Os F-15 da USAF vs. Su-30MK indianos

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Fábio G.

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Os F-15 da USAF vs. Su-30MK indianos
« em: Agosto 04, 2004, 01:14:22 pm »
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Os F-15 da USAF e os Su-30MK indianos.(Crédito: Força Aérea Indiana)


Os militares americanos começam a admitir, que os caças russos são superiores aos americanos em todos os aspectos. Anteriormente uma revista especializada americana já havia publicado uma reportagem com a conclusão de uma simulação entre os F-15C  e Su-30, com o resultado: Os Su-30 poderiam vencer os F-15 todo o tempo em qualquer condição.
Agora com a entrevista do general norte-americano Hul Homburg, a publicação "USA Today" onde se relata os incríveis êxitos da Força Aérea da Índia registados contra os aviões americanos F-15C/D "Eagle". Os indianos pilotavam os caças multifuncionais russos Su-30MK e venceram 90 por cento dos combates aéreos. Os Su-30MK indianos foram entregues a partir de 1997, os mais recentes e mais avançados Su-30MKI não participaram dos exercícios com a força aérea americana.


Um pouco depois, a notícia sobre a "vitória dos caças russos" foi espalhada pelo boletim da Força Aérea dos EUA "Inside Air Force". Verificou-se que contra os F-15C/D "Eagle" combateram não só os caças Su-30MKI, mas ainda os MiG-27, MiG-29 e mesmo os velhos Mig-21 "Bizon", que também merecem todos os elogios. Os caças russos saíram vitoriosos ainda em combates contra os "Mirage-2000" franceses(sobre este último já era conhecido que combatendo os Mig-29 a taxa de vitória do modelo russo era de 9 contra 3). O site americano "Washington ProFile" qualificou o sucesso dos aparelhos russos como uma surpresa total para os pilotos americanos. E para realçar o desconforto americano as vitórias indianas foram com os Su-30MK estes possuem desempenho e eletrônica inferiores aos Su-30MKI(que conta com a configuração triplano em tandem(semelhante aos Su-35) e os bocais de saída dos motores móveis) ambos são caças bipostos com a desvantagem de terem maior arrasto pelo cockpit mais alto para o segundo piloto, os caças monopostos como os Su-35 tem um desempenho ainda melhor.
 

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Fábio G.

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« Responder #1 em: Agosto 04, 2004, 01:18:53 pm »
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Wednesday, February 25, 2004 (Gwalior):

India and America today finished a joint Air Force exercise in
Gwalior in, which the top pilots from the two countries matched their
skills against each other.
While the all-powerful US Air Force had an easy run in Afghanistan
and Iraq, the Indian top guns amazingly shot them out of the sky.
"They did very well, it's a very good group of pilots, a very good
aircraft and overall I've been very impressed with the Indian Air
Force," said Captain Dave Skalicky, US 19 Squadron.


Americans outflown
 
For the last ten days, five American F-15s have been faced off
against Indian Sukhoi-30s, Mirage 2000s and MiG-21s in the skies
above Gwalior.
NDTV has learned that the Indian flyers have out flown the Americans,
right through the exercise.
On the first day all four American planes were shot down. Never once
did the Indians come off second. [Thats the 4-1 "ratio" perhaps?]
Amongst the American flyers, there is clearly respect for the Indians.
"They performed very well. I think in most cases they were equal to us,
superior in some aspects. So it was a very good learning experience
for both sides. It was a very tough scenario on all days, the pilot
skill levels were also equal a lot of times. It felt like we were
fighting ourselves, when we were fighting the Indian Air Force guys,"
said Captain Vogel, US 19 Squadron.
 

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JNSA

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« Responder #2 em: Agosto 04, 2004, 05:59:28 pm »
Este parece ser um tópico recorrente nos últimos tempos, na maioria dos fóruns...

Mas a verdade é que desde que os F-14/15/16/18 estão ao serviço, os americanos só perderam em treinos...

Ao que parece, as situações simuladas neste treino estariam algo longe do que seria encontrado na realidade - os F-15 americanos estavam normalmente em inferioridade numérica e sem apoio de AWACS.

Por isso dizer que:

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Os Su-30 poderiam vencer os F-15 todo o tempo em qualquer condição.


é relativo... Um Su-30MK ou MKI é capaz de vencer, na maioria das ocasiões, um F-15C, se os pilotos tiverem um nível de treino semelhante. O mesmo não se passa se tivermos os Su-30MKI contra F-15C apoiados por B-1, B-2, B-52, AWACS, JSTARS e reabastecedores... :wink:
 

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Spectral

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« Responder #3 em: Agosto 04, 2004, 09:35:06 pm »
E também ajuda a vender Su-30  :nice:
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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fgomes

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« Responder #4 em: Agosto 04, 2004, 09:45:59 pm »
Se isto não é mais uma manobra para vender o F-22, temos que concluir que a indústria aeronáutica americana está em crise. Gastam (muitíssimos!) biliões de dólares para produzir material de segunda categoria.
 

