O primeiro papel do FAC é conhecer a situação em terra em detalhe, incluindo a intenção do comandante em terra e os objetivos no dia. Tem que identificar alvo para evitar fratricídio e civis. O trabalho do FAC(A) é difícil tendo que julgar dados de vários fontes, usar mapas na cabina, usar recursos táticos, manter a consciência da situação, voar a aeronave, tudo isso com muita demanda. Antes de decolar o FAC(A) estuda a área do alvo, as aeronaves que irá controlar e armas disponíveis.
E a mim parece-me que essa missão irá ser absorvida pelos drones. Já o vemos na Ucrânia, drones de vigilância a observar o alvo enquanto um drone kamikaze ou artilharia ou o que seja ataca o dito alvo. Também vemos drones diversos a fazer o "damage assessment", reconhecimento diurno e noturno, etc. O risco é mínimo, e permite que esta capacidade exista, sem estar dependente de uma pista nas proximidades (para operar a aeronave tripulada para FAC(A)), podendo os drones ser lançados a uma distância relativamente curta da linha da frente.
Em Portugal, o AR3 talvez fosse o drone português mais adequado para esta função.
Quanto à substituição dos A-10 por Super Hornet, como proposto no artigo, porque não o Strike Eagle? O F-15E deverá perder missões, com a entrada ao serviço do F-35, não me surpreendia que a USAF eventualmente começasse a dar baixa de parte da frota.
Apesar de ainda achar que, se a ideia é manter o know-how até haver um substituto dedicado, a solução passaria por modernizar e manter parte dos A-10C (A-10E depois de modernizados
), melhorar a sua capacidade ar-superfície para ter uso no Pacífico. Algo a rondar as 100 aeronaves, não deverá sair muito caro (para eles), e toda a gente fica contente.