Fiasco espanhol II

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ferrol

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« Responder #15 em: Março 03, 2007, 09:23:50 am »
Citação de: "Tiger22"
Não há pior cego que aquele que não quer ver...


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Trabajo para un importante proveedor extranjero del programa S 80 y te puedo asegurar que el articulo se queda muy corto referente al desbarajuste que hay en el astillero de Cartagena. No tienen a nadie que tenga mucha idea de lo que es diseñar un submarino !! Por el otro lado no es de extrañar tomando en consideración que el maximo ejecutivo de la compañia ,Pedro Gomez Jaen , es un ingeniero de minas y lo unico que le clasifica para el cargo es su carnet politico.

 c34x
Tu régere Imperio fluctus, Hispane memento
"Acuérdate España que tú registe el Imperio de los mares”
 

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old

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« Responder #16 em: Março 03, 2007, 09:56:12 am »
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A noticia dada pelo El Confidencial, é publicada DEPOIS da noticia dos oito submarinos. Não é ao contrário.
a notícia sobre os problemas, pode ser interpretada como uma correcção  à notícia anterior. (normalmente é assim, e não ao contrário).

Resulta extraño que de un dia para otro los titulares muden de 8 Submarinos a problemas con ellos mismos. Eso habla de la credibilidad de "el confodencial" Cero.

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A grande maioria dos sites na internet, de facto aponta o S-80 como um derivado do Scorpéne.
Isso é visivel pelos esboços que foram já apresentados e pelas maquetes da própria Navantia.

Muchos de esos sitios no son prensa especializada y tienden a confundir las cosas. Estan llenos de errores.

Espanha nunca habló de Scorpenes. De echo el Scorpene fue un desarrollo conjunto para el mercado internacional, no para las armadas española o francesa. De echo es un submarino diferente adaptado a las necesidades de Espanha. Se llama S80 ;) Como casi todos los coches aunque sean de diferentes marcas o modelos...



Citar
Como todos sabemos, por uma questão cultural, os espanhóis têm a tendência de "agarrar" em projectos estrangeiros e acrescentar-lhes um "E" ou mudar-lhes o nome.
Vide o Leopard-2E, o Pizarro etc...

Nuevamente se equivoca. Una cosa es fabricar un Leopard 2 con equipos nacionales de todo tipo (como sistemas opticos blindaje adicional, Lince, etc etc ) y otra desarrollar integramente o en consorcio otros sistemas como los Pizarros o Scorpenes, que son propiedad  y no necesitan licencia..  Eso se llama independencia tecnologica y lo hacen casi todos los paises...

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Isto não tem nada de mais, posto que não são os únicos a faze-lo, mas explica em parte a ideia de que o S-80 é de facto algo diferente do Scorpéne.

Es otro submarino. O un Amur y un U214 son lo mismo ? ;)
 

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papatango

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« Responder #17 em: Março 03, 2007, 03:01:29 pm »
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Resulta extraño que de un dia para otro los titulares muden de 8 Submarinos a problemas con ellos mismos. Eso habla de la credibilidad de "el confodencial" Cero.

Se resulta ou não resulta, não sabemos. O que sabemos é que se acreditamos numa notícia, também temos que acreditar na outra. Ou será que ainda não tinha pensado nisso?

Se a notícia dos problemas é falsa, então a notícia dos 8 submarinos também é...
E não esquecer que a noticia dos problemas é posterior (e não o contrário).

Note que os problemas não são de agora, e não é porque apareceram num jornal que eles passaram a existir. Os rumores são mais que muitos.
==

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Muchos de esos sitios no son prensa especializada y tienden a confundir las cosas. Estan llenos de errores.
Old -> Então só os “sites” espanhóis é que estão certos :mrgreen:

Já agora: Conhece algum site que não seja espanhol que afirme taxativamente que o S-80 não é um derivado do Scorpéne ? (unzito... ? )

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Espanha nunca habló de Scorpenes. De echo el Scorpene fue un desarrollo conjunto para el mercado internacional, no para las armadas española o francesa. De echo es un submarino diferente adaptado a las necesidades de Espanha. Se llama S80(…)La lista de diferencias seria para abrir un tema nuevo.
Obviamente casi todos los submarinos, U212/209/214 Amur/ Scorpene/S80 tienen una configuracion interna igual

Old ->
Se você olhar para o último U-209 da marinha do Brasil, ele é completamente diferente dos restantes submarinos. O Tikuna, é praticamente uma classe diferente e à parte dos Tupi. No entanto, ninguém lhe passaria pela cabeça afirmar que o Tikuna não é um submarino da classe U209.

