A330 MRTT para a FAP ?

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yuwanko

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Re: A330 MRTT para a FAP ?
« Responder #510 em: Junho 20, 2025, 07:31:14 pm »
Os defeitos do MMF podem ser resolvidos da seguinte forma:
Portugal compra 1 MRTT, e entra no MMF, trazendo uma parte desta frota para a Península Ibérica. Caso haja um "divórcio" diplomático entre os membros, Portugal fica com o MRTT que comprou.

Em alternativa, podemos criar um consórcio em conjunto com os espanhóis com MRTTs, adquirindo um par deles com Boom e partilhando os custos de sustentação da frota.

A outra alternativa, é adquirir simplesmente 2 ou 3 MRTT, e operamos os ditos sozinhos, que tendo em em conta a quantidade de missões que conseguem executar, justificam o investimento.

Tendo em conta as dúvidas que existem quanto à real capacidade dos KCs reabastecerem helicópteros, propunha a aquisição de kits de reabastecimento para os C-295.



O MMF atualmente existente funciona com base na NSPA, são propriedade na NATO, financiados pelos vários países. Os participantes pagam por horas a utilizar, sendo que os maiores países têm muitas mais horas de disponibilidade que os outros e os aparelhos estão baseados na Alemanha e Países baixos.

Numa situação em Portugal comprasse um, não fazia sentido disponibilizar a outros.
Numa pool com os espanhóis e italianos, iríamos provavelmente pagar menos mas os aparelhos iam ficar em Espanha e Itália e iríamos ter poucas horas.
« Última modificação: Junho 20, 2025, 08:34:45 pm por yuwanko »
 

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JohnM

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Re: A330 MRTT para a FAP ?
« Responder #511 em: Junho 20, 2025, 08:51:17 pm »
Embora seja a favor de Portugal entrar para um consórcio sul europeu com MRTT, já que possibilita operações a escalas maiores e mais a nível estratégico, concordo que Portugal deve ter capacidade de reabastecimento em vôo soberana para atuar no triângulo estratégico ou apoiar destacamentos relativamente pequenos, como o BAP. Até aqui, acho que estamos todos de acordo, certo? Agora a parte polémica (para alguns, pelo menos)… eu acho que esta capacidade soberana tem todas as condições para ser garantida por 2-3 KC-390 com boom. Portugal e a FAP bem poderiam contribuir para o desenvolvimento dessa versão.

Segundo a Embraer, eles estão a pensar em capacidade modular e não numa versão dedicada, pelo que estou convencido que  Portugal deveria adquirir uma frota total de cerca de 10 aparelhos, divididos pelas Esq. 501 e 506, bem como uns 2-3 kits de reabastecimento aéreo e mais 2-3 da versão ISR que está agora a ser desenvolvida. Eventualmente, mais tarde, se a versão MPA/ASW vier a ser desenvolvida, podiam comprar mais uns 6-10 para substituir os P-3 na 601 e na nova esquadra nos Açores. No meu cenário ideal, Portugal entraria no consórcio MRTT sul europeu e acabaria com uns 16-20 C-390 e uns 12-15 drones MALE (como descrevi no tópico sobre UAVs na FAP) para desempenhar todas estas funções.

Os KC-390 com boom ainda não existem, e a sua existência depende quase inteiramente da USAF querer ou não este tipo de avião. Com as conversas em torno de reabrir a linha de produção do C-17, não me surpreendia que desenvolvessem um kit para o C-17, para assim justificar a abertura da linha de produção do C-17 com uma grande encomenda da USAF. Se isto acontecer, o 390 tem muito menos chances.

Se assumirmos que uma variante do KC-390 com boom de facto existiria, ainda terias que ter em conta a relação custo/capacidade. Quantas horas on station, quantos F-16 (ou F-35!) conseguiria abastecer antes de ficar sem gasosa, quantas horas on station pode ficar em função do raio de acção? Se no fim concluíres que estás a pagar 75% do valor de um MRTT, para ter apenas 50-60% das capacidades, então não compensa.

E isto sem contar com o MRTT poder ter apoios da UE.

Se for uma variante modular, que permita colocar o "boom" num KC-390 normal, aí o caso muda de figura, pois na prática só terias de pagar pelo kit, já tendo 6 KCs na frota.

