Missão militar portuguesa na RCA

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Cabeça de Martelo

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Re: Missão militar portuguesa na RCA
« Responder #300 em: Maio 12, 2018, 11:14:46 am »
De facto nunca vi as nossas VBL com outra coisa que não a velhinha M1919 e, tal como tu, não acho piada nenhuma à mania tuga do peito feito (o caso dos Pandur é absolutamente ridículo). Mas os francius têm umas protecções todas catitas para as VBL.



Mas nós também temos M11 mais recentes assim.



Fonte : http://www.operacional.pt/paras-pandur-treinam-para-o-kosovo/

Recuso-me a acreditar que as V150 tenham mais blindagem que os Humwee, ou até mobilidade.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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Re: Missão militar portuguesa na RCA
« Responder #301 em: Maio 12, 2018, 05:36:01 pm »
Se bem me lembro, a versão com a .50 é versão de combate e a da .30 é a de exploração.
Como sabem são operadas pelo ERec da BrigInt que está em Estremoz.
É uma viatura de reconhecimento. De combate só para o "bate e foge". Não para resistir a emboscadas...

Quanto à protecção da V-150 em relação ao hummvee. É muito superior apenas na parte frontal da torre.
O que difere aqui é a natureza das viaturas. Muito basicamente: uma para estar a espreitar e fazer tiro e outra para observar sem ser vista.
O hummvee parece-me a viatura mais polivalente do nosso inventário, tendo já sido testada neste tipo de missão.

https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

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mafets

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Re: Missão militar portuguesa na RCA
« Responder #302 em: Maio 12, 2018, 06:42:57 pm »
Querem ver que...  ;D :rir: :nice: :jok:



Cumprimentos
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Cabeça de Martelo

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Re: Missão militar portuguesa na RCA
« Responder #303 em: Julho 07, 2018, 02:55:50 pm »
Exército prepara reforço da missão na República Centro Africana
6/7/2018

Força de 159 militares destacada no país pode receber meia dúzia de viaturas Pandur e um efetivo de 18 homens para tripular os blindados

Seis Pandur com direito a pintura nova — branca, como mandam as regras das Nações Unidas. E outra meia dúzia já instalada em São Jacinto, casa do 2º Batalhão de Infantaria de Paraquedistas que se prepara para concluir o aprontamento para a missão e que já tem data marcada para a partida para a República Centro Africana. São os dois sinais mais evidentes de que o Exército se prepara para reforçar o efetivo naquele país, onde estão atualmente destacados 160 militares portugueses.

As Pandur foram entregues há uma semana em S. Jacinto. E os 18 homens que vão ficar responsáveis por conduzir aquelas viaturas blindadas também já lá estão. A serem destacados para a República Centro Africana — como o Exército se está a preparar para fazer —, isso representa o primeiro reforço do efetivo colocado naquele país desde que Portugal integrou a missão de paz das Nações Unidas, no início de 2017, e está a ser interpretado como a consequência direta de um agravar da instabilidade na região.

Há cerca de duas semanas — quando o general Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas da RCA visitou Portugal —, a rádio Renascença avançou a informação de que Portugal ponderava um aumento do efetivo naquela que é, neste momento, uma das missões internacionais de maior risco para os militares portugueses. Ao Observador, fontes oficiais do Exército (responsável pelo aprontamento das forças) e do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) garantiram nessa altura que não havia “qualquer fundamento” para aquela informação.

Mas, apenas uma semana mais tarde, começava a circular internamente a informação de que estaria a ser preparado um reforço do efetivo, com o envio das Pandur e das três equipas de seis homens para tripular os blindados.

A meio da semana passada, no Campo de Tiro de Alcochete onde a 4ª Força Nacional Destacada estava a fazer um exercício conjunto, o comandante da próxima força de paraquedistas a ser destacada para a RCA, em declarações ao Observador, mostrava-se alheio a qualquer decisão que estivesse para ser tomada e que levasse a um reforço do efetivo.

Não se sei Portugal está a equacionar aumentar a força ou que tipo de aumento estará a ser planeado”, disse o tenente-coronel ao Observador. “Tenho aqui a força toda, não está aqui mais ninguém”, assinalou o comandante da força.

