As forças armadas em portugal parecem a organização e mordomias de um país da América do Sul cruzado com instalações e equipamentos de uma ex-republica soviética...
Este é um tema que dava para cinquenta tópicos e sub tópicos ...
Há décadas atrás, discutia eu com alguns oficiais da unidade em que estava, pondo em causa grande parte do que acontecia ali.
A unidade tinha uma função não combatente, mas a maior parte do efetivo estava na CCS que servia para colocar soldados nas guardas ao quartel e para o piquete de reforço.
Alguns oficiais, ficavam incomodados quando um aspirante ou um segundo sargento do SMO tratavam um soldado ou um cavo por tú.
Para eles era uma falta de disciplina terrível.
Há aqui um problema no entanto, numa situação em que seja necessário dar ordens e cumprir ordens, dependendo do nível cultural do subordinado, ele pode ter tendencia a entender o tratamento por "tú" como familiar, o que o pode levar a não cumprir imediatamente as ordens quando as recebe.
Há aqui um problema cultural, que os alemães na II guerra mundial descreveram (e escreveram sobre o assunto)
Para eles, a diferença social e o tratamento que os oficiais romenos davam aos seus soldados, podia levar a que aquelas forças fossem derrotadas pelos russos com grande facilidade...
Mas era uma forma de manter disciplina.
É dificil estabelecer em muitos países, a linha entre o tratamento coloquial, e o obedecimento imediato de uma ordem que pode por em risco a segurança do comandado.
Essa era basicamente a explicação que me davam.
De resto, há senhores generais que vêm a tropa como uma organização de bailarinos, onde conta a continência mas não serve para nada a competência.
É o que temos, e depois vemos estes generais - bailarina a explicar porque é que, quando o inimigo tem mais força e é mais feio, devemos fugir ...
