Novos veículos blindados de rodas (parte 2)

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Ricardo Nunes

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« Responder #15 em: Dezembro 08, 2004, 09:58:38 pm »
Mais uma boa notícia para a defesa nacional. De uma vez por todas resolveu-se a substituição das Chaimite.

Um bom dia para o exército e para a marinha.
Ricardo Nunes
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Ricardo Nunes

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« Responder #16 em: Dezembro 08, 2004, 10:04:38 pm »
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Novas viaturas blindadas vão ser fabricadas na ex-Bombardier
 
O ministro da Defesa anunciou quarta-feira, em Benavente, que "boa parte" das perto de 300 viaturas blindadas que vão ser adquiridas para o Exército e Marinha será fabricada nas instalações e com trabalhadores da ex-Bombardier.
 
Paulo Portas falava na cerimónia de anúncio do vencedor do concurso público internacional para o fornecimento das viaturas blindadas de rodas 8x8, que vão substituir as históricas chaimite, que decorreu ao princípio da noite no Depósito Geral de Materiais do Exército, em Benavente.

O ministro de Estado e da Defesa sublinhou que, na decisão sobre o consórcio vencedor, liderado pela Steyr (Áustria), pesou, não só o preço, 344 milhões de euros, mas também o facto de, ao contrário do outro concorrente, uma das contrapartidas propostas ser a construção de grande parte da encomenda em Portugal.

"É importante para o Governo, para a Defesa Nacional e para o país sabermos que o reequipamento das Forças Armadas vai permitir que, no local exacto onde morreu uma fábrica, e com que dor social, vai nascer outra fábrica, onde boa parte destas viaturas vão ser fabricadas", disse.

"Toda a gente sabe o que aconteceu na Bombardier. É exactamente aproveitando trabalhadores e instalações da Bombardier que este concurso vem permitir uma extraordinária oportunidade de emprego, de desenvolvimento e de tecnologias em Portugal, para portugueses e com portugueses. Tanto basta para podermos estar muito satisfeitos", acrescentou.

Portas referiu a aquisição das 293 viaturas blindadas para o Exército e para a Marinha não só como "um passo grande" para a modernização das Forças Armadas, "mas também como uma "extraordinária oportunidade" para a economia do país, frisando que a contrapartida do fabrico em Portugal teve um peso na decisão final.

O ministro sublinhou a forma como decorreu o processo com vista à aquisição das 293 viaturas blindadas (273 para a Marinha e 20, anfíbias, para a Marinha, que serão entregues entre 2006 e 2009), com a decisão a ser tomada cerca de 15 meses depois do lançamento do concurso.

Destacou o facto de se ter adoptado uma prática que não era habitual, com uma aquisição que envolve mais do que um ramo das Forças Armadas, o que, no seu entender, representa "racionalidade, eficiência e interoperabilidade", e o "profissionalismo e exigência" colocados pelas equipas que lidaram com o processo, o que ficou patente com a inexistência de contestação ao concurso.

Sublinhou ainda a "exigência na negociação", o que se reflectiu no preço final (que passou de 544 milhões de euros para 344 milhões de euros), e o rigor na verificação, afirmando que o Estado foi para este negócio "com os olhos bem abertos", sem fazer "uma compra por catálogo".

"Quem conhece a famosa, cada vez mais histórica, chaimite, sabe que não se podia adiar muito mais", disse.

O chefe do Estado Maior do Exército, general Luís Valença Pinto, afirmou que a aquisição das novas viaturas blindadas irá colocar o Exército português a par dos aliados com dimensão análoga, sublinhando que a futura Brigada de Intervenção poderá ter um batalhão em prontidão em Janeiro de 2008.

Destacando o facto de as velhas chaimite terem sobrevivido 15 anos para além da sua vida útil, graças a um esforço "notável" de manutenção, Valença Pinto disse ser "imperioso" que, em 2007, as Oficinas Gerais de Material de Engenharia, a instalar de preferência na área militar de Alcochete, onde hoje decorreu a cerimónia, possam estar operacionais "para assegurar a manutenção das novas viaturas".

Também o chefe do Estado-Maior da Marinha, almirante Francisco Abreu, destacou o "salto significativo" que as 20 viaturas blindadas anfíbias terão no reequipamento dos Fuzileiros, permitindo "maior operacionalidade e maior segurança".

