Ou seja: Não se pode fazer nada, não queremos que ninguém faça nada e que fique tudo na paz dos anjos. Deixem lá o outro matar mais 100.000
Nós não sabemos quantos iraquianos o Saddam Hussein teria morto se não fosse a invasão.
Podemos comparar com a invasão do Irão, para analisar quantos mortos essa guerra provocou.
Mas também poderiamos discutir a invasão de Ceuta em 1415, a intervenção americana na Líbia em 1805, ainda o Napoleão não tinha invadido Portugal. Poderiamos discorrer sobre quantas pessoas teriam sido salvas se não tivesse ocorrido invasão soviética do Afeganistão (normalmente esquecemos convenientemente a intervenção soviética, que atraiu os americanos).
O que pergunto, é em que é que o massacre de Ceuta em 1415, os massacres de Katyn, a invasão soviética do Afeganistão ou a invasão do Iraque pelos americanos, ajudam os sírios ? ? ? ? ?
Com que direito se condena a Siria ao controlo por parte dos socialistas alauitas ?
Por acaso não é verdade que na Líbia também havia extremistas radicais islâmicos a lutar contra o Kadafi ?
E por acaso não é verdade que ainda que a situação esteja longe de ser pacífica, não existe uma situação de guerra civil no país ?
DUAS COISAS MAL FEITAS NÃO FAZEM UMA BEM FEITA.
O povo da Siria, os 90% que não estão ligados à estrutura do poder, não têm culpa dos erros da Russia, da América, da China, ou de Portugal no passado.
O problema deles é hoje.
Assad já matou mais de 1400 com armas químicas. Mais se vão seguir, ainda mais que ele tem a proteção do regime pedófilo da Putina mafiosa.
Quem quiser defender essa corja de assassinos prostitutos e reles traficantes de droga, que fique. Eu continuo a achar que qualquer ataque, mesmo que apenas simbólico contra os criminosos socialistas do genocida Assad, servirá pelo menos para que percebam que não podem continuar a ser assassinos de forma impune.
O regime de Assad é um regime cobarde. Só ataca os indefesos. Israel quando quer e quando lhe apetece, rebenta com qualquer coisa na Síria para que os camaradas sem lembrem de quem é que tem força.
Um regime obsceno, que sempre governou através do terror, só conhece um tipo de linguagem ! ! !
Não adianta deitar panos quentes em cima de uma gangrena
Vamos ver se entendi. O regime Sirio só agora governa pelo terror? Mesmo nos tempos do Assad "pai" só os paises comunistas tinham negócios com a Siria? Na altura já não eram "camaradas" e assassinos? E a Libia? Quando Portugal lhes vendeu Chamites e o Kadafi acampou no Forte S.João da Barra já o povo não estava farto dele? Foi como por exemplo a venda da EDP a "democrática" China. Foi cá um coro de protestos em Portugal...
Volto a repetir o que sempre tenho dito. PARA MIM o que está em causa não é a intervenção em si MAS O MODELO DE INTERVENÇÃO.
Não interessa saber se morreram mais ou menos no Iraque, Afeganistão, etc, mas sim que as MORTES CONTINUARAM. A intervenção na Libia resolveu muito pouco e no maximo a médio e não a longo prazo (prova disso é as mortes que passaram a ser menos e aumentaram no Mali). Não há um clima de guerra civil mas existe uma "paz com fita cola" porque da ONU aos intervencionistas ninguém assegurou o desarmamento das milícias e muito menos cortou a fuga de parte dos radicais islamicos e dos mercenários pró-Kadafi para o Mali (pois esperaram sempre que o governo de Bengazi o fizesse). Qualquer situação como uma assassinato politico é suficiente para fazer regressar a guerra.
Os Sirios (que não tem culpa de nada que se passou no passado mas há que questionar quem motivou a revolta, se foram os tais 90% ou alguma minoria que simplesmente queria o lugar de Assad e usou o descontentamento popular para isso julgando que se iria passar o mesmo que na Líbia) ficarim a lucrar pouco se alguem decidir mandar umas duzias de Tomahawks e duas duzias de Jdam porque está-se em contenção e quer-se fazer intervenções militares baratinhas e com 3 duzias de homens e um LHA convertido em Porta-aviões. Interviu-se no Libano, intervem-se no Libano e se é verdade que não à guerra civil no terreno as bombas não deixam de explodiar, os ataques não pararam de ser feitos e novamente basta um "sopro" e todas as milicias e movimentos voltam a carregar as armas que convenientemente tem guardadas. Mas por essa altura já não interessa porque "fechou a loja siria" e estamos entretidos com o Darfur, a Coreia do Norte ou o Irão.
O mal de muitos é não discutirem nem estudarem convenientemente o passado. Estudar Alcacer Quibir, os Atoleiros, as Guerras Napoliónicas, a I ou II guerra mundial parece sempre diferente, desajustado face à tecnologia existente, a guerra de movimento, ao conflito de baixa intensidade. Depois começamos a ver as missões no Afeganistão e no Iraque e percebemos o sentido da História e a similariedade que esta tem apesar da distância temporal (ou não, conforme as interpretações). É como Sun Tsu e a "Arte de Guerra" tão antigo mas ao mesmo tempo tão actual.
Depois entramos na "guerra das ideologias". Este é comunista, o outro é Liberal e por aí fora. De Pinoche a Bresnev, de M.Tse Tung a Franco, todos eram ditadores e assassinos. Mas também o são o Putin e o Bush "filho", mesmo que tenham sido eleitos democráticamente. A morte e a sede pelo poder não tem ideologia mas a morte, essa é igual independentemente da ideologia a que pertença.
Por ultimo, querem fazer uma intervenção façam-no no sentido real da palavra. Mas entrar com uma força consideravel na Siria, depois de um bombardeamento maçiço e dum estudo realista (como em 1991) é agora impossivel pois, ora é o preço, as vitimas colaterais, as baixas militares, até o Putin (que se vende a tudo e todos por uns bons milhões) e os chineses (que anda à cata dos vistos dourados por essa europa fora) passam a ser um problema (até para Israel que na ultima intervenção no Libano houve tantos "paninhos quentes" que a guerra não correu lá muito bem). Então vai -se intervindo com "pés de lã" facé as "contigências", envia-se umas armas aqui, faz-se um ataque aéreo acolá, e espera-se que quem vier a seguir "feche a porta". Resultado, desde o KOSOVO (salvo seja) não existe resultados que se vejam, isto depois de uma libertação do Kuwait (que até correu bem) mas sabe-se lá porque parou na fronteira iraquina (diz-se que o Bush "pai"ficou muito impressionado com a "estrada da morte" transformando-se assim em mais um ex-combatente que como burocrata de fato esqueceu o que é a guerra e os seus efeitos nefastos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_do_Golfo) e não se pode repetir porque FOI MUITO CARA (militarmente e diplomaticamente). E continua-se a inssistir na formula da "guerrazinha" e de que "mais vale fazer pouco que não fazer nada" porque tem preço de saldo e convenientemente conta-se as vitimas da LIbia mas não do Mali (ou da Siria mas não do Libano).