Notícias do Exército Português

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Re: Notícias do Exército Português
« Responder #2175 em: Outubro 11, 2023, 12:00:06 am »
Ou então, comecem a tentar solucionar o problema. Se não há dinheiro para pagar a conta da água e da luz, ter menos micro-quartéis e menos regimentos monomissão, é uma ajuda.

Uma dica: fundam a BrigMec e a BrigInt numa só brigada (mista). Sabemos que nunca haverá dinheiro para equipar como deve ser três brigadas. Como tal prefiro duas, bem equipadas. Permitindo manter a "escola" para blindados de lagartas (com CCs, IFV de lagartas e veículos de engenharia), o resto dos veículos de rodas, complementando-se entre si.

Com isto, seria possível transferir o RI15 para Santa Margarida (tirando partido do espaço de sobra, e vendendo o actual Regimento), com ganhos operacionais, e poupança na gestão de um regimento.
O RI15, sem contar com o presídio militar*, tem 199000 m2, o que no mercado imobiliário, é um grande retorno financeiro caso fosse vendido.

*se o presídio militar fosse igualmente transferido, área total subia para 210000 m2.

E isto é apenas um exemplo, dos vários que podiam ser dados, em que se faz melhor aproveitamento das maiores unidades militares que temos, e se corta em unidades que hoje mal têm pessoal para funcionar em pleno e/ou dada a sua localização e proximidade com unidades existentes, não justificam existirem isoladas.

Era preciso portanto, ser elaborado um plano, com base em critérios operacionais, e também práticos. Enquanto isto não for feito, o dinheiro vai continuar a ser insuficiente, para gerir tanta quintinha que em muitos casos pouco ou nenhum valor militar têm.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Notícias do Exército Português
« Responder #2176 em: Outubro 11, 2023, 03:16:42 pm »
Ou então, comecem a tentar solucionar o problema. Se não há dinheiro para pagar a conta da água e da luz, ter menos micro-quartéis e menos regimentos monomissão, é uma ajuda.

Uma dica: fundam a BrigMec e a BrigInt numa só brigada (mista). Sabemos que nunca haverá dinheiro para equipar como deve ser três brigadas. Como tal prefiro duas, bem equipadas. Permitindo manter a "escola" para blindados de lagartas (com CCs, IFV de lagartas e veículos de engenharia), o resto dos veículos de rodas, complementando-se entre si.

Já não és a primeira pessoa a apontar aqui no fórum que a Brigada Mecanizada está de tal forma depauperada que tudo aponta que para lá caminhamos (fusão entre as duas Brigadas).

Eu pessoalmente, penso que vendo o que se passa na Ucrânia e em Israel, isso é um erro, mas infelizmente não vivemos num mundo perfeito e não estou a ver o governo investir o suficiente na BrigMec, para que a unidade em questão volte a ser o que era nos anos 80 principios dos anos 90.

Citar
Com isto, seria possível transferir o RI15 para Santa Margarida (tirando partido do espaço de sobra, e vendendo o actual Regimento), com ganhos operacionais, e poupança na gestão de um regimento.
O RI15, sem contar com o presídio militar*, tem 199000 m2, o que no mercado imobiliário, é um grande retorno financeiro caso fosse vendido.

*se o presídio militar fosse igualmente transferido, área total subia para 210000 m2.

E isto é apenas um exemplo, dos vários que podiam ser dados, em que se faz melhor aproveitamento das maiores unidades militares que temos, e se corta em unidades que hoje mal têm pessoal para funcionar em pleno e/ou dada a sua localização e proximidade com unidades existentes, não justificam existirem isoladas.

Era preciso portanto, ser elaborado um plano, com base em critérios operacionais, e também práticos. Enquanto isto não for feito, o dinheiro vai continuar a ser insuficiente, para gerir tanta quintinha que em muitos casos pouco ou nenhum valor militar têm.