Para analisar submarinos temos que nos dar ao trabalho de analisar mais pormenorizadamente não só os equipamentos, como a configuração interna dos seus compartimentos estrutura e organização..

Você fala de U212/U214/U209/Amur/Scorpene/S80.
Ora você está a misturar coisas, que não podem ser misturadas.

Mesmo no exemplo que você dá, há diferenças fundamentais, veja:

O U212 não tem nada a ver com o U214, porque na essência, o U212 é um derivado do projecto do TR1700 da Thyssen dos anos 70/80, enquanto que o U214 é um derivado do projecto U209 dos anos 70.

Eles são diferentes porque têm um arranjo interno completamente diferente. Configuração diferente das cobertas, dos compartimentos dos motores e dos alojamentos da tripulação e da sala de torpedos.

O AMUR, é outra realidade também, não tem nada a ver com os submarinos da França ou da Alemanha.

Ora, quando vemos o Scorpéne e o S-80, o que vemos é exactamente a mesma configuração interna, os dois decks iguais, a sala de torpedos por baixo da área de alojamentos, o design hidrodinânico da vela, a configuração dos lemes, a colocação das tubagens, a colocação do módulo para o AIP/MESMA para permitir cortar o submarino e incorporar o AIP. Tudo é igual no S-80 e no Scorpéne!

São estes arranjos internos básicos que nos permitem dizer que se trata do mesmo submarino ou não se trata do mesmo submarino.

Se você soltar um marinheiro de um U209, com os olhos tapados dentro de um U214, ele vai conseguir mover-se no navio e vai conseguir identificar onde está, porque toda a estrutura interna do navio é a mesma.


Se você agarrar um marinheiro argentino de um TR-1700 e o colocar a bordo de um U212, ele vai conseguir safar-se muito bem, porque na parte frontal, eles são extremamente parecidos.

Mas se você colocar um marinheiro de um U209, com os olhos tapados no TR1700, ele não vai reconhecer o submarino por dentro, porque a estrutura é diferente.

Ora, no “S-80” ou no Scorpéne, o que encontramos, é o mesmo layout interno, porque se trata basicamente do mesmo submarino, por muitas intenções que haja de lhe colocar electrónica diferente, e por muito que o “Ego Hispano” goste de se pavonear ...

Um U214 e um AMUR são diferentes, porque têm a organização interna diferente, da mesma maneira que um U214 e um U212 são diferentes pela mesma razão. Pela mesma razão, um Scorpéne é diferente de um U214.

Ao contrário, um TR1700, um U212 ou um Dolphin de Israel, são idênticos, porque partilham o mesmo projecto e o mesmo layout interno, exactamente como acontece no caso do Scorpéne francês, ou do Scorpéne espanhol, que em Espanha chamaram de S-80.
Aliás, da mesma forma que chamaram ao Daphné espanhol, S-60.


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Le voy a informar BIEN , para que deje de tantas suposiciones y mentiras y manipulaciones sin fundamento (…) El mayor problema en el desarrollo de los S 80 no son los Tomahawcks o ya que el submarino monta el mismo sistema de combate que la clase Virginia norteamericana. La mayor dificultad es la propulsion AIP, para ello Navantia tiene dos caminos de investigación…

Em primeiro lugar recomendo-lhe calma, porque não vi nenhuma manipulação sem fundamento que não seja na sua cabeça. Como é que você pode informar alguém BEM, quando não entende que um U212 e um U214 são diferentes?