A necessidade de dotar o Exército de novas viaturas blindadas de rodas foi equacionada quando se preparava o envio de uma força para a Bósnia-Herzegovina, no início dos anos 1990, tendo desde então sido ponderadas várias hipóteses, com a opção pela compra a avançar na sequência da conclusão da revisão da Lei da Programação Militar.
Ricardo Nunes
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Jorge Pereira

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« Responder #17 em: Dezembro 08, 2004, 10:29:20 pm »
Excelente notícia.

Só espero que este Ministro da Defesa volte a sê-lo no próximo Governo.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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papatango

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« Responder #18 em: Dezembro 09, 2004, 12:11:13 am »
Tenho que confesar que desde o inicio, achei que o PANDUR-II era o melhor dos três concorrentes, pelo que acho que a decisão é de longe a mais correcta. Não quero aqui fazer propaganda politica, mas a decisão tem poucos pontos negativos.
Embora, desde inicio também se possa dizer que não existiam grandes diferenças entre os três, quando se somavam as necessidades das várias versões.
O PATRIA tem umas versões imponentes de torres com canhões duplos, mas só 10% dos veículos deveriam ser dessa versão. A maioria dos carros era de transporte e o PANDUR era o que apresentava maior capacidade de transporte.

Estou especialmente satisfeito com a decisão tomada de aumentar de 6 (numero ridiculo) para 33 o numero de PANDUR equipados com a peça de 105mm. Isto implica uma opção pela capacidade ofensiva, em vez de por um numero (a meu ver exagerado de 140)  veículos 8x8 equipados apenas de uma metralhadora 12.7. A redução para pouco mais de 100 no numero de veículos de transporte simples, também faz sentido, e eventualmente será uma indicação de que não vamos ter carros 8x8 a substituir M-113.

Ainda estou para saber se a versão da torre de 105mm será a mesma que equipa o ASCOD.

Se alguém tiver alguma informação a proposito, agradece-se.

Especialmente para acrescentar ao artigo que estou a fazer e que está parcialmente publicado em:
http://freehost01.websamba.com/areamili ... ndur_2.asp

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Lynx

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« Responder #19 em: Dezembro 09, 2004, 10:42:34 am »
Sem dúvida é uma boa noticia para o exército, mas já agora alguém sabe o porquê da redução do numero de viaturas ?

Inicialmente falou-se em 322 e agora os diferentes meios de comunicações dão o numero de viaturas diferentes (244, 260, 293  :shock: )  

Os primeiros 31 Pandur chegarão no inicio de 2006 sendo os restantes entregues no final de 2006, 81 viaturas, em 2008 mais 101 e em 2009 os ultimos 47
 

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Lynx

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« Responder #20 em: Dezembro 09, 2004, 11:27:12 am »
Citação de: "JN"
Blindados não vão ser feitos na Bombardier

Os 260 blindados Pandur que vão "render" as velhas chaimites do Exército e Marinha não vão ser montados na Bombardier da Amadora, ao contrário do que foi anunciado, ontem, pelo ministro Paulo Portas e do que tinha sido garantido pela Steyr, que venceu o concurso lançado em Setembro do ano passado.

Na proposta apresentada ao Governo português, a empresa austríaca comprometeu-se, no âmbito de uma parceria com a GOM - empresa formada por ex-quadros da Bombardier -, a construir quase todos os Pandur na Amadora, "recuperando" parte dos 400 trabalhadores que ficaram desempregados em Maio.

Essa garantia foi determinante para a Steyr ganhar o concurso (adjudicado por 344,2 milhões de euros), uma decisão ontem anunciada, em Benavente, por Paulo Portas. A suíça Mowag, cuja proposta era ligeiramente mais cara (357,6 milhões de euros), terá sido excluída por não oferecer as contrapartidas da Steyr. A outra empresa a concurso, a finlandesa Patria, acabou por ser excluída por ter entregue a sua proposta final após o prazo estabelecido.

Mas ao que o JN apurou junto de Manuel Norton, da GOM, e Luís Ramos, porta-voz da Bombardier, é quase certo que os blindados não serão montados na Amadora, por não ter havido acordo entre a multinacional canadiana e a GOM quanto à modalidade de utilização das instalações. Manuel Norton garantiu contudo a incorporação de até 190 trabalhadores da ex-Sorefame no projecto, e revelou que os blindados poderão ser montados numa fábrica desactivada na Grande Lisboa.

Confrontado pelo JN com a alteração, o porta-voz do Ministério da Defesa disse não ter nenhum comentário oficial a fazer, mas lembrou que os contratos devem ser cumpridos e que a garantia de reabilitar a indústria nacional, incluindo na Bombardier, pesou muito na escolha do Governo.
 

