Emirates faz a maior compra de sempre e encomenda 32 unidades do A380 à AirbusA companhia aérea Emirates, dos Emirados Árabes Unidos, comprou hoje à Airbus 32 unidades do A380, o maior avião de passageiros do mundo, no Salão de Aeronáutica de Berlim (ILA).
Trata-se da maior encomenda da história da aviação civil, no valor de 11,5 mil milhões de dólares (cerca de 9,6 mil milhões de Euros), disse em conferência de imprensa na capital alemã o chefe de vendas da Airbus, John Leathy.
«Estamos muito felizes e orgulhosos», disse também o presidente executivo da Airbus, Tom Anders, ao lado do chefe da transportadora aérea Emirates, Ahmed Bin Saed Maktum.
A companhia do Dubai amplia assim as suas actividades no Golfo Pérsico,e terá assim na sua frota 90 aviões A 380, em 2017, data para a conclusão das entregas da nova encomenda.
Inicialmente, a Emirates estava mais interessada numa versão mais longa do A 380, o A 380 900, mas a Airbus adiou o projecto, devido a problemas na produção.
A situação favorável da Emirates, no Médio Oriente, tem sido importante para a expansão da companhia de aviação árabe, que com os A 380 pode alcançar 95 por cento da população mundial, afirmou John Leathy.
O gigantesco avião de passageiros é, por isso, a solução ideal para linhas aéreas que utilizam uma grande plataforma, disse ainda o chefe de vendas da Airbus, lembrando que poucos passageiros transportados pela Emirates têm como destino final o Dubai, mas fazem escala nesta cidade.
A Airbus espera agora que companhias que utilizam também grandes plataformas em Singapura, Londres, Frankfurt ou Paris sigam o exemplo da Emirates, e aumentem as suas encomendas.
O negócio hoje fechado em Berlim permitiu à Airbus cumprir e ultrapassar a meta de vender este ano 20 aeronaves deste modelo. Além disso, Leathy garantiu que há negociações a decorrer para transaccionar mais A 380 noutras partes do mundo.
A Airbus tenciona alcançar o break-even, o ponto em que o A 380 deve começar a dar lucros, em 2015, e ajudar a casa mãe, a EADS, a sair da crise em que está mergulhada há quatro anos.
Lusa