Ninguém falou sequer nos TOMAHAWK.
Quem falou nos TOMAHAWK foi o jornal espanhol «El Mundo» que fez referências sem grande sentido sobre o sistema de controlo dos mísseis.

Não confunda o jornal «El Mundo» com a noticia do areamilitar.net, e as minhas afirmações neste fórum.
São coisas diferentes!!!

O que eu disse, e que também está no areamilitar, é que o principal problema do Scorpéne espanhol, é o sistema AIP, porque os franceses desenharam-no para utilizar o MESMA, e os espanhóis querem colocar um sistema diferente num submarino que não foi feito de origem para o levar.

Ou seja, o que eu disse, é basicamente O MESMO QUE VOCÊ DISSE.
Mas o “Orgulho Hispano” acabou por lhe toldar a cabeça, e impediu-o sequer de entender o que estava escrtito.

Olhou, mas não viu. Leu, mas não entendeu...

Old ->
Infelizmente os seus últimos comentários apenas confirmaram o que eu suspeitava.

Você nem sequer se deu ao trabalho de ler ou de tentar ler o que está escrito, e muito menos tentou entender.
Partiu do principio de que os que os portugueses escreveram deve ser anti-espanhol, e começou a debitar argumentações para refutar a noticia do El Mundo, sem entender que os comentários neste fórum, nem sequer eram directamente dirigidos à notícia daquele jornal.

Infelizmente, é o hábito.

Temos pessoas de todos os tipos neste fórum, mas muitas pessoas aqui, prezam-se de tentar entender as questões com um pouco mais de profundidade.
Se em vez de reagir “à espanhola” tentar reagir friamente garanto-lhe que ganhará mais, conseguirá entender o que está escrito, e evitará perder crédito.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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pablinho

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« Responder #18 em: Março 03, 2007, 05:10:18 pm »
Mirade o que hay e que os planos xa estan feitos e todo esta preparado para dentro duns anos teñamos un dos mellores submarinos non-nucleares. Si me dieran un euro por cada un dos "fiascos españois" que lein neste foro xa seria rico, pero a realidade é que españa cada vez é mais independiente e vanguardista tecnoloxicamente.
 

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antoninho

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« Responder #19 em: Março 03, 2007, 05:35:06 pm »
citação:
españa cada vez é mais independiente e vanguardista tecnoloxicamente.

Pena que não o seja 100% verdade.....pois como dizem certos colegas brasileiros, tem coleirinha dos U.S.A.
 

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Tiger22

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« Responder #20 em: Março 03, 2007, 05:50:42 pm »
Bom, parece que certas pessoas além de não se darem ao trabalho de ler o que aqui se escreve, nem sequer se dão ao trabalho de ler sites “hispanos” onde participam pessoas que se vê perfeitamente que estão muito bem informadas.

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Desde luego, no sé los problemas que están teniendo, pero o se esta llevando en secreto o esto empieza a resultar preocupante.

Y no lo digo por el fiasco de Paquistan, es algo comprensible, si no por la ausencia completa de información sobre la marcha del proyecto, en especial de la popa.

Primero es sobre el famoso, “cortar chapas”, varias veces se han dicho que se arrancaba el cortar chapas, pero este tipo de chapas, type 80 ó type 100 (que es el que utiliza los SSBN franceses), no se encuentra en el mercado así como así y dudo que exista algún alto horno español capaz de fabricarlo; luego a esperar que te lo venda (si te lo venden).

Respecto a la propulsión, el submarino emplea tres motores diesel MTU 396 12V SE84 de 800 Kw a 1.700 rpm, (no encuentro los datos precisos ahora) que alimentan a un sistema de motor de magnetos permanentes llamado Magtronic, frances; que es un sistema propulsor del mismo nivel que el sistema Permasyn emplean los U-212 y U-214 alemanes. Este motor mueve una hélice de paso fijo de 7 aspas (diseño frances). Además posee 2 instalaciones de baterías, una a proa y la otra en popa que son proveídas por la empresa Alemana Hagen. Como vemos nada de esto es español, solamente existe posibilidad de fabricar los motores MTU, el resto a comprarlo (si te lo venden) y no sé si los “ingenieros” de NAVANTIA son capaces de diseñar la hélice.