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Spectral

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« Responder #21 em: Dezembro 09, 2004, 06:50:42 pm »
Citar
Estou especialmente satisfeito com a decisão tomada de aumentar de 6 (numero ridiculo) para 33 o numero de PANDUR equipados com a peça de 105mm. Isto implica uma opção pela capacidade ofensiva, em vez de por um numero (a meu ver exagerado de 140) veículos 8x8 equipados apenas de uma metralhadora 12.7. A redução para pouco mais de 100 no numero de veículos de transporte simples, também faz sentido, e eventualmente será uma indicação de que não vamos ter carros 8x8 a substituir M-113.

Por um lado o aumento do nº de veículos com a peça de 105 poderia indicar alguma intenção em substitituir os M-60 por estes veículos ( horror!  :twisted: ), mas a diminuição do número de veículos APC contraria um pouco esta ideia ( a ocorrer, passaria toda a BMI para estes veículos, mas assim o número seria insuficiente).

Para as missões da BLI/Fuzos, a metrelhadora de 12.7mm é suficiente. Nestas forças, a missão dos veículos é transportar a infantaria e não entrar em combate. O que me preocupa mais é que, segundo o que tudo indica, os veículos de transporte de pessoal terão a metrelhadora num reparo simples, como os M-113. Ora, hoje em dia, todos os veículos novos noutros países são equipados com um sistema que permite apontar e disparar a metrelhadora do interior do veículo, com todas as vantagens que isso indica.

Como a Steyr pertence à General Dynamics, tal como a Mowag, outra opção possível para os veículos com a peça de 105mm seria uma configuração semelhante ao "Stryker-MGS" :


http://www.globalsecurity.org/military/systems/ground/iav-mgs.htm

Esta versão, embora provavelmente mais cara e que tem tido alguns problemas de desenvolvimento, permite instalar uma peça de 105 de características iguais ou superiores à do M-60 ( esta configuração permite forças de recuo muito maiores). A peça desse Ascod é descrita como "low recoil" e terá certamente uma capacidade muito inferior contra blindados.

E já agora, o Pandur vem com a peça de 25mm, ou com uma de 30mm ? É que todas as fotografias que vi dos Pandur com torre parecem ter esta última ( alemã, igual à do Pizarro).

Na página do army-technology do Pandur http://www.army-technology.com/projects/pandurII vem até lá referido assim :
Citar
PANDUR II WEAPONS SYSTEMS

The Pandur II 6x6 can be armed with weapons up to calibre 90mm. The Pandur II 8x8 can be fitted with a two-person 105mm Low Profile Turret System supplied by General Dynamics Land Systems. Other weapons up to 105mm calibre can be fitted to suit the operational requirements. Optional weapon fits include a two man turret with automatic tracking, a day and night fire control system, stabilised 30mm Mauser cannon and 7.62mm co-axial general purpose machine gun as fitted on the Ulan IFV deployed by the Austrian Army.
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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Miguel

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« Responder #22 em: Dezembro 09, 2004, 07:03:01 pm »
caros amigos,

um pouco de realismo!!!!

os Pandur devem ir todos para a BMI,esta unidade não pode continuar a ser um museu dos anos 70 :?:
 

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komet

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« Responder #23 em: Dezembro 09, 2004, 07:21:20 pm »
Algo que sempre me intrigou, qual é a resistência, se alguma, dos pneumáticos deste tipo de veículos a projécteis ou estilhaços?
"History is always written by who wins the war..."
 

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OPCOM

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« Responder #24 em: Dezembro 10, 2004, 09:33:07 am »
Nuno
Estas viaturas com canhão deo 105 mm, não se destinam a substituir os V150, do esquadrão de reconhecimento da BMI?
 

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JNSA

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« Responder #25 em: Dezembro 10, 2004, 11:21:16 am »
Antes do mais, gostaria de dizer que esta é uma óptima notícia para as Forças Armadas, embora talvez tenha sido divulgada prematuramente, tendo em conta que, pelos vistos, a Steyr ainda não acertou todos os pormenores do fabrico dos blindados pela Bombardier.

Á partida, eu pensava que o Patria AMV era o melhor candidato, mas pesando os resultados dos testes, o preço final e as contrapartidas oferecidas, creio que o Pandur II acaba por ser a melhor escolha.