A partida da força comandada pelo tenente-coronel Óscar Fontoura para a RCA está agendada para o início de setembro. Isso significa que os militares que acabam de chegar a S. Jacinto — e que nem sequer pertencem ao 2º Batalhão de Infantaria Paraquedista — se apresentaram a cerca de um mês e meio da data prevista para o destacamento. Ora, a força está em aprontamento desde fevereiro e, ainda antes da partida, estão previstas duas semanas de férias para os 160 militares, o que dificulta a integração dos 18 militares na estrutura inicial (admitindo que essa é uma das opções a ser estudada pelo Exército).

Há estudos, há conversas, mas não há decisões
Os sinais de que está em marcha um reforço vão sendo cada vez mais evidentes, mas o Exército e o Estado-Maior-General das Forças Armadas mantém o silêncio a este respeito. O Observador tentou saber junto da estrutura do ramo se se confirmavam alterações no efetivo na RCA, mas não obteve resposta até à publicação deste texto. Da parte do EMGFA, relativiza-se.


Fonte oficial do EMGFA confirma que “há estudos e propostas para se readaptar a força” ao contexto atual, mas também se sublinha que qualquer alteração ao efetivo acordado com as Nações Unidas e validado politicamente pelo Ministério da Defesa Nacional e pelo Parlamento obriga a que ambos os organismos se pronunciem.

Mas não só. O próprio Conselho Superior de Defesa Nacional — onde têm assento o Presidente da República, o primeiro-ministro, os ministros da Defesa Nacional, dos Negócios Estrangeiros, da Administração Interna e das Finanças, o almirante CEMGFA, entre outros —, terá de pronunciar-se sobre o assunto. O Observador sabe que está marcada uma reunião deste órgão de consulta para dia 12 de julho,  quinta-feira, e o reforço da força na RCA estará em cima da mesa.

Pandur podem apoiar missão da União Europeia
Uma questão é perceber em que condições será feito o aprontamento desta nova componente militar de reforço da missão na República Centro Africana. Outra questão passa pelo papel que estas Pandur podem desempenhar naquele teatro de operações. Fontes militares apontam uma função, sobretudo, a um papel de apoio a outras missões no país, em que também estão envolvidos militares portugueses.

A portaria do Ministério da Defesa Nacional publicada esta quinta-feira em Diário da República ainda é omissa relativamente a esta nova realidade. O documento confirma apenas que “o Conselho Superior de Defesa Nacional emitiu parecer favorável sobre a continuação da participação de Portugal na MINUSCA” e que o almirante CEMGFA fica “autorizado a empregar e sustentar, como contributo de Portugal para a MINUSCA, durante o ano de 2018, uma unidade terrestre de escalão companhia de infantaria, incluindo os respetivos elementos de ligação, apoio logístico e sustentação, com um efetivo até 160 militares, que se constituem como Quick Reaction Force [Força de Reação Rápida] da MINUSCA, sedeada em Bangui”.



É preciso recuar um ano para perceber onde se pode enquadrar esta nova configuração da força nacional. Na portaria 29/2017, o ministro José Azeredo Lopes refere que “o Estado português, empenhado nos esforços internacionais na manutenção da paz e com vista a responder ao pedido formulado por França, participará na MINUSCA com uma companhia de infantaria, a operar a partir de Bangui, com a missão de Quick Reaction Force“. E explica que “esta força militar, adicionalmente e quando determinado, prestará apoio à European Union Training Mission” na RCA.

A utilidade das Pandur pode revelar-se aqui — no transporte de militares que estão a treinar as forças armadas do país. Outra possibilidade é a de que estes blindados venham a ser utilizados no transporte de personalidades de relevo naquele país: chefias militares ou mesmo responsáveis políticos, por exemplo. Em última análise, podem ser usadas para a concretização de operações da própria MINUSCA.