Del AIP mejor no hablar, la doctora Daza del CIEMAT, lleva la friolera de cinco años con un juguete para una pila de 5 kw y de hay no pasa.

Y de la pila que se iba a encargar los “ingenieros” de Navantia, duerme en el fondo de un cubo de la basura, evidentemente se puede comprar a Siemens los equipos del U-212

Resumiendo, desde la época en que apareció, en la cátedra de Jorge Juan del Ferrol, los primeros dibujos y esquemas del S80, que ya han pasado 5 años, no se ha vuelto a ver ninguna actualización ni información fehaciente de la marcha de los mismos. Y a poco más de un año de su inicio ya debería estar casi diseñado, digo yo.

Así que el futuro del S80, sencillamente no lo veo (aunque me gustaría estar en un error).


Não vale a pena vir para aqui negar as evidências. Nós já escolhemos os nossos submarinos.
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-
 

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ferrol

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« Responder #21 em: Março 03, 2007, 10:55:52 pm »
Citação de: "Tiger22"
Bom, parece que certas pessoas além de não se darem ao trabalho de ler o que aqui se escreve, nem sequer se dão ao trabalho de ler sites “hispanos” onde participam pessoas que se vê perfeitamente que estão muito bem informadas.

Citar
Desde luego, no sé los problemas que están teniendo, pero o se esta llevando en secreto o esto empieza a resultar agradable.

Y no lo digo por el fiasco de Paquistan, es algo comprensible, si no por la  completa información sobre la marcha del proyecto, en especial de la popa.

Primero es sobre el famoso, “cortar chapas”, varias veces se han dicho que se arrancaba el cortar chapas, pero este tipo de chapas, type 80 ó type 100 (que es el que utiliza los SSBN franceses), no se encuentra en el mercado así como así y seguro que existe algún alto horno español capaz de fabricarlo;

Respecto a la propulsión, el submarino emplea tres motores diesel MTU 396 12V SE84 de 800 Kw a 1.700 rpm, (no encuentro los datos precisos ahora) que alimentan a un sistema de motor de magnetos permanentes llamado Magtronic, frances; que es un sistema propulsor del mismo nivel que el sistema Permasyn emplean los U-212 y U-214 alemanes. Este motor mueve una hélice de paso fijo de 7 aspas (diseño frances). Además posee 2 instalaciones de baterías, una a proa y la otra en popa que son proveídas por la empresa Alemana Hagen. Como vemos parte de esto es español, y existe posibilidad de fabricar los motores MTU, el resto a comprarlo (si te lo venden) y seguro que los “ingenieros” de NAVANTIA son capaces de diseñar la hélice.

Del AIP mejor hablar, la doctora Daza del CIEMAT, lleva cinco años con una pila de 5 kw

Y de la pila que se iba a encargar los “ingenieros” de Navantia, puede superar a los equipos del U-212

Resumiendo, desde la época en que apareció, en la cátedra de Jorge Juan del Ferrol, los primeros dibujos y esquemas del S80, que ya han pasado 5 años, se han visto numerosas actualizaciones e informaciones fehacientes de la marcha de los mismos. Y a poco más de un año de su inicio ya está casi diseñado

Así que el futuro del S80, sencillamente lo veo claro.

Não vale a pena vir para aqui negar as evidências. Nós já escolhemos os nossos submarinos.
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roberto95

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« Responder #22 em: Março 04, 2007, 08:39:33 pm »
Pero bueno, yo leo mal o aqui se tergiversan a entojo los post?

Saludos
 

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old

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« Responder #23 em: Março 05, 2007, 08:31:54 am »
Papatango.

Usted se agarra a una noticia de un medio no espezializado y se empeña en hacernos ver que un S80 = Scorpene.  :wink:

El S80 ya es un Submarino español, bajo licencia española. A esos pequeños pasos se les llama desarrollo o progreso o independencia. No se obtiene de un dia para otro y ahi esta la historia para demostrarlo.