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Spectral

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« Responder #5 em: Agosto 04, 2004, 09:53:42 pm »
Hum, os F-15C existem nesta forma desde o início dos anos 80. Um avião que durante cerca de 20 anos apenas sofre ligeiros melhoramentos (o mais siginficativo foi o MSIP II que trocou o radar e acrescentou o AMRAAM) e mantém-se perfeitamente actual é/foi concerteza um bom investimento.
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JNSA

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« Responder #6 em: Agosto 04, 2004, 09:56:12 pm »
Citação de: "fgomes"
Se isto não é mais uma manobra para vender o F-22, temos que concluir que a indústria aeronáutica americana está em crise. Gastam (muitíssimos!) biliões de dólares para produzir material de segunda categoria.


fgomes, está a ver as coisas pelo prisma errado... Os F-15C entraram em serviço em 1979; os Su-30 apenas o fizeram em 1992... Ou seja, os russos é que demoraram 13 anos a conseguir "apanhar" os americanos; e vão perder depressa a vantagem que conseguiram, visto que o F-22 está mesmo a chegar. :wink:
 

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Spectral

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« Responder #7 em: Agosto 04, 2004, 10:00:47 pm »
Além que os Su-30 actuais pouco têm a ver com os de 1992.
É o mesmo que os russos dizerem ( que dizem) que o Su-35 existe desde 1990: certo que aí existia um prtótipo Su-35 com aquela configuração geral ( as canards são o mais distintivo, que depois foram adoptadas para o Su-30) mas no interior o aparelho foi todo modificado com aviónicos ao nível (ou quase) dos ocidentais, motores mais modernos etc.
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fgomes

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« Responder #8 em: Agosto 04, 2004, 10:04:40 pm »
JNSA o que afirma está correcto, o que eu queria dizer é que entretanto, com as fusões e aquisições que aconteceram na indústria aeronáutica, deixou quase de haver  concorrência e para produzir um avião superior,  os americanos gastam proporcionalmente mais dinheiro do que há 20 ou 30 anos atrás. Resumindo a indústria americana perdeu eficiência.
 

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JNSA

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« Responder #9 em: Agosto 04, 2004, 10:24:41 pm »
Citação de: "fgomes"
JNSA o que afirma está correcto, o que eu queria dizer é que entretanto, com as fusões e aquisições que aconteceram na indústria aeronáutica, deixou quase de haver  concorrência e para produzir um avião superior,  os americanos gastam proporcionalmente mais dinheiro do que há 20 ou 30 anos atrás. Resumindo a indústria americana perdeu eficiência.


Uma coisa é perder eficiência; outra muito diferente é produzir material de "2ª categoria"... :wink:

Mas tem razão, a indústria americana de armamento foi gradualmente perdendo eficiência, apostando cada vez mais em criar empresas que possam agir como grandes grupos de interesse perante o Governo; embora tenha aumentado o nível de refinamento tecnológico a um nível superior a todos os outros países, comprometeu em parte a capacidade de produzir com a eficiência e controlo de custos que outrora tinha (veja-se os casos do Crusader, do Comanche, do V-22 Osprey, etc...).

No entanto, se virmos bem, quando o F-15 foi introduzido ao serviço, também foi atacado pelos seus elevados custos, e por isso acabou por se empolar um pouco as capacidades do então recente MiG-25 (um pouco como hoje se está a fazer com o Su-30/35/37), por forma a justificar a compra do Eagle...
 

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Moi

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« Responder #10 em: Agosto 05, 2004, 10:31:37 am »
Não estou a ver que tipo de apoio podem dar os B1, B2 e B-52, visto serem bombardeiros estratégicos (alguns deles capazes de arrasar cidades mas incapazes de acertar uma única bomba numa tenda no deserto - nas primeiras versões...)

Seja como for, realmente com o apoio dos AWACS e em igualdade numérica as coisas seriam diferentes. O F-15C é mais antigo (não sei até que ponto de 1979...) que o Su-30 e é até normal que este apresente vantagens, algumas mesmo ainda não batidas.

Mas, a questão é esta. Quando é que os norte-americanos terão o F-22 totalmente operacional nas suas unidades, capazes de serem operados em vários pontos do globo para exercerem a sua superioridade? E quando e quantas nações o já podem fazer com os Su-30? E quem são elas?....


 :D
 

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Guilherme

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« Responder #11 em: Agosto 05, 2004, 01:06:53 pm »
Urge que a FAB compre Su-35, já que não se pode comprar EF-2000 ou Rafale.

Em minha opinião, 200 Su-35 (no mínimo), espalhados por diversas bases. Contando com apoio de R-99A.
 