Variante ISR
Esta só faz sentido para Portugal, se for possível pegar numa aeronave existente, e colocar os kits. Comprar aeronaves adicionais para ISR não fazia sentido nenhum, sobretudo quando cada uma custará sempre 9 dígitos, quando esta missão pode ser cumprida por um UAV MALE sem problemas, e até mesmo pelos C-295 VIMAR.

Variante MPA
O futuro MPA da FAP devia ser um modelo com um excelente pacote de sensores, e que pode levar uma boa quantidade e variedade de armamento, além de poder ficar bastante tempo on station. Neste sentido, o A321 Neo MPA, com possibilidade de entrada de Portugal no programa, faz mais sentido. Este por ser baseado numa aeronave civil, não terá problemas com peças para manutenção.

O número pylons para armas passa também a ser extremamente importante, pois a aeronave deveria ser capaz de desempenhar missões ASW e ASuW no mesmo voo, e servir de plataforma de lançamento de armamento stand-off. Particularmente para futuros mísseis tipo LRASM-XR, e quiçá hipersónicos ou ALMBs.

Variante MPA
Acho que estamos todos de acordo que recorrer a UAVs MALE AEW é a solução mais racional para Portugal, pelos custos e número de plataformas que daria para adquirir, e claro pelo endurance.

Se a ideia fosse comprar aeronaves tripuladas, então os GlobalEye em Bombardier G6000 fazem mais sentido. A aeronave base (G6000) é à partida consideravelmente mais barata que o C-390 base, a versão AEW já está desenvolvida (desenvolver uma variante AEW do 390 teria custos), o G6000 tem consideravelmente maior alcance, RCS mais reduzido à partida, tecto de serviço mais alto, custos de operação provavelmente mais reduzidos e é baseado num modelo civil, com vantagens para a sustentação da frota.

Se calhar antes de tentar inventar todas as variantes imagináveis para o 390, devíamos primeiro avaliar o que há no mercado e ver o que realmente compensa.
Concordo plenamente que quaisquer versões AEW&C, tanque, ISR ou MPA só farão sentido se vierem em forma de kit e puderem ser mudadas entre células. Quanto à versão tanque aéreo com boom, claro que ainda não existe e, possivelmente, nunca existirá, se a USAF não se interessar. Mas, SE vier a existir e SE for um kit (como a Embraer parece querer) seria uma boa opção para Portugal, melhor e mais barata que o MRTT para as missões em território nacional ou no triângulo estratégico. A minha proposta seria entrarmos num futuro consórcio MRTT sul europeu, contratando as horas que forem consideradas necessárias, E SIMULTÂNEAMENTE ter 2-3 kits de reabastecimento com boom para os KC, estes sim, inteiramente nacionais.

Quanto às versões MPA/ISR, não consigo perceber porque um eventual A321 MPA seria melhor que o C-390 MPA, ou mais barato, ou onde entraria a indústria nacional. Tens algum dado que possa confirmar ou pelo menos fundamentar essa teoria?  Além de que a versão para o C-390 está já a ser desenvolvida e acho que a do A321 ainda não saiu do papel (mas posso estar enganado, e terei muito gosto em ser corrigido).
« Última modificação: Junho 21, 2025, 10:22:23 am por JohnM »
 

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dc

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Re: A330 MRTT para a FAP ?
« Responder #512 em: Junho 21, 2025, 02:42:18 am »
O MMF atualmente existente funciona com base na NSPA, são propriedade na NATO, financiados pelos vários países. Os participantes pagam por horas a utilizar, sendo que os maiores países têm muitas mais horas de disponibilidade que os outros e os aparelhos estão baseados na Alemanha e Países baixos.

Numa situação em Portugal comprasse um, não fazia sentido disponibilizar a outros.
Numa pool com os espanhóis e italianos, iríamos provavelmente pagar menos mas os aparelhos iam ficar em Espanha e Itália e iríamos ter poucas horas.

https://www.defensenews.com/2016/07/28/netherlands-luxembourg-pitch-in-two-airbus-tankers-for-nato-fleet/

https://aviationweek.com/defense/budget-policy-operations/belgium-purchasing-10th-a330-mrtt-nato-fleet

Como é então?
Se calhar o número de horas de voo disponíveis para cada país, nada tem a ver com tamanho, mas em grande parte com quem mais investe no programa.

Mais um exemplo:
https://www.defensenews.com/global/europe/2025/03/26/denmark-signals-plan-to-join-european-air-refueling-pool-buy-tankers/

Um consórcio novo (MMF2), estaria inteiramente dependente de haver vários países a comprar e incorporar aeronaves.

