luz do "quadro de constrangimentos financeiros de médio e longo prazo" que decorrerá do Programa de Estabilidade e Crescimento que o Governo apresentará a Bruxelas em Junho "ou, o mais tardar, em Setembro".
 

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TOMKAT

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« Responder #98 em: Abril 30, 2005, 03:42:49 pm »
Citação de: "Miguel"
Que pessimismo tomkat :roll:
 Quanto à diferença de valor entre os americanos e os franceses não lhe posso afirmar nada de concreto, a única coisa que sei é que sempre que há uma guerra lá estão metidos os americanos, ao contrário os franceses fogem delas (guerras) como o diabo da cruz. Talvez seja um acto de inteligencia mas também pode ter outro significado.

Já agora uma pergunta: qual foi a último conflito em que os franceses estiveram envolvidos (de corpo e alma) e que tenham vencido?

Não quero pôr a legião no mesmo saco pois suponho ser a força francesa melhor preparada pelo que não será um exemplo a ter em conta. :wink:
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Ricardo Nunes

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« Responder #99 em: Abril 30, 2005, 04:35:24 pm »
Citar
Luís Amado, que recusou a ideia de que o equipamento do Exército é obsoleto,


Esta realmente tem muita piada.  :wink:

Claro que esta é uma generalização idiota e sem qualquer significado real, mas não deixa de ser divertido, e interessante, pensar em tal facto.

Abraços,
Ricardo Nunes
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Yosy

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« Responder #100 em: Abril 30, 2005, 08:45:37 pm »
Deêm tempo ao ministro; coitado do homem acabou de chegar ao cargo. Não esqueçamos que foi com Guterres que os submarinos começaram (e era para serem 3).

Citar
Quanto à diferença de valor entre os americanos e os franceses não lhe posso afirmar nada de concreto, a única coisa que sei é que sempre que há uma guerra lá estão metidos os americanos, ao contrário os franceses fogem delas (guerras) como o diabo da cruz. Talvez seja um acto de inteligencia mas também pode ter outro significado.

Já agora uma pergunta: qual foi a último conflito em que os franceses estiveram envolvidos (de corpo e alma) e que tenham vencido?


Gostava de saber porque é moda dizer mal das forças armadas francesas  :roll:
 

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Spectral

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« Responder #101 em: Maio 01, 2005, 04:59:25 pm »
Citar
Deêm tempo ao ministro; coitado do homem acabou de chegar ao cargo.

Ora, o homem é PS, é um alvo a abater por estas bandas...

Citar
Gostava de saber porque é moda dizer mal das forças armadas francesas


Porque tal é moda nos EUA, e os macaquinhos de imitação são bastante comuns...


E isto já está um pouco off-topic, não ?
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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Luso

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« Responder #102 em: Maio 02, 2005, 02:03:58 pm »
Pessoalmente não tenho nada contra o novo MDN...
Mas contra toda uma organização e cultura que menospreza a capacidade militar e a falta de visão.
No entanto, se Luís Amado disse que o equipamento das nossas FA não era obsoleto então temos motivos para grande preocupação.

Com franqueza, gostava que o concurso dos blindados de rodas fosse cancelado ou reduzida substancialmente a encomenda...
E começado pelo menos os planos de construção de novas fragatas.
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TOMKAT

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« Responder #103 em: Maio 02, 2005, 09:15:21 pm »
Citação de: "Yosy"
Deêm tempo ao ministro; coitado do homem acabou de chegar ao cargo. Não esqueçamos que foi com Guterres que os submarinos começaram (e era para serem 3).

Citar
Quanto à diferença de valor entre os americanos e os franceses não lhe posso afirmar nada de concreto, a única coisa que sei é que sempre que há uma guerra lá estão metidos os americanos, ao contrário os franceses fogem delas (guerras) como o diabo da cruz. Talvez seja um acto de inteligencia mas também pode ter outro significado.

Já agora uma pergunta: qual foi a último conflito em que os franceses estiveram envolvidos (de corpo e alma) e que tenham vencido?

Gostava de saber porque é moda dizer mal das forças armadas francesas  :wink:
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« Responder #104 em: Maio 02, 2005, 10:35:15 pm »
Bom, de facto as notícias são contraditórias. Vejam este artigo do JN de sábado passado.