Apontas logo uma unidade que tem realmente uma unidade operacional e que a mesma consegue reter alguns dos seus efectivos, ao contrário de outros Regimentos e ainda por cima para transferir o 1º BIParas para uma unidade que não é PQ?!

Tens o Regimento de Paraquedistas que já teve unidades operacionais e tem Companhias vazias e sem uso, tens o RI10, onde o mesmo acontece, tens o RI1 que só é usado para Recrutas e exercícios, tudo unidades que fazem parte da BrigRR. Ah e também tens a própria Brigada (antiga BA3).









Como vez são tudo unidades perto de unidades com pistas militares/Bases Aéreas ou unidades que elas próprias têm pistas militares para os Saltos.
« Última modificação: Outubro 11, 2023, 03:19:44 pm por Cabeça de Martelo »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Drecas

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Re: Notícias do Exército Português
« Responder #2177 em: Outubro 11, 2023, 04:00:50 pm »
Acho que ele queria dizer o RI13 ou 14 tendo em conta a idea de fundir a BrigMec com a BrigInt
 

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Tiamate

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Re: Notícias do Exército Português
« Responder #2178 em: Outubro 11, 2023, 04:09:21 pm »
Acabem com os Paraquedistas.

Qual o conflito atual que que vemos forças a saltar de para-quedas?  Síria? Arménia-Azerbaijão? Ucrânia?

Só se for os parapentes do Hamas...

 

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Cabeça de Martelo

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Re: Notícias do Exército Português
« Responder #2179 em: Outubro 11, 2023, 04:23:37 pm »
Acabem com os Paraquedistas.

Qual o conflito atual que que vemos forças a saltar de para-quedas?  Síria? Arménia-Azerbaijão? Ucrânia?

Só se for os parapentes do Hamas...



Claro que sim, até porque os Paraquedistas são apenas Infantaria que salta, certo?!

Agora vou passear a cadela para não começar a escrever o que não devo. Valha-me a Senhora d´Agrela…
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Tiamate

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Re: Notícias do Exército Português
« Responder #2180 em: Outubro 11, 2023, 04:27:20 pm »
SIm.

Entreguem a missão ao Comandos e OE's que fazem mais e gastam menos.

Os paras atualmente não são mais do que um lobby.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Notícias do Exército Português
« Responder #2181 em: Outubro 11, 2023, 04:30:34 pm »
SIm.

Entreguem a missão ao Comandos e OE's que fazem mais e gastam menos.

Os paras atualmente não são mais do que um lobby.


A resposta está ao nível do texto acima.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Tiamate

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Re: Notícias do Exército Português
« Responder #2182 em: Outubro 11, 2023, 04:39:56 pm »
Ainda estou à espera de saber qual o conflito recente em que foi relevante a utilização de tropas paraquedistas.

(Helitransportadas não é a mesma coisa).

 
Se me deres um exemplo concreto, não tenho problema em dar-te toda a razão.


 

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dc

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Re: Notícias do Exército Português
« Responder #2183 em: Outubro 11, 2023, 04:55:33 pm »
Apontas logo uma unidade que tem realmente uma unidade operacional e que a mesma consegue reter alguns dos seus efectivos, ao contrário de outros Regimentos e ainda por cima para transferir o 1º BIParas para uma unidade que não é PQ?!

Tens o Regimento de Paraquedistas que já teve unidades operacionais e tem Companhias vazias e sem uso, tens o RI10, onde o mesmo acontece, tens o RI1 que só é usado para Recrutas e exercícios, tudo unidades que fazem parte da BrigRR. Ah e também tens a própria Brigada (antiga BA3).

Como vez são tudo unidades perto de unidades com pistas militares/Bases Aéreas ou unidades que elas próprias têm pistas militares para os Saltos.

Vê lá tu que estava a falar do RI15 como se tratasse de um Regimento da BrigInt e não da BRR. Em qualquer dos casos, o mesmo racional aplica-se, transferindo-os para Tancos e cortando um Regimento desnecessário, dada a proximidade de apenas 15km entre si. (E ainda tens o RAME a poucos km de distância, não me digam que não podia estar inserido numa unidade existente no polígono militar de Tancos?)