As Pandur vão juntar-se aos 25 Humvees que estão à disposição da 3ª Força Nacional Destacada no país. Eram 20 (dois para o comando e as restantes 18 distribuídas por cada um das equipas de militares paraquedistas da força portuguesa), mas no final do mês passado foram transportadas outras cinco viaturas para a República Centro Africana, para permitir que os blindados já bastante danificados pelos confrontos com os grupos armados do país pudessem ser reparados sem que se a companhia perdesse capacidade de resposta.

https://observador.pt/2018/07/06/exercito-prepara-reforco-da-missao-na-republica-centro-africana/
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Re: Missão militar portuguesa na RCA
« Responder #304 em: Julho 13, 2018, 03:28:32 pm »
Reportagem da RTP no Linha da Frente

https://www.rtp.pt/play/p4231/linha-da-frente
 
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Re: Missão militar portuguesa na RCA
« Responder #305 em: Julho 16, 2018, 06:59:35 am »
O Facebook do The Way of the Warrior, disse que a próxima FND para a RCA vai ser reforçada com 6 Pandur, 2 RWS, 2 APC, 1 ambulância e 1 recuperação.

Num jornal que também falava no assunto referia que o efectivo ia ter um aumento de até 30 militares.
« Última modificação: Julho 16, 2018, 01:58:34 pm por Lightning »
 

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Re: Missão militar portuguesa na RCA
« Responder #306 em: Julho 16, 2018, 07:13:55 pm »
O Facebook do The Way of the Warrior, disse que a próxima FND para a RCA vai ser reforçada com 6 Pandur, 2 RWS, 2 APC, 1 ambulância e 1 recuperação.

Num jornal que também falava no assunto referia que o efectivo ia ter um aumento de até 30 militares.

Lá vamos ter de pagar um 124 para transportar as viaturas e são precisos pelo menos dois voos.


Abraços
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Re: Missão militar portuguesa na RCA
« Responder #307 em: Julho 16, 2018, 10:18:24 pm »
No caso das missões da ONU - ou pelo menos no tempo do Líbano e Timor - os custos das operações e projecção das forças são devolvidos/cobertos pela ONU.

Cumprimentos.
 

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Re: Missão militar portuguesa na RCA
« Responder #308 em: Julho 16, 2018, 10:55:10 pm »
O Facebook do The Way of the Warrior, disse que a próxima FND para a RCA vai ser reforçada com 6 Pandur, 2 RWS, 2 APC, 1 ambulância e 1 recuperação.

E será que é desta que se vão ver as Pandur equipadas com placas de blindagem adicionais, como será aconselhável, creio.... Ou irão nas versão de blindagem 'básica'?
« Última modificação: Julho 16, 2018, 11:41:41 pm por HSMW »
 

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Pedro Monteiro

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Re: Missão militar portuguesa na RCA
« Responder #309 em: Julho 17, 2018, 12:51:53 am »
No início as Pandur andavam com placas de blindagem - e todas foram recebidas com as mesmas. Ainda as fotografei em 2011 em Viseu com a blindagem colocada em treinos de rotina. A única razão para, nestes dias, não as usarem é o seu peso que provoca um maior consumo de combustível - custos operacionais, portanto.

No Kosovo, de facto, não as usaram (mas também não saíam à rua com armamento montado, o nível de risco era mínimo) mas na RCA face aos impactos recebidos pelos HMMWV em ataques é muito provável - e aconselhável - que as coloquem... até porque é mais barato substituir placas que reparar danos num casco.

Cumprimentos.
 
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Re: Missão militar portuguesa na RCA
« Responder #310 em: Julho 17, 2018, 02:20:23 am »
Isso e uma torre em condições para o operador da .50!
Essa mania tuga de andar de peito feito a segurar na Browning...
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Re: Missão militar portuguesa na RCA
« Responder #311 em: Julho 17, 2018, 04:16:30 pm »
Isso e uma torre em condições para o operador da .50!
Essa mania tuga de andar de peito feito a segurar na Browning...

Isso bem feito até era uma torre autónoma com o operador no interior...mas não necessariamente .50... duas MG-5 paralelas teriam o efeito desejado...
É que ter uma arma com alcance útil de 1500m e um máximo de 7mil m....pode originar danos não previstos.
« Última modificação: Julho 17, 2018, 04:18:20 pm por raphael »
Um abraço
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Re: Missão militar portuguesa na RCA
« Responder #312 em: Julho 27, 2018, 01:35:13 pm »
Exército português com mais de 500 missões na Rep. Centro-Africana desde março


A 3.ª Força Nacional Destacada na capital da República Centro-Africana, Bangui, realizou, desde março, mais de meio milhar de missões, entre as quais patrulhas motorizadas, escoltas e operações de defesa e controlo de terreno ou infraestruturas chave.

