Tropas Especiais
Chamadas Tropas Especiais (T.E.) devido à natureza especial do seu recrutamento, tiveram origem na deserção em 1965 de Alexandre Taty, ministro do armamento da UPA que, tentou substituir Holden Roberto mas falhou. Mais tarde através de agentes da PIDE negociou o seu perdão e regresso a Angola trasendo 1.200 tropas leais, as operações do outro lado da fronteira no Congo e Zaire eram rotineiras visto as TE serem compostas por tropas negras sem qualquer identificação portuguesa, vestindo uniformes dos rebeldes e transportavam armas e equipamento do bloco soviético. Estavam organizados em grupos de 31 homens, um lider e 3 secções de 10, existindo 4 batalhões de 16 destes grupos, portanto 64 grupos de TE.
Grupos Especiais
Em 1968 surgiram grupos semelhantes no Leste de Angola, formados por rebeldes capturados ou que se entregavam, estes grupos tinham a designação de Grupos Especiais (G.E.).
Havia 99 Grupos de GE com 31 homens cada em Angola.
Em Moçambique também se formaram GEs, sendo no principio 550 homens e acabando por atingir 7.700 homens, formou-se 12 Grupos Especiais Para-Quedistas (GEP) agragados à FAP para auxilio aos Para-quedistas normais, constituidos por: 1 Tenente (comandante), 1 Sargento especialista em operações psicológicas e 4 sub-grupos com 1 Sargento (comandante), 4 cabos e 12 soldados, num total de 70 homens por GEP, mais tarde formou-se também um pequeno número de Grupos Especiais de Pisteiros de Combate (GEPC), em Moçambique GE, GEP e GEPC atingiram 8.500 tropas.
Milicias
Na Guiné as unidades semelhantes às GE e TE como forças para-militares eram chamadas Milicias. Havia as Milicias Normais e as Milicias Especiais, as Normais viviam perto das aldeias e tinham um papel defensivo protegendo as populações de ataques. As Milicias Especiais conduziam operações ofensivas longe das defesas locais. No fim da guerra existiam 9.000 homens nas Milicias Normais e 23 Grupos de 31 homens nas Miliciais Especiais.
Fieis Catangueses
Em 1960 dá-se a independencia do Congo Belga,uma facção apoiada por Portugal declara o Catanga um estado independente mas ao fim de golpes e contra-golpes em 1967 essa força rebelde passa a fronteira para lutar ao lado dos portugueses. Estes Fiéis eram cerca de 4.600 sendo 2.300 homens em condições de combater e formaram 3 batalhões conservando a sua cadeia de comando e respectivos oficiais e srgentos.
Comandos
Em 1962 o exército sentiu a necessidade de uma unidade de intervenção rápida especializada em contra-guerrilha chamada Comandos, na Guiné os Comandos recrutados localmente eram chamados Comandos Africanos. Em Angola havia 5 companhias com 125 homens cada, sendo estas companhias mistas não sendo nenhuma maioritariamente europeia ou africana. Na Guiné o Batalhão de Comandos era constituido por 3 companhias de Comandos Africanos. Em Moçambique o Batalhão de Comandos possuia 8 companhias de Comandos, sendo 4 europeias e 4 africanas.
Fuzileiros
Os Fuzileiros tem a sua origem no Regimento Naval Real formado em 1618, desactivado em 1890, reactivado em 1924 mas desactivado de novo 2 anos depois, até 1961 quando aparecem como a força existente actualmente. Quase exclusivamente recrutada, formada e treinada em Portugal, as Companhias de Fuzileiros de 150 homens(CF) zelavam pela segurança costeira e apoio fluvial. As operações especiais eram efectuadas pelos Destacamentos de Fuzileiros Especiais de 80 homens(DFE), no seu auge em 1971 existiam 11 DFE e 8 CF.
Apenas na Guiné, em 1970, se formaram 2 Destacamentos de Fuzileiros Especiais africanos, DFE 21 e DFE 22.
Flechas
Foram as forças africanas mais controversas, a PIDE desempenhava as funções de serviço de informações estilo MI6 ou CIA, em 1967, começaram a usar auxiliares locais conhecedores do terreno, da população e dos dialectos. A PIDE constatou que os bosquimanos eram os que estavam melhor apretechados para este trabalho que viviam nas áreas deserticas do sudeste de Angola. Como eram pequenos não conseguiam carregar armas pesadas, deste modo, continuaram a utilizar os seus arcos e flechas com pontas venenosas, os guerrilheiros ficavam aterrorizados com estas armas e dado o temor que isso provocava estes homens eram chamados de "flechas". Em 1974 existiam cerca de mil "flechas".