O RI1 já eu tinha dito antes, que devia ser inserido na BA11. Podia ser mantido como regimento de infantaria, tal como podia tornar-se uma nova especialidade (RAAA, RT ou RE, por exemplo). Em Faro é preciso um RI a sério, tirando partido da muito maior densidade populacional do distrito (face a Beja). Caso o RI1 fosse absorvido pela BA11, e convertido noutro regimento que não de Infantaria, o RI de Faro podia ser então chamado de RI1, e para viabilizar este RI, despachava-se as 2 messes e o Quartel de Abrantes.

Existem inúmeros outros casos onde aplicar esta lógica da absorção. O RAAA1 de Queluz não faz sentido estar onde está (ainda menos com os sistemas AA actuais). Um dia que se comprassem sistemas de médio alcance, que justifiquem um regimento "próprio", este RAAA devia ser colocado onde realmente faz falta, por exemplo na BA5.
Tens outros casos de unidades especializadas, que não justificam terem o seu próprio regimento, e estão bastante próximos de outras unidades maiores (tipicamente subaproveitadas).

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Já não és a primeira pessoa a apontar aqui no fórum que a Brigada Mecanizada está de tal forma depauperada que tudo aponta que para lá caminhamos (fusão entre as duas Brigadas).

Eu pessoalmente, penso que vendo o que se passa na Ucrânia e em Israel, isso é um erro, mas infelizmente não vivemos num mundo perfeito e não estou a ver o governo investir o suficiente na BrigMec, para que a unidade em questão volte a ser o que era nos anos 80 principios dos anos 90.

Podemos ser realistas e pragmáticos, ou podemos continuar a sonhar que a BrigMec recebe, só para ela, um financiamento igual ou superior a 1000  milhões de euros, para o seu reequipamento de forma a ser uma Brigada pesada decente.

Daquilo que se passa em Israel, percebemos que é necessário capacidade de reacção rápida e capacidade de usar a aviação para subjugar o adversário. Na Ucrânia vemos o conflito que é, pelo facto de nenhum dos lados ter atingido superioridade aérea (fruto sobretudo da grande quantidade de defesas aéreas e falta de doutrina SEAD/DEAD), vemos também um uso extensivo de artilharia de longo alcance, drones, mísseis balísticos e de cruzeiro, extensos campos minados, capacidade de negação do espaço marítimo. Repara que temos falta disto tudo.

Uma BrigMec completa, só seria realmente usada em pleno, se fossemos atacar Espanha, ou algum país africano, onde a utilização de veículos de lagartas seja necessária. Em Portugal, tirando na região do Alentejo e algumas partes do interior centro, não tens muitas zonas onde forças de lagartas tenham vantagem. Dado o nosso extenso sistema de estradas, o foco em veículos de rodas acaba por fazer mais sentido.

Como tal, eu antes prefiro ver uma brigada mista, que inclua cerca de 100 blindados de lagartas (CCs e IFVs), complementados pelos meios da BrigInt. Na artilharia, deixava dehaver AP de lagartas, passando a haver AP de rodas (155mm) e MLRS de rodas (idealmente ambos transportáveis por C-130/KC-390), para mim faz mais sentido ter muito mais alcance devido ao sistema MLRS, conferindo verdadeira capacidade contra-bateria, do que ter dois modelos AP de 155mm.
Depois, outro aspecto de extrema importância, é a capacidade AA desta brigada.

Esta fusão das brigadas, não impede que no futuro se volte a dividir, caso haja pessoal, meios e orçamento suficientes. Permite é poupar agora, que estas brigadas estão longe de estar completas.
 

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Re: Notícias do Exército Português
« Responder #2184 em: Outubro 11, 2023, 05:13:17 pm »
Ainda estou à espera de saber qual o conflito recente em que foi relevante a utilização de tropas paraquedistas.

