Navio de Bartolomeu Dias descoberto?

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Lusitanus

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« Responder #30 em: Maio 09, 2008, 11:57:55 pm »
Pronto lá tinham que vir os Espanhois atrás deste achado,mas será que eles não sabem da sua historia?

os espanhois nunca atravessaram a costa leste Africana.
"Cumpriu-se o mar e o império se desfez
Senhor, falta cumprir-se Portugal"
 

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Luso

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« Responder #31 em: Maio 10, 2008, 12:31:23 am »
Os espanhós não se meteram na história, mas meteram-nos sem eles quererem. Motivo?

- A falta de referência bibliográficas e culturais relativas à nossa história.

Nós padecemos de uma falha grave: nós não tivemso qualquer influência digna de nota na história desse grande massificador cultural que são os Estados Unidos da América.
A Espanha sim.
Toda e qualquer referência a navios afundados, moedas de ouro e artilharia naval arcaica evoca na maior parte das pessoas desse mundo com um módico de acesso a documentários, publicações e filmes, o galeão espanhol e o tesouro afundado de dobrões de ouro. Porque isso faz parte da cultura da potência dominante.

E para piorar as coisas temos responsáveis culturais que efectivamente detestam este país e deprezam esse momento histórico, não investindo na sua divulgação, limitando-se a manter umas poucas coutadas de clientes políticos e amigos.

É o poder do mais forte.

Caso o Brasil se torne numa potência mundial digna desse nome, passaremos a fazer parte das referências culturais dessa potência, e , portanto, mais conhecidos.

Há pouco tempo andei a efectuar uma pesquisa sobre tsubas Namban de inspiração portuguesa e a nossa cultura é sempre secundarizada em função da espanhola, apesar da nossa importância história ser nesse caso mais importante. E se não é espanhola é "ibérica".

Contudo há quem prefira apostar no "prestigio" futebolesco e em "west coast of europe by nick night". A porra é que as referências bibliográficas "tendem" a ser muito mais duradouras e influentes junto das elites.
Prioridades.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Lancero

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« Responder #32 em: Maio 10, 2008, 03:41:05 pm »
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Se o navio for português os seus tesouros são nossos


Se o navio do século XVI encontrado na costa da Namíbia em Abril for português, como tudo leva a crer, não perdeu a soberania nacional quando naufragou, podendo Portugal reclamar o que é seu, se assim o desejar, de acordo com as boas práticas da arqueologia subaquática.

Esta é a opinião de José Luís Bonifácio Ramos, docente da Faculdade de Direito de Lisboa, que completou, em Dezembro, a sua tese de doutoramento, precisamente sobre a defesa do património cultural subaquático.

"Na altura do naufrágio, se o navio era português, continua hoje a ser português. A imunidade da salvaguarda do Estado é igual porque durante o naufrágio não houve perda da sua titularidade. Mas insisto em que primeiro é preciso saber se o navio é de facto português. Se for português e se se tratar de um navio de Estado ou de guerra, então pode considerar--se que os despojos devem pertencer ao nosso país", explica ao DN José Luís Bonifácio Ramos, citando a mais recente disposição sobre a matéria. A confirmação de se tratar de uma nau pertencente à Carreira da Índia torna claro, em sua opinião, "que o navio é simultaneamente de Estado e de guerra".

Portugal tem de agir

Para já, defende o jurista, "Portugal terá de assinar um acordo com a Namíbia". E este país africano não pode escudar-se na legislação que tem citado na imprensa internacional, segundo a qual o navio lhes pertence por estar há mais de 35 anos nas suas águas territoriais.

"Embora Portugal tenha ratificado a Convenção da UNESCO de 2001 e a Namíbia não, esse facto não impede que se sigam as boas práticas acordadas antes da elaboração da convenção" revela, ao DN, o especialista na matéria. A convenção não está não entrou em vigor porque só o fará quando for assinada por um mínimo de 25 países.

Estas questões começaram a ter pertinência a partir dos anos 70 e 80 do século XX, quando a tecnologia permitiu descer a maiores profundidades e começaram a aparecer cada vez mais navios, tendo-se concluído que a maior parte dos despojos destes navios antigos se encontravam em estados terceiros.

Inércia e inacção

O advogado, que tem acompanhado alguns dos últimos casos que têm a ver com o nosso País, considera que o problema do governo português é a inércia.

"Na área da Cultura Portugal nunca fez nada em relação aos acordos entre estados. Temos um passado de inércia e de verdadeira inacção. Os Estados Unidos e a França têm acordos, até a Holanda os tem com a Austrália, mas Portugal nunca promoveu qualquer acordo", precisa o advogado.

Em sua opinião a Namíbia não deve prosseguir com o levantamento dos despojos do navio encontrado em Abril passado.

"Os arqueólogos que se encontram a trabalhar para a empresa não deviam ter tocado nos despojos. E não devem prosseguir com o levantamento do navio. Os acordos entre países são bem claros: os dois países interessados têm de acompanhar esse levantamento. Quanto mais não seja para depois se concluir que pode haver interesse em que os despojos continuem preservados no meio subaquático."


http://dn.sapo.pt/2008/05/10/artes/se_o ... ros_n.html
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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André

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« Responder #33 em: Outubro 01, 2008, 01:24:32 pm »
Lisboa salvaguarda vestígios da nau portuguesa do século XVI descoberta ao largo da Namíbia

Lisboa garantiu hoje o seu interesse "fundamental" na protecção dos vestígios de uma nau portuguesa do séc XVI descoberta na costa da Namíbia, reagindo a notícias que davam conta de ela poder em breve ficar submersa.