¿que surgen dificultades o retrasos? Uff en TODOS los paises que afrontan complicados retos salen dificultades, y no son muchos los paises con capacidad para fabricar y desarrollar un submarino.

En fin.  Saludos y duerma tranquilo. El S80 saldra adelante, faltaria mas.
 

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pablinho

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« Responder #24 em: Março 05, 2007, 07:34:43 pm »
Old creo que en este foro hay mucha gente que no sabe que significa "independecia tecnologica".
¿Se está muy agusto bajo el paraguas de la OTAN verdad?
 

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Lancero

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« Responder #25 em: Março 05, 2007, 07:39:25 pm »
Citação de: "pablinho"
Old creo que en este foro hay mucha gente que no sabe que significa "independecia tecnologica".
¿Se está muy agusto bajo el paraguas de la OTAN verdad?


AOR Patino
LPD Galicia
Principe de Asturias
caça minas Segura
LPD Castilla
fragatas Álvaro de Bazan
BPE

Vá ver quem criou, construiu e forneceu os sistemas de controlo e comunicações, dos quais Espanha é apenas mais um cliente.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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Pedro Monteiro

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« Responder #26 em: Março 05, 2007, 10:25:15 pm »
Poucos países no mundo podem dar-se ao luxo de desenvolver todos os sistemas de armas e electrónica e outros componentes que integram um dado equipamento militar. É assim com as VBR Pandur II (cuja percentagem de componentes nacionais apenas atinge os 80% em versões como a ambulância), com os Navios de Patrulha Oceânica de Viana do Castelo (e.g., os motores, os radares, etc.), com o C-295M da EADS/CASA (que integra, por exemplo, motores norte-americanos), com os sistemas de comunicações das modernas fragatas holandesas De Zeven Provinciën, entre outros.

Se Espanha produz sob-licença o Leopard 2E, Portugal também não é diferente com a Pandur II (possivelmente com uma menor taxa de nacionalização). Se Espanha se envolve num programa conjunto com a França para desenvolver o Scorpéne ou com a Áustria para desenvolver o ASCOD, Portugal também não é melhor quando o seu PRC-525 resulta de um programa conjunto com a alemã Rhode & Schwarz. São opções entre comprar apenas equipamento estrangeiro (novo ou usado) ou ir promovendo o envolvimento da indústria nacional nos programas de reequipamentos militares.

Para se ter uma ideia, antes do projecto do Scorpéne, a Navantia construiu os submarinos Agosta (S-70) da Armada espanhola. Antes do porta-aviões Chakri Naruebet os mesmos estaleiros tiveram que ganhar a experiência de construir e modificar um projecto norte-americano que, finalmente, originou o Príncipe das Astúrias. Antes de produzir sob-licença os carros de combate Leopard 2E ou envolver-se no projecto ASCOD (onde, nomeadamente, a Santa Barbara desenvolveu uma blindagem reactiva própria) houve o projecto BMR-600, entre outros. Portanto, nenhum projecto militar começa do zero. Se começa ou envolve verbas extraordinariamente avultadas ou vai buscar componentes já existentes (e.g., o carro de combate Osório da Engesa -http://www.geocities.com/militaryzone_portugal/osorio-file.htm).

Goste-se ou não, não é viável desenvolver um sistema de armas próprio (que já exista no mercado) para um número limitado de unidades.

Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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papatango

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« Responder #27 em: Março 06, 2007, 12:39:10 am »
Vamos ver se consigo sintetizar a questão, sem perder a paciência... :roll:

Quem lesse isto, poderia partir do principio de que a França desenha agora os submarinos nucleares, com base nos estudos do Scorpéne.  :roll:

Old -> Em primeiro lugar, o Scorpéne é o submarino que os franceses desenharam, juntando as características dos submarinos Agosta, com novas técnicas e design de casco desenvolvidos com os subs nucleares franceses.

O Scorpéne é um navio, ou melhor, um projecto de navio que os franceses desenharam, e cuja construção obedece a um contrato entre duas entidades. A Navantia e a DCN.

