Continuando o que já tinha dito no ano passado, parece que a rússia está a portar-se..... como a rússia e já nem a OPEP confia nos números russos, porque o mercado continua a ser inundado por petróleo, quando as economias ocidentais estão a estrangular as suas próprias economias para controlarem a inflação!!!!!
Petróleo cai mais de 4% com tecto da dívida nos EUA e reunião da OPEP+ na miraOs preços do "ouro negro" seguem a afundar nos principais mercados internacionais, devido à incerteza quanto à aprovação, no Congresso norte-americano, do aumento do tecto da dívida dos EUA – depois do acordo de princípio alcançado no fim de semana entre o presidente Joe Biden e o speaker da maioria republicana na Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy.
Os investidores estão também na expectativa quanto à decisão dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) na reunião agendada para 4 de junho – havendo quem aponte para um novo corte da oferta.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 4,28% para 69,56 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, perde 4,36% para 73,71 dólares/barril.
"Os participantes de mercado continuam a escrutinar a adesão da Rússia ao seu compromisso de corte da oferta de crude, mas nós preferimos focar-nos nos dados sobre os inventários", sublinha Giovanni Staunovo, analista de mercados do UBS, numa nota de "research" a que o Negócios teve acesso.
Em fevereiro, recorda a análise do estratega do banco suíço, o vice-primeiro-ministro russo Alexander Novak comprometeu-se a cortar a sua produção em 500 mil barris por dia a partir de março. Esse compromisso foi depois estendido até junho e depois até ao final do ano, "mas, como a Rússia já não publica dados sobre petróleo, os participantes voltaram-se para outro indicador para avaliarem o corte de produção: as exportações de crude via petroleiros", refere.Segundo esses dados, "as exportações de crude russo via marítima mantiveram-se elevadas nos últimos meses, levando alguns participantes de mercado a crer que isto resulta do facto de a Rússia não estar de facto a cortar a produção na medida em que se comprometeu", aponta Staunovo.O UBS prefere estar mais atento às reservas norte-americanas de crude – que na semana passada caíram fortemente. "Com vários membros da OPEP+ a retirarem voluntariamente barris do mercado, num contexto de aumento da procura, estimamos que os stocks continuem a diminuir, sustentando assim os preços", diz o mesmo analista.
https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/mercados-num-minuto/detalhe/europa-aponta-para-o-verde-asia-fecha-mista-com-bolsas-chinesas-em-queda(notícia de 30 de Maio)
Conclusão, a OPEP+ luta por todos os meios para manter o preço alto..... o que não será fácil, primeiro porque o ocidente está a apertar o cinto (combate à inflação, com subida dos juros), depois porque a rússia não cumpre nenhum acordo feito com a OPEP+ de cortar na produção (com o objectivo de manter os preços artificialmente altos). E como o blitzkrieg na Ucrãnia vai de vento em popa, o corte de produção imposto pela OPEP+ é capaz de ser incomportável para quem está aflito para financiar a máquina de guerra bem como os grupos de terroristas contratados!