O comando da 3.ª Força, constituída pelo Regimento de Infantaria 15 e o 1.º Batalhão de Infantaria Paraquedista, indica que os militares portugueses "tiveram 18 contactos e incidentes" com alguns dos mais dos 15 grupos armados, que lutam pelo poder e controlam quase todo o território da República Centro-Africana, com o tamanho da França e 4,6 milhões de habitantes.

Entre os registos dos contactos com as milícias, que não controlam apenas um quinto do território, os 'capacetes azuis' da Força Nacional Destacada, composta por 159 militares - 156 pertencem ao Exército, com 126 paraquedistas da Brigada de Reação Rápida, e três integram a Força Aérea, especializados em controlo aéreo tático - foram obrigados a recorrer ao "uso de armas de fogo em 12 ocasiões", de acordo com o comandante do contingente português, tenente-coronel João Bernardino.

Desses confrontos resultaram apenas ferimentos em dois militares portugueses, que integram a Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (Minusca), que tem como comandante o tenente-general senegalês Balla Keita, instalada no Campo M'Poko, junto ao aeroporto internacional de Bangui.

Os militares portugueses, que terminam a comissão de seis meses no início de setembro, ainda não tinham completado um mês de permanência em Bangui quando uma patrulha foi alvejada por tiros de arma ligeira, disparados por um grupo armado, que utilizou civis, entre os quais mulheres e crianças, como escudo humano, referem as autoridades nacionais.

Em 31 de março, a patrulha realizava uma missão de vigilância de rotina no bairro de maioria muçulmana PK5, no terceiro distrito da capital da República Centro Africana, quando, pelas 19:10 locais (mesma hora em Lisboa), foi atingida por tiros, tendo respondido com fogo controlado.

Depois de os militares portugueses terem lançado gás lacrimogéneo em direção aos elementos do grupo armado, os rebeldes dispersaram.

Sem que tenham sido registados oficialmente feridos ou mortos entre os rebeldes, este foi o primeiro ataque contra os 'capacetes azuis' no PK5 desde o recrudescer da violência naquele distrito, em finais do ano passado.

Poucos dias depois, em 08 de abril, um 'capacete azul' português sofreu ferimentos ligeiros durante operação no bairro PK5, considerado o 'coração' económico da capital da República Centro-Africana.

O militar foi atingido na omoplata direita por estilhaços de uma granada ofensiva durante a Operação Sukula da Minusca, para eliminar radicais islâmicos no PK5.

Nos incidentes de 01 de maio, que se estenderam às imediações de uma igreja católica, sem a intervenção dos 'capacetes azuis', pelo menos 24 pessoas morreram e 170 ficaram feridos.

No final desse mesmo mês, a 29, um segundo militar português sofreu ferimentos ligeiros durante confrontos entre rebeldes armados, na cidade de Bambari, a 384 quilómetros de Bangui.

Houve troca de tiros e alguns civis afetos ao movimento rebelde islâmico Séléka arremessaram pedras para os veículos blindados da Força Nacional Destacada.

Na noite de 18 para 19 de julho, uma pessoa foi atingida mortalmente, num ataque que durou cerca de uma hora, perpetrado por homens armados não identificados, a uma base da milícia de Nimery Matar Djamous, conhecida também por Force.

Até ao presente, a Força Nacional Destacada realizou "um total de 66 patrulhas motorizadas, uma operação de cerco e busca e 62 missões de reconhecimento (quatro das quais de longo raio de ação)".

Desde da rendição da força da comissão anterior, em 06 de março deste ano, os militares portugueses estiveram ainda envolvidos em "nove operações para controlar terreno ou infraestruturas chave e seis de defesa de território ou de espaços sensíveis".

Também realizaram quatro ações de apoio às populações, três operações helitransportadas e duas missões de apoio aéreo próximo.

No total, a Força Nacional Destacada - equipada com viaturas blindadas norte-americanas HMMWV (Veículo Automóvel Multifunção de Alta Mobilidade), com uma peça de artilharia - percorreram "61.467 quilómetros em operações e 3.741 em ações administrativas".