Se este consórcio novo tiver participação da Itália e Grécia, a questão geográfica complica-se, pois este "consórcio do Sul" extende-se por uma área enorme, e provavelmente ficaria cediado em Itália, o que para nós é menos favorável já que precisamos de capacidade AAR para operar os F-16 no Atlântico.
Num consórcio novo, a nossa participação teria que ser muito maior, teríamos provavelmente que comprar 1 ou 2 aeronaves na mesma. Neste contexto, quase compensa mais comprar os nossos próprios aviões, e chegar a um acordo para partilhar a logística com os espanhóis, apesar da versão que eles usam não possuir boom.

A solução talvez fosse a criação dentro do MMF actual, de 3 "esquadrões" distintos de MRTT. Um cediado em Eindhoven (com principal foco no Norte e Centro da Europa e Bálticos), um cediado na Península Ibérica (com foco no Atlântico e África Ocidental) e outro em Itália ou Grécia (foco no Norte de África, Sudeste da Europa e Mediterrâneo Oriental/Médio Oriente).

Obviamente com calacidade de se reforçarem entre si, consoante as necessidades operacionais de cada área. Seriam necessárias pelo menos 18 aeronaves, possivelmente 24.
 

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dc

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Re: A330 MRTT para a FAP ?
« Responder #513 em: Junho 21, 2025, 04:13:05 am »
Concordo plenamente que quaisquer versões AEW&C, tanque, ISR ou MPA só farão sentido se vierem e forma de kit e puderem ser mudadas entre células. Quanto à versão tanque aéreo com boom, claro que ainda não existe e, possivelmente, nunca existirá, se a USAF não se interessar. Mas, SE vier a existir e SE for um kit (como a Embraer parece querer) seria uma boa opção para Portugal, melhor e mais barata que o MRTT para as missões em território nacional ou no triângulo estratégico. A minha proposta seria entrarmos num futuro consórcio MRTT sul europeu, contratando as horas que forem consideradas necessárias, E SIMULTÂNEAMENTE ter 2-3 kits de reabastecimento com boom para os KC, estes sim, inteiramente nacionais.

Quanto às versões MPA/ISR, não consigo perceber porque um eventual A321 MPA seria melhor que o C-390 MPA, ou mais barato, ou onde entraria a indústria nacional. Tens algum dado que possa confirmar ou pelo menos fundamentar essa teoria?  Além de que a versão para o C-390 está já a ser desenvolvida e acho que a do A321 ainda não saiu do papel (mas posso estar enganado, e terei muito gosto em ser corrigido).

O mais provável, era se viesse a existir uma versão com boom do KC, e esta for adquirida (seja uma versão dedicada com boom fixo, sejam kits que obriguem à compra de aeronaves adicionais que possam receber estes kits), dificilmente haverá verba para entrar num programa MMF ou MMF2.

A versão AEW&C quase de certeza que não será modular. Terá que ser uma aeronave dedicada com radar fixo, seja através de painéis laterais (como o G550 CAEW), seja com um radar "externo" como um E-2 ou E-99. A não ser que fosse usada uma solução tipo MQ-9, com radares montados em pods, mas com algumas limitações, nomeadamente de alcance (dos radares), algo difícil de justificar para uma aeronave muito maior que um MQ-9.

Quanto ao MPA/ISR, convém não confundir as 2 coisas. A versão ISR do 390 em desenvolvimento, é para usar equipamento roll-on/roll-off, que assentará essencialmente em utilizar módulos internos, equipamento em pylons e pouco mais, sem realizar modificações às aeronaves. Até o radar deverá ser o que está em uso nos KCs normais, que deverá ter limitações no seu campo de visão. O número de pylons dificilmente excederá os 6 (2-4 é o mais provável), nem possuirá uma baía para armamento.

Uma variante MPA, exigiria muito mais modificações, para acomodar sensores de raiz, provavelmente uma adaptação da fuselagem para melhor aproveitamento, de modo a poder receber os ditos sensores e uma baía para armamento adicional. Isto teria obviamente custos, e mesmo assim não garantia que a aeronave chegasse ao nível do P-8, sobretudo em alcance e payload para munições.

Relativamente ao A321 MPA, os franceses andam à procura de parceiros. Para Portugal, só fazia sentido entrar no programa se houvesse participação nacional. Não havendo, então a opção P-8 e Kawasaki P-1 ganham força. Este último então, é um B-52 dos pobres.

