Antes do mais, gostaria de dizer que esta é uma óptima notícia para as Forças Armadas, embora talvez tenha sido divulgada prematuramente, tendo em conta que, pelos vistos, a Steyr ainda não acertou todos os pormenores do fabrico dos blindados pela Bombardier.
Á partida, eu pensava que o Patria AMV era o melhor candidato, mas pesando os resultados dos testes, o preço final e as contrapartidas oferecidas, creio que o Pandur II acaba por ser a melhor escolha.
caros amigos,
um pouco de realismo!!!!
os Pandur devem ir todos para a BMI,esta unidade não pode continuar a ser um museu dos anos 70 Wink
os 33 VBR peça 105mm é para substituir os M60, e os APC os M113,
falta depois é adquirir uns misseis Javelin e systema Avenger, juntamente com novos obuseiros rebocados 155mm, e nessa altura teremos enfim 1 Brigada topo de gama (typo stryker EUA)
as BAI e BLI ficam em infantaria ligeira aerotransportadas!
Miguel, se vir a lista dos 50 programas apresentados pelo Ministério da Defesa, poderá ver que esta inclui, quer a aquisição dos VBR, quer, e passo a citar: "Modernização das Viaturas Blindadas M113 e dos Carros de Combate M60 da Brigada Mecanizada Independente, sediada em Santa Margarida"
Portanto, a BMI continuará (e bem) equipada com blindados de lagartas.
É importante não confundir as coisas, e julgar que um VBR pode fazer o mesmo que um IFV ou que um CC. São plataformas diferentes, e complementam-se, não se substituem.
Se quiser, podemos discutir a necessidade de operar uma unidade mecanizada tão grande, mas parece-me que a existência de uma capacidade de choque equipada com veículos de lagartas, não deve ser posta em causa.
Por alguma razão, os EUA vão manter a maioria das divisões blindadas. Por alguma razão, a esmagadora maioria dos países, apesar de pretender aligeirar as suas forças, não abdica de uma componente mecanizada, com lagartas.
Quanto à BLI, não há, creio eu, intenções de a transformar numa unidade de infantaria ligeira aerotransportada - seria redundante face à BAI. Quanto muito, ela será uma unidade medianamente "aerotransportável". Mas tendo em conta os VBR com que ela será equipada, bem como os aviões de que a FAP dispõe, nunca vamos conseguir transportar mais do que um pelotão reforçado, pelo menos numa única vaga. No fundo, esta unidade ficará sobretudo vocacionada para missões de manutenção de paz.
Para as missões da BLI/Fuzos, a metrelhadora de 12.7mm é suficiente. Nestas forças, a missão dos veículos é transportar a infantaria e não entrar em combate. O que me preocupa mais é que, segundo o que tudo indica, os veículos de transporte de pessoal terão a metrelhadora num reparo simples, como os M-113. Ora, hoje em dia, todos os veículos novos noutros países são equipados com um sistema que permite apontar e disparar a metrelhadora do interior do veículo, com todas as vantagens que isso indica.
Concordo, Spectral. Existem hoje em dia vários modelos das chamadas "overhead weapons stations", quer estabilizadas, quer não estabilizadas. Outra hipótese, mais barata, mas menos eficaz, é a improvisação de uma torreta, semelhante à usada nos M113, no Vietnam, e que agora está a ser recuperada no Iraque, quer para estes blindados, quer para os HMMWV.
Como a Steyr pertence à General Dynamics, tal como a Mowag, outra opção possível para os veículos com a peça de 105mm seria uma configuração semelhante ao "Stryker-MGS"
(...)
Esta versão, embora provavelmente mais cara e que tem tido alguns problemas de desenvolvimento, permite instalar uma peça de 105 de características iguais ou superiores à do M-60 ( esta configuração permite forças de recuo muito maiores). A peça desse Ascod é descrita como "low recoil" e terá certamente uma capacidade muito inferior contra blindados.
Não gostaria de ver os Pandur equipados com a peça do Stryker MGS, por várias razões:
- esta peça, como disse, tem tido vários problemas de desenvolvimento. Sofre de recuo excessivo, podendo danificar a electrónica do blindado, e é extremamente mal concebida do ponto de vista do conforto dos soldados (pelo menos eram estes os rumores que corriam, e que podem explicar o facto de esta versão ainda não estar em serviço)
- há ainda o facto de o Pandur ser um APC convertido para o uso desta peça, o que pode provocar problemas de estabilidade, quer a fazer fogo, quer em movimento. Se fosse um blindado feito de raiz, como o Centauro, o Rooikat, ou o AMX-10RC, pensados para operar à partida este tipo de armamento, então aí os problemas de estabilidade seriam menores. Mas com o Pandur, este sistema deixa-me algumas reticências (que esperemos, se venham a provar infundadas...)
- creio que uma peça de "low-recoil" é mais do que suficiente. O objectivo destes blindados não é combater carros de combate; se fosse, deveriam ser equipados com mísseis anti-carro ou com uma peça de 120mm. A sua função é fornecer apoio de fogo à infantaria desmontada, sobretudo contra infantaria inimiga e edificações em que esta possa estar emboscada. Mesmo uma peça de "low-recoil", desde que equipada com munição adequada, pode derrotar qualquer IFV (com a possível excepção do Achzarit, Temsah e outros semelhantes, mas só na zona frontal), bem como a maioria dos carros de combate mais antigos, e mesmo alguns mais recentes, desde que atingidos na blindagem lateral ou traseira.
Por isso, creio que equipar o Pandur com a peça do MGS seria mais caro, sem que isso se traduzisse num aumento de capacidade relevante, e permitindo poupar o blindado a um desgaste desnecessário.