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JNSA

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« Responder #12 em: Agosto 05, 2004, 02:01:39 pm »
Citação de: "Moi"
Não estou a ver que tipo de apoio podem dar os B1, B2 e B-52, visto serem bombardeiros estratégicos (alguns deles capazes de arrasar cidades mas incapazes de acertar uma única bomba numa tenda no deserto - nas primeiras versões...)


É muito simples, Moi. Os B-1, B-2 e B-52 podem ser usados para arrasar as bases dos Su-30 antes de eles levantarem voo, e sem que estes lhes consigam tocar... A tarefa fica muito mais fácil para os F-15, não acha?... :wink:
 

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JNSA

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« Responder #13 em: Agosto 05, 2004, 02:13:03 pm »
Citação de: "Moi"
Mas, a questão é esta. Quando é que os norte-americanos terão o F-22 totalmente operacional nas suas unidades, capazes de serem operados em vários pontos do globo para exercerem a sua superioridade? E quando e quantas nações o já podem fazer com os Su-30? E quem são elas?....

 :D


Os F-22 estarão em serviço em quantidades relevantes já nos próximos 3 a 4 anos... Mas de qualquer maneira, os F-15C bastam para os americanos, neste momento, garantirem a sua superioridade contra qualquer inimigo... Os principais utilizadores dos Su-30, a Índia e a China (e de resto, qualquer outro país que opere variantes do SU-27, à excepção, talvez, da Rússia), não conseguiriam, numa situação de guerra, ter as mesmas condições que neste exercício - não teriam superioridade numérica, a maioria dos seus pilotos teria treino inferior, e uma pleíade de aeronaves de apoio (AWACS, reabastecedores, UAVs, Prowlers, bombardeiros estratégicos etc...) contribuiriam para multiplicar a eficácia em combate dos F-15C, e destruiríam as suas bases, centros de comando e controlo, logística, comunicações e defesas aéreas...

Não tenho qualquer dúvida que, embora o F-15C já esteja a ficar antigo, e para mim seja inferior aos Su-30 (particularmente aos MKI), graças aos meios de apoio de que dispõe, é capaz de garantir a supremacia aérea aos americanos em praticamente qualquer conflito imaginável... Hoje é preciso afastar o raciocínio ultrapassado de que as plataformas de combate é que importam - os multiplicadores de força, o treino, e a logística é que ganham as guerras do futuro...
 

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Moi

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« Responder #14 em: Agosto 05, 2004, 05:16:33 pm »
Mas é que a utilização de AWACS, Reabastecedores, B1, B52 em espaço aéreo inimigo significa que este tem de estar dominado, o que hipoteticamente (não falei em caso algum de confronto directo) é difícil de conseguir frente a estes caças (Su-30), especialmente operando em espaços aéreos extensos, que se tornam muito mais difíceis de dominar...

E depois como é que se chegam às bases? Em quanto tempo de vôo? que armas anti-aéreas têm os defensores? A que distância ficam as bases dos atacantes? A quanto tempo de vôo e a quantos quilómetros de defesa (espaço aéreo seguro) se encontram os reabastecedores?

Nos B2 não se coloca a questão segurança /detecção por motivos furtivos, mas também estão disponíveis em pouco número e a perda de um só seria muito séria...

Também tenho sérias dúvidas que, em confronto de igual para igual, o F-15C conseguisse obter superiodade sobre o Su-30...

Não acredito em cavaleiros dos céus e penso que os russos têm mísseis bastante mortíferos, muitos sem paralelo no Ocidente no tocante a agilidade. Será que acreditam mesmo que os americanos conseguem interferir contra tudo o que é tecnologia russa?...

Faz-me lembrar a história do Mig-25 e do seu radar, que inicialmente olharam para ele e acharam-no antiguado, mas depois descobriram que era muito mais resistente às suas interferências do que julgavam...

Outra das questões que confesso que me faz alguma confusão é a questão dos treinos.

Quer dizer, para os ocidentais o factor treino sempre foi achado como um elemento essencial e capaz de fazer a diferença num possível combate, mas depois quando os pilotos e as «máquinas» ocidentais «levam na pá» nos treinos, estes são só «treinos»...  :roll:

Duvido ainda, não querendo dizer que duvido de si JNSA, que os F22 estejam operacionais em 3/4 anos, por questões orçamentais.

Quanto a multiplicadores de força e logistica, também o que não é parece, e apesar de terem bastante mais capacidades que os europeus, os americanos ainda continuam a ter debilidades no transporte estratégico.... (curiosamente um factor que pesava a favor dos russos)

Acho que temos de ver as coisas por vários primas e olhar para nós ocidentais e ver que também fomos alvo de muita propaganda ao longo dos tempos. E que também nós temos pontos fracos e que nem tudo é uma limpeza.

Hipoteticamente falando, em cenário de Guerra Convencional, acho que os americanos nunca conseguiriam alcançar supremacia aérea sobre a China, por exemplo.

Cumprimentos e peço desculpa pela extensão do texto 8)