A partir de aí, há duas realidades:
Realidade 1: O Scorpéne "100% espanhol" (chamado S-80)
Realidade 2: O Scorpéne 100% francês (chamado Marlin)

A diferença, são as alterações pontuais que permitem do ponto de vista legal apresentar o submarino com outro nome e obedecendo a regras comerciais diferentes.

Os franceses, evidentemente não gostaram que os espanhóis tivessem agarrado no projecto e começassem a colocar-lhe sistemas completamente diferentes, nomeadamente contratando com os americanos o fornecimento do sistema de combate.
Citação de: "old"
¿Sabe usted cual es la diferencia entre un Dafne o Agosta y un Scorpene?
Se la explicare: Los primeros son submarinos Franceses y el Scorpene es un Submarino Franco/Español o hispano/frances
Eu creio, que quem não "pesca" nada do assunto caro old, é você.
Não é por o participante "old" do forum defesa estabelecer essas diferenças que elas passam a ser reais.

Primeiro, o old vai ter que convencer a Jane's, o RUSI, os editores de sites como o Defense Industry, Mer et Marine, Global Security, FAS, e muitos outros.

Não é ao pessoal do Fórum Defesa que você tem que dizer isso. Tem que explicar isso a praticamente toda a gente no planeta terra que trata com assuntos de defesa, porque só os espanhóis (e mesmo assim poucos) é que afirmam que o Scorpéne espanhol, não é de facto um Scorpéne.

Citar
El S80 ya es un Submarino español, bajo licencia española. A esos pequeños pasos se les llama desarrollo o progreso o independencia. No se obtiene de un dia para otro y ahi esta la historia para demostrarlo.
Mais uma vez, é o old quem afirma isso.
O que sabemos, é que o Scorpéne espanhol, baptizado (S-80), terá um projecto 66% francês (para ser lisonjeiro para com os espanhóis), motores alemães, sistema de combate americano, mastros e periscópios fabricados na Itália, um sistema AIP desenvolvido nos Estados Unidos, e o próprio metal do casco terá que ser importado.

A Espanha entra com a mão de obra, que será provavelmente espanhola...
E com o dinheiro, claro.

Isto não tem nenhum problema, muitos países o fazem e muitas vezes com sucesso. Mas a realidade objectiva, nua e crua, é a que é. Os atrasos existem, evidentemente. E são os atrasos que estão a provocar os problemas e as dúvidas, porque os atrasos podem fazer o projecto atingir preços astronómicos.

A Itália tinha planos nos anos 80/90 para construir uma nova classe de submarinos, mas os engenheiros italianos concluíram em 1995, que não conseguiriam produzir o submarino em tempo útil, pelo que optaram por comprar os direitos de produção do U212 e entraram em negociações com a Alemanha.

Custe a quem custar, a Itália tinha uma experiência no fabrico de submarinos que data do inicio do século.
A Espanha não tem a mesma experiência, e portanto está perante o mesmo dilema.

= = = = = = =

Já agora, e uma vez que infelizmente os participantes espanhóis estão algo por fora do assunto, o que é no mínimo estranho, embora não surpreenda, acrescento uma nota importante:


O problema principal dos espanhóis, neste momento é o AIP.

Eles andaram a fazer estudos durante muito tempo sobre o sistema AIP e não conseguiram chegar a lado nenhum. O tempo de investigação nestes assuntos é muito grande e a Alemanha, demorou 20 anos para fazer o que  os espanhóis queriam fazer em três ou quatro.

Foram forçados a contratar o desenvolvimento do sistema AIP aos americanos.

Há no entanto uma questão que ainda se levanta para os espanhóis, e que seria resultado de dores de cabeça infindáveis para qualquer projectista.

Ao contrário dos AIP dos alemães, que levam as células de combustível e a bordo transportam o oxigénio e o hidrogénio, os espanhóis querem tentar dar um passo em frente, fazendo o mesmo que os alemães estão a tentar fazer, ou seja:

Muito por alto, procura-se criar um sistema que permita converter Etanol em Hidrogénio, e produzir o Hidrogénio à medida que é preciso para alimentar as pilhas PEM.