Num esclarecimento à Comunicação social, o Ministério da Cultura reage "ás notícias tornadas públicas nos últimos dias", lembrando que já no início de Setembro ficou "claro que o interesse fundamental do Governo português era o de assegurar a integral salvaguarda dos vestígios em questão".

Foi também em Setembro que os Ministérios da Cultura e dos Negócios Estrangeiros decidiram enviar ao local - a interface costeira de Oranjemund - dois técnicos portugueses do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (os arqueólogos Francisco Alves e Miguel Aleluia), salienta a nota.

A Agência France Press noticiou no sábado que os destroços da nau portuguesa descoberta em Abril ao largo da Namíbia "serão devolvidos proximamente ao oceano sem ter podido revelar todos os seus tesouros devido aos elevados custos para serem retirados das areias subaquáticas".

O Jornal Público puxou o assunto para a sua capa na edição de segunda-feira com o titulo "Caravela com 500 anos em risco de ser submersa na costa da Namíbia", citando no artigo a notícia avançada pela France Press.

"Mais de 2.300 peças de ouro pesando cerca de 21 quilogramas e 1,5 quilogramas de moedas de prata foram encontradas a bordo, num valor de mais de 100 milhões de dólares", explicava numa recente visita ao local o arqueólogo Francisco Alves, maravilhado com o valor cultural desta descoberta, "sem preço", citado pela France Press.

O sítio dos achados está a céu aberto graças a um cordão dunar criado artificialmente - uma baía com cerca de 90 m2 a seis metros abaixo do nível do mar.

Por influência das alterações atmosféricas, normais nesta época do ano, no Atlântico Sul, ficou acordado que os trabalhos deveriam ficar concluídos a 2 de Outubro. Neste momento, com novas previsões meteorológicas é possível alargar o prazo dos trabalhos até 10 de Outubro, refere o Ministério da Cultura.

A equipa de arqueólogos portugueses acompanhará assim "a remoção dos achados até à sua conclusão", assegura a nota.

Devido à sua "reconhecida capacidade técnica e científica", os dois técnicos participarão também na investigação, valorização e divulgação dos achados.

Lisboa lembra que o governo namibiano convidou o Estado português a participar nos trabalhos de salvamento da nau portuguesa e que esse clima de "total cooperação e empenho" foi reiterado num encontro recente à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, entre os representantes das diplomacias dos dois países.

Deste encontro resultou a deslocação a Portugal do ministro dos Negócios Estrangeiros da Namíbia, em data a agendar, adianta o comunicado.

Lusa

 

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André

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« Responder #34 em: Outubro 18, 2008, 12:15:35 am »
Portugal e Namíbia vão preservar nau do século XVI

Especialistas portugueses continuarão a desenvolver a parceria com a Namíbia no estudo e preservação do espólio da nau portuguesa do século XVI naufragada na costa daquele país africano, informou hoje o Governo

Em conferência de imprensa, realizada na Biblioteca do Palácio Nacional da Ajuda, o arqueólogo Francisco Alves referiu que irá preparar um relatório para informar as autoridades portuguesas sobre o que é mais relevante realizar nesta fase do processo de investigação e preservação do espólio da embarcação.

«É primordial conservar tudo o que foi já recolhido, bem como fazer o registo, o estudo de todas as peças, materiais e restos humanos encontrados», disse Francisco Alves, o director do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática.

O relatório será enviado ao Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) e aos ministérios da Cultura e dos Negócios Estrangeiros, que irão posteriormente determinar o cronograma de trabalho a ser desenvolvido, assim como o montante do investimento no projecto.

«Em Setembro, mantive em Nova Iorque uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Namíbia, que foi uma reunião extremamente satisfatória, porque pude aperceber-me da importância que as autoridades da Namíbia atribuem a esta temática», disse o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, João Gomes Cravinho, durante a conferência de imprensa.

Segundo João Gomes Cravinho, o Governo da Namíbia pretende seguir os parâmetros internacionais de tratamento do património arqueológico descoberto e deseja plenamente a ajuda de Portugal e outros parceiros internacionais.

Para a secretária de Estado da Cultura, Maria Paula Fernandes dos Santos, o fundamental agora é manter as excelentes conversações com o Governo da Namíbia e, sobretudo, ajudar no processo de preservação do espólio da embarcação.

«Não podemos falar neste momento em futuras exposições do espólio ou museus. Temos que acompanhar todo o processo, seguir o cronograma de trabalho e, posteriormente, voltar a estas questões», referiu.

A secretária de Estado acrescentou que o Governo da Namíbia demonstrou interesse na ajuda de Portugal. Francisco Alves participou, juntamente com outro arqueólogo português, Miguel Aleluia, na escavação e recuperação dos restos da nau portuguesa realizada por uma equipa multidisciplinar que incluía também uma missão espanhola, especialistas da Universidade do Texas, Estados Unidos, e da Namíbia.

A expedição, realizada entre 15 de Setembro e 10 de Outubro, permitiu recolher uma parte da estrutura e casco da nau, peças de ouro, pedaços de cerâmicas, pratos e panelas, lingotes, canhões, moedas e restos humanos e de animais, entre outros artefactos.

Segundo Francisco Alves, o objectivo de retirar todo o espólio existente naquele sítio arqueológico foi alcançado a 100 por cento, mas adiantou que outros fragmentos e peças da embarcação podem ainda estar espalhados pela costa sudoeste da Namíbia.

O espólio, considerado de valor histórico inestimável, já foi avaliado preliminarmente em cerca de 70 milhões de euros.

Lusa

 

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TOMSK

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« Responder #35 em: Outubro 18, 2008, 12:18:40 am »
Neste tipo de situações, o achado pertence sempre ao país que o encontrou?
 

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Cabecinhas

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« Responder #36 em: Setembro 09, 2009, 08:49:49 pm »
Novidades?
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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