Citação de: "miguel"
caros amigos,

um pouco de realismo!!!!

os Pandur devem ir todos para a BMI,esta unidade não pode continuar a ser um museu dos anos 70 Wink

os 33 VBR peça 105mm é para substituir os M60, e os APC os M113,
falta depois é adquirir uns misseis Javelin e systema Avenger, juntamente com novos obuseiros rebocados 155mm, e nessa altura teremos enfim 1 Brigada topo de gama (typo stryker EUA)
as BAI e BLI ficam em infantaria ligeira aerotransportadas!

Miguel, se vir a lista dos 50 programas apresentados pelo Ministério da Defesa, poderá ver que esta inclui, quer a aquisição dos VBR, quer, e passo a citar: "Modernização das Viaturas Blindadas M113 e dos Carros de Combate M60 da Brigada Mecanizada Independente, sediada em Santa Margarida"

Portanto, a BMI continuará (e bem) equipada com blindados de lagartas.

É importante não confundir as coisas, e julgar que um VBR pode fazer o mesmo que um IFV ou que um CC. São plataformas diferentes, e complementam-se, não se substituem.

Se quiser, podemos discutir a necessidade de operar uma unidade mecanizada tão grande, mas parece-me que a existência de uma capacidade de choque equipada com veículos de lagartas, não deve ser posta em causa.

Por alguma razão, os EUA vão manter a maioria das divisões blindadas. Por alguma razão, a esmagadora maioria dos países, apesar de pretender aligeirar as suas forças, não abdica de uma componente mecanizada, com lagartas.

Quanto à BLI, não há, creio eu, intenções de a transformar numa unidade de infantaria ligeira aerotransportada - seria redundante face à BAI. Quanto muito, ela será uma unidade medianamente "aerotransportável". Mas tendo em conta os VBR com que ela será equipada, bem como os aviões de que a FAP dispõe, nunca vamos conseguir transportar mais do que um pelotão reforçado, pelo menos numa única vaga. No fundo, esta unidade ficará sobretudo vocacionada para missões de manutenção de paz.

Citação de: "Spectral"
Para as missões da BLI/Fuzos, a metrelhadora de 12.7mm é suficiente. Nestas forças, a missão dos veículos é transportar a infantaria e não entrar em combate. O que me preocupa mais é que, segundo o que tudo indica, os veículos de transporte de pessoal terão a metrelhadora num reparo simples, como os M-113. Ora, hoje em dia, todos os veículos novos noutros países são equipados com um sistema que permite apontar e disparar a metrelhadora do interior do veículo, com todas as vantagens que isso indica.

Concordo, Spectral. Existem hoje em dia vários modelos das chamadas "overhead weapons stations", quer estabilizadas, quer não estabilizadas. Outra hipótese, mais barata, mas menos eficaz, é a improvisação de uma torreta, semelhante à usada nos M113, no Vietnam, e que agora está a ser recuperada no Iraque, quer para estes blindados, quer para os HMMWV.


Citação de: "Spectral"
Como a Steyr pertence à General Dynamics, tal como a Mowag, outra opção possível para os veículos com a peça de 105mm seria uma configuração semelhante ao "Stryker-MGS"
(...)
Esta versão, embora provavelmente mais cara e que tem tido alguns problemas de desenvolvimento, permite instalar uma peça de 105 de características iguais ou superiores à do M-60 ( esta configuração permite forças de recuo muito maiores). A peça desse Ascod é descrita como "low recoil" e terá certamente uma capacidade muito inferior contra blindados.


Não gostaria de ver os Pandur equipados com a peça do Stryker MGS, por várias razões:
- esta peça, como disse, tem tido vários problemas de desenvolvimento. Sofre de recuo excessivo, podendo danificar a electrónica do  blindado, e é extremamente mal concebida do ponto de vista do conforto dos soldados (pelo menos eram estes os rumores que corriam, e que podem explicar o facto de esta versão ainda não estar em serviço)
- há ainda o facto de o Pandur ser um APC convertido para o uso desta peça, o que pode provocar problemas de estabilidade, quer a fazer fogo, quer em movimento. Se fosse um blindado feito de raiz, como o Centauro, o Rooikat, ou o AMX-10RC, pensados para operar à partida este tipo de armamento, então aí os problemas de estabilidade seriam menores. Mas com o Pandur, este sistema deixa-me algumas reticências (que esperemos, se venham a provar infundadas...)
- creio que uma peça de "low-recoil" é mais do que suficiente. O objectivo destes blindados não é combater carros de combate; se fosse, deveriam ser equipados com mísseis anti-carro ou com uma peça de 120mm. A sua função é fornecer apoio de fogo à infantaria desmontada, sobretudo contra infantaria inimiga e edificações em que esta possa estar emboscada. Mesmo uma peça de "low-recoil", desde que equipada com munição adequada, pode derrotar qualquer IFV (com a possível excepção do Achzarit, Temsah e outros semelhantes, mas só na zona frontal), bem como a maioria dos carros de combate mais antigos, e mesmo alguns mais recentes, desde que atingidos na blindagem lateral ou traseira.