Na sua maioria, os grupos armados desenvolvem ações criminais para reunirem dinheiro, como raptos (de governantes locais e membros de organizações não-governamentais), extorsões, furto de gado e abate de elefantes para venda de marfim.

Os rebeldes realizam também ações de bloqueio de vias de comunicação, para impedir a ajuda humanitária, e recorrem também ao tráfico de diamantes e ouro.

A República Centro-Africana caiu no caos e na violência em 2013, depois do derrube do Presidente François Bozizé, por vários grupos juntos na Séléka (coligação, na língua local), de maioria islâmica.

Depois, um grupo de milícias cristãs (anti-balaka) opuseram-se aos vencedores, desencadeando uma guerra civil ainda por terminar.

O Governo do Presidente Faustin Touadera, antigo primeiro-ministro e vencedor das eleições presidenciais de 2016, controla apenas um quinto do território.

A missão da ONU está no país desde 2014 e Portugal enviou três forças nacionais destacadas.


:arrow: https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/exercito-portugues-com-mais-de-500-missoes-na-rep-centro-africana-desde-marco
 
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Re: Missão militar portuguesa na RCA
« Responder #313 em: Julho 30, 2018, 11:27:35 pm »
UE prolonga missão na República Centro Africana até 2020


A União Europeia prolongou a sua missão na República Centro Africana por mais dois anos, até 19 de setembro de 2020, para poder “aconselhar estrategicamente” o Ministério da Defesa, as forças armadas e o Presidente da República daquele país.

Em comunicado, o Conselho Europeu, no qual estão representados os 28 Estados-membros da União Europeia (UE), indicou que a missão de formação naquele país africano (EUTM RCA) será alargada por mais dois anos, tendo sido também alterado “o mandato da missão”, de forma a que possa “fornecer aconselhamento estratégico não apenas ao Ministério da Defesa e às forças armadas, mas também ao gabinete do Presidente”.

Pretende-se ainda que a EUTM RCA possa prestar aconselhamento sobre “cooperação entre civis e militares, incluindo o Ministério do Interior e a polícia”.

O Conselho Europeu desbloqueou um envelope financeiro de cerca de 25,4 milhões de euros para cobrir os custos da missão, sediada em Bangui, capital da República Centro Africana (RCA).

A missão de treino e formação das forças armadas centro-africanas foi lançada a 16 de julho de 2016 e integra cerca de 170 pessoas.

A EUTM RCA pretende contribuir para a reestruturação do setor da Defesa em três domínios: o conselho estratégico, o treino operacional e a formação.

Ao fim de dois anos de missão, foram formados e treinados mais de três mil soldados, homens e mulheres das Forças Armadas do país.

Por seu lado, as Nações Unidas também enviaram uma missão de paz (Minusca, com 10 mil soldados), presentes na RCA desde 2014, mas tem encontrado dificuldades em manter a segurança num país onde o Estado não controla uma grande parte do território.

Os grupos rebeldes controlam a maioria do país, combatendo pelo domínio dos seus recursos, especialmente diamantes, ouro e gado.

Constituída por 170 militares de 11 nacionalidades, entre os quais de Portugal, França, Roménia, Geórgia, Sérvia, Espanha, Suécia e Itália, a EUTM-RCA, que, desde janeiro deste ano, tem como comandante o brigadeiro-general Hermínio Maio, forma quadros do exército da República Centro Africana.

Na passada semana, o chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte, disse que o exército vai reforçar com 20 militares e seis veículos blindados de transporte de infantaria “Pandur” o contingente português presente na RCA.

Segundo Rovisco Duarte, as propostas de alteração à estrutura orgânica da força para “incrementar a capacidade de transporte, evacuação, proteção e segurança”, foram aprovadas no último Conselho Superior de Defesa Nacional, em 13 de julho.


:arrow:  https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/ue-prolonga-missao-na-republica-centro-africana-ate-2020
 

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Re: Missão militar portuguesa na RCA
« Responder #314 em: Julho 31, 2018, 10:03:55 am »


Citação de: The Way of the Warriors
O 2º Batalhão de Paraquedistas irá em breve partir para a Republica Centro Africana. Fica aqui uma imagem do treino de adaptação as miras Aimpoint que irão usar no teatro de operações. Este treino está integrado no aprontamento da 4ª Força Nacional Destacada para a RCA.
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