Boas!
Os meios sao suficientes 95% dos dias do ano!
Mas quando os bombeiros tem que se desmultiplicar em varias frentes tem a triste opçao de escolher o que vao deixar arder!
aqui fica uma citaçao do Diario de noticias do desastre que aconteceu dia 10 11 de Agosto em viana!
Foram os quintais, salvaram-se as casas
por PAULO JULIÃO
População uniu-se para evitar que fogo atingisse habitações. Queixas por lentidão na ajuda e dos meios aéreos.
No espaço de uma hora o inferno parece ter descido aos arredores da cidade de Viana do Castelo. O fogo que deflagrou em Outeiro ao início da tarde rapidamente ficou descontrolado. Perre foi a aldeia vizinha mais visada, a cinco minutos da cidade. "Tão depressa me chamaram a dizer que estava lá em cima como logo a seguir estava eu a fugir. Fiquei sem 15 mil metros de terreno e vinhas. Quer dizer, ficou a terra preta", confessava ao DN João Ruivo que, aos 69 anos, não se lembra de "tamanha tragédia".
"A família e a população ajudaram, caso contrário tinha ardido tudo", confessava a filha, Glória, por entre o lamento: "Eu sei que não têm toda a culpa, mas onde estão os bombeiros? Pagámos os nossos impostos e depois quem nos defende?", insurgia-se.
Por entre o combate, um bombeiro lá desabafa: "Isto não vale a pena mais do que salvar as casas. O resto é para arder, não conseguimos." E de facto salvaram-se as casas, mas o fogo chegou aos quintais. "O povo une-se nestas alturas. É a única hipótese que temos. Vamos buscar as nossas máquinas, seja o que Deus quiser", explicava ao DN Eduardo Ferreira, da Junta de Freguesia de Perre, enquanto "coordenava" as cinco cisternas que tinha ao seu cuidado para proteger um conjunto de meia dúzia de casas. Três horas depois de deflagrar, e quando uma camada de fumo preto já cobria a cidade, chegam os meios aéreos. João é bombeiro e não resiste a soltar o comentário: "Agora é que eles chegam, quando o pior já passou."
As estradas que ligam as freguesias de Perre, Outeiro e Santa Marta de Portuzelo estavam repletas de centenas de populares. "Nunca se viu uma coisa destas. É um Inferno", gritavam as mulheres, por entre os panos da cozinha com que tapavam a cara, enquanto tentavam saber dos pertences e da restante família
Na zona de Mujães, um reacendimento provocou o mesmo cenário. O apoio das juntas de freguesia e populares impediu as chamas de atingir habitações. "Tem sido um mês complicado e o que mais notámos é que o fogo avança rapidamente. Isso e o facto de não termos meios aéreos suficientes na região", lamentou o autarca de Viana, José Maria Costa.
Desespero às portas de Viana do Castelo
"Esqueceram-se de nós", gritava, desesperado, António Maciel enquanto tentava apagar labaredas de vários metros de altura com a mangueira que antes regava o jardim, em Cardielos, Viana do Castelo. O jardim desapareceu, a casa escapou, mas o relato mostra como ontem, sem meios, foram os populares e os poucos bombeiros a apagar as chamas à volta das casas. Dezenas de habitações foram ameaçadas durante a tarde, enquanto o desespero pelos reforços tomava conta de todos. Inclusive do presidente da Câmara de Viana, que a cada dez minutos não largava o telemóvel a reclamar apoio do Ministério da Administração Interna.
"Estou desesperado. Quando vejo os meios a serem canalizados para uma área protegida em que está a arder mato e nós temos casas a arder há dois dias e ninguém nos manda apoio, gera indignação", afirmava o autarca do PS, José Maria Costa.
O incêndio, que já vinha do dia anterior depois de alastrar de Perre e Outeiro, acabava de atingir o ponto crítico e deixava a cidade, a cinco minutos de distância, em alerta, face ao fumo negro. No local a situação era tal que o fogo já obrigava ao corte da A27 e da EN202, devido às chamas e ao fumo, o que praticamente isolou a freguesia. E reforços, nem vê-los, com excepção de uma viatura dos Voluntários de Caminha. O resto do combate, em várias frentes de gigantesca dimensão, cabia apenas aos homens das corporações da cidade.
"Estamos há dois dias com dois grandes incêndios e à espera de reforços nacionais que não chegam. Imagine-se que tivemos que desguarnecer o outro incêndio, em Subportela, desviando os meios da outra margem para aqui", dizia ao DN o autarca de Viana." in Diario de Noticias
Quem diz que os meios sao suficientes nunca viu labaredas de 10 metros engolir-lhe a casa e telefonar para a proteçao civil e receber a resposta : "NAO TEMOS MAIS MEIOS ESTAO TODOS NA TERRENO JA, FECHE A CASA E FUJA!
As corporaçoes tem todas viaturas 4x4 e 6x6, mas, com quantos carros combates uma frente de 5km que puxada pelo vento caminha descontrolada em direçao e centenas de casas?
Nao ha meios! nem aqui nem em lado nenhum
feche a casa, fuja e reze
ABRAÇO