Em Novembro de 1975, a Indonésia tinha apenas uma fragata operacional, uma fragata da classe Koni, do tempo da União Soviética, porque a Indonésia ainda estava a utilizar meios do tempo de Soekarno.
Com Suharto, a Indonésia ainda não tinha meios navais de relevo, fornecidos pelos Estados Unidos, nem aeronaves de ataque com capacidade para operar em Timor.
Em Novembro de 1975, o dispositivo em Timor, era o necessário para umprir os planos de sair tão rapidamente quanto possível, seguindo a politica de absoluta irresponsabilidade, delineada por Mário Soares, com o apoio dos dirigentes do PCP que recebiam ordens directas de Moscovo.
De notar no entanto, que a acção da URSS, foi especialmente relevante no que respeitou a Angola. A URSS não tinha quaisquer planos para Timor.
No irresponsável encolher de ombros que todos fizemos em 1975, Timor foi mais uma vítima.
São responsáveis todos os portugueses, mas são responsáveis também as elites, que é suposto terem capacidade para gerir as massas e dirigir os países em tempos de crise.
Mário Soares e a sua "entourage" e os dirigentes pós 11 de Março de 1975, são os responsáveis objectivos.
Não é verdade que as tropas autóctones fossem menos leais.
Alias, afirmo exactamente o contrário.
As tropas autóctones eram muito mais fiéis a Portugal, que muitos dos oficiais sargentos e praças vindos de Portugal.
É por isso que em Moçambique, as tropas locais (que eram mais de 50% do efectivo) são as primeiras a serem desarmadas.
Não devemos também esquecer, que um dos partidos timorenses, mesmo sem o apoio de ninguém em Portugal, era favoravel a que Timor continuasse a ser parte de Portugal, como região autónoma.
Todas estas verdades de que cada vez mais se vem falando, fazem empalidecer a imagem de Pai de Pátria, desse senhor vende-pátrias que dá pelo nome de Mário Soares.
Mas claro, sobre os acontecimentos em Timor, todos somos responsáveis, mesmo aqueles que nasceram depois de 1975. As responsabilidades das nações, são responsabilidades dos povos que as constituem.
Cumprimentos