O A321 MPA está num estágio mais avançado que o 390 MPA. A versão ISR do modelo da Embraer é que está mais avançada, mas não é um MPA puro.
 

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yuwanko

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Re: A330 MRTT para a FAP ?
« Responder #514 em: Junho 21, 2025, 01:06:34 pm »
O MMF atualmente existente funciona com base na NSPA, são propriedade na NATO, financiados pelos vários países. Os participantes pagam por horas a utilizar, sendo que os maiores países têm muitas mais horas de disponibilidade que os outros e os aparelhos estão baseados na Alemanha e Países baixos.

Numa situação em Portugal comprasse um, não fazia sentido disponibilizar a outros.
Numa pool com os espanhóis e italianos, iríamos provavelmente pagar menos mas os aparelhos iam ficar em Espanha e Itália e iríamos ter poucas horas.

https://www.defensenews.com/2016/07/28/netherlands-luxembourg-pitch-in-two-airbus-tankers-for-nato-fleet/

https://aviationweek.com/defense/budget-policy-operations/belgium-purchasing-10th-a330-mrtt-nato-fleet

Como é então?
Se calhar o número de horas de voo disponíveis para cada país, nada tem a ver com tamanho, mas em grande parte com quem mais investe no programa.

Mais um exemplo:
https://www.defensenews.com/global/europe/2025/03/26/denmark-signals-plan-to-join-european-air-refueling-pool-buy-tankers/

Um consórcio novo (MMF2), estaria inteiramente dependente de haver vários países a comprar e incorporar aeronaves.

Se este consórcio novo tiver participação da Itália e Grécia, a questão geográfica complica-se, pois este "consórcio do Sul" extende-se por uma área enorme, e provavelmente ficaria cediado em Itália, o que para nós é menos favorável já que precisamos de capacidade AAR para operar os F-16 no Atlântico.
Num consórcio novo, a nossa participação teria que ser muito maior, teríamos provavelmente que comprar 1 ou 2 aeronaves na mesma. Neste contexto, quase compensa mais comprar os nossos próprios aviões, e chegar a um acordo para partilhar a logística com os espanhóis, apesar da versão que eles usam não possuir boom.

A solução talvez fosse a criação dentro do MMF actual, de 3 "esquadrões" distintos de MRTT. Um cediado em Eindhoven (com principal foco no Norte e Centro da Europa e Bálticos), um cediado na Península Ibérica (com foco no Atlântico e África Ocidental) e outro em Itália ou Grécia (foco no Norte de África, Sudeste da Europa e Mediterrâneo Oriental/Médio Oriente).

Obviamente com calacidade de se reforçarem entre si, consoante as necessidades operacionais de cada área. Seriam necessárias pelo menos 18 aeronaves, possivelmente 24.

Ora pois está claro que não tem nada que ver com o tamanho, tem que ver com tamanho da carteira. Não estamos é a ver nenhum cenário em que Portugal participe numa iniciativa com outros países em que Portugal esteja disponível a investir muito mais do que os outros.
 

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dc

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Re: A330 MRTT para a FAP ?
« Responder #515 em: Junho 22, 2025, 05:53:35 pm »
A dimensão da participação portuguesa estaria dependente se Portugal entrava no consórcio contribuindo com um avião, ou se entrava apenas para pagar pouco e receber horas de voo de acordo com o que paga.

No caso português, só faz sentido entrar no MMF, se este oferecer serviços que permitam operar F-16 na nossa ZEE, por exemplo, para uma parelha QRA.
Entrar no consórcio e as aeronaves ficarem estacionadas na Holanda, sem hipóteses de virem reabastecer F-16 numa missão no Atlântico, então não compensa.

Ou o MMF ganha uma segunda casa na Península Ibérica (e eventualmente outra em Itália ou Grécia), ou compramos as nossas próprias aeronaves, ou chegamos a um acordo com os EUA para haver disponibilidade para se reabastecer os nossos caças com recurso a aeronaves da USAF estacionadas nos Açores, dando resposta a aeronaves russas na região.
 

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yuwanko

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Re: A330 MRTT para a FAP ?
« Responder #516 em: Junho 22, 2025, 06:47:15 pm »
A dimensão da participação portuguesa estaria dependente se Portugal entrava no consórcio contribuindo com um avião, ou se entrava apenas para pagar pouco e receber horas de voo de acordo com o que paga.