Por isso, creio que equipar o Pandur com a peça do MGS seria mais caro, sem que isso se traduzisse num aumento de capacidade relevante, e permitindo poupar o blindado a um desgaste desnecessário.
 

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JNSA

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« Responder #26 em: Dezembro 10, 2004, 11:30:17 am »
Já agora, será que algum dos colegas viu a reportagem da RTP sobre a compra dos Pandur, no telejornal de ontem? Incluía imagens do Ministério da Defesa sobre os testes realizados aos diversos blindados, nomeadamente os testes de desembarque anfíbio.

O ideal era que elas fossem disponibilizadas na net... :wink:
 

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JLRC

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« Responder #27 em: Dezembro 10, 2004, 02:04:09 pm »
Citação de: "JNSA"
Já agora, será que algum dos colegas viu a reportagem da RTP sobre a compra dos Pandur, no telejornal de ontem? Incluía imagens do Ministério da Defesa sobre os testes realizados aos diversos blindados, nomeadamente os testes de desembarque anfíbio.

O ideal era que elas fossem disponibilizadas na net... :wink:


Eu vi as imagens em dois noticiários diferentes da RTP 1. As imagens anfíbias eram muito interessantes. Que tratamento devem os veículos sofrer depois de sairem da água?
 

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JLRC

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« Responder #28 em: Dezembro 10, 2004, 06:50:19 pm »
General Dynamics Selected by Portugal for $457 Million Armored Vehicle Program
 
 
(Source: General Dynamics; issued Dec. 9, 2004)
 
 
 FALLS CHURCH, Va. --- General Dynamics European Land Combat Systems, a business unit of General Dynamics, has been selected by the Government of Portugal to enter negotiations for a contract for the production of 260 Pandur II eight-wheeled, all-wheel-drive (8x8) armored combat vehicles.  
 
The contract has a potential value of approximately $457 million (euro 344 million). The program will be managed by Steyr-Daimler-Puch Spezialfahrzeug AG & Co KG, a General Dynamics company, of Vienna, Austria.  
 
Subject to successful negotiations, delivery will begin in 2006. The vehicles will be used by the Portuguese Army and Navy.  
 
H. Michael Malzacher, president of General Dynamics European Land Combat Systems, said, "We are very pleased to have been selected as Portugal's partner on this important program. The Pandur II family of combat vehicles comprises a cost-effective, versatile, high-performance transportation system that meets demanding force-protection requirements."  
 
The Pandur II family of medium armored combat vehicles is composed of mission specific variants/configurations, each of which provide different functional capabilities. Design features of the amphibious vehicles are optimized for superior survivability and mobility, and rapid deployment and maintenance.  
 
Elements include two steered axles, an independent suspension system, and run-flat tires for advanced mobility; a high level of embedded armor protection, spall liners for the crew compartments, and drive-train and steering linkages within the hull for superior survivability; and, for fast, easy maintenance, a computer-based interactive maintenance and repair diagnostic system and the ability to make complete power-pack changes in approx. 30 minutes.  
 
General Dynamics European Land Combat Systems is based in Vienna, Austria, and composed of three European land combat systems companies owned by General Dynamics: MOWAG AG, of Kreuzlingen, Switzerland; General Dynamics Santa Barbara Sistemas, of Madrid, Spain; and Steyr-Daimler-Puch Spezialfahrzeug GmbH.  
 
General Dynamics, headquartered in Falls Church, Virginia, employs approximately 71,600 people worldwide and anticipates 2004 revenue in excess of $19 billion. The company is a market leader in mission-critical information systems and technologies; land and expeditionary combat systems, armaments and munitions; shipbuilding and marine systems; and business aviation.  
 
-ends-  
 
Nota : Continuo sem saber o número certo de viaturas encomendadas. Segundo a General Dynamics são só 260.
 

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papatango

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« Responder #29 em: Dezembro 10, 2004, 07:11:29 pm »
Tanto quanto sei, e embora não tenha dados sobre as versões:

260 fabricados em Portugal

240 para o exército
20 para os fuzileiros

33 fabricados fora de Portugal (versão 105mm) todos para o exército

Total: 293

Cumprimentos
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