Citar
Ministro admite que meios da BMI estão obsoletos

Questão Blindados de Santa Margarida só já correspondem às necessidades dos anos 70 e 80.
Restrições orçamentais são obstáculo à substituição.
Confusão nas intervenções oficiais.

Oministro da Defesa, Luís Amado, reconheceu, ontem, em Santa Margarida, que o material que equipa a Brigada Mecanizada Independente (BMI), uma unidade que o Exército considera um "pilar", "é antiquado" e tem que ser substituído. No entanto, não apontou metas fixas e destacou as "restrições orçamentais" como um obstáculo. Uma fonte militar salientou, ao JN, que os meios da BMI correspondem às "necessidades dos anos 70 e 80 e não às actuais", tendo em conta as características da brigada - empenhamento em cenários de conflitos de alta intensidade.

Luís Amado, que pela primeira vez visitou uma unidade operacional das Forças Armadas desde que assumiu a tutela da Defesa, fez essas declarações durante as cerimónias do 27º aniversário da BMI, que coincidiram com a apresentação do Agrupamento Mecanizado da brigada, uma força de 690 homens destinada à OTAN.

O ministro tinha inicialmente destacado a operacionalidade da força, mas acabou por ser confrontado com a obsolescência dos meios, em particular os blindados de infantaria M-113 e carros de combate M-60 A3, visíveis durante o desfile do Agrupamento, e que equipam a BMI, num total de cerca de 400 viaturas. Mas a renovação dos M-113 parece ser a mais urgente, até porque são os meios com mais possibilidades de virem a ser projectados no exterior.

Luís Amado destacou, no entanto, o facto de a OTAN ter certificado o batalhão, sinónimo de que a situação não seria assim tão negra e que havia mesmo materiais usados igualmente pelos congéneres da BMI na Aliança Atlântica, em particular pela Espanha.

Questões colocadas pelo JN com exemplos concretos que contrariavam esses argumentos levaram Luís Amado a salientar que essa informação lhe tinha sido transmitida pelo chefe de Estado-Maior do Exército, general Valença Pinto, e, depois a salientar que "é óbvio que o equipamento que vimos é antiquado, que será seguramente alvo de renovação", enquadrando a renovação no âmbito da revisão da LPM, um processo já iniciado mas ainda não definido, e sem esquecer o "quadro de constrangimentos financeiros de médio e longo prazo", impostos por Bruxelas.

Mas, já antes de Luís Amado, o próprio comandante da BMI, major-general Moura da Fonte, salientara no discurso e durante a cerimónia a necessidade de "manter a operacionalidade dos meios e modernizar numa perspectiva de interoperabilidade com as forças dos outros exércitos", citando, também ele, Valença Pinto, que também no seu discurso levantara a questão do material, embora sem se comprometer e ao mesmo tempo explicitando a vontade de manter a força mecanizada da BMI, classificando-a como uma unidade de "excelência", "pilar essencial" e "insubstituível".  

E ainda:

Citar
Aplicação indecisa dos programas

O reequipamento da BMI transparece como uma questão financeira, mas não se resume a tal. O próprio Exército tem mantido ao longo dos anos alguma indefinição nos programas. Foi o caso da renovação dos carros de combate M-60, durante os anos 90, que foi suspensa e o programa não mais foi retomado. A justificação é que esses meios dificilmente seriam projectáveis, mas pouco depois eram aplicadas verbas para o up-grade dos obuses M-109, se bem que as hipóteses de projecção da artilharia de campanha autopropulsionada ainda sejam mais reduzidas. Fala-se, agora, na possibilidade da recepção de vinte carros de combate Leopard 2, por cedência da Holanda, para substituir os M-60, mas é a própria cavalaria, a beneficiária directa destes meios, a remar contra a opção. E não por falta de qualidade dos Leopard mas porque os M-60 teriam sempre que ser mantidos, o que obrigaria a manter duas linhas de instrução, de manutenção e de logística. Ou seja, os custos seriam sempre a duplicar, quer de natureza financeira quer de natureza operacional, quando nem uma coisa nem outra abundam.
 


Obviamente que só 20 Leopards é um disparate. Estes têm que substituir por completo os M60. Tudo o que for abaixo de 100 unidades, na minha opinião, é uma péssima escolha.

Enfim, muitas notícias contraditórias. Penso que o próximo orçamento deste governo nos dará uma ideia clara daquilo que eles pretendem fazer na defesa. Vamos aguardar, no entanto, os sinais parecem-me preocupantes.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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