No caso português, só faz sentido entrar no MMF, se este oferecer serviços que permitam operar F-16 na nossa ZEE, por exemplo, para uma parelha QRA.
Entrar no consórcio e as aeronaves ficarem estacionadas na Holanda, sem hipóteses de virem reabastecer F-16 numa missão no Atlântico, então não compensa.

Ou o MMF ganha uma segunda casa na Península Ibérica (e eventualmente outra em Itália ou Grécia), ou compramos as nossas próprias aeronaves, ou chegamos a um acordo com os EUA para haver disponibilidade para se reabastecer os nossos caças com recurso a aeronaves da USAF estacionadas nos Açores, dando resposta a aeronaves russas na região.

Mas o programa que está em funcionamento atualmente, pelo que percebo, não funciona assim, os países não "entram com aviões".
Os aviões são propriedade da NSPA, os países contribuem como num ALD, cada um investe um determinado valor e esse valor é utilizado para comprar os aparelhos e a sua manutenção. Consoante o valor com que cada país contribui, assim tem direito a determinadas horas de voo. Mais dinheiro=mais horas e vice-versa.

Não sei qual seria a vantagem de entrar num pool se conseguisse comprar um avião.
 

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Re: A330 MRTT para a FAP ?
« Responder #517 em: Junho 23, 2025, 02:40:33 pm »
Quantas notícias são necessárias de países que entraram no programa comprando um MRTT para reforçar a frota, para se perceber que isto acontece?

https://aviationweek.com/defense/budget-policy-operations/belgium-purchasing-10th-a330-mrtt-nato-fleet

No caso dinamarquês a questão é dividida em duas etapas:
https://www.defensenews.com/global/europe/2025/03/26/denmark-signals-plan-to-join-european-air-refueling-pool-buy-tankers/

Primeiro contratam horas, e depois compram compram uma fatia equivalente a 20% da frota (2 aeronaves) das 10 que fazem parte do consórcio. (É possível que esta compra faça como que a Dinamarca, ao ser detentora de 2 aeronaves, até receba a partir daí 20% do dinheiro que os outros países pagam por horas de voo)

O consórcio tinha contratualizadas 9 aeronaves originalmente, com 4 de opção de compra. Destas 4 opções, 1 já foi exercida pela Bélgica. Se Portugal entrasse, provavelmente seria necessário exercer mais uma opção de compra.
 
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Re: A330 MRTT para a FAP ?
« Responder #518 em: Junho 23, 2025, 07:55:44 pm »
Quantas notícias são necessárias de países que entraram no programa comprando um MRTT para reforçar a frota, para se perceber que isto acontece?

https://aviationweek.com/defense/budget-policy-operations/belgium-purchasing-10th-a330-mrtt-nato-fleet

No caso dinamarquês a questão é dividida em duas etapas:
https://www.defensenews.com/global/europe/2025/03/26/denmark-signals-plan-to-join-european-air-refueling-pool-buy-tankers/

Primeiro contratam horas, e depois compram compram uma fatia equivalente a 20% da frota (2 aeronaves) das 10 que fazem parte do consórcio. (É possível que esta compra faça como que a Dinamarca, ao ser detentora de 2 aeronaves, até receba a partir daí 20% do dinheiro que os outros países pagam por horas de voo)

O consórcio tinha contratualizadas 9 aeronaves originalmente, com 4 de opção de compra. Destas 4 opções, 1 já foi exercida pela Bélgica. Se Portugal entrasse, provavelmente seria necessário exercer mais uma opção de compra.

Não leio nada disso nas notícias, o que leio é que os países pretendem adicionar fundos ao programa para aquisição de mais aeronaves.

Qual seria o ponto dos países compraram as suas próprias aeronaves para depois as entregarem a uma entidade terceira e depois contratarem horas de voo nas suas próprias aeronaves?
Posso estar a ver mal algum aspecto, mas faz-me pouco sentido.

Mais uma vez, ao que julgo saber, as aeronaves são propriedade da NSPA, funcionam como num ALD, os países disponibilizam fundos para aquisição colectiva e contratam horas de voo, sendo que existem bastantes limitações quanto à calendarização dessas horas.
 