Ora é aqui que neste momento está a dor de cabeça dos espanhóis.

Eles não estão a conseguir grandes progressos nesta questão, e se não andarem suficientemente depressa, a única solução que têm é a de recorrer ao transporte de Hidrogenio (como no caso dos U-214)

O problema, é que para transportar Etanol, o Scorpéne está preparado (O sistema MESMA, queima Etanol e Oxigénio) e por isso o submarino está preparado para o transportar.

MAS, se os espanhóis não conseguem resolver o problema de transformar Etanol em Hidrogénio com grande grau de pureza, então o Scorpéne, não tem lugar para colocar os tanques de Hidrogénio, e para se colocar os tanques, o navio tem que ser redesenhado.

Há quem diga, que a Navantia não tem os técnicos suficientes para desenhar um submarino quase de raiz, e que por isso a situação está preta.

Os estudos de estabilidade do Scorpéne, feitos pelos franceses, consideram a necessidade de transportar o Etanol, e não há espaço no navio para colocar tanques pesados na parte inferior. O que quer que se faça de diferente, levará à possibilidade de desequilibrar todo o navio. É uma alteração estrutural tremenda.

Se os espanhóis tivessem capacidade para de facto desenhar um Scorpéne novo, este problema não se colocava. Mas como a Navantia está "agarrada" ao projecto do Scorpéne, ela não pode fazer mais nada que não seja esperar que o sistema de produção de hidrogénio saia rapidamente.

Portanto:
Além do problema do atraso nos estudos dos sistema AIP, o outro problema dos espanhóis, é o módulo que tem que converter Etanol em Hidrogénio.

Um não funciona sem o outro, e sem eles, o Scorpéne espanhol terá como hipóteses ou sair sem AIP, ou então optar pelo MESMA.

Não sei se fui suficientemente esclarecedor, mas estas são as informações mais fidedignas que consegui encontrar e cruzar.

Se houver alguma informação em contrário, ou algum dado publicado na Internet que possa contribuir para confirmar (ou não) estes dados, agradeço que alguém diga.

Mas aviso desde já:
Se continuarmos neste tópico com discussões absurdas sobre orgulho hispano e afins, solicitarem a um moderador que faça qualquer coisa, uma vez que não posso ser juiz em causa própria.

Este fórum tem secções especificas para tratar temas políticos guerras e conflitos com os espanhóis, mas estes tópicos devem ficar isentos deles tanto quanto possível.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Rui Elias

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« Responder #28 em: Março 06, 2007, 10:40:08 am »
Olhem, sem querer estar mal, nem com Deus nem com o Diabo, eu sempre tive uma sensação muito forte de que os S-80 espanhois eram em tudo muito "aparentados" com os francesas Scorpene.  :?

No fundo a Navantia e antes dela, a Izar "comprou" um desenho dos Scorpene, modificou ums coisas não estruturais, e chamou-lhe um "submarino espanhol", como nós poderiamos chamar aos nossos PandurII, como BVR portugueses.

O que em nada implica que Espanha se prepara para (mais uma vez) ter uma valente força de submarinos para daqui a uns anos, principalmente se conseguirem manter operacionais simultaneamente os S-70 e os S-80.
 

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ferrol

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« Responder #29 em: Março 06, 2007, 10:54:39 am »
Citação de: "papatango"
mas não apresentou uma proposta de fornecimento à Turquia. (e eu nem vou referir o que é que para a industria isso representa).
http://www.cincodias.com/articulo/empresas/Navantia/optara/submarinos/Turquia/cdssec/20070207cdscdiemp_22/Tes/
07/02/2007
Citar
Navantia optará a seis submarinos para Turquía
Navantia está preparando una oferta que presentará en los próximos meses para hacerse con un contrato para la fabricación de seis submarinos para el Gobierno turco. La licitación puede superar los 2.500 millones de euros

Pois agora xa se pode referir...refírase, home, refírase...
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