Não sendo apoiante dos bloquistas, e achando que o Louçã não passa de um menino da mamã, que não gosta da marinha porque o papá o espancava com o cinto, devo dizer que esta obra é extremamente interessante, e só peca por tardia.
Fala de uma realidade que muitas vezes esquecemos e permite-nos juntar mais algumas das pontas soltas que nos permitem ter uma ideia mais aproximada da História do século XX em Portugal.
São especialmente interessantes as relações entre o regime saído de 1926 e da constituição de 1933 com os donos do dinheiro.
Naturalmente que a visão dos autores, neste aspecto parece ser menos objectiva (entende-se, mas é preciso estar alerta para ela).
Ainda assim, reconhecem e documentam as más relações de Salazar com alguns dos donos do dinheiro.
Aparentemente, o Salazar foi o único que de facto os controlou, utilizando a técnica da cenoura.