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Re: A330 MRTT para a FAP ?
« Responder #519 em: Junho 23, 2025, 08:20:38 pm »
Quantas notícias são necessárias de países que entraram no programa comprando um MRTT para reforçar a frota, para se perceber que isto acontece?

https://aviationweek.com/defense/budget-policy-operations/belgium-purchasing-10th-a330-mrtt-nato-fleet

No caso dinamarquês a questão é dividida em duas etapas:
https://www.defensenews.com/global/europe/2025/03/26/denmark-signals-plan-to-join-european-air-refueling-pool-buy-tankers/

Primeiro contratam horas, e depois compram compram uma fatia equivalente a 20% da frota (2 aeronaves) das 10 que fazem parte do consórcio. (É possível que esta compra faça como que a Dinamarca, ao ser detentora de 2 aeronaves, até receba a partir daí 20% do dinheiro que os outros países pagam por horas de voo)

O consórcio tinha contratualizadas 9 aeronaves originalmente, com 4 de opção de compra. Destas 4 opções, 1 já foi exercida pela Bélgica. Se Portugal entrasse, provavelmente seria necessário exercer mais uma opção de compra.

Não leio nada disso nas notícias, o que leio é que os países pretendem adicionar fundos ao programa para aquisição de mais aeronaves.

Qual seria o ponto dos países compraram as suas próprias aeronaves para depois as entregarem a uma entidade terceira e depois contratarem horas de voo nas suas próprias aeronaves?
Posso estar a ver mal algum aspecto, mas faz-me pouco sentido.

Mais uma vez, ao que julgo saber, as aeronaves são propriedade da NSPA, funcionam como num ALD, os países disponibilizam fundos para aquisição colectiva e contratam horas de voo, sendo que existem bastantes limitações quanto à calendarização dessas horas.
Exatamente! Quando um sócio novo entra para uma empresa, compra uma quita com capital e depois o equipamento que é comprado pertence à empresa… é isso que se faz no consórcio. Os países compram quotas, i.e., investem dinheiro real, o consórcio compra o número de aviões que esse dinheiro permite e todos os países podem então usar o número de horas que pretenderem, pagando X por hora de voo contratualizada. Simples… os países fazem isso porque assim conseguem economias de escalas em termos de manutenção e emprego, como é óbvio. Se, além disso, quiseres ter uma capacidade soberana, é só comprares os aviões respetivos para a tua FA…. As duas coisas não são mutuamente exclusivas…

Claro que a questão que se coloca é o porquê de se duplicarem capacidades, mas isso depende do que quiseres fazer… eu continuo a achar que MRTT exclusivamente português é overkill para as nossas  necessidades no triângulo estratégico. Sobrevivemos sem esta capacidade até hoje, mas agora temos que ir logo para o MRTT?  É como nunca teres tido carro e de repente o teu primeiro carro é um Ferrari, com todos os custos de aquisição e manutenção associados, quando se calhar um carro mais barato chega para as tuas necessidades. Por vezes o ótimo é inimigo do bom… mas esta é a minha opinião, outros que se queixam de o estado português fazer despesas com equipamento que não é prioritário acham que nada menos que o MRTT português serve…
 
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Re: A330 MRTT para a FAP ?
« Responder #520 em: Junho 24, 2025, 12:14:50 am »
A FAP deveria só ficar com 6 KC e comprar 2 MRTT para missões estratégicas e abastecimento em voo !
 
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Re: A330 MRTT para a FAP ?
« Responder #521 em: Junho 24, 2025, 04:29:33 pm »
NATO orders two additional Airbus A330 MRTT aircraft and welcomes Sweden and Denmark to the Multinational Fleet

https://www.airbus.com/en/newsroom/press-release/2025-06-nato-orders-two-additional-airbus-a330-mrtt-aircraft-and-welcomes
 
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Re: A330 MRTT para a FAP ?
« Responder #522 em: Julho 03, 2025, 05:42:14 pm »
Citar
airbus_defence The first #A330 for Canada arrived in our Getafe a site to undergo conversion into a Multi Role Tanker
Transport aircraft. Here are some key facts about the Royal Canadian Air Force's #A330MRTT fleet:
* It will consist of nine aircraft in total: five converted commercial A330-200s and four newly-built ones.
The first MRTT will be delivered in 2027.
The A330 MRTTs will be equipped with both the hose and drogue and a boom as refuelling options, cybersecurity solutions and countermeasures.
Il All the aircraft are capable of being fitted with the Airbus Medical Evacuation kit solution

https://www.instagram.com/reel/DLpimehh_hE/?igsh=ZWt6cmt3a3k2Y2p6
« Última modificação: Julho 03, 2025, 05:43:14 pm por goncalobmartins »