Primeiro: não está em causa a democracia no Iraque
Errado: É exactamente a Democracía que está em causa. Não há nenhuma Democracía árabe. Uma democracia num pais que é 80% árabe, será uma grande vitória. Por isso é que muito regime dictatorial da região está aflito.
Não há nenhuma relação entre a Palestina e o Saddam. A não ser o facto de o Saddam dar uns dolares ás familias dos terroristas fanáticos (grandes democratas) que se rebentavam contra autocarros de crianças que ía para a escola (crianças imperialistas, sionistas, claro).
Uma democracía na região, é um incomodo, porque o povo árabe, não sabe o que é esse bicho e é conduzido pelas TVI’s lá do sitio a acreditar que todo o ocidente é decadente e sexualmente depravado.
O Petroleo, é um argumento interessante (embora não passe de um bom argumento) para criar a ideia de que a democracia é uma coisa má, e que por trás dela estão as grandes empresas americanas. Alias, o interesse principal dos árabes também é o petroleo, e o interesse principal dos franceses (grande povo benemérito) é igualmente o petroleo. A oposição francesa á guerra no Iraque, é uma oposição “subsidiada” pelas petroliferas francesas. Os franceses são um povo de mercenários, tanto negoceiam com Hitler, como criam a capacidade nuclear de Israel, como vendem tecnologia nuclear ou armas ao Iraque.
Já havia petroleo no Iraque antes do Sharon, Já havia fundamentalismo wahabita no século XIX, ainda nem se pensava em criar um estado de Israel. Argumentos há-os como os chapéus, há muitos. O argumento do petróleo, é apenas mais um.
Mas vamos a um exemplo: durante a ditadura salazarista, nós que por hipótese tínhamos muito petróleo, eramos invadidos por americanos...
Uma comparação impossível, e é aqui que reside o cerne do seu erro de interpretação. Nós não tinhamos uma ditadura com as características da ditadura do Saddam. Ao contrário do Iraque, somos um estado unitário, por isso, grande parte dos dispositivos repressivos iraquianos que se destinaram a conter os Curdos e os Chiitas, não existiam em Portugal. Portanto, as razões para a invasão, não poderiam ocorrer, porque o problema não é o petroleo, é o regime despótico assassino. Lembre-se dos milhares que o Saddam matou. Era como se o Salazar tivesse mandado lançar gás de mostarda sobre a cidade da Guarda, por exemplo.
No Iraque, os Chiitas e os Sunitas, não consideraram isso um grande problema, mas em Portugal, os portugueses sentiriam isso de uma forma diferente.
Acha que se alguém entrasse em Portugal para depôr um homem capaz de assassinar 15.000 portugueses, ía ser muito mal recebido? O senhor vive onde?
O periodo de transição para a democracía no Iraque é inferior ao periodo de transição entre 25 de Abril de 1974 e 25 de Abril de 1976 quando ocorreram as primeiras eleições para a Assembleia da Republica. Quer ainda mais rapidez?
Sabe que as invasões francesas também nos queriam impôr "as luzes e o liberalismo" ?
Ó Sr. europatriota...
Sabe que nesse tempo o governo da nação estava no Rio de Janeiro?
Sabe que o país estava ocupado pelos ingleses?
Que eu saiba, não costumamos atacar aqueles que nos vêm ajudar, mesmo que para defender os seus proprios interesses. QUANTAS VEZES ATACÁMOS OS INGLESES?
Os Ingleses também eram um exercito de ocupação, ou não ?
O povo sempre soube entender e distinguir amigo de inimigo, mesmo que os “amigos” ás vezes não sejam perfeitos.
Um pedacinho de estudo de história não lhe faria mal nenhum.
Conclusão: a resistência iraquiana defende heróicamente a sua Pátria...
É a sua conclusão, que do meu ponto de vista se baseia em pressupostos errados, no entanto respeito-a
Eu concluo que um grupo de terroristas, gente sem futuro e que sabe que não vai ter “cabidela” no futuro Iraque, faz tudo para matar, desorganizar e levar o desespero a todas as casas, porque gente desesperada é mais facil de conduzir.
Nada é tão bom para os terroristas, como gente aterrorizada, assustada e facilmente impressionável. Contra isso há que manter o sangue frio, continuar em frente, com a certeza de que quem se bate por convicções, mesmo que com muitas pedras pelo caminho, acaba sempre por vencer quem se bate em nome de preconceitos religiosos. Acaba sempre por vencer quem em nome de um fanatismo suicida, é capaz de assassinar crianças em nome de um Deus, que os mandará para o inferno, se alguma vez chegarem á sua presença.
Acresce que 70% dos portugueses criticaram violentamente a invasão do Iraque
Há sondagens para todos os gostos e depende da pergunta, e da forma de colocação da pergunta, também já houve sondagens realizadas, em que 52% das pessoas achavam que a GNR se devería manter. A forma de colocar a pergunta é absolutamente condicionante numa sondagem, portanto essa sondagem que aponta serve apenas para justificar os seus pontos de vista, só isso e nada mais que isso.
Eu naturalmente não discuto qual é a sua pátria, mas a minha, garanto que não é a Europa, o que aliás nem sei o que é nem para que serve. Sei no entanto que normalmente, durante toda a nossa história essa sua amada Europa só serviu para nos roubar, para nos explorar e para nos dar umas esmolas com a união europeia, como se séculos de roubos pagassem umas quantas migalhas. Essa sua Europa apoiava os chamados movimentos “de libertação” para mais facilmente poder explorar os territorios que eram portugueses. Essa sua Europa, que no caso da sua amada França continua descaradamente a ter colonias como por exemplo a Guiana - sem que agora ninguém se levante contra a tirania - que faz com que parte da população autoctone tenha um nivel de vida 90% inferior aos colonos franceses.
Essa sua querida Europa tem muito que se lhe diga, e tem muito, mas muito que andar para nos convencer que quem nos explorou durante séculos, de repente virou santo, e que tem a mais pequena legitimidade para me dizer que, porque sou europeu, tenho que obedecer ás instruções de algum Frances, ou Alemão. Em Nuremberga, recorde-se foram julgados os homens que também queriam uma Europa que duraría mil anos.
Chamavam-lhe III Reich.
Cumprimentos