Não posso deixar de divulgar, aqui e ao mundo inteiro, a satisfação que tive ao ler este livro. A sua leitura exalta o sentimento de ser português, o qual se encontra adormecido, devido à desilusão que temos, por ver o estado a que chegou este País. No entanto, desperta-nos e enaltece-nos o Ego, fazendo com que tenhamos orgulho naquilo que fomos e que poderemos ser. Deixo, aqui, um extracto deste livro para aguçar o apetite da leitura. Não deixem de ler, vale a pena!
«Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez. Senhor, falta cumprir-se Portugal!»
Fernando Pessoa
PORTUGAL E OS MILÉNIOS
No milénio a.C. formou-se a Lusitânia, não como nação, mas como habitat de um povo com identidade própria.
No 1º milénio d.C. assistiu-se à anexação pelo Império Romano, o primeiro candidato à ditadura centralista europeia! A prepotência do invasor não só proibiu qualquer indústria metálica lusa, impondo uma dependência dos produtos vindos de fora, como até confiscou e destruiu as lusas armas, sentenciando dez mil lusitanos à morte tendo quinze mil sido vendidos como escravos na Gália.
As invasões dos povos cristão-arianos nórdicos e as dos muçulmanos vindos do norte de África em nada ajudaram a Lusitânia, que morreu por falta de capacidade de defesa da sua identidade!
O 2º milénio, porém, possibilitou o seu renascimento parcial. Graças ao monge cisterciense São Bernardo, seus cavaleiros templários e teutónicos e ao gene luso, adormecido, mas sempre patente na população deste canto do gigante Eurasiático, surgiram as condições para se criarem gerações de heróis que, como Fénix renascida das suas cinzas, criaram a segundo Lusitânia a que se deu então o nome de Portugal.
Levaram tanto a peito a sua missão que a espalharam fora de portas. Assim, a meio do 2º milénio, a lusitanidade já se encontrava espalhada por todo o globo em benefício mútuo tanto dos portugueses como dos povos e culturas com os quais se interlaçaram!
A inveja e a cobiça de outros, porém, não suportaram o aparecimento de quem subiu por mérito próprio, sem dependência de ninguém! Sentenciou-se então Portugal à morte!
De facto Portugal morreu, mas à maneira de D. Sebastião, devagar!
Chegou-se à passagem para o 3º milénio e encontramos o Portugal Global esquartejado, a segunda Lusitânia anexada por forças estranhas, a moeda própria anulada, a indústria metálica abandonada, o país dependente de dinheiros e fornecimentos vindos do estrangeiro e a memória da sua história conspurcada por interpretações tendenciosas de fiéis servidores de pontas de flecha de interesses estrangeiros!
Cabe à nossa geração a decisão de comodamente assistir ao enterro definitivo da lusa pátria ou de criar algo de novo! Tanto se pode chamar Lusitânia Três como Portugal Dois, porque o gene luso existe e mantém a capacidade de se revelar de forma inesperada contra todas as previsões “lógicas”!
Aproveitar o que se considera positivo das influências vindas de fora e rejeitar tudo o que não se ajusta à lusitanidade tem sido característica patente em todas as gerações deste povo, que é único na sua forma de convivência pacífica com outros povos e culturas e muito tem para ensinar a este mundo insano.
Rainer Daehnhardt
Tal como a Fénix, a LUSITÂNIA renascerá das cinzas, lado a lado com a sua irmã Germânia, perfazendo ambas, respectivamente, a coroa e o coração da Europa.
Eduardo Amarante
História, Livros