(Helitransportadas não é a mesma coisa).

 
Se me deres um exemplo concreto, não tenho problema em dar-te toda a razão.

Depende sempre da situação. Por exemplo, precisas de reforçar uma frente rapidamente, e não é possível aterrar um avião, e a utilização de helicópteros é considerada ineficaz por transportarem um número limitado de militares e serem mais lentos, usas paraquedistas. Precisas de enviar uma força de forma rápida (horas) para um dos arquipélagos, proveniente do continente e se não for possível aterrar, a maneira mais eficiente de o fazer, é com paraquedistas.

São acima de tudo uma força de reacção imediata.

E é aqui que é preciso distanciar (em missões e meios) as tropas especiais umas das outras. Os Comandos deviam ser a força mais pesada, os Paraquedistas a força mais leve (com grande ênfase em meios aerotransportáveis e lançáveis de paraquedas), e os Fuzileiros uma força intermédia com alguma capacidade blindada + lanchas.
 

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Lightning

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Re: Notícias do Exército Português
« Responder #2185 em: Outubro 11, 2023, 08:49:38 pm »
Franceses no Mali
Americanos no Iraque.
 

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Re: Notícias do Exército Português
« Responder #2186 em: Outubro 12, 2023, 01:03:56 am »
Franceses e belgas, no Congo, em 1978 (Kolvezi). US Army Rangers no (Afeganistão Operação Rhino) — mas para efeitos de propaganda mas, ainda, assim uma operação de paraquedistas.
Talent de ne rien faire
 

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Re: Notícias do Exército Português
« Responder #2188 em: Outubro 12, 2023, 10:46:04 am »
SIm.

Entreguem a missão ao Comandos e OE's que fazem mais e gastam menos.

Os paras atualmente não são mais do que um lobby.

Já cá foi aqui colocado o custo para o Exército dos vários Cursos e o Curso de Combate (9 semanas) é mais curto e barato que o Curso de Comandos (14 semanas) e este é mais barato que o Curso de Operações Especiais ( de 13 a 21 semanas), como tal o que disse não é factual, na verdade é mentira.

Ainda estou à espera de saber qual o conflito recente em que foi relevante a utilização de tropas paraquedistas.

(Helitransportadas não é a mesma coisa).

 
Se me deres um exemplo concreto, não tenho problema em dar-te toda a razão.

Já aqui colocaram vários vídeos de operações reais, mas quero relembrar que os Paraquedistas Portugueses fizeram vários saltos reais no ultramar e não foi por motivos de propaganda.

Dizer que uma Companhia de Comandos pode fazer a mesma panóplia de missões que todo um Batalhão de Paraquedistas, ou mesmo uma Companhia é não saber do que se está a falar. Os Comandos são excelentes nas missões de pequeno escalão, acima disso começa-lhes a faltar os meios de apoio de fogos inerentes a qualquer Companhia/Batalhão. Querer que os mesmos desempenhem essas funções é não gostar de todo dessa tropa e não perceber o fulcro da mesma.

Misturar as Forças de Operações Especiais em missões deste género é surreal.


« Última modificação: Outubro 12, 2023, 11:21:18 am por Cabeça de Martelo »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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Re: Notícias do Exército Português
« Responder #2189 em: Outubro 12, 2023, 01:08:19 pm »
Compreendo isso tudo. Também compreendo a teoria da operações aero-terrestres.

O saltar atrás da linhas inimigas, neutralizar a capacidade logística de comando. O apoio às operações pelos precursores, o reconhecimento. 

Tudo para trás do ano 2000 é historia. As outras são para propaganda politica .

Os francesas no Mali, aceito apesar de serem 200.


Mas o que pergunto é quando vimos isso acontecer em operações de conflitos recentes?



Quanto ao custo do curso do custo é uma coisa, o custo operacional é outra e era a essa que me referia.