No entanto um míssil de cruzeiro é já uma munição disparada. Aí a intercepção só precisa de ocorrer antes do local do impacto e não antes do local de disparo. Nesse sentido a velocidade não é tão relevante. É desejável mas não imperiosa.
Acho que continuas a voar "em círculos". È claro que a velocidade é imperiosa.
Para um tucano interceptar um kalibr tem de descolar da base ou ser chamado de uma órbita - pode estar a 50, 100 ou 200km de distância.
A geometria para apanhar um missil que voa 200km/h mais rápido é extremamente complicada - qualquer erro ou atraso e a "janela" torna-se cada vez mais pequena.
Depois, ainda falta os pormenores - onde o Diabo gosta de se esconder.
Vamos imaginar que, com um balde de sorte, o tucano posiciona-me numa rota de colisão com um kalibr. E agora? Disparar um AAM IR contra um missil cruise em rota de colisão? Qual será a taxa de sucesso? O normal nas intercepções é o interceptor posicionar-se numa curva com "navegação proporcional" atrás do alvo a abater - mas para isso a velocidade precisa de ser muito próxima ou, preferivelmente, superior.
Mas é possivel um tucano abater com kalibr? È possivel.
Mas acho que é mais fácil explicar a lei do fora-de-jogo a uma mulher...